Usuário:DAR7/Testes/Geografia do Brasil/Maranhão: diferenças entre revisões
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{{Coord|display=title|05|08||S|45|14||W|type:region}} |
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{{ver desambiguação}} |
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{{Info/Estado do Brasil |
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<!-- Cabeçalho --> |
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|nome = Maranhão |
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|preposição = do |
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|descrição_brasão = Brasão do Maranhão |
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|descrição_bandeira = Bandeira do Maranhão |
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|leg_brasão = Brasão do Maranhão |
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|leg_bandeira = Bandeira do Maranhão |
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|hino = [[Hino do Maranhão]] <center><center> |
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|localização = Maranhao in Brazil.svg |
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|mapa = Brazil Maranhao location map.svg |
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|região = Nordeste |
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|capital = [[Imagem:Brasão de São Luís.svg|13px]] [[São Luís (Maranhão)|São Luís]] |
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|vizinhos = [[Piauí]] (leste), [[Tocantins]] (sudoeste) e [[Pará]] (oeste) |
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|regiões_intermediárias = 5 |
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|regiões_imediatas = 22 |
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|municípios = 217 |
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|governador = [[Carlos Brandão Junior|Carlos Brandão]] |
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|partido_gov = [[Partido Socialista Brasileiro|PSB]] |
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|vice_governador =[[Felipe Camarão]] |
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|partido_vice =[[Partido dos Trabalhadores|PT]] |
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|área_total = 329651.496 |
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|área_pos = 8 |
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|dep_federais = 18 |
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|dep_estaduais = [[Assembleia Legislativa do Maranhão|42]] |
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|senador1 = [[Ana Paula Lobato]] ([[Partido Democrático Trabalhista|PDT]]) |
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|senador2 = [[Eliziane Gama]] ([[Partido Social Democrático (2011)|PSD]]) |
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|senador3 = [[Weverton Rocha|Weverton]] ([[Partido Democrático Trabalhista|PDT]]) |
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|população_censo = 6775152 |
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|população_censo_ref =<ref name="IBGE_2022">{{citar web|url=https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/|título=Panorama|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)|acessodata=2 de julho de 2022}}</ref> |
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|população_censo_ano = 2022 |
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|população_estimada = 7153262 |
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|população_estimada_pos = 12 |
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|densidade_pos = |
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|clima = [[tropical]] |
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|classificação_clima = Af/Aw |
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|indicador_ano = 2010/2015 |
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|indicador_ref = <ref name="EVN_TMI">{{citar web|url=ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Completas_de_Mortalidade/Tabuas_Completas_de_Mortalidade_2015/tabua_de_mortalidade_analise.pdf|título=Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015|publicado=IBGE|acessodata=2 de dezembro de 2016}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=P6&uf=00|título=Sinopse do Censo Demográfico 2010|publicado=IBGE|acessodata=2 de dezembro de 2016}}</ref> |
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|alfabetização_ano = 2010 |
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|alfabetização = 80,7 |
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|alfabetização_pos = 24 |
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|mort_infantil_ano = 2015 |
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|mort_infantil = 22,4 |
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|mort_infantil_pos = 2 |
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|esp_vida_ano = 2015 |
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|esp_vida = 70,3 |
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|esp_vida_pos = 27 |
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|IDH = 0.676 |
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|IDH_ref = <ref name="PNUD_2021">{{Citar web |url=http://www.atlasbrasil.org.br/ranking |título=Atlas Brasil: Ranking |autor=Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP |acessodata=27-3-2023}}</ref> |
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|IDH_ano = 2021 |
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|IDH_pos = 27 |
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|PIB_ref = <ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101975_informativo.pdf|título=Sistema de Contas Regionais: Brasil 2020|data=|acessodata=16-11-2022|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)}}</ref> |
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|PIB_total = 106.916 bilhões |
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|PIB_ano = 2020 |
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|PIB_pos = 17 |
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|PIB_per_capita = 15.027,69 |
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|PIB_per_capita_pos = 27 |
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|gentílico = Maranhense |
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|rodapé = |
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O '''Maranhão''' é uma das 27 [[Unidades federativas do Brasil|unidades federativas]] do [[Brasil]]. Encontra-se situado a oeste da [[Região Nordeste do Brasil|região Nordeste]]. Possui como limites: ao norte, com o [[oceano Atlântico]]. A leste, com o [[Piauí]]. Ao sul e a sudoeste, com o [[Tocantins]]. E a oeste, com o [[Pará]]. Abriga uma superfície de 331 937,450 km², com cerca de sete milhões de moradores. [[São Luís (Maranhão)|São Luís]] é a capital. Conta com [[Lista de municípios do Maranhão|217 municípios]]. São Luís, [[Imperatriz (Maranhão)|Imperatriz]], [[São José de Ribamar]], [[Timon]], [[Caxias (Maranhão)|Caxias]], [[Paço do Lumiar]], [[Codó]], [[Bacabal]] e [[Açailândia]] são as principais cidades.<ref name=":0">{{citar web|url=http://www.brasil.gov.br/mapa/maranhao.htm|titulo=Maranhão|acessodata=28-01-2023|website=www.brasil.gov.br|arquivourl=https://web.archive.org/web/19980131200132/http://www.brasil.gov.br/mapa/maranhao.htm|arquivodata=31-01-1998}}</ref> |
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Com altitudes baixas e topografia média, possui um relevo moderado, com mais de 90% da área aquém dos 300 metros. Os rios mais importantes são: [[Rio Gurupi|Gurupi]], [[Rio Tocantins|Tocantins]], [[Rio Mearim|Mearim]], [[Rio Pindaré|Pindaré]], [[Rio Parnaíba|Parnaíba]], [[Rio Itapecuru|Itapecuru]] e [[Rio Turiaçu|Turiaçu]]. Sua [[economia]] está alicerçada em cinco setores. São eles: na [[indústria]] (beneficiamento de [[alumínio]] e [[Óxido de alumínio|alumina]], [[Indústria madeireira|madeireira]], [[Indústria alimentar|alimentícia]]), de [[Setor terciário|serviços]], [[extrativismo]] ([[babaçu]]), [[agricultura]] ([[milho]], [[arroz]], [[mandioca]]) e [[pecuária]].<ref name=":0" /> |
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[[João III de Portugal|D. João III]] concedeu a região do [[Capitania do Maranhão|Maranhão]], subdividida em duas [[Capitanias do Brasil|capitanias]], para [[Aires da Cunha]] e [[Fernando Álvares de Andrade]], em 1535. A partir de então, até a instalação dos [[franceses]] em 1612 ([[França Equinocial]]), [[Portugal]] não ficou sabendo da região. Em 1615, os [[portugueses]], chefiados por [[Jerônimo de Albuquerque Maranhão|Jerônimo de Albuquerque]], repeliram os franceses e, em 1621, fundaram o [[Estado do Grão-Pará e Maranhão|Estado do Maranhão e do Grão-Pará]]. Em 1641, os [[Neerlandeses|holandeses]] invadiram a [[Upaon-Açu|ilha de São Luís]], de onde foram desalojados em 1644. A partir daí, firmou-se o [[Império Português|domínio português]]. Em 1772, houve o desmembramento entre [[Capitania do Maranhão|Maranhão]] e [[Capitania do Grão-Pará|Grão-Pará]].<ref name=":0" /> |
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O reconhecimento da independência ocorreu somente em 1823, devido à intensa pressão de Portugal. E depois da intercessão do almirante [[Thomas Cochrane, 10.º Conde de Dundonald|Cochrane]], a pedido de [[Pedro I do Brasil|D. Pedro I]]. Em 1831, eclodiu a [[Setembrada]], que defendia o despejo dos [[Frade|frades]] [[franciscanos]] e dos portugueses, e, em 1838, a [[Balaiada]], uma insurreição popular contrária à [[aristocracia]] rural. A economia entrou em declínio com a [[Abolicionismo no Brasil|abolição da escravatura]], só chegando a se restabelecer no decorrer da [[Primeira Guerra Mundial]].<ref name=":0" /> |
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== Etimologia == |
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Os [[tupinambás]] habitavam inicialmente a região, estes consideravam-se filhos do [[Deus|grande ancestral e herói]] “[[Maíra (mitologia)|Maíra]]”, assim o [[topônimo]] “Mairi”, utilizado para representar o território tupinambá (atuais estados brasileiros do [[Amapá]], Pará e [[Maranhão]]), com origem no [[Língua nheengatu|nheengatu]], significaria inicialmente o “território de Maíra” ou “terra dos filhos de Maíra”.<ref name=":5">{{citar livro|url=https://revistas.ufrj.br/index.php/policromias/article/viewFile/52550/28678|título=Mairi a terra de maíra: a ancestralidade indígena eclipsada em Belém|ultimo=Neves|primeiro=Ivânia dos Santos|editora=Policromias revista do discurso, imagem e som|volume=7|local-publicacao=Rio de Janeiro|data-publicacao=2022|páginas=178-205|acessodata=2022-10-11|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220928194216/https://revistas.ufrj.br/index.php/policromias/article/viewFile/52550/28678|arquivodata=2022-09-28}}</ref> Mas esta divindade foi associada aos “homens [[brancos]]” e, em especial, aos navegadores franceses, chamados de “Maíras”<ref>NAVARRO, E. A. ''Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil''. São Paulo. Global. 2013. p. 254</ref> ou “Mair”, e assim a região de “Mairi” passou a representar o “lugar dos franceses”.<ref name=":5" /> |
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Segundo o historiador [[Francisco de Assis Barbosa]], uma das várias [[Etimologia|etimologias]] propostas é o [[língua tupi|tupi-guarani]] ''para'', “mar”, ''na'', ''ana'', “parecido”, e ''nhã'', “partir, dirigir-se, descer”. Ou seja, o [[rio Marañón]] (“[[caju]]” em [[Língua castelhana|espanhol]]) era similar a um oceano que desce. Conforme o [[Filologia|filólogo]], [[Linguística|linguista]] e [[Lexicografia|lexicógrafo]] [[Antenor Nascentes]], são inúmeras as etimologias sugeridas, todas elas não apropriadas e presume:<ref name="Revista Galileu">{{citar web|data=fevereiro de 2007|acessodata=28 de setembro de 2013|publicado=Revista Galileu|ultimo=Girardi|primeiro=Giovana|URL=http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT498531-1716-5,00.html|título=Índios, santos e geografia|arquivodata=29 de outubro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131029214658/http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT498531-1716-5,00.html}}</ref><ref name=":7">{{citar web|url=https://www.dicionarioetimologico.com.br/maranhao/|titulo=Origem da palavra “Maranhão”|data=2019|acessodata=4 de maio de 2019|publicado=Dicionário Etimológico|arquivodata=30 de janeiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190130045429/https://www.dicionarioetimologico.com.br/maranhao/}}</ref><ref>{{Harvnb|Nascentes|1952|pp=190–191}}.</ref><ref name=":02">{{Harvnb|Houaiss|Costa Filho|Barbosa|1993|pp=7229–7230}}.</ref> |
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{{Quote2|texto=''A questão, apesar de todos esses esforços, continua sem solução. O nome do rio passou ao [[Estado do Grão-Pará e Maranhão|Estado do Maranhão]] (1621), que abrangia as [[Capitanias do Brasil|capitanias]] do [[Capitania do Grão-Pará|Pará]] e do [[Capitania do Ceará|Ceará]], à [[Províncias do Brasil|província]] (1822) e, finalmente, ao [[Unidades federativas do Brasil|Estado federativo]] (1889).''|autor=Antenor Nascentes (1952)|fonte=''Dicionário etimológico da língua portuguesa'', t. II, pp. 190–191.}} |
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Os naturais do estado do Maranhão são denominados [[Maranhense|''maranhenses'']].<ref>{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/adjetivos-patrios-veja-gentilicos-dos-estados-do-brasil.htm|titulo=Veja gentílicos dos Estados do Brasil|publicado=UOL Educação|acessodata=19 de dezembro de 2010|arquivodata=30 de outubro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131030082107/http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/adjetivos-patrios-veja-gentilicos-dos-estados-do-brasil.htm}}</ref> Segundo o [[Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa|Dicionário Houaiss]], o [[substantivo]] [[Língua portuguesa|português]] ''maranhão'' também pode ser sinônimo de “grande mentira ou mexerico”.<ref>{{Harvnb|Houaiss|Villar|Franco|2009|p=1242}}.</ref> |
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Em 1615, o [[Companhia de Jesus|jesuíta]] [[Manuel Gomes|Padre Manuel Gomes]] afirmou que a designação do Rio Maranhão procedeu da denominação de Antônio Maranhon, navegador espanhol. Ele assegura ainda que era cognominado de Rio Orellana, em homenagem a Francisco Orellana, outro navegador espanhol, além de Rio Amazonas, por atravessar as terras das amazonas.<ref>{{Citar web|url=https://purl.pt/15266|titulo=[Carta de Manuel Gomes sobre a expedição de missionários Jesuitas no norte do Brasil em 1618, que acompanhou o general Alexandre de Moura na conquista do Maranhão aos franceses, e em que dá notícia da missão e da sua viagem para Portugal], 2 de Julho de 1 - Biblioteca Nacional Digital|acessodata=2023-10-31|website=purl.pt}}</ref> |
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No ano de 1720, o jesuíta Domingos de Araújo escreveu o livro “''Crônica da Companhia de Jesus da Missão do Maranhão''”. Ele afirmou nesta obra que a denominação foi concedida por uma expedição mandada por [[Cristóvão Jacques|Cristóvão Jaques]]. Quando viu o [[rio Amazonas]], referiu-se à região como “Maranhão” (grande mar).<ref>{{citar web|url=http://www.historia.uff.br/stricto/td/1626.pdf|título=Crônica e História: a Companhia de Jesus e a Construção da História do Maranhão|publicado=www.historia.uff.br|acessodata=2020-07-14|arquivodata=2020-07-25|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200725193528/https://www.historia.uff.br/stricto/td/1626.pdf}}, acesso em 26 de novembro de 2016).</ref> |
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No contexto histórico brasileiro, a mais antiga referência à região do Maranhão aconteceu na época antes da fundação das [[Capitanias do Brasil|capitanias hereditárias]], denominada de Conquista do Maranhão.<ref name="portugalweb2">{{Citar web|url=http://www.portugalweb.net/portugalnomundo/america/maranhao/historia.htm|titulo=Governador-geral do Estado do Maranhão|acessodata=12/05/2017|publicado=Portugalweb|ultimo=|primeiro=|arquivodata=2019-04-30|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190430143430/http://www.portugalweb.net/portugalnomundo/america/maranhao/historia.htm}}</ref> Depois foram fundadas ambas as seções da [[Capitania do Maranhão]], no ano de 1534.<ref name=":46" /><ref name=":39">{{citar web|url=http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/cap_hereditarias.html|título=O Sistema de Capitanias Hereditárias|publicado=Portal MultiRio|acessodata=2017-02-06|arquivodata=2017-06-14|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170614173343/http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/cap_hereditarias.html}}</ref> |
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== História == |
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{{Artigo principal|História do Maranhão}} |
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=== Povos indígenas, período colonial e imperial === |
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{{Artigo principal|Povos indígenas do Maranhão|França Equinocial|Nova Holanda|Invasões holandesas no Brasil|Guerra da Independência do Brasil}} |
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| align = left |
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| width = 220 |
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| image1 = Claude d'Abbeville, Histoire de la mission, cruz.png |
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| caption1 = Desenho da publicação de [[Claude d'Abbeville]], “''Histoire de la mission…''” (Paris, 1614): erguimento da cruz na colônia da França Equinocial. |
