Augusto Gil
Augusto Gil | |
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Nome completo | Augusto César Ferreira Gil |
Nascimento | 31 de julho de 1873 Porto, Lordelo do Ouro, Portugal |
Morte | 26 de fevereiro de 1929 (55 anos) Guarda, Portugal |
Nacionalidade | Português |
Ocupação | Advogado e poeta |
Magnum opus | Alba plena |
Augusto César Ferreira Gil (Porto, Lordelo do Ouro, 31 de julho de 1873 — Guarda, 26 de fevereiro de 1929) foi um advogado e poeta português.
Passou a maior parte da sua vida na mais alta cidade de Portugal, Guarda, a "sagrada Beira", de cuja paisagem encontramos reflexos em muitos dos seus poemas e de onde os pais eram oriundos. Aqui fez os primeiros estudos, frequentou, depois, o Colégio de S. Fiel em Louriçal do Campo, após o que regressou à Guarda. Mais tarde formou-se em Direito na Universidade de Coimbra.
Começou a exercer advocacia em Lisboa, tornando-se mais tarde diretor-geral das Belas-Artes.
Na sua poesia notam-se influências do Parnasianismo e do Simbolismo. Influenciado por Guerra Junqueiro, João de Deus e pelo lirismo de António Nobre, a sua poesia insere-se numa perspetiva neorromântica nacionalista.
Segundo António José Saraiva e Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, Porto Editora, sem data, Augusto Gil "... não pode considerar-se um produto genuinamente popular: é antes um produto da gazetilha jornalística, da graça do teatro ligeiro, da boémia intelectual de café e noitada" p. 951. Acrescenta que o poeta "... adaptou certa plasticidade da imaginação simbolista a um lirismo, e sátira muito popularizáveis (Luar de Janeiro, 1910, Canto da Cigarra, 1910, Alba Plena, 1916... " p. 998).
O seu nome consta na lista de poetas colaboradores do quinzenário A Farça [1] (1909-1910), na revista As Quadras do Povo [2] (1909) e no periódico O Azeitonense [3] (1919-1920).
A 14 de fevereiro de 1920, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[4]
Algumas das suas obras
[editar | editar código-fonte]- Poesias
- Musa Cérula (1894) (eBook)
- Versos (1898)
- Luar de Janeiro (1909) (eBook)
- O Canto da Cigarra (1910)
- Sombra de Fumo (1915)
- O Craveiro da Janela (1920)
- Avena Rústica (1927)
- Rosas desta Manhã (1930).
- A balada de neve (1909)
- Crónicas
- Gente de Palmo e Meio (1913).
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Jardim Augusto Gil, em Lisboa
Referências
- ↑ João Alpuim Botelho. «Ficha histórica: A Farça» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de fevereiro de 2016
- ↑ Helena Roldão (3 de outubro de 2012). «Ficha histórica: As Quadras do Povo (1909).» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 31 de março de 2015
- ↑ Jorge Mangorrinha (1 de abril de 2016). «Ficha histórica:O Azeitonense: orgão independente defensor dos interesses de Azeitão (1919-1920)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Augusto César Ferreira Gil". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 31 de outubro de 2021
3. António José Saraiva e Óscar Lopes, História da Literatura Portuguesa, Porto Editora, sem data