A Cidade Sitiada
| A Cidade Sitiada | |
|---|---|
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| Autor(es) | Clarice Lispector |
| Idioma | português |
| País | Brasil |
| Editora | A Noite |
| Lançamento | 1949 |
A Cidade Sitiada é o terceiro romance da escritora brasileira Clarice Lispector publicado originalmente em 1949. A obra segue a história de Lucrécia Neves, que presencia as transformações causadas pela modernização da cidade e anseia sair do subúrbio de São Geraldo, no Rio de Janeiro.[1]
Este romance foi idealizado durante o exílio de Clarice e seu marido, Maury Gurgel, em Berna, na Suíça. Em cartas à irmã, a autora revelou que seu período exilada foi um momento de "excessiva solidão" em que a escrita preenchia seus "dias vazios".[2] Para a crítica literária, a trajetória de Lucrécia é paralela à de Clarice em Berna: ambas vivenciam a modernização e as mudanças do cotidiano, e A Cidade Sitiada consolida-se como uma "crônica de um subúrbio em transformação".[3]
De modo geral, a obra foi mal recebida pelo público e pela crítica à época, sendo mais estudada anos depois. Logo após sua publicação, Sérgio Milliet, Sérgio Buarque de Holanda e Carlos David escreveram negativamente sobre o romance, destacando certo "preciosismo" e "linguagem difícil".[4]
Referências
- ↑ Villares, Lúcia (2010). «Modernization and the phantasmagoria of commodities in Clarice Lispector's A cidade sitiada». The Bulletin of Hispanic Studies. 87 (4): 473-487. doi:10.3828/bhs.2010.13
- ↑ Silveira, Vanalucia Soares; Rodrigues, Hermano de França (2020). «A dor da solidão: erotização do olhar em A cidade sitiada». DLCV – Língua, Linguística & Literatura. 16 (2): e020015. doi:10.22478/ufpb.2237-0900.2020v16n2.54615
- ↑ Nunes, Benedito (1989). O drama da linguagem: uma leitura de Clarice Lispector (PDF). São Paulo: Editora Ática. ISBN 9788508032730
- ↑ Jeronimo, Thiago (2020). «A mulher sitiada de Clarice Lispector: o serafim coxo». Cadernos de Língua e Literatura Hebraica (18): 2-16. doi:10.11606/issn.2317-8051.cllh.2020.178661