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| image2 = Maragnon.jpg |
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| caption2 = ''Maragnon'', de autoria de [[Frans Jansz]], ilustração elaborada em 1645. |
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| image3 = São Luis do Maranhão em mapa de 1629 por Albernaz I.PNG |
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| caption3 = [[São Luís do Maranhão]] em mapa elaborado por Albernaz I em 1629. |
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Durante o [[Descoberta do Brasil|Descobrimento do Brasil]] pelos [[portugueses]], indígenas do grupo [[Macro-tupi|tupi]], na costa, e do [[Macro-jê|jê]], no [[Sertania|interior]], povoavam as terras que conhecemos hoje como o estado do Maranhão. Dentre as nações do grupo tupi, sobressaíam os [[guajajaras]] e os urubus, que foram somente apaziguados no século XX. Dois povos estão subordinados, sobretudo, ao grupo jê: [[timbiras]] e sacamecrãs. Diversas etnias, oriundas do [[Piauí]], entraram no Maranhão no decorrer do [[século XVIII]], escapando da perseguição [[Brancos|caucasiana]].<ref name=":3">{{citar livro|título=História do Maranhão|ultimo=Meireles|primeiro=Mario Martins|editora=Serviço de Documentação do DASP|ano=1960|local=Rio de Janeiro|páginas=395}}</ref><ref name=":4">{{citar livro|título=História do Maranhão|ultimo=Lima|primeiro=Carlos de|editora=Centro Gráfico do Senado Federal|ano=1981|local=Brasília|páginas=224}}</ref><ref>{{Harvnb|Arruda|1988|p=5072}}.</ref> |
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Não existem notícias exatas a respeito das mais antigas expedições que desbravaram o [[litoral]] do Maranhão. Alguns historiadores creem que, em 1500, o navegador espanhol [[Vicente Yáñez Pinzón]] tenha explorado todo o litoral setentrional brasileiro, entre [[Pernambuco]] e o [[delta do Amazonas]]. Desde 1524, a costa maranhense foi percorrida frequentemente pelos [[franceses]].<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2">{{Harvnb|Mascarenhas|Biasi|Coltrinari|Moraes|1998|p=3800}}.</ref> |
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Em 1531, [[Martim Afonso de Sousa]] exigiu que [[Diogo Leite]] desbravasse o litoral setentrional brasileiro. Ele veio para a embocadura do [[rio Gurupi]], onde é hoje a divisa Maranhão-Pará. Na fundação das [[Capitanias do Brasil|capitanias]], em 1534, o Maranhão foi fragmentado em [[Capitania do Maranhão|dois quinhões]]. Um era concedido para Fernão Álvares de Andrade e outro para [[João de Barros]] e [[Aires da Cunha]].<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":39" /><ref name=":46">{{Harvnb|Bueno|2003|pp=43–44}}.</ref><ref name=":2" /> |
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{{Imagem múltipla |
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| image1 = Thomas Cochrane, 10th Earl of Dundonald.jpg |
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| caption1 = [[Lord Cochrane]]. |
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| image2 = Mapa do Estado do Maranhão.tif |
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| caption2 = Mapa do Estado do Maranhão. [[Arquivo Nacional (Brasil)|Arquivo Nacional]]. |
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A expedição organizada pelos três [[Donatário|donatários]], para começar a conquistar e povoar suas terras, fracassou, em um naufrágio próximo à ilha de [[Upaon-Açu]]. Em função disso, a capitania foi entregue para o monarca. Em meados do [[século XVI]], os franceses continuaram percorrendo o litoral do Maranhão e começaram a povoar a região. No ano de 1615, o [[Exército Português|exército de Portugal]] derrotou a [[França Equinocial]], fundada pelos franceses em 1612. A chegada de [[Açores|açorianos]], conduzidos pelos lusitanos, fortaleceu finalmente o [[Império Português|domínio português]].<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2" /> |
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Desde então, em função do grande desenvolvimento da região, em 1621, foi fundado o então [[Estado do Grão-Pará e Maranhão|Estado do Maranhão]]. Seu território se estendia do [[Ceará]] até o [[Amazonas]]. Foi desmembrado do [[Estado do Brasil]] e pertencia diretamente ao [[Reino de Portugal]].<ref name="an2">{{Citar web|url=http://linux.an.gov.br/mapa/?p=4652|titulo=Estado do Maranhão e Grão-Pará: primeiros anos de ocupação, expansão e consolidação do território|acessodata=12/05/2017|publicado=an|ultimo=Camargo|primeiro=Angélica Ricci|arquivodata=2019-01-19|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190119121236/http://linux.an.gov.br/mapa/?p=4652}}</ref><ref>{{Harvnb|Arruda|1988|p=5073}}.</ref><ref>{{citar web|url=http://www.diariodopara.com.br/impressao.php?idnot=141054|acessodata=19 de outubro de 2015|publicado=Diário do Pará|título=Pará também nasceu de uma divisão|arquivodata=26 de dezembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151226024658/http://www.diariodopara.com.br/impressao.php?idnot=141054}}</ref><ref name="autogenerated1">{{citar periódico|título=A formação territorial do espaço paraense: dos fortes à criação de municípios|url=http://revista.ufrr.br/index.php/actageo/article/viewFile/204/364|acessodata=2019-05-04|arquivodata=2020-10-18|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201018164420/https://revista.ufrr.br/index.php/actageo/article/viewFile/204/364}}</ref> |
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Em 1641, os [[neerlandeses]] ocuparam a cidade de [[São Luís (Maranhão)|São Luís]]. Três anos mais tarde, capitularam, vencidos. Os luso-brasileiros prosseguiram na conquista da costa do Maranhão. A vila de [[Alcântara (Maranhão)|Alcântara]] foi criada em 1648. Desde São Luís, a colonização começou a se espalhar por meio dos vales dos rios [[Rio Mearim|Mearim]] e [[Rio Itapecuru|Itapecuru]]. Em 1682, o Reino de Portugal fundou a [[Companhia de Comércio do Maranhão]]. O fracasso desta empresa comercial conduziu os povoadores à denominada [[revolta de Beckman]], em 1684, vencida um ano depois. Foi organizada então, em 1755, a [[Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão|Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão]], que perdurou até 1778.<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2" /> |
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O Estado do Maranhão e Grão-Pará foi fundado em 1654.<ref name="camoes">{{citar web|url=http://cvc.instituto-camoes.pt/eaar/coloquio/comunicacoes/celia_tavares.pdf|título=A escrita jesuítica da história das missões no Estado do Maranhão e Grão-Pará (século XVII), p. 4.|acessodata=2019-05-03|publicado=cvc.instituto-camoes.pt|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303185729/http://cvc.instituto-camoes.pt/eaar/coloquio/comunicacoes/celia_tavares.pdf|arquivodata=2016-03-03}}</ref><ref name="uc">{{citar web|url=http://www.uc.pt/fluc/iheu/artigos/modelopombalino|título=O modelo pombalino de colonização da amazónia, p. 5.|acessodata=2019-05-03|publicado=www.uc.pt|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303215650/http://www.uc.pt/fluc/iheu/artigos/modelopombalino|arquivodata=2016-03-03}}</ref><ref>{{citar web|url=http://cvc.instituto-camoes.pt/eaar/coloquio/comunicacoes/celia_tavares.pdf|título=A escrita jesuítica da história das missões no Estado do Maranhão e Grão-Pará (século XVII), p. 4.|publicado=cvc.instituto-camoes.pt|acessodata=2019-05-03|arquivodata=2016-03-03|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303185729/http://cvc.instituto-camoes.pt/eaar/coloquio/comunicacoes/celia_tavares.pdf}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.uc.pt/fluc/iheu/artigos/modelopombalino|título=O modelo pombalino de colonização da amazónia, p. 5.|publicado=www.uc.pt|acessodata=2019-05-03|arquivodata=2016-03-03|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303215650/http://www.uc.pt/fluc/iheu/artigos/modelopombalino}}</ref> Em 1751, começou a ser chamado de Estado do Grão-Pará e Maranhão, com capital mudada de [[São Luís (Maranhão)|São Luís]] a [[Belém (Pará)|Belém]] em 1737.<ref name="arquivonacional13">{{citar web|url=http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=987&sid=107|acessodata=19 de outubro de 2015|publicado=Arquivo Nacional|título=No tempo das fábricas|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180622192819/http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=987&sid=107|arquivodata=2018-06-22|urlmorta=yes}}</ref> Em 1772, a região foi dividida em dois: [[Estado do Maranhão e Piauí|Maranhão e Piauí]] e [[Estado do Grão-Pará e Rio Negro|Grão-Pará e Rio Negro]].<ref name="arquivonacional13" /><ref name="terra.com.br">{{citar web|ultimo=Schilling|primeiro=Voltaire|url=https://www.terra.com.br/noticias/educacao/historia/floresta-amazonica-da-conquista-a-integracao-parte-i,839fa43e1249bbf87b0b137368efe5aerzwc1ory.html|título=Floresta Amazônica: da Conquista à Integração (Parte I)|data=04-09-2019|acessodata=2021-01-23|website=Terra: História por Voltaire Schilling|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200901180757/https://www.terra.com.br/noticias/educacao/historia/floresta-amazonica-da-conquista-a-integracao-parte-i,839fa43e1249bbf87b0b137368efe5aerzwc1ory.html|arquivodata=2020-09-01}}</ref><ref name="arquivonacional1">{{citar web|url=http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=987&sid=107|título=No tempo das fábricas|acessodata=19 de outubro de 2015|publicado=Arquivo Nacional|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180622192819/http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=987&sid=107|arquivodata=22 de junho de 2018}}</ref> |
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No [[século XIX]], uma vez que [[Portugal]] não reconhecesse imediatamente a [[Independência do Brasil|emancipação nacional brasileira]], [[Thomas Cochrane, 10º Conde de Dundonald|Lord Cochrane]], a mando de D. [[Pedro I do Brasil|Pedro I]], contribuiu para o estabelecimento da independência do Maranhão. A [[Província do Maranhão|província]] foi igualmente palco da [[Setembrada]] (1831) e da [[Balaiada]] (1838). No decorrer do [[Segundo reinado|Segundo Reinado]], reduziram-se bastante as perturbações, restringindo-se a conflitos dentre famílias pelo governo local. Isso colaborou para o progresso econômico da província. Com a [[Abolicionismo no Brasil|abolição da escravidão]] (1888), a província entrou em declínio, porque sua economia estava alicerçada mormente na [[escravatura]].<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2" /> |
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=== Período republicano === |
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{{Lista principal|Lista de governadores do Maranhão}} |
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{{Imagem múltipla |
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| image1 = Praça João Lisboa.jpg |
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| caption1 = Cartão postal de São Luis (1910). |
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| image2 = Posse Governador José Sarney.jpg |
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| caption2 = [[José Sarney]], após tomar posse como [[Lista de governadores do Maranhão|governador do Maranhão]], em 1966. |
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Entre o [[Proclamação da República do Brasil|começo da república]], em 1889, e o ano de 1930, o Maranhão experimentou um início de industrialização. Isso se deu devido ao progresso especialmente do segmento de [[Tecido|tecidos]] e da produção de [[cana-de-açúcar]] e de [[arroz]]. A prosperidade aconteceu sobretudo na [[Primeira Guerra Mundial|1.ª Guerra Mundial]], porque o Maranhão produzia [[óleo]] de [[babaçu]] para exportação. Entre 1930 e 1947, o Maranhão permaneceu sob [[Intervenção federal no Brasil|intervenção federal]], com interrupções em 1935 e 1937. Nessa época, penetraram no estado enormes multidões do [[Ceará]] e de outros estados do [[região Nordeste do Brasil|nordeste do Brasil]]. Eles se fixaram nos vales dos rios [[Rio Pindaré|Pindaré]] e [[Rio Mearim|Mearim]], onde desenvolveram a [[rizicultura]].<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2" /> |
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[[José Sarney]] começou um programa de [[Obra pública|obras públicas]]. Este compreendia, dentre outras atividades, a edificação do [[Porto do Itaqui|porto de Itaqui]] e o asfaltamento da rodovia São Luís-Teresina. Sarney se elegeu governador em 1965. Seu substituto, [[Pedro Neiva de Santana]], (1970–1975), prosseguiu com o programa. Com o retorno das eleições diretas para chefe do [[Poder Executivo|executivo]], em 1982, elegeram-se três governadores. Foram eles: [[Luís Rocha]] (1983–1987), [[Epitácio Cafeteira]] (1987–1991) e [[Edison Lobão]]. Este último foi empossado em 1991. Edison Lobão foi governador até 1994 e seu mandato foi terminado por [[José de Ribamar Fiquene]].<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2" /> |
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No dia 15 de novembro de 1994, [[Eleições estaduais no Maranhão em 1994|elegeu-se]] a [[Democratas (Brasil)|pefelista]] [[Roseana Sarney]], a primeira mulher a administrar o estado.<ref>{{citar web|url=http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes-1994/resultados-das-eleicoes-1994/maranhao/resultados-das-eleicoes-1994-maranhao-governador|titulo=Resultados das Eleições 1994 - Maranhão - governador|data=|acessodata=29 de junho de 2016|obra=|publicado=Tribunal Superior Eleitoral|ultimo=|primeiro=|arquivodata=3 de março de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303181423/http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes-1994/resultados-das-eleicoes-1994/maranhao/resultados-das-eleicoes-1994-maranhao-governador}}</ref><ref name=":45">{{Citar web |ultimo=Brasil |primeiro=CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do |url=http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/roseana-macieira-sarney |titulo=Roseana Macieira Sarney |acessodata=2021-07-27 |website=CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil |lingua=pt-br |arquivodata=2019-05-04 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190504022825/http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/roseana-macieira-sarney }}</ref> A herdeira do ex-[[presidente do Brasil]], José Sarney, tomou posse do cargo em janeiro de 1995.<ref>{{Citar web |ultimo=Rodrigues |primeiro=Fernando |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1702200214.htm |titulo=Folha de S.Paulo - Raio - x: Maranhão de Roseana cresce menos que Brasil e Nordeste |acessodata=2021-07-28 |website=www1.folha.uol.com.br |arquivodata=2016-03-03 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303193459/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1702200214.htm }}</ref><ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2" /> [[Eleições estaduais no Maranhão em 1998|Reeleita]] em 1998 e empossada em 1999, Roseana Sarney renunciou em 2002, sendo sucedida por [[José Reinaldo Tavares]], que terminou o mandato.<ref name=":45" /> |
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Em [[Eleições estaduais no Maranhão em 2006|2006]], [[Jackson Lago]] venceu as eleições, tomando posse em 2007. Governou até 2009, quando seu mandato foi cassado em março de 2009.<ref name=":45" /><ref name=":13">{{Citar web|url=http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1088475-16021,00-GOVERNADOR DO MARANHAO JACKSON LAGO TEM O MANDATO CASSADO PELO TSE.html|titulo=Governador do Maranhão, Jackson Lago, tem o mandato cassado pelo TSE|autor=[[Globo.com]]|data=16 de abril de 2009|acessodata=12 de setembro de 2009|arquivodata=21 de agosto de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140821000241/http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1088475-16021,00-GOVERNADOR DO MARANHAO JACKSON LAGO TEM O MANDATO CASSADO PELO TSE.html}}</ref> Após a cassação, concluiu o mandato Roseana Sarney,<ref name=":45" /><ref name=":13" /> [[Eleições estaduais no Maranhão em 2010|reeleita]] para mais um terceiro período de governo em 2010,<ref>{{Citar web |url=https://placar.eleicoes.uol.com.br/2010//1turno/ma/ |titulo=Apuração de votos e candidatos eleitos (1º turno) - UOL Eleições 2010 |acessodata=2021-07-28 |website=placar.eleicoes.uol.com.br |arquivodata=2021-05-06 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210506185847/https://placar.eleicoes.uol.com.br/2010/1turno/ma/ }}</ref> renunciando em 2014.<ref>{{Citar periódico|data=2014-12-10|titulo=Roseana Sarney renuncia e entrega governo ao presidente da Assembleia|url=https://oglobo.globo.com/brasil/roseana-sarney-renuncia-entrega-governo-ao-presidente-da-assembleia-14791235|jornal=O Globo|lingua=pt-BR|acessodata=2019-05-04|arquivodata=2019-05-04|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190504022824/https://oglobo.globo.com/brasil/roseana-sarney-renuncia-entrega-governo-ao-presidente-da-assembleia-14791235}}</ref> Naquele ano, Roseana foi sucedida pelo presidente da [[Assembleia Legislativa do Maranhão]], [[Arnaldo Melo]], que terminou o mandato.