Apeadeiro de Chelas
Chelas
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Identificação: | 66027 CHE (Chelas)[1] | ||
Denominação: | Apeadeiro de Chelas | ||
Administração: | Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3] | ||
Classificação: | A (apeadeiro)[1] | ||
Linha(s): | Linha de Cintura (PK 8 689) | ||
Altitude: | 40 m (a.n.m) | ||
Coordenadas: | 38°44′20.09″N × 9°7′7.81″W (= 38.73891;−9.11884) | ||
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Município: | Lisboa | ||
Coroa: | L | ||
Conexões: | |||
Endereço: | Calçada da Picheleira, 14-16 PT-1900-371 Lisboa | ||
Inauguração: | [quando?] | ||
Encerramento: | 14 de junho de 2015 (há 9 anos) | ||
Website: |
A extinta estação Ferroviária de Chelas, mais tarde apeadeiro de Chelas, foi uma interface ferroviária da Linha de Cintura, em Lisboa, Portugal, encerrada em 2015.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Localização e acessos
[editar | editar código-fonte]O local de implantação desta interface extinta é o triângulo limitado pelas vias convergentes da Linha de Cintura e da Concordância de Xabregas, apontando a noroeste, e pela Calçada da Picheleira, a poente.
Apesar da nomenclatura respetiva, estação de metro mais próxima é Olaias, não Chelas.
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Integrada em dois segmentos da rede ferroviária nacional, Linha de Cintura e Concordância de Xabregas, Chelas tinha três vias, mas apenas as duas do lado da Linha de Cintura estavam dotadas de plataformas.[4] Estas tinham abrigos desencontrados e eram apenas parcialmente fronteiras — entre o ponto de insersão da Concordância de Xabregas e a passagem de nível da Calçada da Picheleira: A plataforma descendente (do lado sudoeste da via) era mais avançada na direção de Marvila, interrompida pela passagem de nível e confinando já com a ponte sobre a Estrada de Chelas, enquanto que a ascendente (lado nordeste) situava-se totalmente a noroeste da dita passagem de nível.[carece de fontes]
O edifício de passageiros situava-se do lado sudoeste da via da Linha de Cintura (lado esquerdo do sentido ascendente, para Alcântara-Terra).[4] Era um edifício de dimensões modestas com dois pisos, de planta pentagonal irregular, dotado de telhado de cinco águas com chaminé e decoração metálica e beiral saliente, sustido por madeiramento aparente.[5] O piso superior consistia na habitação do guarda da passagem de nível contígua, estando o inferior ao serviço dos passageiros até à despromoção de Chelas para a categoria de apeadeiro, data[quando?] em que passou a estar reservado para fins de apoio ferroviário.[5] As janelas e portas eram encimadas por lintéis em arco abatido na moldura calcária, sendo as do piso inferior protegidas por alpendres telhados; as parades exteriores tinham labril de azulejo em padrão de terliça verde sobre branco.[5]
Serviços
[editar | editar código-fonte]Chelas foi paragem de algumas das circulações dos serviços da CP Urbanos de Lisboa designados por "Linha de Sintra" e "Linha da Azambuja", servindo apenas este à data do seu encerramento, passando aqui sem paragem os comboios daquele.[carece de fontes]
História
[editar | editar código-fonte]Século XIX
[editar | editar código-fonte]Esta interface encontra-se no troço original da Linha de Cintura, entre as estações de Benfica e Santa Apolónia, que foi aberto ao serviço em 20 de Maio de 1888, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[6] A 5 de Setembro de 1891, foi inaugurada a concordância entre Chelas e Braço de Prata.[6] (Mais tarde[quando?] esta viria a ser reclassificada como parte da Linha de Cintura, enquanto o troço entre Chelas e Santa Apolónia passou a ser a Concordância de Xabregas.)
Século XX
[editar | editar código-fonte]Em 1934, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses realizou obras nesta interface (listada entre «grandes reparações — totais»), então ainda com categoria de estação.[7]
Em 1985 Chelas tinha já a categoria de apeadeiro,[4] tendo sido despromovida entretanto.[quando?] Os edifícios afetos ao serviço ferroviário mantiveram-se, apesar da alteração de categoria.[8] Chelas foi alvo de novas obras em 1998, com melhoria dos acessos à Expo’98 e alteamento das plataformas ao nível da altura dos comboios de introdução recente (séries 2400 e 3500).[5]
Na década de 1990, previa-se para Chelas uma interligação privilegiada com o Metropolitano de Lisboa[9] na Estação Olaias, que foi desde logo dimensionada para albergar uma grande interface intermodal.[10] Chelas contava-se ainda entre as estações da Linha de Cintura cuja resconstrução estava programada no âmbito do Eixo Ferroviário Norte-Sul, junto com Campolide, Roma-Areeiro, Entrecampos, e Sete Rios.[9] No entanto, ao contrário dos restantes casos, em Chelas manteve-se inalterada a tipologia, e o papel desta interface no sistema USGL foi sendo progressivamente reduzido.[carece de fontes]
Século XXI
[editar | editar código-fonte]A partir de 14 de Junho de 2015, devido a alterações de horários por parte da C.P., deixaram de efectuar paragem neste apeadeiro os comboios suburbanos da família Azambuja - Alcântara-Terra, os únicos a efectuar paragem neste apeadeiro até então; com esta alteração, a Infraestruturas de Portugal (I.P.) procedeu à desactivação do apeadeiro de Chelas.[carece de fontes]
Já após 2009,[quando?] foram demolidos o edifício de passageiros e o edifício secundário (Calçada da Picheleira, 5A), restando em 2015 a sudoeste da via principal apenas uma cabina de apoio à antena de telecomunicações e outra de apoio à bilheteira automática, na superfície da qual subsistia ainda o padrão azulejar de terliça verde sobre branco,[carece de fontes] que ornamentava o lambril do edifício de passageiros.[5] Dos edifícios a nordeste da via, um foi demolido entre 1990 e 2009[quando?] e o outro entre 2015 e 2020,[quando?] nesta data sobrando de toda a antiga estação apenas as plataformas e respetivos abrigos, de construção recente[5] e em acelerado estado de degradação.[carece de fontes]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
- ↑ Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
- ↑ a b c (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
- ↑ a b c d e f Paula Figueiredo: “Apeadeiro Ferroviário de Chelas” Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (2008)
- ↑ a b TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682). p. 61-64. Consultado em 27 de Fevereiro de 2013
- ↑ «O que se fez nos Caminhos de Ferro Portugueses, durante o ano de 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1130). 16 de Janeiro de 1935. p. 50-51. Consultado em 26 de Fevereiro de 2013
- ↑ Maria Cecília (prod.) Courinha Ramos (real.): “Marvila”: Bairros Populares de Lisboa. Somar Filmes; R.T.P.: 1990.07.14 (transmissão): 10:24-10:43 («estaçãozinha muito alindada, tipo meados do século»)
- ↑ a b MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel de; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. p. 216-217. 446 páginas
- ↑ Mário Lopes: “Localização da Estação Central de Lisboa : Reflexão sobre a comparação de diferentes alternativas” Transportes em Revista 2009.02.14
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Media relacionados com o Apeadeiro de Chelas no Wikimedia Commons
- «Página com fotografias do Apeadeiro de Chelas, no sítio electrónico Railfaneurope» (em inglês)
- Apeadeiro de Chelas na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural