Aulo Cornélio Palma Frontoniano
Aulo Cornélio Palma Frontoniano | |
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Cônsul do Império Romano | |
Consulado | 99 d.C. 109 d.C. |
Morte | 118 d.C. |
Aulo Cornélio Palma Frontoniano (em latim: Aulus Cornelius Palma Frontonianus; m. 118) foi um senador e general romano da gente Cornélia eleito cônsul duas vezes, a primeira em 99 com Quinto Sósio Senécio[1] e a segunda em 109 com Públio Calvísio Tulo Rusão. Era oriundo de Volsínios, na Etrúria.
História
[editar | editar código-fonte]Seu primeiro posto conhecido foi o de legado na Ásia em algum momento durante o reinado de Domiciano (r. 81-96). Depois, Frontoniano comandou uma legião entre 94 e 97 e foi eleito cônsul logo depois, em 99. No mesmo ano, Cornélio Palma foi para a Hispânia para assumir o posto de governador da Hispânia Citerior entre 101 e 102. Foi em seguida governador da província da Síria entre 104/105 e 108 e liderou a anexação do Reino da Nabateia (106), que deu origem à província imperial da Arábia Pétrea. Por suas vitórias na Síria e no Egito e pela condução das legiões da Judeia na anexação, Frontoniano foi homenageado com a ornamenta triumphalia e uma estátua de bronze sua foi colocada no Fórum Romano.[2] Por conta disto, Karl Strobel[3] sugere que ela não aconteceu sem luta. É possível que Frontoniano tenha sido o responsável também pela quinta aclamação imperial de Trajano, iniciada por seus homens e aceita pelo imperador. Em 109, foi eleito cônsul ordinário novamente, uma honra extremamente rara.
Por ordem do Senado Romano, Cornélio Palma e outros supostos conspiradores foram executados, entre eles Publílio Celso, cônsul em 102 e 113, Caio Avídio Nigrino, cônsul em 110 e governador da Dácia, e Lúsio Quieto, um dos principais generais de Trajano e legado imperial da Judeia[4][5][6] por suspeitas de atentado à vida do novo imperador[5] ou de aspirarem ao trono.[7] Adriano, que estava na Síria, negou ter ordenado as execuções[7][6] destes quatro influentes senadores da época de Trajano;[5][6] é possível que Públio Acílio Aciano, o prefeito pretoriano na época, tenha sido o mandante. O fato é que os assassinatos prejudicaram muito a popularidade de Adriano, que dispensou Aciano indiretamente admitindo-o no Senado sabendo que a posição de prefeito era reservada a equestres.[8]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Precedido por: Ápio Ânio Trebônio Galo com Marco Ápio Brádua |
Aulo Cornélio Palma Frontoniano II 109 com Públio Calvísio Tulo Rusão |
Sucedido por: Marco Peduceu Priscino com Sérvio Cornélio Cipião Salvidieno Orfito |
Referências
- ↑ Alison E. Cooley, The Cambridge Manual of Latin Epigraphy (Camrbidge: University Press, 2012), p. 466ss
- ↑ CIL VI, 1386 = ILS 1023; contudo, o nome do homenageado se perdeu e presume-se que seja Frontoniano.
- ↑ Karl Strobel: Kaiser Trajan. Eine Epoche der Weltgeschichte, Pustet, Regensburg 2010, ISBN 978-3-7917-2172-9, S. 271.
- ↑ Anthony Birley, Hadrian, Londinii 1997, pp.87-88.
- ↑ a b c Dião Cássio, História Romana LXX, 2.
- ↑ a b c Paul Petit, Histoire générale de l'Empire romain, tome 1 - Le Haut-Empire, éd. Seuil, 1978, p. 169.
- ↑ a b História Augusta, Vida de Adriano 4
- ↑ Françoise Des Boscs-Plateaux, Un parti hispanique à Rome ?, Casa de Velazquez, 2006, p. 611.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Grainger, John D. (2004). Nerva and the Roman Succession Crisis of AD 96-99 (em inglês). London: Routledge. ISBN 0-415-34958-3
- Dabrowa, E. (1998). The governors of Roman Syria from Augustus to Septimius Severus (em inglês). Bonn: [s.n.] p. 81-83
- PIR ² C 1412