<ref>{{Citar web |url=https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-12/roseana-sarney-renuncia-ao-governo-do-maranhao |titulo=Roseana Sarney renuncia ao governo do Maranhão |data=2014-12-10 |acessodata=2021-07-28 |website=Agência Brasil |lingua=pt-br |arquivodata=2020-10-30 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201030142737/https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2014-12/roseana-sarney-renuncia-ao-governo-do-maranhao }}</ref> Escolhido nas [[Eleições estaduais no Maranhão em 2014|eleições estaduais do Maranhão em 2014]],<ref>{{citar web |último=Pinho |primeiro=Safra |url=http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/politica/2014/10/05/interna_politica,160755/flavio-dino-e-o-novo-governador-do-maranhao.shtml |título=Flávio Dino é o novo governador do Maranhão |data=5 de outubro de 2014 |acessodata=10 de outubro de 2014 |publicado=[[O Imparcial]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141211001717/https://oimparcial.com.br/app/noticia/politica/2014/10/05/interna_politica,160755/flavio-dino-e-o-novo-governador-do-maranhao.shtml |arquivodata=11 de dezembro de 2014 }}</ref> o candidato do [[Partido Comunista do Brasil]], [[Flávio Dino]], assumiu o poder executivo em 2015,<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2015/01/flavio-dino-e-empossado-governador-do-maranhao.html|titulo=Flávio Dino é empossado governador do Maranhão|data=1 de janeiro de 2015|acessodata=3 de maio de 2019|publicado=Rede Mirante|ultimo=Vieira|primeiro=Lucas|ultimo2=Soares|primeiro2=Raquel|arquivodata=4 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190504022824/http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2015/01/flavio-dino-e-empossado-governador-do-maranhao.html}}</ref> reeleito em 2018.<ref>{{citar web|autor=|titulo=Flávio Dino, do PCdoB, é reeleito governador do Maranhão|publicado=[[G1]]|data=7 de outubro de 2018|url=https://g1.globo.com/ma/maranhao/eleicoes/2018/noticia/2018/10/07/flavio-dino-do-pcdob-e-reeleito-governador-do-maranhao.ghtml|acessodata=8 de outubro de 2018|arquivodata=8 de outubro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181008030453/https://g1.globo.com/ma/maranhao/eleicoes/2018/noticia/2018/10/07/flavio-dino-do-pcdob-e-reeleito-governador-do-maranhao.ghtml}}</ref> Flávio Dino foi empossado em janeiro de 2019.<ref name=":9">{{citar web|url=https://g1.globo.com/ma/noticia/2019/01/01/flavio-dino-toma-posse-como-governador-do-maranhao-na-assembleia-legislativa.ghtml|titulo=Dino toma posse e propõe concluir obras federais com recursos estaduais|data=1 de janeiro de 2019|acessodata=4 de maio de 2019|publicado=Rede Mirante|ultimo=G1 Maranhão|arquivodata=4 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190504133121/https://g1.globo.com/ma/noticia/2019/01/01/flavio-dino-toma-posse-como-governador-do-maranhao-na-assembleia-legislativa.ghtml}}</ref> Continuou no cargo até abril de 2022, quando foi substituído por [[Carlos Brandão (político)|Carlos Brandão]], que concluiu o mandato.<ref>{{Citar web|url=https://jornalpequeno.com.br/2022/04/02/brandao-assume-neste-sabado-o-cargo-de-governador-do-maranhao/|titulo=Brandão assume neste sábado o cargo de governador do Maranhão|data=2022-04-02|acessodata=2022-10-05|website=Jornal Pequeno|lingua=pt-br|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221007210459/https://jornalpequeno.com.br/2022/04/02/brandao-assume-neste-sabado-o-cargo-de-governador-do-maranhao/|arquivodata=07-10-2022|urlmorta=sim}}</ref> Em 2022, Carlos Brandão foi reeleito governador, tomando posse do governo do estado em janeiro de 2023.<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/02/carlos-brandao-eleito-governador-maranhao.htm|titulo=Carlos Brandão vence no 1º turno e é reeleito governador do Maranhão|acessodata=2022-10-05|website=noticias.uol.com.br|lingua=pt-br|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221127020839/https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/10/02/carlos-brandao-eleito-governador-maranhao.htm|arquivodata=27-11-2022}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2023/01/01/brandao-toma-posse-como-governador-do-maranhao-afirma-que-educacao-sera-a-bandeira-da-gestao-e-que-vai-trabalhar-no-combate-a-fome.ghtml|titulo=Brandão toma posse como governador do Maranhão, diz que educação será a bandeira da gestão e que vai trabalhar no combate à fome|data=2023-01-01|acessodata=2023-10-31|website=G1|lingua=pt-br|arquivourl=https://web.archive.org/web/20230114163447/https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2023/01/01/brandao-toma-posse-como-governador-do-maranhao-afirma-que-educacao-sera-a-bandeira-da-gestao-e-que-vai-trabalhar-no-combate-a-fome.ghtml|arquivodata=14-01-2023}}</ref> |
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== Geografia == |
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{{Artigo principal|Geografia do Maranhão}}[[Ficheiro:Clima do Maranhão (Köppen).svg|miniaturadaimagem|esquerda|Mapa climático do Maranhão]] |
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Existem no Maranhão somente três tipos climáticos: o [[Clima tropical de monção|tropical superúmido de monção]], o com [[Chuva|chuvas]] de [[outono]] e o de [[verão]]. Os três possuem [[Temperatura|regimes térmicos]] parecidos, com médias anuais altas, variando em mais de 26 °C, no entanto, se distinguem em relação ao comportamento das chuvas. O primeiro tipo, que predomina no oeste do [[Ente federativo|estado]], abrange os totais mais altos (mais de 2 000 mm por ano). Os outros dois trazem poucas chuvas (entre 1 250 e 1 500 mm) e [[estação seca]] bem dividida. Distingue-se entre eles, como sua própria denominação revela, pela época de incidência das chuvas.<ref name=":44">{{citar livro|url=http://www.bellalex.net/arquivos/studio-idro-geologico-climatico-ed-altro.pdf|título=Atlas do Maranhão|ultimo=Governo do Maranhão|editora=GEPLAN; UEMA, LABGEO|ano=2002|local=São Luís|páginas=30–37|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160711013645/http://bellalex.net/arquivos/studio-idro-geologico-climatico-ed-altro.pdf|arquivodata=2016-07-11|acesso=2020-07-14}}</ref><ref name=":6" /> |
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Praticamente todo o estado é drenado no sentido norte-sul por intermédio de inúmeros rios autônomos que correm para as águas salgadas do [[oceano Atlântico]]. São eles: [[Rio Gurupi|Gurupi]], [[Rio Pindaré|Pindaré]], [[Rio Turiaçu|Turiaçu]], [[Rio Itapecuru|Itapecuru]], [[Rio Mearim|Mearim]] e [[Rio Parnaíba|Parnaíba]]. No sudoeste do estado, as águas escoam, em pequena parte, para oeste. Pertencem a essa porção os tributários da margem leste do [[rio Tocantins|Tocantins]].<ref>{{citar livro|url=http://www.bellalex.net/arquivos/studio-idro-geologico-climatico-ed-altro.pdf|título=Atlas do Maranhão|ultimo=Governo do Maranhão|editora=GEPLAN; UEMA, LABGEO|ano=2002|local=São Luís|páginas=14–15|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160711013645/http://bellalex.net/arquivos/studio-idro-geologico-climatico-ed-altro.pdf|arquivodata=2016-07-11|acesso=2020-07-14}}</ref><ref name=":6" /> |
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[[Ficheiro:MatadosCocais.jpg|thumb|220x220px|[[Mata dos cocais]] no Maranhão.]] |
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Uma [[vegetação]], composta por [[Floresta|florestas]], [[Campo (bioma)|campos]] e [[Cerrado|cerrados]], cobre o território do Maranhão. As matas abrangem toda a parte noroeste do estado, isto é, boa parte da região localizada a oeste do [[rio Itapecuru]]. Nessas florestas aparece abundantemente a [[Arecaceae|palmeira]] do [[babaçu]], produto essencial do [[Extrativismo|extrativismo vegetal]] da região. Os campos predominam em volta do [[Golfão Maranhense]] e em plena costa oeste. O leste e o sul são recobertos pelos [[Cerrado|cerrados]]. No limite da costa, a formação vegetal apresenta feições diversas: [[Pântano|campos inundáveis]], formações [[Arbusto|arbustivas]] e [[Manguezal|manguezais]].<ref>{{Citar livro|url=http://www.bellalex.net/arquivos/studio-idro-geologico-climatico-ed-altro.pdf|título=Atlas do Maranhão|ultimo=Governo do Maranhão|primeiro=|editora=GEPLAN; UEMA, LABGEO|ano=2002|local=São Luís|página=|páginas=22–23|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160711013645/http://bellalex.net/arquivos/studio-idro-geologico-climatico-ed-altro.pdf|arquivodata=2016-07-11|acesso=2020-07-14}}</ref><ref name=":6" /> |
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A fauna estadual é abundante e rica. Na região dos Lençóis Maranhenses, por exemplo, existem diversas [[aves]], como [[Ardeidae|garças]], [[Quero-quero|tetéus]], [[Marreca-toicinho|paturis]], [[Pato-d'asa-azul|marrecas-de-asa-azul]] e [[Gaivota|gaivotas]]. Fundado em 2 de junho de 1981, o [[Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses]], situado entre as cidades de [[Primeira Cruz]] e [[Barreirinhas]], constitui um paraíso ambiental. Possui 155 mil hectares de dunas de até 20 m de altura (denominados de “morrarias” pelos moradores da região), [[Manguezal|manguezais]] e [[Lagoa|lagoas]].<ref>{{Citar web |ultimo=Encyclopædia Britannica |url=https://escola.britannica.com.br/artigo/Maranhão/483367 |titulo=Maranhão |data= |acessodata=2021-01-28 |website=escola.britannica.com.br |publicado=Encyclopædia Britannica |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190528135735/https://escola.britannica.com.br/artigo/Maranhão/483367 |arquivodata=2019-05-28}}</ref> |
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=== Geomorfologia e litoral === |
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| image1 = Morro do chapeu (2).jpg |
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| caption1 = Morro do Chapéu, no [[Parque Nacional da Chapada das Mesas]]. |
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| image2 = Encanto Azul.jpg |
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| caption2 = Lago na [[Parque Nacional da Chapada das Mesas|Chapada das Mesas]]. |
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De relevo aplainado, o Maranhão possui 75% do território aquém de 200 m. Somente dez por cento do território do estado se encontram além de 300 m. Duas unidades compõem o quadro geomorfológico: a [[Baixadas Litorâneas do Nordeste|baixada litorânea]], ao norte, e o [[Planalto do Meio-Norte|planalto]], ao sul. Prepondera na baixada um relevo de [[Tabuleiro costeiro|tabuleiros]] e [[Morro|morros]], cortados em [[Arenito|arenitos]] subordinados à série Barreiras. Em determinadas porções costeiras, principalmente na ilha de [[Upaon-Açu]], localizada no centro do conhecido [[Golfão Maranhense]], esse relevo alcança a linha costeira. Nas demais partes, se encontra isolado do [[oceano Atlântico]] por um cinturão de [[Planície|planícies]] aplainadas, vulnerável às [[Inundação|enchentes]] durante a época chuvosa. É a [[Baixadas Litorâneas do Nordeste|baixada costeira]] em sentido estrito, que, no fundo do golfão, recebe o título de [[Campo de Perizes|Perizes]]. A leste do Golfão Maranhense, essas terras apresentam uma característica de grandes areões com formações dunares. Estas pertencem ao litoral dos [[Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses|Lençóis]], até a baía de [[Tutóia|Tutoia]].<ref name=":43">{{citar livro|url=http://www.bellalex.net/arquivos/studio-idro-geologico-climatico-ed-altro.pdf|título=Atlas do Maranhão|ultimo=Governo do Maranhão|editora=GEPLAN; UEMA, LABGEO|ano=2002|local=São Luís|páginas=18–19|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160711013645/http://bellalex.net/arquivos/studio-idro-geologico-climatico-ed-altro.pdf|arquivodata=2016-07-11|acesso=2020-07-14}}</ref><ref name=":6">{{Harvnb|Garschagen|1998a|pp=281–282}}.</ref> |
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O [[planalto do Meio-Norte|planalto]] compreende todo o interior do estado com um relevo de [[Tabuleiro costeiro|tabuleiros]]. Possui aparência de um grupo de [[Chapadão (geografia)|chapadões]] cortados em [[Terreno (geologia)|terrenos]] [[Sedimento|sedimentares]] ([[Folhelho|folhelhos]] e [[Arenito|arenitos]] [[Xisto|xistosos]]). Perto do Golfão Maranhense, as altitudes atingem somente entre 200 e 150 m; mais em direção ao sul, 400 e 300 m. Nas imediações do divisor de águas da [[bacia hidrográfica|bacia]] do [[Rio Parnaíba|Parnaíba]] com a do [[Rio Tocantins|Tocantins]], chegam a 600 m. Os vales do planalto delimitam os chapadões uns dos outros por intervenção de profundos cortes.<ref name=":6" /> Por isso, os chapadões incluem [[Escarpa|escarpas]] íngremes, ao contrário do topo regular.<ref name=":43" /><ref name=":6" /> |
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As melhores terras maranhenses estão concentradas no centro do estado, nas bacias hidrográficas do Pindaré, Mearim e Grajaú, as maiores regiões agrárias do estado. Na divisa com o [[Pará]], o solo é o mesmo da [[Floresta|mata]].<ref>{{Harvnb|Arruda|1988|p=5071}}.</ref> O ponto mais alto do Maranhão constitui a [[Chapada das Mangabeiras]], com 804 m, no planalto do Meio-Norte, no sul do estado.<ref name=":43" /><ref>{{Harvnb|Civita Neto|2014|p=682}}.</ref> |
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A costa do estado do Maranhão constitui a segunda maior do Brasil, com 640 km de extensão, depois da Bahia. O litoral tem vários recortes, especialmente entre a divisa Pará-Maranhão e o [[Golfão Maranhense|golfão maranhense]], onde se localiza a [[Upaon-Açu|ilha de Upaon-Açu]]. Suas paisagens mais importantes são, no sentido leste-oeste: ilhas do Caju, no delta do [[Rio Parnaíba|Parnaíba]], do Paulino, Grande, baía de Tutóia, [[Ilha de Santana (Maranhão)|ilha de Santana]], b. de São José, i. de Upaon-Açu, baías de [[Baía de São Marcos|São Marcos]], de [[Cumã]], de Mangunça. Ilha Campelo, São João, baía de Turiaçu, ponta da Mutuoca, i. da Trauíra e Dois Irmãos.<ref name=":40">{{Harvnb|Arruda|1988|p=5070}}.</ref> |
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{{panorama|Poço Azul 3.jpg|600px|Vista panorâmica do Poço Azul, no [[Parque Nacional da Chapada das Mesas]].}} |
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== Demografia == |
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{{Artigo principal|Demografia do Maranhão}} |
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{{Artigo principal|Lista de municípios do Maranhão por população}} |
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{{Crescimento populacional do Maranhão}} |
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[[Imagem:Mapa do IDH do Maranhão (2010).svg|miniaturadaimagem|esquerda|Mapa do IDH do Maranhão.{{Limpar}}'''Legenda:'''{{legend|#003135|'''Muito alto''' (nenhum município)}}{{legend|#00726a|'''Alto''' (4 municípios)}}{{legend|#00bfac|'''Médio''' (55 municípios)}}{{legend|#8ce8d3|'''Baixo''' (154 municípios)}}{{legend|#c7f0e2|'''Muito baixo''' (4 municípios)}}]] |
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A população do Maranhão no [[Censo demográfico do Brasil de 2022|censo demográfico de 2022]] era de {{fmtn|6776699}} habitantes, sendo a [[Lista de unidades federativas do Brasil por população|12.ª unidade da federação mais populosa do país]], centralizando cerca de 3,34% da população brasileira<ref name=":52">{{Citar web|url=https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/|titulo=Panorama do Censo 2022|acessodata=2024-02-14|website=Panorama do Censo 2022|lingua=en}}</ref> e apresentando uma [[Densidade populacional|densidade demográfica]] de 20,63 moradores por quilômetro quadrado ([[Lista de unidades federativas do Brasil por densidade demográfica|a 16.ª maior do Brasil]]).<ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/22827-censo-demografico-2022.html|titulo=Censo Demográfico 2022 {{!}} IBGE|data=|acessodata=23/05/2023|publicado=IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística}}</ref> Ao mesmo tempo, 50,9% eram [[Mulher|mulheres]] e 49,1% [[Homem|homens]], tendo uma [[Razão sexual|razão de sexo]] de 96,58.<ref name=":52" /> Em dez anos, o estado apresentou uma taxa de crescimento populacional de 0,25%.<ref name=":52" /> |
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No [[Censo demográfico do Brasil de 2010|censo de 2010]], a população era de {{fmtn|6574789}} habitantes. Conforme este mesmo censo demográfico, 63,08% das pessoas moravam na [[zona urbana]] e os 36,92% remanescentes na [[Zona rural|rural]].<ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|URL=https://sidra.ibge.gov.br/tabela/608#resultado|título=Tabela 608 - População residente, por situação do domicílio e sexo - Sinopse|data=2010|acessodata=11 de janeiro de 2017|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161228000330/https://sidra.ibge.gov.br/tabela/608#resultado|arquivodata=28 de dezembro de 2016}}</ref> |
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Dos 217 municípios maranhenses, somente um possuía população superior aos quinhentos mil: [[São Luís (Maranhão)|São Luís]], a qual é capital. Outros oito possuíam entre {{fmtn|100001}} e {{fmtn|500000}} ([[Imperatriz (Maranhão)|Imperatriz]], [[São José de Ribamar]], [[Timon]], [[Caxias (Maranhão)|Caxias]], [[Codó]], [[Paço do Lumiar]], [[Açailândia]] e [[Bacabal]]), treze entre {{fmtn|50001}} e {{fmtn|100000}}, 68 entre {{fmtn|20001}} e {{fmtn|50000}}, 89 entre {{fmtn|10001}} e {{fmtn|20000}}, 32 entre {{fmtn|5001}} e {{fmtn|10000}}, 6 entre {{fmtn|2001}} e {{fmtn|5000}} e cinco até dois mil ([[São Raimundo do Doca Bezerra]], [[Nova Colinas]], [[Nova Iorque (Maranhão)|Nova Iorque]], [[São Pedro dos Crentes]], [[São Félix de Balsas]] e [[Junco do Maranhão]]).<ref>{{citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1290#resultado|título=Tabela 1290 - Número de municípios e População nos Censos Demográficos por tamanho da populaçã|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=16 de junho de 2013|ultimo=|primeiro=|arquivodata=22 de dezembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161222158633/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1290#resultado}}</ref> São Luís, sozinha, possuía 15,4% do total de habitantes,<ref>{{citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1287#resultado|título=Tabela 1287 - População dos municípios das capitais e Percentual da população dos municípios das capitais em relação aos das unidades da federação nos Censos Demográficos|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=16 de junho de 2013|ultimo=|primeiro=|arquivodata=31 de dezembro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171231212320/https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1287#resultado}}</ref> além de ter a mais alta densidade demográfica quanto aos outros municípios ({{fmtn|1779.87}} hab./km²),<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/sao-luis/panorama|titulo=São Luís: Panorama|acessodata=2024-02-21|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> enquanto [[Alto Parnaíba]], no noroeste, detinha a mais baixa (1,00 hab./km²).<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/alto-parnaiba/panorama|titulo=Alto Parnaíba: Panorama|acessodata=2024-02-21|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> |
