Bangassou
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Palácio de Justiça de Bangassou | ||
Localização | ||
Bangassou | ||
Coordenadas | 4° 44′ 14″ N, 22° 49′ 10″ L | |
País | República Centro-Africana | |
Prefeitura | Mbomou | |
Características geográficas | ||
População total (est. 2012) | 35 305 hab. | |
Altitude | 457 m | |
Fuso horário | UTC |
Bangassou é a capital de Mbomou, uma das 14 prefeituras da República Centro-Africana.[1] Localizada no sudeste do país, tem uma população de 35.305 habitantes, segundo estimativa de 2012, estando a uma altitude média de 457 metros. Bangassou é, desde 1964, sede da Diocese de Bangassou, tendo Juan José Aguirre como atual bispo.
Bangassou representa o principal centro comercial de Mbomou, contando com quatro mercados e tendo a cobertura das principais redes de telefonia. Conta ainda com o pequeno Aeroporto de Bangassou. A maior parte da população de Bangassou vive da agricultura de subsistência.
No contexto da Guerra Civil na República Centro-Africana, em 11 de março de 2013, elementos armados do grupo Séléka penetraram violentamente na região e se apoderaram da mesma, provocando a paralisação dos serviços públicos e corte das comunicações por telefone.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Durante a ocupação colonial francesa do Estado Livre do Congo, foi estabelecida uma base militar francesa na região. Em 1922, a Congregação do Espírito Santo estabeleceu uma missão católica na cidade. Em 1931, a société cotonnière Comouna construiu um prédio de processamento de algodão em Bangassou, que se tornou capital da prefeitura de Mbomou em 1935.
Violência Contínua
[editar | editar código-fonte]Na noite de 24 de maio de 2017, um homem armado entrou no hospital de Bangassou, na República Centro-Africana, mantido por Médicos Sem Fronteiras (MSF) e o Ministério da Saúde. Ele agrediu uma enfermeira de MSF antes de capturar uma paciente e sua acompanhante. A equipe de MSF ficou no hospital a noite toda, cercada por homens de um grupo armado local de “autodefesa” que tomou o controle dos portões de entrada do complexo médico. A equipe de MSF não viu, portanto, o que ocorreu depois, mas ouviu tiros e moradores da área depois relataram que os corpos das duas mulheres foram encontrados no perímetro dos muros do hospital.
Desde que a violência se intensificou em Bangassou no sábado 13 de maio, quase toda a cidade é agora controlada por um grupo armado local de “autodefesa”. Apesar das dificuldades de se dedicar a atividades médicas durante os primeiros dias dos combates, as equipes de MSF conseguiram negociar acordos com os vários grupos armados suficientes para poder fornecer cuidados médicos vitais para feridos e pessoas deslocadas de seus lares pela violência..[3]
Galeria
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Mercado Central da cidade.
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Centro de atenção a portadores de AIDs, dirigido em associação com a diocese.
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Cobertura da Diocese de Bangassou.
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Catedral de São Pedro Claver, sede da Diocese.
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Entardecer no Rio Bomu, ao sul da cidade.
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Em 1906, perto de Bangassou.
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Borracha sendo comprada, em 1906.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Central African Republic: largest cities and towns and statistics of their population». World Gazetteer. Consultado em 11 de maio de 2011
- ↑ «Blog del cooperante español Ángel Santamaría, testigo del ataque a Bangassou»
- ↑ «Violência inaceitável no hospital de Bangassou, na República Centro Africana»