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Mauritshuis

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Mauritshuis
Mauritshuis
Entrada Frontal (2007)
Informações gerais
Tipo Museu de arte
Arquiteto(a) Jacob van Campen
Inauguração 1822 [1]
Visitantes 250,000 (2007) [2]
Diretor(a) E.E.S. Gordenker [3]
Página oficial http://www.mauritshuis.nl/
Geografia
País Países Baixos
Localidade Haia,
Países Baixos
Coordenadas 52° 04′ 49″ N, 4° 18′ 51″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

A Mauritshuis (em português: "Casa de Maurício") é um prédio histórico e um museu de Haia, um dos mais importantes dos Países Baixos. Seu nome se deve ao fato de ter sido construída por ordem de João Maurício de Nassau, que foi governador do Brasil holandês no século XVII, e hoje é a sede da Real Galeria de Pinturas de Maurishuits, que possui um importante acervo de arte.

A Mauritshuis é um dos primeiros e mais belos e puros exemplares de arquitetura classicista nos Países Baixos, e foi mandada construir pelo conde Maurício no período em que ele estava no Brasil. O projeto foi do arquiteto Jacob van Campen, assistido por Pieter Post. O arquiteto foi um dos introdutores na Holanda dos princípios arquiteturais derivados da tradição greco-romana. Outras fonte de inspiração foram os edifícios dos italianos Vincenzo Scamozzi e Andrea Palladio, de quem deriva o uso da chamada ordem colossal, com pilastras atravessando toda a fachada, característica que era uma novidade naquela região da Europa. O palácio foi erguido em um dos bairros mais elegantes de Haia à época, e originalmente seus jardins ocupavam uma extensão maior.

A planta mostra grande simetria em seu arranjo, com vários apartamentos de mesma distribuição, organizados em torno de um salão que se repete em ambos os pavimentos. O salão do piso superior é o ponto alto da Mauritshuis, com um teto em cúpula com um mezzanino pelo interior, onde os músicos se colocavam para animar os banquetes e reuniões elegantes.

Jan Vermeer: Rapariga com Brinco de Pérola, c. 1665
Rembrandt: A lição de anatomia do Dr. Tulp, 1632

Originalmente os ambientes internos eram decorados com as coleções de artefatos e naturalia reunidas pelo conde no Brasil, com tudo o que era considerado exótico pelos holandeses, como armas, utensílios e indumentária indígena, animais empalhados, pedras, corais e uma diversidade de objetos. Além desta miscelânea a mansão tinha afrescos nas paredes representando paisagens brasileiras e uma série de pinturas de cavalete realizadas por Albert Eckhout e Frans Post com temas do Brasil. Boa parcela desta grande coleção não permaneceu na Mauritshuis por muito tempo, tendo sido oferecida por Maurício em suas atividades diplomáticas, o que foi uma fortuna, salvando o acervo do incêndio que destruiu todo o palácio em 1704. Daquele período só restaram como testemunho os minuciosos desenhos realizados por Pieter Post.

Logo em seguida o Estado holandês decidiu restaurar o prédio com recursos obtidos em loterias. O exterior permaneceu como o original, mas o interior foi decorado segundo o gosto do século XVIII, inspirado no estilo francês e realizado com muito luxo, incluindo novos afrescos pintados por Giovanni Antonio Pellegrini.

Em 1820 o edifício foi comprado pelo governo para servir de sede ao Real Gabinete de Pintura e do Real Gabinete de Raridades, abrindo suas portas ao público em 1822. Em 1875 a coleção de raridades foi removida para outro local, permitindo uma melhor acomodação do grande acervo de pinturas que foi sendo reunido.

Entre 1982 e 1987 o prédio recebeu reformas para adaptá-lo às exigências contemporâneas de conservação e exibição de obras de arte, com a construção de salas de administração no subsolo. Em 1995 a administração da coleção foi privatizada através da criação de uma fundação, com a criação concomitante de diversos departamentos novos para administrar e conservar as obras, permanecendo tanto o prédio como seu acervo propriedade estatal.

A Real Galeria de Pinturas

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Seu acervo compreende atualmente aproximadamente 800 trabalhos de pintura, mais 50 miniaturas, 20 esculturas e alguns desenhos e gravuras. Sua origem está nas cerca de 200 obras que estavam em posse de Guilherme V, Príncipe de Orange, transferidas para o Estado holandês por seu filho, o rei Guilherme I com a denominação de Real Gabinete de Pintura.

Durante a ocupação francesa no tempo de Napoleão as obras foram confiscadas e levadas a Paris, sendo exibidas no Louvre, voltando à Holanda somente em 1815 e sendo depositadas na Galeria de Buitenhof. Contudo este prédio era por demais pequeno, e em 1822 a coleção voltou à sua casa original, passando a ser ampliada através de uma política de novas aquisições, levada a cabo de modo sistemático a partir de 1875, embora jamais tenha havido uma preocupação de formar uma coleção ilustrativa da história da arte, permanecendo centrada na aquisição de peças cujo valor estava em sua qualidade e não em sua pertinência para uma visão curatorial qualquer, apenas tentando-se aprimorar o que historicamente sempre fora o seu forte, a pintura holandesa e flamenga. Diversos doadores também fizeram importantes contribuições para o enriquecimento da coleção, entre eles Arnoldus Andries des Tombe, Abraham Bredius e Sir Henri Deterding.

Dentre as principais obras-primas que a Real Galeria de Pinturas possui estão:

Referências

  1. «The Mauritshuis is turned into a museum». Mauritshuis. Consultado em 8 de agosto de 2008 
  2. «Dutch Portraits draws 96,000 visitors» (Nota de imprensa). Mauritshuis. 15 de janeiro de 2008. Consultado em 8 de agosto de 2008 
  3. «Management». Mauritshuis. Consultado em 8 de agosto de 2008 

Ligações externas

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