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O [[Índice de Desenvolvimento Humano]] do Maranhão é considerado médio conforme o [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento|PNUD]]. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, publicado em 2013, com dados relacionados a 2010, tinha valor de 0,639, se encontrando na [[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH|vigésima-sexta colocação ao nível nacional]] e na oitava ao regional, após Piauí e antes de Alagoas. Considerando-se o índice de longevidade, tinha valor de 0,757 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Expectativa de vida|26.º]]), o de renda de 0,612 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Renda|27.º]]) e o de educação de 0,562 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Educação|19.º]]).<ref name="Atlas_2013">{{citar web|url=http://atlasbrasil.org.br/2013/consulta/|titulo=Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil 2013 - Consulta|acessodata=5 de janeiro de 2014|arquivodata=3 de fevereiro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140203080327/http://atlasbrasil.org.br/2013/consulta}}</ref> Possuía [[coeficiente de Gini]], que calcula a [[Desigualdade econômica|desigualdade social]], de 0,43 e a incidência da pobreza de 56,38%.<ref name="GINI">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pr&tema=mapapobreza2003|acessodata=30 de julho de 2011|publicado=IBGE|título=Mapa de Pobreza e Desigualdade - Municípios Brasileiros 2003|arquivodata=3 de novembro de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111103194721/http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=pr&tema=mapapobreza2003}}</ref> O Maranhão abrigava uma [[taxa de fecundidade]] de [[Lista de unidades federativas do Brasil por taxa de fecundidade|2,56 filhos por mulher]].<ref name="Atlas_2013" /> |
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{{Municípios mais populosos do Maranhão}} |
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=== Religiões === |
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[[Ficheiro:SaoLuis-Cathedral.jpg|miniaturadaimagem|[[Catedral de São Luís do Maranhão|Catedral Metropolitana de São Luís do Maranhão]].]] |
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Segundo o censo populacional de 2010, a população do Maranhão é composta por [[Igreja Católica Apostólica Romana|católicos apostólicos romanos]] (74,52%); [[Protestantismo|protestantes]] ou evangélicos (17,19%); [[Espiritismo|espíritas]] (0,19%); [[testemunhas de Jeová]] (0,37%); [[Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias|mórmons]] (0,03%); [[Igreja Católica Apostólica Brasileira|c. a. brasileiros]] (0,39%); [[Budismo|budistas]] (0,17%); novos religiosos orientais (0,05%), dentre os quais os [[Igreja Messiânica Mundial|messiânicos]] (0,05%); [[Islamismo|islâmicos]] (0,00%); [[Igreja Católica Ortodoxa|c. ortodoxos]] (0,07%); [[Umbanda|umbandistas]] (0,06%); [[Judaísmo|judaístas]] (0,01%); [[Espiritualismo|espiritualistas]] (0,00%); tradições esotéricas (0,01%); indígenas (0,01%); [[Candomblé|candomblezeiros]] (0,01%) e [[Hinduísmo|hinduístas]] (0,00%). Outros 6,56% [[Sem religião|não possuíam religião]], compreendendo-se aí os [[Ateísmo|ateus]] (0,13%) e [[Agnosticismo|agnósticos]] (0,02%); 0,00% praticavam outras religiosidades cristãs; 0,13% não tinham fé determinada ou tinham múltiplo pertencimento; 0,09% não sabiam, 0,15% seguiam demais religiões; 0,00% outras crenças orientais e 0,00% não haviam declarado.<ref name="Religião">{{citar web|url=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=2094&n=0&u=0&z=cd&o=27&i=P|título=Tabela 2094 - População residente por cor ou raça e religião|acessodata=23 de junho de 2016|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivodata=1 de novembro de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101101047/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/2094}}</ref> |
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Conforme a divisão da Igreja Católica no Brasil, o Maranhão integra a Regional NE V e seu território se divide em uma província eclesiástica, composta pela [[Arquidiocese de São Luís do Maranhão|arquidiocese de São Luís]], subdividida em onze [[Diocese|dioceses sufragâneas]]: [[Diocese de Bacabal|Bacabal]], [[Diocese de Balsas|Balsas]], [[Diocese de Brejo|Brejo]], [[Diocese de Carolina|Carolina]], [[Diocese de Caxias do Maranhão|Caxias do Maranhão]], [[Diocese de Coroatá|Coroatá]], [[Diocese de Grajaú|Grajaú]], [[Diocese de Imperatriz|Imperatriz]], [[Diocese de Pinheiro|Pinheiro]], [[Diocese de Viana (Brasil)|Viana]], [[Diocese de Zé Doca|Zé-Doca]].<ref>{{citar web|url=http://www.catholic-hierarchy.org/diocese/dsldm.html|titulo=Archdiocese of São Luís do Maranhão|data=14 de janeiro de 2019|acessodata=19 de maio de 2019|obra=|publicado=Catholic Hierarchy|ultimo=Cheney|primeiro=David M.|arquivodata=8 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190508233320/http://www.catholic-hierarchy.org/diocese/dsldm.html}}</ref> |
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O Maranhão também tem as mais variadas religiões protestantes ou reformadas, sendo a [[Igreja Universal do Reino de Deus]], a [[Congregação Cristã do Brasil|congregação cristã]], a [[Igreja batista|batista]] e a [[Assembleia de Deus]] as mais extensas denominações. Como citado, 17,19% da população maranhense se declaravam evangélicos, sendo que 11,46% faziam parte das igrejas de origem pentecostal, 1,79% das evangélicas não determinadas e 3,95% das de missão.<ref name="Religião" /> |
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=== Composição étnica e povos indígenas === |
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{{Gráfico circular |
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| thumb = right |
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| título =Composição étnica do Maranhão (2022)<ref>{{Citar web | url=https://sidracenso2022.ibge.gov.br/tabelapanorama/9605|titulo=Tabela 9605: População residente, por cor ou raça, nos Censos Demográficos|acessodata=2024-01-05|website=sidra.ibge.gov.br}}</ref> |
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| rótulo1 =[[Brasileiros brancos|Brancos]] |
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| valor1 =20.1 |
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| cor1 =Darkblue |
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| rótulo2 =[[Afro-brasileiros|Pretos]] |
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| valor2 =12.6 |
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| cor2 =Black |
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| rótulo3 =[[Pardos]] |
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| valor3 =66.4 |
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| cor3 =lightblue |
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| rótulo4 =[[Povos indígenas do Brasil|Indígenas]] |
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| valor4 =0.8 |
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| cor4 =Red |
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Os [[Brancos|caucasianos]], [[pardos]], [[afro-brasileiros]] e [[Povos indígenas do Brasil|povos indígenas]] compõem basicamente a população do Maranhão.<ref name=":16">{{citar livro|título=Geografia do Maranhão|ultimo=Rios|primeiro=Luiz|editora=Central dos Livros|ano=2005|local=São Luís}}</ref> No [[Brasil Colônia|Brasil colonial]], os povoadores [[franceses]] eram os primeiros que iniciaram a colonização no território maranhense.<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2" /><ref name=":110" /> O Maranhão foi povoado por [[portugueses]] ([[Açores|açorianos]]) e acolheu [[Imigração|imigrantes]] [[América Latina|latino-americanos]] ([[cubanos]], [[Colômbia|colombianos]] e [[Peru|peruanos]]), [[Europa|europeus]] ([[alemães]],<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.22533/at.ed.56619050716 |título=TRAÇOS DA CIDADE: RELEITURA DOS REGISTROS DE DEBRET NO RIO DE JANEIRO |data=2019-07-09 |acessodata=2022-12-17 |publicado=Atena Editora |ultimo=Domingues |primeiro=Bruno Willian Brandão |paginas=171–182}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Fernandes|primeiro=Cecília|url=https://segredosdomundo.r7.com/ana-jansen-mito-maranhense/|titulo=O mito maranhense da Ana Jansen? História e curiosidades a lenda|data=2021-10-29|acessodata=2022-12-17|website=Segredos do Mundo|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books/about/Os_Órfãos_da_Casa_de_Belfort.html?hl=pt-BR&id=jk4SkaZpNRoC#v=onepage&q=Martinus hannibal Boldt&f=false|título=Os Órfãos da Casa de Belfort|editora=biblioteca24horas|lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://oimparcial.com.br/cidades/2015/11/conheca-curiosidades-sobre-alguns-dos-monumentos-de-sao-luis/|titulo=Conheça curiosidades sobre alguns dos monumentos de São Luís|data=2015-11-06|acessodata=2022-12-18|website=O Imparcial|lingua=pt-br}}</ref> [[neerlandeses]]<ref name=":2" /><ref name=":110">{{Harvnb|Garschagen|1998a|pp=283–287}}.</ref> e [[italianos]]), [[África|africanos]] ([[Demografia de Angola|angolanos]], [[Guiné-Bissau|guineanos]], [[Togo|togoleses]], [[Gana|ganeses]] e [[Benim|beninenses]]) e [[Ásia|asiáticos]] ([[Síria|sírios]], [[libaneses]], [[Demografia do Paquistão|paquistaneses]], [[japoneses]] e [[Povo chinês|chineses]]).<ref name=":16" /><ref>{{citar periódico|ultimo=Ribeiro|primeiro=Juliana|data=25-06-2017|titulo=Maranhão possui 28 mil estrangeiros|url=https://oimparcial.com.br/noticias/2017/06/maranhao-possui-28-mil-estrangeiros/|jornal=O Imparcial|acessodata=15-10-2019|arquivodata=2019-05-10|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190510233835/https://oimparcial.com.br/noticias/2017/06/maranhao-possui-28-mil-estrangeiros/}}</ref> |
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Hoje residem no estado do Maranhão pouco mais de doze mil e duzentos [[indígenas]], divididos em dezesseis grupos, que abrangem área de {{fmtn|1908089}} [[Hectare|hectares]] de extensão.<ref name=":03">{{Citar web|url=https://terrasindigenas.org.br/#pesquisa|titulo=Terras Indígenas|acessodata=2019-05-11|obra=terrasindigenas.org.br|lingua=pt-br|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=|arquivodata=2019-04-28|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190428194241/https://terrasindigenas.org.br/#pesquisa}}</ref> Destes, merece destaque o mais extenso, a reserva indígena Alto Turiaçu, que compreende os municípios de [[Centro Novo do Maranhão]], [[Maranhãozinho]], [[Centro do Guilherme]], [[Zé Doca]], [[Santa Luzia do Paruá]] e [[Araguanã (Maranhão)|Araguanã]].<ref name=":03" /> Segundo dados divulgados por John Hemming, existiam mais de 1 milhão de [[Povos indígenas do Maranhão|indígenas no Maranhão]] durante o [[Descoberta do Brasil|Descobrimento do Brasil]], em 1500.<ref>Ouro Vermelho, 2007, Editora da Universidade de São Paulo, página 732</ref> |
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Segundo pesquisa de autodeclaração do censo de 2010, 21,87% dos maranhenses se consideraram [[Brasileiros brancos|brancos]], 66,87% [[pardos]], 9,61% [[Afro-brasileiro|pretos]], 1,13% [[Brasileiros asiáticos|amarelos]] e 0,52% [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]], além dos não declarados (0,00%).<ref name="Etnias">{{citar web|data=2010|acessodata=22 de junho de 2016|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|url=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=13&i=P&c=2093|título=Tabela 2093 - População residente por cor ou raça, sexo, situação do domicílio e grupos de idade - Amostra - Características Gerais da População|arquivodata=24 de setembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150924101805/http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=13&i=P&c=2093}}</ref> 99,98% foram [[brasileiros]] (99,98% natos e 0,01% naturalizados) e 0,92% estrangeiros.<ref>{{citar web|data=2010|acessodata=22 de junho de 2016|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|url=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=12&i=P&c=1497|título=Tabela 1497 - População residente, por nacionalidade - Resultados Gerais da Amostra|arquivodata=24 de setembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150924101749/http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=12&i=P&c=1497}}</ref> Dentre os brasileiros, 0,13% são naturais do Sul e 11,5% em demais regiões, sendo que 0,59% são do [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]], 97,20% do [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]] (92,35% do próprio estado), 0,43% do [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]] e 1,36% do [[Região Norte do Brasil|Norte]].<ref>{{citar web|url=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=631&i=P&opc183=2&nome=on&qtu8=137&qtu14=3&tab=631&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=1&poc2=1&OpcTipoNivt=1&opn1=0&nivt=0&orp=5&qtu3=27&qtu13=47&opv=1&opc2=1&orc183=4&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&orc2=3&qtu2=5&qtu15=3&sev=1000093&sec2=0&opp=f1&opn3=u22&qtu6=5565&opn13=0&poc183=2&ascendente=on&sep=24929&orn=1&qtu7=36&sec183=0&pon=1&qtu9=558&opn6=0&digt6=&OpcCara=44&proc=1&qtu1=1&opn9=0&cabec=on&opn7=0&decm=3|título=Tabela 631 - População residente, por sexo e lugar de nascimento|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=12 de junho de 2013|arquivodata=1 de novembro de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101101048/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/631}}</ref> Entre os estados de origem dos imigrantes, o Piauí possuía o maior percentual de residentes (2,67%), acompanhado por Ceará (1,36%), Pará (0,97), Pernambuco (0,30) e São Paulo (0,27).<ref>{{citar web|url=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=1505&i=P&nome=on&qtu8=137&qtu14=3&tab=1505&opn8=0&opn14=0&unit=0&pov=1&OpcTipoNivt=1&opn1=0&nivt=0&orp=4&qtu3=27&qtu13=47&opv=1&pop=1&opn2=0&opn15=0&orv=2&qtu2=5&qtu15=3&sev=1000093&sec12017=0&sec12017=110986&sec12017=110987&opp=f1&opn3=u32&qtu6=5565&opn13=0&qtu18=10184&opc12017=1&poc12017=2&sep=33142&orn=1&qtu7=36&orc12017=3&opn7=0&decm=99&pon=1&qtu9=558&opn6=0&digt6=&opn18=0&OpcCara=44&proc=1&qtu1=1&opn9=0&cabec=on|título=Tabela 1505 - População residente, por naturalidade em relação ao município e à unidade da federação - Resultados Gerais da Amostra|publicado=Sistema IBGE de Recuperação Automática|acessodata=12 de junho de 2013|arquivodata=1 de novembro de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101101118/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1505}}</ref> |
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=== Racismo === |
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Segundo a jornalista Poliana Ribeiro, no Maranhão, em que boa parte da população é de origem africana, o [[racismo]] ainda faz parte do cotidiano de uma porção expressiva da sociedade. Apesar disso, os casos que vêm ao conhecimento do público não são inúmeros e os que são apontados como culpados e conduzidos à justiça são menores ainda.<ref name=":38">{{Citar web |ultimo=Ribeiro |primeiro=Poliana |url=http://imirante.com/oestadoma/noticias/2015/11/20/racismo-e-muito-praticado-mas-pouco-punido.shtml |titulo=Racismo é muito praticado, mas pouco punido no Maranhão |data=20-11-2015 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Jornal O Estado do Maranhão |lingua=pt-BR |arquivodata=2018-01-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180116154837/http://imirante.com/oestadoma/noticias/2015/11/20/racismo-e-muito-praticado-mas-pouco-punido.shtml }}</ref> |
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No entanto, o membro feminino do [[Movimento negro no Brasil|movimento negro no Maranhão]], Ana Amélia Bandeira, diz que para o racismo ser combatido é imprescindível salientar os exemplos positivos, além de efetuar investimentos na educação. Ana Amélia assegura ser importante combater alguns casos de racismo, mas também é preciso destacar os exemplos positivos. O movimento negro teve vários progressos nos últimos anos. Entre o final da década de 1990 e meados dos anos 2000, a chegada a [[Universidade|instituições de ensino superior]] costumava ser complicada, entretanto, atualmente, tem-se a [[Política de cotas no Brasil|política de cotas]]. Seria importante realizar uma pesquisa sobre quantos afrodescendentes há em posições de destaque, quantas mulheres de origem africana são administradoras. É extremamente necessário demonstrar tais bons exemplos.<ref name=":38" /> |
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=== Migração e idioma === |
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O estado possui a peculiaridade de ser a única [[Ente federativo|unidade federativa]] do [[Região Nordeste do Brasil|nordeste do Brasil]] com saldo positivo de migrantes internos, ou seja, tem mais imigração que emigração. Na região atravessada pelo [[rio Pindaré]], também nos vales do [[Rio Grajaú (Maranhão)|Grajaú]] e do [[Rio Mearim|Mearim]], vêm-se estabelecendo os imigrantes vindos do nordeste brasileiro, especialmente [[Ceará|cearenses]], [[Piauí|piauienses]] e [[Rio Grande do Norte|potiguares]]. As terras chuvosas do vale do rio Pindaré são grandemente férteis. Essa fertilidade conduziu a [[Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste|SUDENE]] a fundar o Grupo Departamental do Maranhão, visando direcionar o movimento migratório a essa região. De 1962 até 1967, cerca de cem mil homens, mulheres, crianças e idosos se fixaram na região.<ref>{{Harvnb|Arruda|1988|pp=5067–5068}}.</ref> |
