41.º governo republicano (Portugal)
Aspeto
O 41.º governo da Primeira República Portuguesa[Nota 1] nomeado a 22 de novembro de 1924 e exonerado a 15 de fevereiro de 1925, foi liderado por José Domingues dos Santos. Por ser formado por personalidades da fação mais à esquerda ("canhota") do Partido Democrático, ficou para a histórica como Governo Canhoto.
A sua constituição era a seguinte:[1][2]
Cargo | Detentor | Período | |
---|---|---|---|
Presidente do Ministério | José Domingues dos Santos (1887–1958) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro do Interior | José Domingues dos Santos (1887–1958) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro da Justiça e dos Cultos | Pedro de Castro (1867–1943) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro das Finanças | Manuel Pestana Júnior (1886–1969) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro da Guerra | Hélder Ribeiro (1883–1973) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro da Marinha | José Domingues dos Santos (interino) (1887–1958) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro dos Negócios Estrangeiros | João de Barros (1881–1960) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro do Comércio e Comunicações | Plínio Silva (1890–1948) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro das Colónias | Carlos de Vasconcelos (1883–1928) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro da Instrução Pública | António de Sousa Júnior (1871–1938) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro do Trabalho | João de Deus Ramos (1878–1953) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 | |
Ministro da Agricultura | Ezequiel de Campos (1874–1965) |
22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925 |
Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ Este governo poderá ser numerado de diversas formas:
a) 39.º governo — caso não sejam contabilizados nem o Governo Provisório (1910–1911), apenas provisório e não constitucional, nem o governo de Fernandes Costa (1920), que não tomou posse, e caso a recondução do governo de Sá Cardoso após o governo falhado de Fernandes Costa seja considerada como a continuação natural do mesmo governo;
b) 40.º governo
b1) caso não seja contabilizado o Governo Provisório e seja contabilizado o governo falhado de Fernandes Costa, não contando no entanto a recondução do governo de Sá Cardoso após o governo falhado de Fernandes Costa como formação de um novo governo;
b2) caso seja contabilizado o Governo Provisório, mas não o governo falhado de Fernandes Costa, e não contando a recondução do governo de Sá Cardoso após o governo falhado de Fernandes Costa como formação de um novo governo;
b3) caso não seja contabilizado nem Governo Provisório, nem o governo falhado de Fernandes Costa, mas a recondução do governo de Sá Cardoso após o governo falhado de Fernandes Costa conte como formação de um novo governo;
c) 41.º governo
c1) caso sejam contabilizados o Governo Provisório e o governo falhado de Fernandes Costa, e a recondução do governo de Sá Cardoso após o governo falhado de Fernandes Costa seja considerada como a continuação natural desse governo;
c2) caso não seja contabilizado o Governo Provisório, seja contabilizado o governo falhado de Fernandes Costa, e a recondução do governo de Sá Cardoso após o governo falhado de Fernandes Costa conte como formação de um novo governo;
c3) caso seja contabilizado o Governo Provisório, mas não o governo falhado de Fernandes Costa, e que conte a recondução do governo de Sá Cardoso após o governo falhado de Fernandes Costa como formação de um novo governo;
d) 42.º governo — caso sejam contabilizados o Governo Provisório e o governo falhado de Fernandes Costa, bem como a recondução do governo de Sá Cardoso após o governo falhado de Fernandes Costa seja considerada como formação de um novo governo.
Para efeitos práticos, neste artigo e em artigos relacionados na Wikipédia, incluem-se na contagem dos governos da Primeira República Portuguesa o Governo Provisório (1.º governo) e o governo de Fernandes Costa (22.º governo), não contando no entanto a recondução do governo de Sá Cardoso após o governo falhado de Fernandes Costa como um novo governo. Isto é, ao 21.º governo (de Sá Cardoso), segue-se o 22.º (de Fernandes Costa), seguindo-se novamente o 21.º reconduzido, sendo este por sua vez sucedido pelo 23.º governo (de Domingos Pereira).
Referências
- ↑ Guimarãis, Alberto Laplaine; Ayala, Bernardo Diniz de; Machado, Manuel Pinto; António, Miguel Félix. «42.º Ministério». Os Governos da República: 1910–2010. Lisboa: Edição dos autores. p. 293. ISBN 978-989-97322-0-9
- ↑ Maltez, José Adelino. «Governo de José Domingues dos Santos (1924–1925)». Politipédia — Repertório Português de Ciência Política. Observatório Político. Consultado em 19 de fevereiro de 2013