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Adolpho Bloch

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Adolpho Bloch
Adolpho Bloch
Nome completo Avram Yossievitch Bloch
Nascimento 8 de outubro de 1908
Jitomir, Império Russo (hoje parte da Ucrânia)
Morte 19 de novembro de 1995 (87 anos)
São Paulo, Brasil
Nacionalidade ucraniano, brasileiro
Progenitores Mãe: Ginda Bloch
Pai: Joseph Bloch
Cônjuge Anna Bentes Bloch (1992-1995)
Ocupação gráfico, editor, empresário
Assinatura

Adolpho Bloch GCIH, nascido Avram Yossievitch Bloch (em ucraniano: Аврам Йоссійович Блох; em russo: Аврам Йосиевич Блох) (Jitomir, Império Russo, 8 de outubro de 1908São Paulo, 19 de novembro de 1995), foi um dos mais importantes empresários da imprensa e televisão brasileira. Fundador do grupo de mídia que levava seu sobrenome, foi o criador da revista semanal Manchete, em 1952, e fundou, em 1983, a Rede Manchete, hoje extinta.

Era primo do escritor Pedro Bloch,[1] tio-avô do ator Jonas Bloch e tio-bisavô da atriz Débora Bloch.

A vida do editor, gráfico e empresário

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Coleção História do Brasil (Bloch Editores), editada por Adolfo Bloch em 1972.

O fato da família Bloch ser de origem judaica fez com que se envolvessem em muitos problemas em 1917, na época da Revolução Russa. Um desses problemas era a fome, e sendo assim, junto com dezessete parentes, Adolpho Bloch deixou sua localidade natal, Jitomir, para morar em Kiev. Em 1921, deixou a Ucrânia definitivamente, chegando a morar 9 meses em Nápoles, na Itália. Somente em 1922, os Bloch chegaram ao Rio de Janeiro.

A família Bloch chegou à então capital federal trazendo consigo apenas um pequeno pilão, utilizado para espremer especiarias. E foi pelo fato de chegar ao Brasil somente com o pilão, que foi explicado o título de sua biografia "O Pilão", lançada na década de 1980.

Os Bloch investiram a pequena economia no mesmo ramo com o qual trabalhavam quando moravam na Rússia: o gráfico. Já em 1923 compraram uma pequena impressora manual e começaram rodando folhas numeradas para o hoje ilegal jogo do bicho. Esta era a primeira tipografia na vida de Adolpho Bloch.

Durante a década de 1940, Adolpho trabalhou na editora Rio Gráfica, de Roberto Marinho. Na mesma década, Seu Adolpho era amigo de artistas e políticos, além de ser frequentador da área boêmia do Rio. Lá, existia o Grêmio Recreativo Familiar Kananga do Japão, onde ele ia para as rodas de gafieira. Esse lugar inspiraria a novela Kananga do Japão, da Rede Manchete, em 1989, da qual Adolpho foi idealizador.

Em 26 de abril de 1952, Adolfo Bloch lançou o primeiro número da revista Manchete, publicando um semanário de âmbito nacional. A partir daí, foi o início da construção de um dos maiores impérios de mídia da América Latina.

Desde sua fundação até meados da década de 1970, a Bloch Editores ficava sediada na rua Frei Caneca, no centro do Rio. Em seguida, a sede foi transferida para a Rua do Russel, no bairro da Glória (Zona Sul carioca). A Bloch Editores também publicava livros e revistas dos mais variados segmentos.

Além da revista (que se tornou a mais lida do Brasil, ganhando projeção mundial), outra realização de Seu Adolpho foi a amizade com o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Adolpho Bloch foi, para JK, um amigo muito próximo. Quando o ex-presidente faleceu, em 1976, Adolpho quase obrigou para que o corpo fosse velado no saguão do prédio-sede de sua editora, na Glória. 19 anos depois, foi a vez do próprio Bloch ser velado no mesmo lugar.

Diferentemente do que muitos imaginam, a comunicação eletrônica nunca despertou o interesse do empresário e jornalista. Mas em 1980, pelas mãos dele e de seu sobrinho Pedro Jack Kapeller, foram lançadas a Rede Manchete de Rádio FM, com 5 emissoras pelo Brasil e a Rádio Manchete AM, no Rio de Janeiro.

No início da década de 1980, Adolpho Bloch designou um grupo de diretores e funcionários da Bloch Editores para cuidar do projeto da Rede Manchete de Televisão. Quando voltou de viagem aos Estados Unidos em 1981, ele encontrou o projeto de TV bastante adiantado, mas não estava a par de quase nada. Em 19 de agosto de 1981, os irmãos Adolpho e Oscar Bloch e o ex-braço direito Pedro Jack Kapeller agradeceram o governo brasileiro por ter dado as quatro concessões que eram da Rede Tupi e prometeram fazer uma televisão de primeira qualidade. E mais: o investimento numa rede de televisão não estava entre as suas prioridades, pois segundo o próprio Adolpho, queria continuar investindo na editora e concretizar o projeto de fabricar latas de alumínio. Ele relutava consigo e custou-lhe a ideia de ter a sua estação de TV. Mas quando aderiu, e seguindo o seu temperamento, foi para valer. Em 5 de junho de 1983, depois de vários adiamentos, a Rede Manchete era finalmente inaugurada.

No Mesmo Ano, Adolpho, comprou a Rádio Clube do Pará, que ficou em suas mãos até 1992.

Adolpho Bloch no desfile da Unidos do Cabuçu, em 1991

A 26 de novembro de 1987 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.[2]

No início de novembro de 1995, Adolpho Bloch foi internado no hospital da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, para tratar dois problemas: embolia pulmonar e disfunção da prótese da válvula mitral do coração. Na madrugada do dia 18 para o dia 19, seu quadro agravou-se, e ele precisou ser operado, mas não resistiu. "Seu Adolpho" faleceu no dia 19 de novembro de 1995 aos 87 anos, sem ter tido filhos. Deixava apenas a esposa, Anna Bentes, com quem vivia desde 1980, tendo o seu casamento oficializado apenas em 1992. Com isso, as empresas de seu grupo passaram para o controle do sobrinho de Bloch, Pedro Jack Kapeller (conhecido como Jaquito), que ficou no comando destas até o ano 2000, quando o Conglomerado Bloch foi à falência.

Em 1998 é inaugurada uma Escola Técnica com o seu nome, localizada no bairro do Maracanã, no Rio de Janeiro. A Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch é a única escola pública de Comunicação da América Latina.

Representações na cultura

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Referências

  1. Morre o médico e escritor Pedro Bloch
  2. «Cidadãos Estrangeiras Agraciados com Ordens Nacionais». Resultado da busca de "Adolfo Bloch". Presidência da República Portuguesa (Ordens Honoríficas Portuguesas). Consultado em 1 de março de 2016 

Ligações externas

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