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A unidade federativa é famosa, dentre o povo maranhense, por ser a região em que é falado o mais bem-sucedido [[Língua portuguesa|português]] em território brasileiro. Entretanto, esse título é questionado por especialistas em linguística como [[Marcos Bagno]] e [[Pasquale Cipro Neto]]: em primeiro lugar, porque argumentaram que não existe dialeto ou fala, que pode ser tido como mais bem ou mal sucedido do que outro. Em segundo, dado que disseram que tal fama é atribuída, realmente, ao município do [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]].<ref>{{Citar web|url=https://oimparcial.com.br/entretenimento-e-cultura/2018/04/e-no-maranhao-que-se-fala-o-melhor-portugues-do-brasil/|titulo=É no Maranhão que se fala o melhor português do Brasil?|data=2018-04-23|acessodata=2022-01-01|website=O Imparcial|lingua=pt-br|arquivodata=2022-01-01|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220101212500/https://oimparcial.com.br/entretenimento-e-cultura/2018/04/e-no-maranhao-que-se-fala-o-melhor-portugues-do-brasil/}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/em-qual-estado-brasileiro-se-fala-o-portugues-mais-correto/|titulo=Em qual estado brasileiro se fala o português mais correto? {{!}} Oráculo|acessodata=2022-01-01|website=Super|lingua=pt-BR|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220101212939/https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/em-qual-estado-brasileiro-se-fala-o-portugues-mais-correto/|arquivodata=01-01-2022}}</ref> |
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=== Hierarquia urbana e regiões metropolitanas === |
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[[Ficheiro:Maranhao MetropolitanRegions.svg|miniaturadaimagem|Regiões metropolitanas do Maranhão. |
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{{Legend|#008080|[[Região Metropolitana de São Luís|RM de São Luís]]}} |
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{{Legend|#ff6600|[[Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense|RM do Sudoeste Maranhense]]}} |
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{{Legend|#808000|[[Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina|RIDE da Grande Teresina]]}}]] |
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Exceto o extremo oeste do estado, pertencente à região influenciada por [[Belém (Pará)|Belém]], todo o território do Maranhão integra a área de polarização do [[Recife]]. A ação econômica da metrópole pernambucana é desempenhada no Maranhão por interferência de [[São Luís (Maranhão)|São Luís]], para boa parte do território do estado, e de [[Teresina]], cidade-sede do governo piauiense, para certas cidades localizadas perto da divisa Maranhão-[[Piauí]],<ref name=":32">{{citar web|url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv40677.pdf|titulo=Regiões de Influência das Cidades|data=2007|acessodata=24 de junho de 2016|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivodata=18 de setembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160918164733/http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv40677.pdf}}</ref><ref name=":14">{{Harvnb|Garschagen|1998a|p=282}}.</ref><ref name=":15" /> como [[Timon]], [[Caxias (Maranhão)|Caxias]], [[Matões]] e [[Coelho Neto (Maranhão)|Coelho Neto]].<ref name=":32" /><ref name=":14" /><ref name=":15">{{Harvnb|Camargo|2013|pp=46–47}}.</ref> |
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A [[Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina|RIDE da Grande Teresina]] foi fundada pela [[Lei complementar|Lei Complementar]] Federal do Brasil n.º 112, de 19 de setembro de 2001, e estabelecida pelo Decreto Federal do Brasil n.º 4367, de 9 do mesmo mês de 2002.<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4367.htm|titulo=DECRETO Nº 4.367|data=9 de setembro de 2002|acessodata=12 de maio de 2019|publicado=Presidência da República Federativa do Brasil|ultimo=Brasil|primeiro=|arquivodata=12 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190512165725/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4367.htm}}</ref> Por uma [[emenda constitucional]] de 1989, foi criada a primeira [[região metropolitana|RM]] do estado: a [[Região Metropolitana de São Luís]], que passou a existir mediante à ECE n.º 42, de 2 de dezembro de 2003.<ref name=":10" /> A Lei Complementar Estadual do Maranhão n.º 89, de 17 de novembro de 2005, criou a mais nova RM do Maranhão até então, a [[Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense]], cuja maior cidade em população é Imperatriz, na divisa Maranhão-Tocantins.<ref name=":26">{{citar web|url=http://www.secid.ma.gov.br/files/2015/04/LC-89-RM-SUDOESTE-MARANHENSE.pdf|titulo=Lei Complementar Estadual nº 89|data=17 de novembro de 2005|acessodata=12 de maio de 2019|publicado=Secretaria de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano|ultimo=Maranhão|primeiro=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190512165426/http://www.secid.ma.gov.br/files/2015/04/LC-89-RM-SUDOESTE-MARANHENSE.pdf|arquivodata=12 de maio de 2019}}</ref> |
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=== Segurança pública e criminalidade === |
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No [[Exército Brasileiro]], o Maranhão pertence ao [[Comando Militar do Norte]] ([[Belém (Pará)|Belém]])<ref name="Para">{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|autorlink=|data=|titulo=Comando Militar do Norte terá sede em Belém|url=http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-167172-COMANDO MILITAR DO NORTE TERA SEDE EM BELEM.html|urlmorta=yes|jornal=Diário do Pará|volume=|numero=|paginas=|id=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130329141015/http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-167172-COMANDO MILITAR DO NORTE TERA SEDE EM BELEM.html|arquivodata=2013-03-29|acessodata=1 de abril de 2013|coautores=}}</ref> e, com o [[Pará]], o [[Tocantins]] e o [[Amapá]], integra a [[8.ª Região Militar|8.ª Região Mil.]],<ref>{{Citar web |url=http://www.8rm.eb.mil.br/en/historico.html |titulo=Histórico |acessodata=2021-07-27 |website=www.8rm.eb.mil.br |arquivodata=2021-03-07 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210307201712/http://www.8rm.eb.mil.br/en/historico.html }}</ref> tendo sede no estado o 24.º Batalhão de Infantaria Leve ([[São Luís (Maranhão)|São Luís]]).<ref>{{Citar web |ultimo=Exército Brasileiro |url=https://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/MjaG93KcunQI/content/id/12072690 |titulo=24º Batalhão de Infantaria de Selva - “Batalhão Barão de Caxias” comemora os seus 150 anos de criação - Noticiário do Exército |data=01-09-2020 |acessodata=2021-07-27 |website=Notícias |lingua=pt-BR |arquivodata=2021-07-27 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210727235424/https://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/MjaG93KcunQI/content/id/12072690 }}</ref> Na [[Marinha do Brasil]], o Maranhão faz parte do 4.º Distrito Naval (o qual possui matriz em [[Belém (Pará)|Belém]]), atuando no território estadual a [[Capitania do porto|Capitania dos Portos do Maranhão]].<ref>{{citar web|url=https://www.marinha.mil.br/com4dn/jurisdicao|titulo=OM Subordinadas|acessodata=23 de maio de 2019|publicado=Marinha do Brasil|arquivodata=24 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190524021133/https://www.marinha.mil.br/com4dn/jurisdicao}}</ref> Na [[Força Aérea Brasileira]], o Maranhão conta com o [[Centro de Lançamento de Alcântara]],<ref>{{citar web|url=http://www.fab.mil.br/organizacoes/estado/MA|titulo=LISTAGEM DE UNIDADES DA FAB|acessodata=23 de maio de 2013|publicado=Força Aérea Brasileira|arquivodata=14 de julho de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140714050553/http://www.fab.mil.br/organizacoes/estado/MA}}</ref> a segunda base do gênero no Brasil e a única no [[Ente federativo|estado]].<ref>{{citar web|url=http://www2.fab.mil.br/cla/index.php/historias|titulo=História do CLA|acessodata=23 de maio de 2019|publicado=Centro de Lançamento de Alcântara|ultimo=Força Aérea Brasileira|arquivodata=24 de maio de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190524021136/http://www2.fab.mil.br/cla/index.php/historias}}</ref> |
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Segundo a [[Constituição brasileira de 1988|Constituição Federal de 1988]] e a [[Constituição do Estado do Maranhão|Estadual de 1989]], os órgãos reguladores da [[segurança pública]] no estado do Maranhão são a [[Polícia Militar do Estado do Maranhão|Polícia Militar do Maranhão]], o [[Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão|Corpo de Bombeiros do Maranhão]] e a [[Polícia Civil do Estado do Maranhão|Polícia Civil do Maranhão]].<ref name=":032">{{citar web|URL=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm|título=Constituição Federal|data=|acessadoem=|publicado=|autor=|arquivodata=2016-05-05|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160505161928/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm}}</ref><ref name=":10" /> |
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Conforme dados do “Mapa da Violência 2012”, publicado pelo Instituto Sangari e pelo [[Ministério da Justiça (Brasil)|Ministério da Justiça]], a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 2,7 em 1980, subiu para 21,0 em 2009 (ficando abaixo da média nacional, que era de 27,0). Entre 2000 e 2010, o número de [[Homicídio|homicídios]] subiu de 344 para {{fmtn|1478}}. Em geral, o Maranhão subiu sete posições na classificação nacional das unidades federativas por taxa de homicídios, passando da vigésima-sétima em 2000 para a vigésima-primeira em 2010. A [[Região Metropolitana de São Luís|R. M. de São Luís]] possuía taxas três vezes maiores que a do estado (13,1), enquanto, no interior, o mesmo era duas vezes menor que a média estadual (15,4).<ref name="Mapa da Violência 2012 - Paraíba">{{citar web|URL=http://www.mapadaviolencia.net.br/pdf2012/mapa2012_ma.pdf|título=Mapa da Violência 2012 - Maranhão|data=2012|acessodata=1 de junho de 2017|publicado=Portal Mapa da Violência|ultimo=|primeiro=|autor=|arquivodata=12 de agosto de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160812162039/http://mapadaviolencia.net.br/pdf2012/mapa2012_ma.pdf}}</ref> |
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[[Ficheiro:FPE (5898466360).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Viatura [[Nissan Frontier]] da Força de Pronto-Emprego, vinculada à [[Polícia Militar do Estado do Maranhão]].]] |
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Em 2000, nenhum município, até cinco mil habitantes, registrava uma taxa de homicídios, mas ela subiu para 22,0 em seis cidades em 2010. Considerando-se todas essas cidades, totalizam-se seis. Desde a época em que o estado era relativamente tranquilo, em 2000, a violência se estendeu praticamente em todo o território do estado, com vários polos elevadamente conurbados.<ref name="Mapa da Violência 2012 - Paraíba" /> |
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Os municípios mais populosos mostraram grande aumento em dez anos, como a capital, [[São Luís (Maranhão)|São Luís]], que passou entre 16,16 e 56,1 homicídios em 100 mil, com crescimento de 238,8%, ou o segundo município mais populoso, chamado de [[Imperatriz (Maranhão)|Imperatriz]], passando entre 12,6 e 55,8, crescendo em 343,3% no mencionado período. No entanto, o mais elevado aumento se observa nos municípios menos populosos: entre 5 e 10 mil e entre 20 e 50 mil hab., com taxas superiores a 400%, colaborando assim para disseminar a criminalidade no conjunto da [[Ente federativo|unidade federativa]].<ref name="Mapa da Violência 2012 - Paraíba" /><ref name=":34">{{citar web|URL=http://www.mapadaviolencia.net.br/pdf2012/mapa2012_web.pdf|título=MAPA DA VIOLÊNCIA 2012 - OS NOVOS PADRÕES DA VIOLÊNCIA HOMICIDA NO BRASIL|data=2012|acessodata=16 de junho de 2013|publicado=Portal Mapa da Violência|arquivodata=16 de fevereiro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130216165336/http://www.mapadaviolencia.net.br/pdf2012/mapa2012_web.pdf}}</ref> |
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Conforme o “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008”, também publicado pelo Instituto Sangari, as cidades maranhenses que apresentavam as maiores taxas de homicídios por grupo de cem mil habitantes foram [[Imperatriz (Maranhão)|Imperatriz]] (49,5), [[Açailândia]] (31,9), [[Governador Nunes Freire]] (31,2) e [[São Luís (Maranhão)|São Luís]] (31,0).<ref name=":35">{{citar web|url=http://www.sangari.com/view.cfm?cod=42&cod_pub=8&t=2&ext=.pdf&pag=publicacoessangari|titulo=Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008|data=2010|acessodata=28 de julho de 2010|publicado=Instituto Sangari|autor=WAISELFISZ, Julio Jacobo|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100704032303/http://www.sangari.com/view.cfm?cod=42&cod_pub=8&t=2&ext=.pdf&pag=publicacoessangari|arquivodata=4 de julho de 2010}}</ref> |
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== Governo e política == |
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O estado do Maranhão, da mesma forma que uma [[república]], é administrado por três poderes, totalmente sediados na capital. São eles: o [[Poder Executivo|executivo]], constituído pelo [[Lista de governadores do Maranhão|governador do Maranhão]]. O [[Poder Legislativo|legislativo]] ([[Assembleia Legislativa do Maranhão]]). E, por fim, o [[Poder Judiciário|judiciário]] ([[Tribunal de Justiça do Maranhão]] e outros tribunais, e juízes).<ref name=":10">{{citar web |ultimo=Estado do Maranhão |primeiro= |url=http://www.stc.ma.gov.br/files/2013/03/CONSTITUIÇÃO-DO-ESTADO-DO-MARANHÃO_atualizada_até_emenda69.pdf |titulo=Constituição do Estado |data=05-10-1989 |acessodata=27-07-2021 |publicado=Secretaria de Transparência e Controle |arquivodata=2015-12-22 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20151222105016/http://www.stc.ma.gov.br/files/2013/03/CONSTITUIÇÃO-DO-ESTADO-DO-MARANHÃO_atualizada_até_emenda69.pdf }}</ref> São símbolos do Maranhão a [[Bandeira do Maranhão|bandeira]], o [[Brasão do estado do Maranhão|brasão]] e o [[Hino do Maranhão|hino]].<ref name=":10" /> |
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O poder executivo maranhense é desempenhado pelo [[Lista de governadores do Maranhão|governador do Maranhão]]. Este é sucedido, em seus impedimentos, pelo [[vice-governador]] do Maranhão, e assessorado pelos [[Secretário de Estado|secretários estaduais]].<ref name=":10" /> A matriz do governo estadual, o [[Palácio dos Leões]], foi construída pelo capitão [[Jerônimo de Albuquerque Maranhão|Jerônimo de Albuquerque]]<ref name=":11">{{Harvnb|Garschagen|1998a|pp=283–284}}.</ref> e arquitetado por [[Francisco Frias de Mesquita]],<ref>{{citar web |ultimo=Telles |primeiro=Augusto Carlos da Silva |url=http://www.funceb.org.br/images/revista/18_7q5t.pdf |titulo=Francisco de Frias da Mesquita: Engenheiro-mor do Brasil |data=2005 |acessodata=28-01-2021 |publicado=Revista DaCultura |arquivodata=2019-05-27 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190527140442/http://www.funceb.org.br/images/revista/18_7q5t.pdf }}</ref> no [[Forte de São Luís do Maranhão|forte de São Luís]], edificado pelos franceses em 1612.<ref name=":11" /> |
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A partir do início da república, tomou posse pela primeira vez do governo do estado [[Pedro Augusto Tavares Júnior]], que se encontrava no poder de 17 de dezembro de 1889 a 3 de janeiro de 1890. Foi somente no ano de 1947, quando foi empossado o primeiro governador eleito pela população, [[Sebastião Archer|Sebastião Archer da Silva]].<ref>{{Harvnb|Garschagen|1998b|p=23}}.</ref> |
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O poder legislativo estadual é [[Unicameralismo|unicameral]] e representado pela [[Assembleia Legislativa do Maranhão]] (Palácio Manuel Beckman),<ref group="nota">O nome oficial do prédio do poder legislativo é uma homenagem ao líder da revolta contrária à [[Companhia de Comércio do Maranhão]], falecido em 1686. Ver os tópicos [[Maranhão#Povos indígenas, período colonial e imperial]], e [[História do Maranhão#Revolta de Beckman]], e o artigo sobre a [[Revolta de Beckman]].</ref> formada por 42 [[Deputado estadual|deputados estaduais]].<ref name=":10" /> No [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]], a representação maranhense é de três senadores e 18 deputados federais.<ref>{{Citar web|url=https://www25.senado.leg.br/web/senadores/por-uf/-/uf/MA|titulo=Senadores por UF - Senado Federal|acessodata=2024-03-19|website=www25.senado.leg.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www2.camara.leg.br/a-camara/conheca/numero-de-deputados-por-estado|titulo=Número de deputados por estado|acessodata=2024-03-19|website=Portal da Câmara dos Deputados|lingua=pt-br}}</ref> |
