Ariús
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Os ariús foram um grupo indígena brasileiro que até o fim do século XVII habitava uma área do Nordeste Oriental que se estendia do centro–norte paraibano ao centro–sul potiguar, na atual região do Seridó e alto sertão (vales da bacia do Piranhas, principalmente os afluentes Sabugi e Seridó).[1][2]
Após a assinatura de um tratado de paz com o dirigentes da capitania da Paraíba, esses índios seriam transferidos para a região da Borborema, onde acabariam por criar e assimilar-se ao que viria a ser o núcleo de Campina Grande.[3]
História
[editar | editar código-fonte]Tratado e transferência
[editar | editar código-fonte]Povo tapuia pertencente à família tarairiús (que incluíam os janduís, paiacus, icós, entre outros), em 20 de setembro de 1697 foi assinado um tratado de paz denominado «Tratado de paz feito com os tapuias pequenos»,[4] o qual possibilitou que os Ariús se tornassem aliados do capitão-mor da região de Piranhas e Piancó, Teodósio de Oliveira Lêdo, que decidiu transferir boa parte desses tapuias para a Serra da Borborema, onde formariam uma aldeia que posteriormente se transformaria em Campina Grande.
Sobre tal povoamento tapuia, no livro Síntese histórica de Campina Grande, 1670-1963 lê-se:
O Governador Manuel Soares de Albergaria, em carta enviada para o Reino [de Portugal], declarou que Teodósio de Oliveira Ledo trouxera das Piranhas uma nação de Tapuias, chamados Arius, que estão aldeiados junto [da região] dos Cariris, onde chamam a Campina Grande, e queriam viver como vassalos de V. Majestade e reduzirem-se à nossa santa fé católica, dos quais era o principal um tapuio de muito boa troca e fiel (...).[3]
Extinção
[editar | editar código-fonte]Os Ariús eram índios nômades, que Teodósio tratou de tornar sedentários para fins de povoamento do território da capitania. Com o fim da nomadização, a assimilação à população geral da então capitania da Paraíba foi inevitável, e o povo e a cultura Ariú acabaram por se extinguir por volta do fim do século XVIII.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Bacia hidrográfica do Piranhas-Açu
Referências
- ↑ MELLO, José Octávio Arruda (1997). História da Paraíba: lutas e resistência. [S.l.]: Editora Universitária. 279 páginasMELLO, José Octávio Arruda&rft.btitle=História da Para�ba: lutas e resistência&rft.date=1997&rft.genre=book&rft.pub=Editora Universitária&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:book" class="Z3988">
- ↑ BARBOSA, José Elias Borges (2004). «As nações indígenas da Paraíba». Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Consultado em 16 de julho de 2014BARBOSA, José Elias Borges&rft.btitle=As nações ind�genas da Para�ba&rft.date=2004&rft.genre=unknown&rft.pub=Instituto Histórico e Geográfico Paraibano&rft_id=http://www.ihgp.net/pb500i.htm&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:book" class="Z3988">
- ↑ a b SILVA FILHO, Lino Gomes da (2005). Síntese histórica de Campina Grande, 1670-1963. [S.l.]: Editora Grafset. 272 páginasSILVA FILHO, Lino Gomes da&rft.btitle=S�ntese histórica de Campina Grande, 1670-1963&rft.date=2005&rft.genre=book&rft.pub=Editora Grafset&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:book" class="Z3988">
- ↑ PUNTONI, Pedro (2002). A Guerra dos Bárbaros. [S.l.]: Hucitec. 323 páginas. ISBN : 9788527105682 Verifique
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(ajuda)PUNTONI, Pedro&rft.btitle=A Guerra dos Bárbaros&rft.date=2002&rft.genre=book&rft.isbn=9788527105682&rft.pub=Hucitec&rft_val_fmt=info:ofi/fmt:kev:mtx:book" class="Z3988">