Athyriaceae
Athyriaceae | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Género-tipo | |||||||||||||||||
Athyrium | |||||||||||||||||
Géneros | |||||||||||||||||
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Sinónimos | |||||||||||||||||
Athyriaceae é uma família de pteridófitos terrestres[2] da ordem Polypodiales que na classificação do Pteridophyte Phylogeny Group de 2016 (PPG I) é colocada na subordem Aspleniineae,[1] agrupando dois géneros. Alternativamente, pode ser tratada como a subfamília Athyrioideae de uma família Aspleniaceae com circunscrição taxonómica muito ampla.[3] A família tem distribuição cosmopolita.
Descrição
[editar | editar código-fonte]A família Athyriaceae agrupa fetos pertencentes à ordem Polypodiales, na Christenhusz et al. 2011[4][5][6] e no sistema PPG I (2016). A família não foi reconhecida pelo sistema predecessor de Smith et al. (2006),[7] que inclui a maioria dos seus géneros em Woodsiaceae.
As espécies de Athyriaceae são terrestres ou litófitas, menos frequentemente aquáticas. Crescem a partir de vários tipos de rizomas, com espécies com rizoma curto ou longo, rasteiro ou ereto, ramificado ou não. A distribuição e evolução dos carácteres fenotípicos na família é complexa, e os géneros têm poucas características morfológicas constantes pelas quais possam ser identificados. Os esporângios têm talos com duas ou três células de largura no meio e contêm esporos monoletes castanhos.[2]
As Athyriaceae apresentam uma distribuição mundial, particularmente o género Athyrium.[8] A maioria das espécies de Athyriaceae são fetos terrestres de tamanho médio, crescendo em zonas de sombra no sub-bosque debaixo de árvores e arbustos.[2]
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]A família Athyriaceae foi criada por Arthur H.G. Alston em 1956, mas tem tido uma história variada. Em 2014, os taxonomistas Maarten Christenhusz e Mark Wayne Chase submergiram-na como a subfamília Athyrioideae dentro da família Aspleniaceae,[3] estatuto que é mantido pela base de dados taxonómicos Plants of the World Online.[9] Na classificação filogenética PPG I, de 2016, foi restaurada para o nível taxonómico de família.[1]
A família Athyriaceae é um membro do clado eupolypods II (atualmente a subordem Aspleniineae), na ordem Polypodiales.[10] Está relacionada com outras famílias do clado, como mostra o cladograma seguinte:[11][10]
eupolypods II |
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Géneros
[editar | editar código-fonte]Como circunscrita no sistema PPG I, a família Athyriacae contém os seguintes géneros:[1]
- Athyrium Roth (incluindo Anisocampium e Cornopteris Nakai)
- Deparia Hook. & Grev.
- Diplazium Sw.
A Checklist of Ferns and Lycophytes of the World reconhece três outros géneros,[12] que outras fontes taxonómicas incluem em Athyrium:[1][13]
- Anisocampium C.Presl
- Cornopteris Nakai
- Pseudathyrium Newman
Os géneros têm as seguintes relações filogenéticas:
PPG I[14][15] | Fern Tree of Life[16][17] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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A classificação mais actualizada é a do PPG I, que veio substituir o sistema proposto por Christenhusz et al. em 2011,[4][5][6] (por sua vez baseada no Sistema de classificação das monilófitas de Smith et al., de 2006,[7] 2008);[18] que também fornece uma sequência linear das licófitas e monilófitas:
- Família 40. Athyriaceae Alston, Taxon 5: 25 (1956).
- 5 géneros. (Anisocampium, Athyrium, Cornopteris, Deparia, Diplazium) Referências: Kato (1977), Wang et al. (2004).
- Nota: Athyriaceae inclui a maioria dos géneros colocados por Smith et al. (2006a, 2008) em Woodsiaceae. A classificação dos géneros necessita de um estudo mais aprofundado, especialmente no contexto da monofilia de Athyrium e Diplazium.
Segundo Christenhusz et al. 2011[4][5][6] (baseada em Smith et al. 2006,[7] 2008);[18] que também fornece uma sequência linear das licófitas e monilófitas.
