Diocese do Funchal
Diocese do Funchal Funchalensis | |
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Sé do Funchal | |
Localização | |
País | Portugal |
Arquidiocese metropolitana | Patriarcado de Lisboa |
Estatísticas | |
População | 246 806 |
Área | 2 243 km² |
Arciprestados | Funchal , Câmara de Lobos , Calheta , São Vicente/Porto Moniz ,Machico/Santa Cruz , Santana , Ribeira Brava/Ponta do Sol |
Informação | |
Denominação | Católica Romana |
Rito | Romano |
Criação | 12 de janeiro de 1514 (510 anos) |
Catedral | Sé do Funchal |
Padroeiro(a) | São Tiago Menor Nossa Senhora do Monte |
Governo da diocese | |
Bispo | D. Nuno Brás da Silva Martins |
Vigário-geral | Cónego José Fiel de Sousa |
Bispo emérito | D. Teodoro de Faria D. António José Cavaco Carrilho |
Jurisdição | Diocese |
Página oficial | www.diocesedofunchal.pt |
dados em catholic-hierarchy.org |
A Diocese do Funchal foi criada em 12 de Junho de 1514, através da bula Pro excellenti præeminentia do papa Leão X,[1] após a elevação da vila do Funchal ao estatuto de cidade pelo Rei D. Manuel (alvará régio de 21 de Agosto de 1508), ficando a recém-criada diocese na dependência da arquidiocese de Lisboa.
Dezanove anos mais tarde, em 31 de Janeiro de 1533, foi elevada à dignidade arquidiocesana, tendo-se tornado, durante vinte e dois anos, a maior arquidiocese metropolitana do mundo, tendo como sufragâneas as dioceses do Império Colonial Português nos Açores, Brasil, África e Oriente. Foi seu primeiro (e único) arcebispo D. Martinho de Portugal (com o título de Primaz), após o que, em 3 de Julho de 1551, uma nova reorganização das dioceses de Portugal e do seu império levou à extinção da arquidiocese do Funchal e ao regresso à sua condição de simples diocese dependente da arquidiocese (mais tarde Patriarcado) de Lisboa; as suas sufragâneas seguiram-lhe o destino.
Da diocese funchalense desmembraram-se as seguintes circunscrições eclesiásticas: Diocese de Goa, Diocese de Angra, Diocese de Cabo Verde, Diocese de São Tomé e Diocese de São Salvador da Bahia.
De qualquer forma, os primeiros três bispos jamais se deslocaram à Madeira; apenas o quarto, Frei Jorge de Lemos, aí foi tomar pessoalmente posse do cargo.
Até começos do século XX, os bispos do Funchal usaram o título de Bispos da Madeira, do Porto Santo, das Desertas e de Arguim.
Em 8 de Março de 2007 a Santa Sé nomeou Bispo do Funchal D. António José Cavaco Carrilho, até então Bispo Auxiliar da Diocese do Porto.
Em 12 de Janeiro de 2019 a Santa Sé nomeou Bispo do Funchal D. Nuno Brás da Silva Martins, até então Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa.
Brasão
[editar | editar código-fonte]Em 23 de Março de 2019, a Diocese anunciou através da sua página no Facebook[2] e numa nota histórica no seu website[3][4] o seu brasão de armas[5]. As armas foram concebidas por Miguel Pinto-Correia[2][6] na sequência da carta aberta do economista ao Bispo publicada no JM-Madeira[7], sugerindo que a Diocese deveria adoptar um brasão de armas no 600º aniversário da descoberta da Madeira.
Brasonamento e Simbologia
[editar | editar código-fonte]Escudo terciado em mantel: o primeiro de Vermelho com um livro aberto de Ouro, sobre a página dextra um Alfa de Vermelho e sobre a página sinistra um Ómega do mesmo; representa o Padroeiro Principal da Diocese do Funchal, o Apóstolo São Tiago Menor. Escreveu uma das epístolas do Novo Testamento. Foi o primeiro Bispo de Jerusalém e morreu martirizado no ano 62. A cor vermelha é símbolo da vida feita dom e serviço, com coragem e fortaleza. O segundo de Azul com uma estrela de 8 pontas de Prata, representa a Padroeira secundária da Diocese, Nossa Senhora do Monte. O fundo azul aponta para o cuidado maternal de Nossa Senhora, estrela que nos conduz a Jesus. O terceiro de Ouro com a Cruz da Ordem de Cristo sobre ondas de prata e azul. Representa a centralidade de Cristo e a missão da Igreja de sair em missão a anunciar o Evangelho da Esperança. O dourado simboliza a grandeza da Fé. A Cruz da Ordem de Cristo sob o dourado é uma homenagem à mesma Ordem e à Região Autónoma da Madeira. Lembra, também, as naus portuguesas a rasgar as ondas na grande aventura da Evangelização. As ondas representam não apenas o nosso mar que abraça a terra das nossas ilhas, mas também os nossos emigrantes, espalhados pelos quatro cantos da terra e missão evangelizadora da Igreja.