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A mais alta corte do [[Poder judiciário|Poder Judiciário]] é o [[Tribunal de Justiça do Maranhão]], localizado no [[Lista de bairros de São Luís (Maranhão)|Centro de São Luís]].<ref>{{citar web|url=http://www.tjma.jus.br/|acessodata=2 de abril de 2011|título=Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão|arquivodata=2012-06-30|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120630071649/http://www.tjma.jus.br/}}</ref> Conforme o [[Tribunal Superior Eleitoral]], o Maranhão possuía, em abril de 2019, {{fmtn|4576030}} eleitores, significando 3,088% do eleitorado brasileiro, o 11.º maior do país.<ref>{{citar web|url=http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/consulta-quantitativo|título=Consulta Quantitativo|publicado=Tribunal Superior Eleitoral|acessodata=23 de dezembro de 2013|arquivodata=17 de outubro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131017010850/http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/consulta-quantitativo}}</ref> |
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{{imagem múltipla |
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| image1 = Palácio dos Leões - São Luis - Maranhão - Brasil.JPG |
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| caption1 = Fachada do [[Palácio dos Leões]], sede do poder executivo estadual. |
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| image2 = EpiscopalPalace-SaoLuis.jpg |
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| caption2 = O [[Palácio Episcopal de São Luís|Palácio Episcopal]] havia sido matriz do Conselho Geral, e mais tarde, Assembleia Legislativa da Província do Maranhão entre [[1829]] e [[1889]].<ref name="História da Assembleia Legislativa">{{Citar web|ultimo=Estado do Maranhão|primeiro=Assembleia Legislativa do|url=https://www.al.ma.leg.br//estaticas/estatica.php?cod=1|titulo=História|data=2020-02-20|acessodata=2024-04-25|website=www.al.ma.leg.br|arquivourl=http://web.archive.org/web/20200220130943/https://www.al.ma.leg.br//estaticas/estatica.php?cod=1|arquivodata=20-02-2020}}</ref> |
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| image3 = Antigo Prédio da Assembleia Legislativa do Maranhão.png |
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| caption3 = O histórico Palácio Manuel Beckman, situado na Rua do Egito, em pleno [[Centro Histórico de São Luís]]. O edifício havia sido matriz da Assembleia entre [[1885]] e [[2008]].<ref name="História da Assembleia Legislativa" /> |
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| caption4 = [[Tribunal de Justiça do Maranhão]], sede do [[poder judiciário]] maranhense, no [[Centro Histórico de São Luís|Centro Histórico]] de [[São Luís (Maranhão)|São Luís]]. |
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| image4 = Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (3295958608).jpg |
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=== Símbolos estaduais === |
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==== Bandeira ==== |
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{{Artigo principal|Bandeira do Maranhão}} |
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[[Ficheiro:Bandeira do Maranhão.svg|miniaturadaimagem|[[Bandeira do Maranhão]].]] |
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A [[bandeira do Maranhão|bandeira maranhense]], um dos símbolos oficiais do estado, foi elaborada pelo poeta [[Sousândrade|Joaquim Manuel de Sousa Andrade]] e instituída no dia 6 de dezembro de 1889. Ela é um [[retângulo]] formado por nove listras [[Horizontal|horizontais]] do mesmo tamanho e proporção: três de [[Gules|goles]], cinco de [[Argento (heráldica)|argento]] e duas de [[Sable (heráldica)|sable]]. No canto superior da [[Direita e esquerda (heráldica)|sinistra]], um [[quadrado]] de [[Azure (heráldica)|blau]], carregado de uma [[estrela]] de cinco de pontas de argento.<ref name=":12">{{citar web|url=http://www.ma.gov.br:80/2007/12/13/Pagina8.htm|titulo=Símbolos Estaduais|acessodata=29 de maio de 2019|publicado=Secretaria de Estado da Cultura|ultimo=Governo do Maranhão|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090326071559/http://www.ma.gov.br/2007/12/13/Pagina8.htm|arquivodata=26 de março de 2009}}</ref> Tudo isso a torna razoavelmente parecida com a [[bandeira dos Estados Unidos]],<ref name=":12" /><ref>{{cite web|author=John Warner|url=http://www.gpo.gov/fdsys/pkg/CDOC-105sdoc13/pdf/CDOC-105sdoc13.pdf|title=Senate Concurrent Resolution 61|data=1998|acessodata=5 de abril de 2014|publicado=U.S Government Printing Office|primeiro=|arquivodata=16 de janeiro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140116211709/http://www.gpo.gov/fdsys/pkg/CDOC-105sdoc13/pdf/CDOC-105sdoc13.pdf}}</ref> carinhosamente apelidada de “''Old Glory''”.<ref>{{cite web|title=USFlag.org: A website dedicated to the Flag of the United States of America - "OLD GLORY!"|url=http://www.usflag.org/history/oldglorystory.html|website=www.usflag.org|data=|acessodata=13 de dezembro de 2015|publicado=|ultimo=|primeiro=|arquivodata=12 de dezembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151212124754/http://usflag.org/history/oldglorystory.html}}</ref> |
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As listras de goles, argento e sable significam a [[Miscigenação|miscigenação étnica]] dos [[:Categoria:Naturais do Maranhão|maranhenses]] ([[indígenas]], [[Brancos|caucasianos]] e [[Negros|afro-descendentes]]). O quadrado de blau, no canto esquerdo de cima, simboliza o [[Céu|firmamento]], e a estrela de cinco pontas de argento, a [[Ente federativo|unidade federativa]]. Constitui a mesma estrela que se vê na [[bandeira do Brasil]] e simboliza a mesma: a [[Acrab|Beta]] de [[Scorpius]].<ref name=":12" /> |
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==== Brasão ==== |
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{{Artigo principal|Brasão do estado do Maranhão}} |
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[[Ficheiro:Brasão do Maranhão.svg|miniaturadaimagem|[[Brasão do estado do Maranhão|Brasão do Maranhão]].]] |
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O [[Escudo (heráldica)|escudo]] mostra, cercado por uma [[moldura]], um [[círculo]] subdividido em quatro porções:<ref name=":12" /> |
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* ambas da [[Direita e esquerda (heráldica)|sinistra]], em [[Vert (heráldica)|sinopla]] e [[Or (heráldica)|jalde]], simbolizam as [[Cor|cores]] oficiais do [[Brasil]]; |
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* ambas da destra reproduzem, na parte de cima, a [[bandeira do Maranhão]] e, na de baixo, o antigo símbolo da [[erudição]] (um [[pergaminho]] cortado por uma [[pena]]). |
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==== Hino ==== |
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{{Artigo principal|Hino do Maranhão}} |
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O [[Hino do Maranhão]] teve sua letra escrita por [[Barbosa de Godois|Antônio Baptista Barbosa de Godois]] e sua melodia composta por [[Antônio Carlos dos Reis Rayol]]''.'' O Hino Maranhense recorda:<ref name=":12" /> |
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* Na estrofe de n.º 1, a [[batalha de Guaxenduba]], vencida pelos [[portugueses]] contra os [[franceses]]; |
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* na de n.º 2, a retirada dos gauleses e a vitória do direito em favor dos lusitanos; |
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* na de n.º 3, a gloriosa [[história do Maranhão|história maranhense]] e seus protagonistas; |
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* na de n.º 4, ambos os primeiros versos recordam a extrusão dos [[neerlandeses]] e os dois últimos o apoio do Maranhão à [[Independência do Brasil|independência brasileira]]; |
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* na de n.º 5, o poeta solicita que a [[Futuro|posteridade]] conceda ao Maranhão, por toda a existência, as mesmas glórias do passado. |
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; Letra |
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:'''Salve pátria, pátria amada''' |
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:'''Maranhão, Maranhão berços de heróis''' |
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:'''Por divisa tens a glória''' |
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:'''Por numes, nossos avós''' '''[[wikisource:pt:Hino do estado do Maranhão|>>>]]''' |
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::<small>[[Refrão|Estribilho]] do [[Hino do Maranhão|Hino do Maranhão]].</small><ref name=":12" /> |
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== Subdivisões == |
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{{Lista principal|Lista de regiões geográficas intermediárias e imediatas do Maranhão}} |
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{{Lista principal|Lista de municípios do Maranhão|Lista de municípios do Maranhão por IDH-M}} |
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=== Evolução territorial, regiões geográficas intermediárias e imediatas === |
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O Maranhão era uma espécie de “mãe” para os estados do [[Piauí]], [[Pará]] e [[Amazonas]], outrora subordinados ao [[Estado do Grão-Pará e Maranhão]]. Este compreendia boa parte da [[Amazônia Legal]], da [[Região Norte do Brasil|região norte do Brasil]] e do [[Meio-Norte]].<ref name=":30">{{citar web |ultimo=Governo do Maranhão |primeiro= |url=http://imesc.ma.gov.br/src/upload/publicacoes/Evolucao_Politica_201012142.pdf |titulo=Evolução político-administrativa do Maranhão |data=2010 |acessodata=28-01-2020 |publicado=Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos Cartográficos |arquivodata=2020-06-23 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200623232534/http://imesc.ma.gov.br/src/upload/publicacoes/Evolucao_Politica_201012142.pdf }}</ref> Era conhecido por Maranhão, porque o [[rio Amazonas]], que banha toda essa grande extensão de terra, em 1621, era chamado de [[Rio Marañón|Maranhão]] pelos indígenas.<ref name=":41">{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=cPlcAwAAQBAJ|título=Viagem - pela bacia do rio Amazonas e Colômbia|ultimo=dos Santos|primeiro=Arthur Ferreira|editora=Baraúna|ano=2014|local=Google Livros|páginas=21|isbn=9788579238802|acessodata=22/05/2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180622193014/https://books.google.com.br/books?id=cPlcAwAAQBAJ|arquivodata=2018-06-22}}</ref> |
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O [[Estado do Maranhão e Piauí]] surgiu como unidade política em 1772 com cinco vilas, sendo a mais antiga, [[São Luís (Maranhão)|São Luís]], fundada em 1612. A última desse período foi [[Guimarães (Maranhão)|Guimarães]], criada em 1758.<ref name=":30" /> Com a [[Independência do Brasil]], a [[província do Maranhão]] foi organizada em 1823 e naquele ano o território já se dividia em sete vilas.<ref name=":30" /> Do Império até a República, passou de sete vilas para 217 municípios. Constitui o [[Lista de estados brasileiros por número de municípios|décimo estado com o maior número]] e o quarto da região nordeste, atrás da [[Paraíba]].<ref name="anuario2012">{{citar web|url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/20/aeb_2012.pdf|data=2012|acessodata=3 de novembro de 2013|obra=Anuário Estatístico do Brasil|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)|formato=PDF|título=Evolução político-administrativa, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação – 1940/2010|página=22|volume=72|arquivodata=2 de janeiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190102034219/https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/20/aeb_2012.pdf}}</ref> |
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É formado por 217 [[Municípios do Brasil|municípios]], agrupados em 22 [[Região geográfica imediata|regiões geográficas imediatas]]. Estas, no que lhe concerne, se encontram distribuídas em cinco [[Região geográfica intermediária|intermediárias]], segundo o [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|IBGE]] ([[Região Geográfica Intermediária de São Luís|São Luís]], [[Região Geográfica Intermediária de Santa Inês-Bacabal|Santa Inês-Bacabal]], [[Região Geográfica Intermediária de Caxias|Caxias]], [[Região Geográfica Intermediária de Presidente Dutra|Presidente Dutra]] e [[Região Geográfica Intermediária de Imperatriz|Imperatriz]]).<ref name="IBGE_DTB_2017">{{citar web |url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/divisao_regional_do_brasil/divisao_regional_do_brasil_em_regioes_geograficas_2017/tabelas/regioes_geograficas_composicao_por_municipios_2017_20180911.xls |título=Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2017 |acessodata=9 de fevereiro de 2018 |arquivodata=10 de agosto de 2017 |arquivourl=https://www.webcitation.org/6scTsdWoX?url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/divisao_regional_do_brasil/divisao_regional_do_brasil_em_regioes_geograficas_2017/tabelas/regioes_geograficas_composicao_por_municipios_2017_20180911.xls }}</ref><ref>{{citar web|url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/divisao_regional_do_brasil/divisao_regional_do_brasil_em_regioes_geograficas_2017/mapas/21_regioes_geograficas_maranhao_20180911.pdf|titulo=IBGE: mapa das regiões geográficas do Maranhão|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=|arquivodata=2020-11-01|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101103027/ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/divisao_regional_do_brasil/divisao_regional_do_brasil_em_regioes_geograficas_2017/mapas/21_regioes_geograficas_maranhao_20180911.pdf}}</ref> |
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Na [[Lista de mesorregiões e microrregiões do Maranhão|divisão em vigor até 2017]], os municípios do estado se distribuíam em 21 microrregiões e cinco mesorregiões, conforme o IBGE.<ref>{{Citar periódico |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |ano=1990 |título=Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas |jornal=Biblioteca IBGE |página=32–35 |volume=1 |url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv2269_1.pdf |acessadoem=9 de fevereiro de 2018 |wayb=20180209152223}}</ref> |
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{| class="wikitable sortable" |
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! [[Região geográfica intermediária]]<ref name="IBGE_DTB_2017"/> |
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! Código |
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! Número de<br> municípios |
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! [[Região geográfica imediata|Regiões geográficas imediatas]] |
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! Código |
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! Número de<br> municípios |
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| rowspan="8" |[[Região Geográfica Intermediária de São Luís|São Luís]] |
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| rowspan="8" |2101 |
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| rowspan="8" |73 |
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|[[Região Geográfica Imediata de São Luís|São Luís]] |
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|210001 |
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|13 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Pinheiro|Pinheiro]] |
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|210002 |
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|11 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Chapadinha|Chapadinha]] |
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|210003 |
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|10 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Itapecuru Mirim|Itapecuru Mirim]] |
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|210004 |
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|9 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Viana|Viana]] |
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|210005 |
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|10 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Barreirinhas|Barreirinhas]] |
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|210006 |
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|4 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Tutóia-Araioses|Tutóia-Araioses]] |
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|210007 |
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|7 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Cururupu|Cururupu]] |
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|210008 |
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|9 |
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|- |
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| rowspan="4" |[[Região Geográfica Intermediária de Santa Inês-Bacabal|Santa Inês-Bacabal]] |
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| rowspan="4" |2102 |
|||
| rowspan="4" |59 |
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|[[Região Geográfica Imediata de Santa Inês|Santa Inês]] |
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|210009 |
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|15 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Bacabal|Bacabal]] |
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|210010 |
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|16 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Governador Nunes Freire|Governador Nunes Freire]] |
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|210011 |
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|14 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Pedreiras|Pedreiras]] |
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|210012 |
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|14 |
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|- |
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| rowspan="3" |[[Região Geográfica Intermediária de Caxias|Caxias]] |
