Aristarco da Cólquida
Aristarco | |
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Rei do Reino da Cólquida | |
Dracma de Aristarco | |
Reinado | 63 - c. 47 a.C. |
Aristarco (em latim: Aristarchus; em grego: Ἀρίσταρχος; romaniz.: Arístarchos) foi um rei cliente da República Romana no Reino da Cólquida de 63 a ca. 47 a.C.. Foi instalado pelo general Pompeu no contexto da Terceira Guerra Mitridática. Aristarco é conhecido principalmente pelas obras do historiador do século I Apiano, bem como pelas moedas emitidas em seu nome.
Vida
[editar | editar código-fonte]Aristarco foi nomeado rei da Cólquida, em 63 a.C., pelo general Pompeu após sua conquista do reino, no decorrer da Terceira Guerra Mitridática que opôs a República Romana a Mitrídates VI (r. 120–63 a.C.).[1] A nomeação de Aristarco foi relatada por Apiano. Estrabão também menciona a nomeação de um novo governante no reino, mas não especifica seu nome.[2] Como confirmam os dracmas existentes de Aristarco, ele estava "acima da Cólquida", mas não era um rei, apesar de ter sido assim chamado pelos historiadores Eutrópio e Sexto Rufo.[3]
Aristarco foi provavelmente um dos aristocratas locais, escéptucos ("portadores do cetro"), que escolheu ficar do lado dos romanos durante a guerra com Mitrídates. O único outro escéptuco conhecido pelo nome, Oltaces, foi feito prisioneiro por Pompeu e desfilou pelas ruas de Roma como parte de sua procissão triunfal.[4] O ano 12 na cunhagem de Aristarco indica que seu governo na Cólquida continuou até pelo menos 52/1 a.C. e provavelmente mais tarde, até c. 47 a.C., quando o filho do falecido rei Mitrídates VI, Fárnaces II, aproveitou uma guerra civil em Roma e conquistou a Cólquida.[5]
Cunhagem
[editar | editar código-fonte]Das sete moedas de prata existentes emitidas em nome de Aristarco, uma está localizada no Museu Britânico, em Berlim e em Paris, duas no Museu Hermitage, uma, inédita, no Museu Ashmolean de Oxônia, e uma, em Tiblíssi. Apenas o local da descoberta dos exemplares do Hermitage é conhecido, sendo um perto de Sucumi,[6] e o outro, perto de Igoeti, no leste da Geórgia, em 2018.[7] O anverso representa uma cabeça masculina com uma coroa radiante, provavelmente Hélio, mas semelhante a Pompeu. Na opinião do numismata georgiano Dundua, esta representação combina a afirmação tradicional dos reis da Cólquida de serem descendentes do deus-sol com uma necessidade política de reconhecer Pompeu como a fonte do poder de Aristarco.[8] A figura feminina sentada com uma coroa mural no reverso é provavelmente Tique, uma divindade que governava a fortuna e a prosperidade de uma cidade, acompanhada pela legenda "Aristarco da Cólquida" (ΑΡΙΣΤΑΡΧΟ(Υ) ΤΟΥ ΕΠΙ ΚΟΛΧΙΔΟ(Σ)).[9][6]
Referências
- ↑ Koehne 1877, p. 3-4.
- ↑ Tsetskhladze 1993, p. 245.
- ↑ Koehne 1877, p. 4-5.
- ↑ Koehne 1877, p. 2-3.
- ↑ Koehne 1877, p. 5.
- ↑ a b Braund 1994, p. 168-169.
- ↑ Pataridze 2019, p. 84-85.
- ↑ Dundua 2018, p. 108-109.
- ↑ Tsetskhladze 1993, p. 245-247.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Braund, David (1994). Georgia in Antiquity: A History of Colchis and Transcaucasian Iberia, 550 BC–AD 562. Oxônia: Clarendon. ISBN 0198144733
- Dundua, Tedo; Dundua, Giorgi (2018). «Drachm of Aristarchus the Colchian». Catalogue of Georgian Numismatics. Tiblíssi: Universidade Estadual de Tiblíssi
- Koehne, Bernhard (1877). «Drachms of Aristarchos, Dynast of Colchis». The Numismatic Chronicle. 17: 1–10
- Pataridze, Maia (2019). «Aristarchus, the Ruler of Colchis (Numismatic Research)». Pro Georgia. 29: 83–95
- Tsetskhladze, Gocha R. (1993). «On the numismatics of Colchis: the classical archaeologist's perspective». Dialogues d'histoire ancienne. 19 (1): 245–247