Listel de branco, sotoposto ao escudo, em letras maiúsculas, de negro: DIOCESE DO FUNCHAL.[5]
Lista de prelados do Funchal
[editar | editar código-fonte]Bispos do Funchal
[editar | editar código-fonte]- 1. D. Diogo Pinheiro (1514-1526)
Arcebispos do Funchal
[editar | editar código-fonte]- 2. D. Martinho de Portugal (1533-1547)
Bispos do Funchal
[editar | editar código-fonte]- 3. D. Frei Gaspar (I) do Casal (1551-1556), depois bispo de Leiria e bispo de Coimbra-conde de Arganil
- 4. D. Frei Jorge de Lemos (1556-1569)
- 5. D. Frei de Távora (1569-1573)
- 6. D. Jerónimo (I) Barreto (1573-1585)
- 7. D. Luís (I) de Figueiredo de Lemos (1585-1608)
- 8. D. Frei Lourenço de Távora (1610-1617)
- 9. D. Jerónimo (II) Fernando (1619-1650)
- 10. D. Frei Gabriel de Almeida[desambiguação necessária] (1670-1674)
- 11. D. Frei António (I) Teles da Silva[desambiguação necessária] (1674-1682)
- 12. D. Estêvão Brioso de Figueiredo (1683-1689)
- 13. D. Frei José (I) de Santa Maria (1690-1696)
- 14. D. José (II) de Sousa Castelo Branco (1698-1725)
- 15. D. Frei Manuel (I) Coutinho (1725-1741)
- 16. D. Frei João (I) do Nascimento (1741-1753)
- 17. D. Gaspar (II) Afonso da Costa Brandão (1756-1784)
- 18. D. José (III) da Costa Torres (1784-1796)
- 19. D. Luís (II) Rodrigues Vilares (1796-1811)
- 20. D. João (II) Joaquim Bernardino de Brito (1817-1819)
- 21. D. Francisco (I) José Rodrigues de Andrade (1821-1838)
- 22. D. José (IV) Xavier de Cerveira e Sousa (1844-1849)
- 23. D. Manuel (II) Martins Manso (1849-1858)
- 24. D. Patrício Xavier de Moura e Brito (1859-1872)
- 25. D. Aires de Ornelas e Vasconcelos (1872-1874)
- 26. D. Manuel (III) Agostinho Barreto (1876-1911)
- 27. D. António (II) Manuel Pereira Ribeiro (1914-1957)
- 28. D. Frei David de Sousa, O.F.M. (1957-1965)
- 29. D. João (III) António da Silva Saraiva (1965-1972)
- 30. D. Francisco (II) Antunes Santana (1974-1982)
- 31. D. Teodoro de Faria (1982-2007)
- 32. D. António (III) José Cavaco Carrilho (2007-2019)
- 33. D. Nuno Brás da Silva Martins (2019-presente)
Escutismo
[editar | editar código-fonte]- Escutismo nesta diocese: Região da Madeira
Referências
- ↑ PEREIRA, Eduardo C. N. — Ilhas de Zargo. 4ª edição. Funchal: Câmara Municipal, 1989), p. 424-425
- ↑ a b «O brasão da Diocese do Funchal. O livro... - Diocese do Funchal | Facebook». web.archive.org. 23 de março de 2019. Consultado em 20 de fevereiro de 2023
- ↑ «Diocese :: Diocese do Funchal». web.archive.org. 23 de março de 2019. Consultado em 20 de fevereiro de 2023
- ↑ «Diocese do Funchal». web.archive.org. 23 de março de 2019. Consultado em 20 de fevereiro de 2023
- ↑ a b «Diocese :: Diocese do Funchal». www.diocesedofunchal.com. 4 de novembro de 2020. Consultado em 20 de fevereiro de 2023
- ↑ «Diocese :: Diocese do Funchal». web.archive.org. 9 de maio de 2019. Consultado em 20 de fevereiro de 2023
- ↑ «Carta Aberta a S.E.R. D. Nuno, Bispo do Funchal». JM Madeira. 21 de fevereiro de 2019. Consultado em 20 de fevereiro de 2023
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Diocese do Funchal - GCatholic.com» (em inglês)
- «Diocese do Funchal - Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «Diocese do Funchal - Catholic Encyclopedia» (em inglês)