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| rowspan="3" |2103 |
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| rowspan="3" |14 |
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|[[Região Geográfica Imediata de Caxias|Caxias]] |
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|210013 |
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|6 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Timon|Timon]] |
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|210014 |
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|4 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Codó|Codó]] |
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|210015 |
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|4 |
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|- |
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| rowspan="3" |[[Região Geográfica Intermediária de Presidente Dutra|Presidente Dutra]] |
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| rowspan="3" |2104 |
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| rowspan="3" |28 |
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|[[Região Geográfica Imediata de Presidente Dutra|Presidente Dutra]] |
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|210016 |
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|13 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de São João dos Patos|São João dos Patos]] |
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|210017 |
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|11 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Colinas|Colinas]] |
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|210018 |
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|4 |
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|- |
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| rowspan="4" |[[Região Geográfica Intermediária de Imperatriz|Imperatriz]] |
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| rowspan="4" |2105 |
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| rowspan="4" |43 |
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|[[Região Geográfica Imediata de Imperatriz|Imperatriz]] |
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|210019 |
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|17 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Barra do Corda|Barra do Corda]] |
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|210020 |
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|9 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Açailândia|Açailândia]] |
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|210021 |
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|5 |
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|- |
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|[[Região Geográfica Imediata de Balsas|Balsas]] |
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|210022 |
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|12 |
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|- |
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|} |
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== Economia == |
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{{Artigo principal|Economia do Maranhão}} |
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[[Ficheiro:Tree Map-Exportacoes do Maranhao (2012).png|esquerda|miniaturadaimagem|Exportações do Maranhão — (2012)<ref name="dataviva.info">{{citar web|titulo=Exportações do Maranhão (2012)|obra=Plataforma DataViva|url=http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/ma/all/all/hs/?depth=hs_6&value_var=val_usd&color_var=color&controls=true&year=2012|acessodata=13 de janeiro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140116091315/http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/ma/all/all/hs/?depth=hs_6&value_var=val_usd&color_var=color&controls=true&year=2012|arquivodata=2014-01-16|urlmorta=yes}}</ref>]] |
|||
Entre as maiores empresas se destacam: [[Grupo Mateus|Hiper Mateus]], [[Equatorial Energia Maranhão|Cemar]], [[Ferrovia Norte-Sul]], [[Usina Termelétrica Gera Maranhão|Gera Maranhão]], Viena, Frigotil e Gusa.<ref>{{Citar web |ultimo=Estadão |url=https://publicacoes.estadao.com.br/empresasmais2018/ranking-1500/ |titulo=Em parceria com a Austin Rating e a FIA, mapeia as empresas mais eficientes do Brasil. |acessodata=2021-07-28 |publicado=O Estado de São Paulo |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-12-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201226202438/https://publicacoes.estadao.com.br/empresasmais2018/ranking-1500/ }}</ref> O Maranhão é a [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|17.ª unidade federativa mais rica do Brasil]], possuindo 1,4% da [[Economia do Brasil|economia do país]]. O estado também é um grande exportador. Em 2019, foi a décima-terceira maior [[Unidades federativas do Brasil|unidade federativa brasileira]] em exportação. Perde somente para [[Mato Grosso do Sul]] (2,4%), [[Goiás]] (2,9%) e [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] (3,4%). Depois vêm [[Santa Catarina]] (4%), [[Pará]] (7,6%), [[Paraná]] (7,2%), [[Mato Grosso]] (7,7%), [[Rio Grande do Sul]] (8,2%), [[Minas Gerais]] (11,2%), [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] (12,4%) e [[São Paulo (estado)|São Paulo]] (21,5%). O Maranhão participa com 1,6% do total.<ref name=":19" /> |
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Seus produtos mais exportados foram, em 2022, [[soja]] (35%), [[óxido de alumínio]] (24%), [[celulose]] (13%) e [[milho]] não moído (10%).<ref name=":19" /> |
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=== Setor primário === |
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O [[setor primário]] constitui o mais relevante e maior da economia maranhense ao nível nacional. No ano de 2013, a [[agropecuária]] respondia só por 2,7% do [[Valor econômico adicionado|valor total adicionado]] à economia de todo o Brasil.<ref name=":20">{{citar web|url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95014.pdf|titulo=Produto interno bruto dos municípios|data=2013|acessodata=12 de julho de 2017|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|ultimo=IBGE|primeiro=|arquivodata=22 de julho de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170722004102/http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95014.pdf}}</ref> |
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| image1 = Gerais de Balsas (8189725723).jpg |
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| caption1 = Plantação de soja em Balsas–MA |
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| caption2 = [[Attalea speciosa]] em uma fazenda no Maranhão. |
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A maior região [[Agricultura|agrícola]] do Maranhão é o [[Meio-Norte|meio-norte]], em que estão situados os rios [[Rio Mearim|Mearim]], [[Rio Pindaré|Pindaré]] e [[Rio Itapecuru|Itapecuru]]. Ali está centralizada a maioria das atividades agrárias, [[Pecuária|criatórias]] e [[Extrativismo|extratoras]]. A [[Algodão|cotonicultura]] dominou o vale do rio Itapecuru nos séculos XVIII e XIX. No segundo semestre do século XX, começou a prevalecer nessa região a [[rizicultura]], seguida da [[Milho|milhocultura]], da [[Mandioca|mandiococultura]], da [[Feijão|feijocultura]] e da [[Algodão|cotonicultura]].<ref name=":17" /> |
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O vale do Itapecuru é o maior cultivador de [[arroz]] do estado. Além disso, é ainda o principal plantador de [[Coqueiro|coco]] de [[babaçu]] e possui a segunda maior criação de [[Bos taurus|bois]] do estado. Os imigrantes [[Região Nordeste do Brasil|nordestinos]] recolonizaram os sertões do Pindaré e do Mearim e igualmente o [[Caboclo|mameluco]] do Maranhão. Tais povos ocuparam-se da cultura do arroz. Depois, com tal esforço, o cultivo ultrapassou a casa dos milhares aos milhões de sacas. E a espécie ''Oryza sativa'' voltou a ser exportada ao restante do [[Brasil]].<ref name=":17">{{Harvnb|Garschagen|1998a|pp=282–283}}.</ref> |
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Os vales dos rios [[Rio Mearim|Mearim]] e [[Rio Pindaré|Pindaré]] são regiões de povoamento mais novo que a do [[Rio Itapecuru|Itapecuru]]. Para cá vieram migrações do próprio Maranhão e oriundas de outros estados [[Região Nordeste do Brasil|nordestinos]]. A economia dessas terras fundamenta-se no [[extrativismo]] do [[Coqueiro|coco]] de [[babaçu]] e nas plantações de [[arroz]] e [[milho]]. Também na região centro-norte estão os [[Campo de Perizes|campos de Perizes]], maior região pecuária do estado.<ref name=":17" /> |
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No resto do estado, expandem-se as mesmas fontes de renda da porção centro-norte, mas em escala menor. A [[agricultura]] quase sempre é limitada às [[Agricultura de subsistência|lavouras de subsistência]]. O maior produto vegetal do Maranhão constitui o [[babaçu]]. Este é utilizado para fabricar um [[óleo]] altamente refinado e comestível. É de elevada importância fabril, como [[combustível]] e [[lubrificante]], ou como matéria-prima para sabões e [[Sabonete|sabonetes]]. A torta, rejeito do extrativismo do óleo, é convertida em farelo para alimentar o [[Bos taurus|boi]] e o [[porco]], ou empregada como [[Fertilizante|adubo]] de [[Azoto|nitrogênio]]. Os envoltórios do [[Coqueiro|coco]] oferecem um excelente [[Carvão mineral|carvão]], com altas quantidades de [[carbono]], usado como redutor de [[minério]]. Recorrendo ao método de destilação física e química, os envoltórios fornecem ainda [[alcatrão]], [[Ácido etanoico|ácido acético]], [[álcool]] e [[Acetato|acetatos]].<ref name=":17" /> |
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A [[pesca]] é demasiado próspera.<ref name=":23">{{Harvnb|Benton|Costa Filho|1973|p=24–B}}.</ref> A [[Ente federativo|unidade federativa]], em 2009, foi colocada como o oitavo maior criador do [[Brasil]].<ref>{{citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1108|titulo=Tabela 1108 - Produção estimada de pescado por modalidade, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação (série encerrada)|data=2009|acessodata=14-10-2019|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|ultimo=IBGE|arquivodata=2019-10-14|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191014115231/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1108}}</ref> Os resultados obtiveram o total de 102 868,2 t de pescado, sendo 70 342,5 t de [[Extrativismo|pesca extrativa]] e 32 525,7 t de [[Aquacultura|aquicultura]].<ref>{{citar web|url=http://www.icmbio.gov.br/cepsul/images/stories/biblioteca/download/estatistica/est_2011_bol__bra.pdf|titulo=BOLETIM ESTATÍSTICO DA PESCA E AQUICULTURA|data=2011|acessodata=14-10-2019|publicado=Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade|ultimo=Governo do Brasil|arquivodata=2020-02-15|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200215123511/http://www.icmbio.gov.br/cepsul/images/stories/biblioteca/download/estatistica/est_2011_bol__bra.pdf}}</ref> |
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As mais importantes fontes de renda extrativistas maranhenses constituem o extrativismo de [[sal marinho]] e a [[Garimpo|garimpagem]] de [[Diamante|diamantes]] e do [[ouro]], na região do baixo Gurupi.<ref name=":17" /> |
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=== Setor secundário === |
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[[Ficheiro:Estreito- Usina Hidroelétrica & Ferrovia Norte-Sul (8203082342).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|[[Usina Hidrelétrica Estreito (Maranhão)|Usina Hidrelétrica Estreito]] e [[Ferrovia Norte-Sul]].]] |
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O [[setor secundário]] constitui o menos relevante e menor da economia maranhense ao nível nacional. No ano de 2013, a [[indústria]] respondia só por 1,0% do [[Valor econômico adicionado|valor total adicionado]] à economia de todo o Brasil.<ref name=":20" /> |
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A disponibilidade de [[energia elétrica]] do estado procede da [[Usina Hidrelétrica de Boa Esperança|usina hidrelétrica de Boa Esperança]], com 105 000 kW de potência implantada. Situada no [[Rio Parnaíba|Parnaíba]], na [[Ente federativo|unidade federativa]] do [[Piauí]], perto da divisa Maranhão-Piauí, esta usina sucedeu integralmente às [[Usina termoelétrica|termelétricas]] em operação antes da [[década de 1970]]. A oferta de energia elétrica no estado cresceu com a entrada em funcionamento da [[Usina Hidrelétrica de Tucuruí|usina hidrelétrica de Tucuruí]], na entidade federada do [[Pará]].<ref name=":17" /> |
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Nos [[década de 1980|anos 1980]], foi aberta oficialmente pela primeira vez, no [[Distrito industrial|Distrito Industrial]] de [[São Luís (Maranhão)|São Luís]], a indústria de [[alumínio]] da [[Alcoa]], com [[Capital (economia)|capitais]] [[Estados Unidos|estadunidenses]] e [[Reino Unido|anglo]]-[[Países Baixos|holandeses]]. O projeto foi implementado para trabalhar com a [[bauxita]] trazida das margens do [[rio Trombetas]], no [[Pará]], a 1 800 km de distância.<ref name=":17" /> Até 2005, na região do [[Rio Parnaíba|Parnaíba]], a Itapagé (ex-Cepalma) constituía a principal empresa fabril.<ref>{{citar periódico|ultimo=Bastos|primeiro=Samuel|data=08-10-2015|titulo=Fechamento da Itapagé completa 10 anos…|url=https://portalgaditas.com.br/fechamento-da-itapage-completa-10-anos/|jornal=Portal Gaditas|acessodata=14-10-2019|arquivodata=2019-10-14|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191014223016/https://portalgaditas.com.br/fechamento-da-itapage-completa-10-anos/}}</ref><ref name=":17" /> |
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=== Setor terciário === |
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O [[setor terciário]] constitui o segundo mais relevante e maior da economia maranhense ao nível nacional. No ano de 2013, os serviços respondiam só por 1,3% do [[Valor econômico adicionado|valor total adicionado]] à economia de todo o Brasil.<ref name=":20" /> |
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No primeiro semestre de 2024, o Maranhão registrou [[Exportação|exportações]] no valor de 603,7 [[Milhão|milhões]] de [[Dólar|dólares]] e [[Importação|importações]] de 117,2 milhões de [[Dólar|dólares]]. Já em 2023, as exportações somaram 1.679,1 milhões de dólares, enquanto as importações totalizaram 534 milhões de dólares.<ref name=":19">{{citar web |ultimo=MDIC |primeiro= |url=http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis |titulo=ComexVis: Estados |data=2019 |acessodata=14-09-2019 |publicado=Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços |arquivodata=2020-05-29 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200529025955/http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis }}</ref><ref name=":23" /> |
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==== Turismo ==== |
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| image1 = SaoLuis-Street1.jpg |
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| caption1 = [[Centro Histórico de São Luís]]. |
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| image2 = Vista 5 dos Lençois Maranhenses.jpg |
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| caption2 = [[Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses]]. |
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[[São Luís (Maranhão)|São Luís]] constitui o mais importante centro de turismo da [[Unidades federativas do Brasil|unidade federativa]]. Possui quase 50% de sua superfície urbanizada catalogada (preservada e protegida contra mudanças) pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional|IPHAN]]. Com tudo isso, a [[capital]] do Maranhão representa uma cidade de [[rua]]s curtas e históricos [[Sobrado (arquitetura)|sobrados]], dotados de [[Fachada|fachadas]] de [[Azulejo|azulejo português]].<ref name=":21" /><ref name=":18" /> |
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São conhecidos o [[Palácio dos Leões]] (matriz do [[Poder Executivo|poder executivo]] do estado), a [[Prefeitura (Brasil)|Prefeitura Municipal]], o forte da Ponta da Areia (em ruínas), o [[Palácio Episcopal de São Luís|Palácio Episcopal]]. As igrejas da [[Catedral de São Luís do Maranhão|Sé]], do [[Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo (São Luís)|Carmo]] (edificada em 1621), do [[Igreja de São José do Desterro|Desterro]], de [[Igreja de São João Batista (São Luís)|São João Batista]], de [[Convento e Igreja de Santo Antônio (São Luís)|Santo Antônio]] e o [[teatro Arthur Azevedo]]. As praias de [[Ponta d'Areia (São Luís)|Ponta d'Areia]], [[Olho d'Água (São Luís)|Olho d'Água]], [[Praia do Araçagi|Aracagi]] e [[Calhau (São Luís)|Calhau]] são as mais visitadas por viajantes e habitantes da capital.<ref name=":21">{{citar web|url=http://www.turismo.ma.gov.br/cidades-patrimonio-historia-e-arquitetura/|titulo=Cidades Patrimônio, História e Arquitetura|data=2019|acessodata=14-10-2019|publicado=Secretaria de Estado do Turismo|ultimo=Governo do Maranhão|arquivodata=2019-10-14|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191014115227/http://www.turismo.ma.gov.br/cidades-patrimonio-historia-e-arquitetura/}}</ref><ref name=":18">{{Harvnb|Arruda|1988|pp=5068–5069.}}</ref> |
