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Aurora (cruzador)

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Aurora
Rússia
Operador Marinha Imperial Russa
Fabricante Estaleiro do Almirantado
Homônimo Aurora
Batimento de quilha 23 de maio de 1897
Lançamento 11 de maio de 1900
Comissionamento 16 de julho de 1903
Destino Tomado pelos soviéticos
 União Soviética
Operador Frota Naval Militar Soviética
Aquisição novembro de 1917
Descomissionamento 17 de novembro de 1948
Estado Navio-museu
Características gerais
Tipo de navio Cruzador protegido
Classe Pallada
Deslocamento 6 731 t
Maquinário 3 motores de tripla-expansão
24 caldeiras
Comprimento 126,8 m
Boca 16,8 m
Calado 7,3 m
Propulsão 3 hélices
- 11 600 cv (8 530 kW)
Velocidade 19 nós (35 km/h)
Autonomia 4 500 milhas náuticas a 10 nós
(7 200 km a 19 km/h)
Armamento 8 canhões de 152 mm
24 canhões de 75 mm
8 canhões de 37 mm
3 tubos de torpedo de 381 mm
Blindagem Convés: 51 a 76 mm
Torre de comando: 152 mm
Tripulação 590

O Aurora (Аврора) é um cruzador protegido russo que ficou ativo na Marinha Imperial Russa de 1903 a 1917 e depois foi utilizado como navio de treinamento para a Frota Naval Militar Soviética, de 1922 a 1957. Tecnicamente nunca foi descomissionado e passou a ser convertido como navio museu em 1984 e atualmente é um patrimônio histórico da cidade de São Petersburgo.[1]

Apesar de ter participado ativamente da Guerra Russo-Japonesa, o Aurora é especialmente lembrado por ter sido o estopim da Revolução de Outubro de 1917, a primeira revolução socialista bem sucedida na história.[2]

Na Primeira Guerra Mundial, o cruzador operou no mar Báltico. No final de 1916, o navio foi transferido para Petrogrado, para um reparo de alto nível. Em 1917, a cidade, que na época era a capital do Império Russo, assistiu à Revolução de Fevereiro, que derrubou o czar Nicolau II e foi apoiada por um grande número de marinheiros da tripulação do Aurora.[3] Em seguida, um comitê revolucionário foi estabelecido dentro do navio, e a imensa maioria de seus tripulantes uniram-se aos bolcheviques, que pretendiam depor o governo recém-instalado e promover uma revolução socialista.

Em 25 de outubro de 1917, o Aurora recusou as ordens de sair para o mar, causando um alvoroço na cidade. Por volta das dez horas da noite, um estouro vindo do cruzador alertava os bolcheviques para que invadissem o Palácio de Inverno, antiga moradia do czar. Essa invasão permitiria que Vladimir Lênin assumisse o governo russo.

O cruzador tornou-se um dos maiores símbolos da União Soviética. Em uma conhecida canção russa que homenageia o Aurora, um dos versos descreve a sua capacidade de alterar o destino de todo um povo.[4]

Referências

Ligações externas

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