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Adolphe Ferrière

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 Nota: Se procura por outras acepções, veja Ferrière (desambiguação).
Adolphe Ferrière

Adolphe Ferrière.
Nome completo Adolphe Ferrière
Nascimento 30 de agosto de 1879
Genebra, Suíça
Morte 16 de junho de 1960 (80 anos)
Genebra, Suíça
Nacionalidade genebrino - suíço
Cônjuge Isabelle Bugnion
Ocupação pedagogo
Escola/tradição Escola Nova

Adolphe Ferrière (Genebra, 30 de Agosto de 1879 - Genebra, 16 de Junho de 1960) foi um pedagogista suíço cujo trabalho pedagógico está estreitamente ligado ao movimento da Escola Nova, como um dos seus fundadores e eventualmente o seu maior ideólogo.

Ficou completamente surdo com 20 anos.

Em 1908, ele conheceu Isabelle Bugnion (1885-1969), professora de ciências naturais. e casaram-se em 1910. Ela foi assistente de seu marido e, acima de tudo, trabalhou como intérprete por causa de sua surdez. Eles tiveram um filho, Claude Ferrière (1916-2002).

Foi fundador do Bureau International d´Éducation Nouvelle (1899) e, juntamente com Pierre Bovet e Edouard Claparède, do Institut Jean Jacques Rousseau (1912).

Ficou conhecido, ainda, por ser o redator dos 30 pontos da Educação Nova, publicado pela primeira vez no livro Une École Nouvelle en Belgique (1915) [trad. Uma escola nova na Bélgica (2015) ], do pedagogo português radicado na Bélgica Faria Vasconcelos.

Ajudou igualmente a criar, em 1921, durante o I Congrès Internacional de l'Éducation Nouvelle, em Calais, na França, a Ligue Internacional pour l'Éducation Nouvelle.

Foi, durante muito tempo, director e colaborador da sua revista, Pour l'ere nouvelle. Esteve, também, a frente dos trabalhos do Bureau Internacional d'Éducation (criado em 1925).[1]

A sua acção é caracterizada pela transformação e renovação da aprendizagem no Ensino, por oposição à velha escola e métodos tradicionais acusando-a de trocar a alegria do aprendiz pela inquietude, o regozijo pela gravidade, o movimento espontâneo das risadas pelo silêncio.[2]

Apresenta a finalidade da Educação como uma forma de contribuir para o desenvolvimento infantil e suas potencialidades, numa educação para a liberdade.

Propõe o conceito da Escola Nova ou Activa cujo funcionamento estaria baseado no respeito aos interesses e necessidades das crianças, na qual a maior parte das questões importantes está em resolver a confiança e autenticidade delas.[2]

Segundo Eliane Teresinha Peres, ele afirmava que: o “novo” professor deveria, entre outras coisas, ter autonomia pedagógica, dominar a ciência da infância, ser um observador tenaz, ser um provocador e condutor da espontaneidade das crianças, descobrir e despertar o interesse infantil, “ser contido” e não se antecipar às necessidades e interesses das crianças.[1]

O nosso António Sérgio ajudou a traduzir algumas da sua obras e essas prefaciou-as. Quando o faz dirige-se a ele, Ferrière, como “um grande apóstolo da Educação Nova”.[3]

Obras principais

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  • A Escola Activa, 1920.
  • A Educação Autónoma, 1926.
  • A Liberdade da Criança na Escola Activa, 1928.
  • Transformemos a Escola. Apelo aos pais e às autoridades. 1929.
  • A escola por medida pelo molde do professor (1931).
  • A Educação na Família - Novos Problemas Educacionais 1932.
  • A lei biogenetica e a Escola Activa

Referências

  1. a b Adolphe Ferrière, por Sabela Jardim, Perseu Silva, Renata Motta e Simone Cupello, Propostas e Apostas Pedagógicas em Educação Infantil, 21 de maio de 2012
  2. a b «Adolphe Ferriere, entusiasta da escola nova, Os Educadores, Reconstruir a Revista dos Educadores, ano 8 - nº 72 - 15 de maio de 2009». Consultado em 7 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 21 de fevereiro de 2014 
  3. O DIABO INVENTOU A ESCOLA? A ESCOLA ATIVA NA VISÃO DE ADOLPHE FERRIÈRE, Eliane Teresinha Peres, FaE/UFPel, CEIHE (Centro de Estudos e Investigações em História da Educação), Brasil
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