No passado, as Athyriaceae incluíam Cystopteris e Gymnocarpium (atualmente parte das Dennstaedtiaceae[1]). A família foi incluída na família Woodsiaceae, mas uma família Woodsiaceae definida desta forma pode ser parafilética ao omitir as Onocleaceae e Blechnaceae (em 2006, a evidência não era clara).[19]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c d e f PPG I (2016). «A community-derived classification for extant lycophytes and ferns». Journal of Systematics and Evolution. 54 (6): 563–603. doi:10.1111/jse.12229
- ↑ a b c Rothfels, Carl J.; Sundue, Michael A.; Kuo, Li-Yaung; Larsson, Anders; Kato, Masahiro; Schuettpelz, Eric; Pryer, Kathleen M. (2012). «A revised family–level classification for eupolypod II ferns (Polypodiidae: Polypodiales)» (PDF). Taxon. 61 (3): 515–533. doi:10.1002/tax.613003. Consultado em 30 de julho de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 10 de julho de 2019
- ↑ a b Christenhusz, Maarten J.M.; Chase, Mark W. (2014). «Trends and concepts in fern classification». Annals of Botany. 113 (9): 571–863. PMC 3936591. PMID 24532607. doi:10.1093/aob/mct299
- ↑ a b c Christenhusz et al. 2011. A linear sequence of extant families and genera of lycophytes and ferns. Phytotaxa 19: 7-54. (pdf)
- ↑ a b c Preface to “Linear sequence, classification, synonymy, and bibliography of vascular plants: Lycophytes, ferns, gymnosperms and angiosperms” pdf
- ↑ a b c Corrections to Phytotaxa 19: Linear sequence of lycophytes and ferns pdf
- ↑ a b c A. R. Smith, K. M. Pryer, E. Schuettpelz, P. Korall, H. Schneider, P. G. Wolf. 2006. "A classification for extant ferns". Taxon 55(3), 705-731 ( pdf)
- ↑ «Athyrium Roth». Plants of the World Online. Royal Botanic Gardens, Kew. Consultado em 30 de julho de 2019
- ↑ «Athyriaceae Alston», Royal Botanic Gardens, Kew, Plants of the World Online, consultado em 30 de julho de 2019
- ↑ a b Rothfels, Carl J.; Larsson, Anders; Kuo, Li-Yaung; Korall, Petra; Chiou, Wen-Liang; Pryer, Kathleen M. (2012). «Overcoming Deep Roots, Fast Rates, and Short Internodes to Resolve the Ancient Rapid Radiation of Eupolypod II Ferns». Systematic Biology. 61 (1): 490–509. PMID 22223449. doi:10.1093/sysbio/sys001
- ↑ Lehtonen, Samuli (2011). «Towards Resolving the Complete Fern Tree of Life». PLOS ONE. 6 (10): e24851. Bibcode:2011PLoSO...624851L. PMC 3192703. PMID 22022365. doi:10.1371/journal.pone.0024851
- ↑ Hassler, Michael; Schmitt, Bernd (novembro 2019). «Athyriaceae». Checklist of Ferns and Lycophytes of the World. 8.11. Consultado em 27 de novembro de 2019. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2017
- ↑ «Pseudathyrium Newman». Plants of the World Online. Royal Botanic Gardens, Kew. Consultado em 27 de novembro de 2019
- ↑ Schuettpelz, Eric; Pryer, Kathleen M. (2007). «Fern phylogeny inferred from 400 leptosporangiate species and three plastid genes» (PDF). Taxon. 56 (4): 1037–1050. JSTOR 25065903. doi:10.2307/25065903. Consultado em 30 de abril de 2012. Cópia arquivada (PDF) em 30 de abril de 2012
- ↑ Liu, Yea-Chen; Chiou, Wen-Liang; Kato, Masahiro (2011), «Molecular phylogeny and taxonomy of the fern genus Anisocampium (Athyriaceae)» (PDF), Taxon, 60 (3): 824–830, JSTOR 41317249, doi:10.1002/tax.603014, consultado em 30 de julho de 2019
- ↑ Nitta, Joel H.; Schuettpelz, Eric; Ramírez-Barahona, Santiago; Iwasaki, Wataru; et al. (2022). «An Open and Continuously Updated Fern Tree of Life». Frontiers in Plant Science. 13: 909768. PMC 9449725. PMID 36092417. doi:10.3389/fpls.2022.909768
- ↑ «Tree viewer: interactive visualization of FTOL». FTOL v1.3.0. 2022. Consultado em 12 dezembro 2022
- ↑ a b Smith, A.R., Pryer, K.M., Schuettpelz, E., Korall, P., Schneider, H., & Wolf, P.G. (2008) Fern classification, pp. 417–467 en: Ranker, T.A., & Haufler, C.H. (eds.), Biology and Evolution of Ferns and Lycophytes. Cambridge , Cambridge University Press.
- ↑ Smith, Alan R.; Pryer, Kathleen M.; Schuettpelz, Eric; Korall, Petra; Schneider, Harald; Wolf, Paul G. (2006). «A classification for extant ferns» (PDF). Taxon. 55 (3): 705–731. JSTOR 25065646. doi:10.2307/25065646. Consultado em 26 de fevereiro de 2008. Cópia arquivada (PDF) em 26 de fevereiro de 2008
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Pryer, Kathleen M., Harald Schneider, Alan R. Smith, Raymond Cranfill, Paul G. Wolf, Jeffrey S. Hunt y Sedonia D. Sipes. 2001. "Horsetails and ferns are a monophyletic group and the closest living relatives to seed plants". Nature 409: 618-622 (resumen en inglés aquí).
- Pryer, Kathleen M., Eric Schuettpelz, Paul G. Wolf, Harald Schneider, Alan R. Smith y Raymond Cranfill. 2004. "Phylogeny and evolution of ferns (monilophytes) with a focus on the early leptosporangiate divergences". American Journal of Botany 91:1582-1598 (resumen en inglés aquí Arquivado em 26 de agosto de 2010, no Wayback Machine.).
- A. R. Smith, K. M. Pryer, E. Schuettpelz, P. Korall, H. Schneider, P. G. Wolf. 2006. "A classification for extant ferns". Taxon 55(3), 705-731 (pdf aquí)
- Schuettpelz, E. y K. M. Pryer. 2008. Fern phylogeny inferred from 400 leptosporangiate species and three plastid genes. Taxon 56(4): 1037-1050 (pdf aquí)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- P. F. Stevens, 2001 en adelante, Angiosperm Phylogeny Website. Versão 9, junho de 2008, e actualizada desde então. http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/
- Pryer's lab com os pdfs das publicações da autora.