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[[Alcântara (Maranhão)|Alcântara]], localizada na frente da ilha de [[Upaon-Açu]], constitui outro centro de [[atração turística]]. Alcântara, estabelecida em 1648, representa uma cidade monumental, completamente catalogada pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional|IPHAN]]. Tem [[Mosteiro|mosteiros]], antigos [[Casa|casarões]] e [[Igreja|igrejas]], datadas dos primórdios do povoamento do estado.<ref name=":21" /><ref name=":18" /> A cidade apresenta também aos turistas os atrativos de um abundante [[folclore]]. Este possui seu ponto culminante nas comemorações do [[bumba meu boi]], promovidas tradicionalmente entre junho e setembro.<ref>{{citar web|url=http://www.turismo.ma.gov.br/cultura-e-festas-populares/|titulo=Cultura e Festas Populares|data=2019|acessodata=14-10-2019|publicado=Secretaria de Estado do Turismo|ultimo=Governo do Maranhão|arquivodata=2019-10-14|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191014115229/http://www.turismo.ma.gov.br/cultura-e-festas-populares/}}</ref><ref name=":18" /> |
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Há eventos importantes como a festa de [[São José de Ribamar|São José do Ribamar]], no mês de setembro, e a da [[Içara (palmeira)|Juçara]], em [[São Luís (Maranhão)|São Luís]], em outubro, ambas sem data definida. Estas constituem as principais festividades folclóricas da [[Ente federativo|unidade federativa]].<ref>{{citar periódico|ultimo=Redação|data=31-08-2018|titulo=Festejo de São José de Ribamar começa neste sábado, 1º|url=https://oimparcial.com.br/cidades/2018/08/festejo-de-sao-jose-de-ribamar-comeca-neste-sabado-1o/|jornal=O Imparcial|acessodata=14-10-2019|arquivodata=2019-10-14|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191014115229/https://oimparcial.com.br/cidades/2018/08/festejo-de-sao-jose-de-ribamar-comeca-neste-sabado-1o/}}</ref><ref>{{citar periódico|ultimo=Cunha|primeiro=Patricia|data=13-10-2019|titulo=Festa da Juçara comemora 50 anos no Maranhão|url=https://oimparcial.com.br/cidades/2019/10/festa-da-jucara-comemora-50-anos-no-maranhao/|jornal=O Imparcial|acessodata=14-10-2019|arquivodata=2019-10-14|arquivourl=https://web.archive.org/web/20191014115229/https://oimparcial.com.br/cidades/2019/10/festa-da-jucara-comemora-50-anos-no-maranhao/}}</ref><ref name=":18" /> Outras [[Atração turística|atrações turísticas]] ecologicamente importantes do estado, incluem o [[Delta do Parnaíba]],<ref>{{Citar web |ultimo=Governo do Maranhão |url=https://www.turismo.ma.gov.br/polo-delta-das-americas/ |titulo=Delta das Américas |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Secretaria de Estado do Turismo |lingua=pt-br |arquivodata=2020-06-05 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200605111912/http://www.turismo.ma.gov.br/polo-delta-das-americas/ }}</ref> e os [[Parque nacional|parques nacionais]] dos [[Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses|Lençóis Maranhenses]]<ref>{{Citar web |ultimo=Governo do Maranhão |url=https://www.turismo.ma.gov.br/roteiro-lencois-maranhenses/ |titulo=Lençóis Maranhenses |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Secretaria de Estado do Turismo |lingua=pt-br |arquivodata=2020-11-15 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201115234717/https://www.turismo.ma.gov.br/roteiro-lencois-maranhenses/ }}</ref> e da [[Parque Nacional da Chapada das Mesas|Chapada das Mesas]].<ref>{{Citar web |ultimo=Governo do Maranhão |url=https://www.turismo.ma.gov.br/roteiro-chapada-das-mesas/ |titulo=Chapada das Mesas |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Secretaria de Estado do Turismo |lingua=pt-br |arquivodata=2020-11-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201116015713/https://www.turismo.ma.gov.br/roteiro-chapada-das-mesas/ }}</ref> |
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== Infraestrutura == |
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=== Saúde === |
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O Maranhão possui questões de saúde pública de alguma intensidade.<ref name=":23" /> No campo, é verificada a ocorrência endêmica de [[Infeções por ancilostomídeos|ancilostomose]], [[malária]], [[esquistossomose]], etc.<ref name=":23" /> A rede de hospitais do estado, em 2009, abrangia 2 621 estabelecimentos com uma totalidade de 12 064 leitos, 10 214 médicos, 2 346 cirurgiões-dentistas, 4 059 enfermeiros, 1 515 farmacêuticos, 5 357 auxiliares de enfermagem e 4 922 técnicos de enfermagem.<ref>{{Citar web |ultimo=IBGE |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/pesquisa/32/28163 |titulo=Serviços de saúde |data=2009 |acessodata=2021-01-28 |website=Cidades@ |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=DATASUS |url=http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/ma.htm |titulo=Cadernos de Informações em Saúde - Maranhão |acessodata=2021-01-28 |website=tabnet.datasus.gov.br |publicado=Ministério da Saúde |arquivodata=2020-04-23 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200423131053/http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/ma.htm }}</ref> Em 2005, da população, 61,3% dos maranhenses possuem acesso à rede de água,<ref name="portalbrasil.net">{{citar web|url=https://www.portalbrasil.net/estados_ma.htm|titulo=Brasil - Maranhão|acessodata=13 de abril de 2020|publicado=Portal Brasil|autor=TOSCANO, Fernando|data=|ultimo=|primeiro=|arquivodata=21 de fevereiro de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200221070717/http://portalbrasil.net/estados_ma.htm}}</ref> enquanto 49,5% são beneficiados pelo esgoto sanitário.<ref name="portalbrasil.net" /> |
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Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2008, 50,4% dos maranhenses avaliavam sua saúde como boa ou ótima; 63,1% realizavam consulta médica periodicamente; 28,5% dos habitantes consultavam o dentista regularmente e 6,3% estiveram internados em leito hospitalar nos doze meses anteriores. 21,5% declararam ter alguma [[doença crônica]] e apenas 6,9% tinham plano de saúde. Outro dado significante é o fato de 63,8% terem declarado necessitar do Programa Unidade de Saúde da Família — PUSF.<ref name="Serviços de saúde 2008">{{citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/pesquisa/47/48940|titulo=Acesso e Utilização dos Serviços, Condições de Saúde e Fatores de Risco e Proteção à Saúde 2008|data=2008|acessodata=14 de maio de 2011|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística}}</ref> |
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Na questão da saúde feminina, 40,7% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos doze meses anteriores; 31,9% entre 50 e 69, mamografia nos dois; e 67,7% entre 25 e 59, preventivo para [[Câncer cervical|câncer do colo do útero]] nos três.<ref name="Serviços de saúde 2008" /> |
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=== Educação === |
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[[Ficheiro:CUniversitaria.jpg|miniaturadaimagem|Cidade Universitária Dom Delgado.|alt=|esquerda]] |
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Em 2018, foram registradas matrículas de {{fmtn|1178949}} discentes, nas 9 690 instituições educacionais de [[ensino fundamental]] em Maranhão, das quais 438 eram do estado, {{fmtn|11907}} do município, 1 157 da iniciativa privada e quatro da União. No que diz respeito ao corpo docente, era também formado por {{fmtn|66762}} professores, dos quais {{fmtn|438}} ensinavam em instituições de ensino do estado, 58 em escolas da União, {{fmtn|62 712}} nas do município e {{fmtn|8933}} nas da iniciativa privada.<ref name=":29">{{citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/pesquisa/13/78117|titulo=Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2018|data=2018|acessodata=22 de abril de 2020|publicado=[[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]}}</ref> O [[ensino médio]], em 2018, era lecionado em 18 107 estabelecimentos com {{fmtn|311830}} discentes registrados por matrícula, atendidos por {{fmtn|1051}} docentes.<ref name=":29" /><ref group="nota">1. O mesmo aluno pode ter mais de uma matrícula. 2. O mesmo professor pode atuar em mais de uma etapa e/ou modalidade de ensino.</ref> |
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Em 2015, a [[Alfabetização|taxa de alfabetização]] estadual era de 81,1%, a 2.ª mais baixa do Brasil.<ref>{{Citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1188#resultado|titulo=Tabela 1188: Taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor ou raça|acessodata=2023-01-29|website=sidra.ibge.gov.br|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220813141054/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1188|arquivodata=13-08-2022}}</ref> A taxa de escolarização na faixa etária de 8 a 14 anos é de 16,9%.<ref>{{Citar web |ultimo=IBGE |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/pesquisa/44/47044 |titulo=PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios |data=2015 |acessodata=2021-01-28 |website=Cidades@ |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística}}</ref> Em 2008, 33,2% da população maranhense é de [[Analfabetismo funcional|analfabetos funcionais]].<ref>{{citar web|url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv42820.pdf|titulo=Síntese de Indicadores Sociais|data=2009|acessodata=11 de agosto de 2017|publicado=[[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]|ultimo=IBGE|primeiro=|arquivodata=26 de novembro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181126221558/https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv42820.pdf}}</ref> O [[Lista de estados do Brasil por IDH|IDH-educação]] do Maranhão é o 9.º mais baixo do Brasil (0,562).<ref name="PNUD_2017">{{Citar web|url=http://atlasbrasil.org.br/2013/data/rawData/Radar IDHM PNADC_2019_Book.pdf|título=Radar IDHM: evolução do IDHM e de seus índices componentes no período de 2012 a 2017|autor=PNUD Brasil|acessodata=18-4-2019|arquivodata=2019-07-15|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190715184118/http://atlasbrasil.org.br/2013/data/rawData/Radar IDHM PNADC_2019_Book.pdf}}</ref> |
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As mais importantes instituições maranhenses de ensino superior são a [[Universidade Federal do Maranhão]],<ref>{{citar web |ultimo=UFMA |url=https://portalpadrao.ufma.br/site/institucional/historico |titulo=Histórico |data=2021 |acessodata=28 de julho de 2021 |publicado=Universidade Federal do Maranhão |arquivodata=9 de maio de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210509160741/https://portalpadrao.ufma.br/site/institucional/historico }}</ref> o [[Instituto Federal do Maranhão]],<ref>{{Citar web |url=https://portal.ifma.edu.br/instituto/historico/ |titulo=Histórico : IFMA |acessodata=2021-07-28 |website=portal.ifma.edu.br |arquivodata=2021-01-18 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210118194759/https://portal.ifma.edu.br/instituto/historico/ }}</ref> a [[Universidade Estadual do Maranhão]],<ref>{{Citar web |ultimo=CTIC |primeiro=Coordenação de Tecnologia da Informação e Comunicação- |url=https://www.uema.br/historico/ |titulo=Histórico |acessodata=2021-07-28 |website=UEMA |lingua=pt-br |arquivodata=2021-02-17 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210217223728/https://www.uema.br/historico/ }}</ref> a [[Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão]]<ref>{{Citar web |ultimo=SEATI |primeiro=Secretaria Adjunta de Tecnologia da Informação do Estado do Maranhão- |url=https://www.uemasul.edu.br/portal/institucional/a-uemasul/ |titulo=A história da UEMASUL - UEMASUL |acessodata=2021-07-28 |website=Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL |lingua=pt-BR |arquivodata=2021-01-22 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210122092327/https://www.uemasul.edu.br/portal/institucional/a-uemasul/ }}</ref> e o [[Instituto Estadual do Maranhão]].<ref>{{Citar web |url=http://www.iema.ma.gov.br/institucional/o-iema/ |titulo=O IEMA – IEMA |acessodata=2021-07-28 |arquivodata=2021-06-30 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210630171711/http://www.iema.ma.gov.br/institucional/o-iema/ }}</ref> |
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Apesar da tradição histórica da [[Alta cultura|cultura erudita]] no Maranhão, representada por seus grandes intelectuais, cientistas e escritores, como [[Ferreira Gullar]], por exemplo,<ref>{{Citar web |ultimo=Martins |primeiro=Samartony |url=https://oimparcial.com.br/cidades/2018/09/saiba-os-significados-dos-varios-nomes-de-sao-luis-da-ilha-magnetica-a-jamaica-brasileira/5/ |titulo=Saiba os significados dos vários nomes de São Luís: da Ilha Magnética à Jamaica Brasileira {{!}} Página: 5 |data=2018-09-08 |acessodata=2021-01-28 |website=O Imparcial |publicado= |lingua=pt-br |arquivodata=2021-01-28 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210128112850/https://oimparcial.com.br/cidades/2018/09/saiba-os-significados-dos-varios-nomes-de-sao-luis-da-ilha-magnetica-a-jamaica-brasileira/5/ }}</ref> o estado possui, segundo dados do [[Índice de Desenvolvimento da Educação Básica|IDEB]], o pior índice de proficiência em [[leitura]] e [[redação]] do Brasil, ao contrário do estado irmão sulista, [[Santa Catarina]].<ref>{{Citar web |ultimo=IDEB |primeiro= |url=http://www.qedu.org.br/brasil/explorar |titulo=Aprendizado nos estados do Brasil |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |website=QEdu: Aprendizado em foco |publicado=Índice de Desenvolvimento da Educação Básica |lingua=pt-br |arquivodata=2020-11-13 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201113223101/https://www.qedu.org.br/brasil/explorar }}</ref> |
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=== Transportes === |
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[[Ficheiro:Açailandia 1.jpg|miniaturadaimagem|Rodovia Belém-Brasília ([[BR-010]]), no [[perímetro urbano]] de [[Açailândia]].]] |
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As [[Rodovia|estradas de rodagem]], que atravessam a [[Ente federativo|unidade federativa]], totalizam 6 873 km, das quais 3 165 são da [[União (Brasil)|União]], 3 708 do [[Ente federativo|estado]], dos [[Município|municípios]] e transitórias.<ref name=":22" /> As mais importantes rodovias do Maranhão constituem a [[São Luís (Maranhão)|São Luís]]-[[Teresina]]; a [[Lista de rodovias do Brasil|BR-135]], que conecta a capital estadual com o povoado de [[Orozimbo (Maranhão)|Orozimbo]], entre os municípios de [[Paraibano (Maranhão)|Paraibano]] e [[Pastos Bons]]; a [[BR-226]], que interliga [[Timon]] a [[Porto Franco]], atravessando [[Barra do Corda]]; os segmentos estaduais da [[BR-010|Belém-Brasília]], que corta [[Imperatriz (Maranhão)|Imperatriz]], e da [[BR-230|Transamazônica]], que atravessa a região sul do estado, saindo da cidade de [[Floriano (Piauí)|Floriano]], no [[Piauí]], e alcançando Porto Franco.<ref name=":15" /><ref name=":24" /> |
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Segundo o relatório da [[Confederação Nacional do Transporte]] (CNT), 58,4% das estradas de rodagem em território maranhense se encontram em estado ruim, péssimo ou regular. Segundo os dados, foram analisados cerca de 4,6 mil km de prolongamentos de vias federais e estaduais que atravessam o estado. O estudo da CNT sugere que o estado tem apenas 34,1% em bom estado e 7,5% de rodovias em ótimo. O relatório considera os estados de [[Pavimento|pavimentação]], [[Sinalização urbana|sinalização]], os pontos críticos e a [[geometria]] das vias.<ref name=":22">{{Citar web |ultimo=Rede Mirante |primeiro= |url=https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2019/08/14/maranhao-possui-584percent-das-rodovias-em-estado-ruim-regular-ou-pessimo-diz-cnt.ghtml |titulo=Maranhão possui 58,4% das rodovias em estado ruim, regular ou péssimo, diz CNT |data=14-08-2019 |acessodata=2021-01-28 |website=G1 |lingua=pt-br |arquivodata=2020-06-09 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200609173704/https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2019/08/14/maranhao-possui-584percent-das-rodovias-em-estado-ruim-regular-ou-pessimo-diz-cnt.ghtml }}</ref> |
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Os 466 km de ferrovias que existem em solo maranhense integram a [[Ferrovia São Luís–Teresina|Ferrovia São Luís-Teresina]], que atende as cidades de [[Rosário (Maranhão)|Rosário]], [[Coroatá]] e [[Caxias (Maranhão)|Caxias]], no Maranhão.<ref name=":15" /><ref name=":24">{{Harvnb|Arruda|1988|p=5072}}.</ref> O trecho maranhense da [[Ferrovia Norte-Sul]] liga [[Açailândia]] a [[Estreito (Maranhão)|Estreito]], próximo à divisa com [[Tocantins]].<ref>{{citar web |ultimo=VALEC |url=https://www.valec.gov.br/ferrovias/ferrovia-norte-sul/trechos/acailandia-ma-palmas-to |titulo=Açailândia/MA - Palmas/TO |data=2021 |acessodata=28-01-2021 |publicado=VALEC Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. |arquivodata=2018-12-27 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181227112132/https://www.valec.gov.br/ferrovias/ferrovia-norte-sul/trechos/acailandia-ma-palmas-to }}</ref> Em 1985, ocorreu a inauguração da [[Estrada de Ferro Carajás]], com uma extensão de 890 km, reservada ao transporte de [[minério de ferro]] das cidades [[Pará|paraenses]] de [[Marabá]] e [[Parauapebas]], para os portos de [[Porto do Itaqui|Itaqui]] e [[Ponta da Madeira]], em São Luís.<ref name=":15" /><ref name=":24" /> |
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O mais importante aeroporto do estado constitui-se no [[Aeroporto Internacional de São Luís|Internacional de São Luís]], mais conhecido como Marechal Cunha Machado, que põe em contato o Maranhão com o restante do Brasil e do mundo.<ref>{{Citar web |ultimo=Infraero |url=http://www4.infraero.gov.br/aeroportos/aeroporto-internacional-de-sao-luis-marechal-cunha-machado/sobre-o-aeroporto/historico/ |titulo=Histórico |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |website=www4.infraero.gov.br |publicado=Infraero |arquivodata=2020-08-05 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200805022029/http://www4.infraero.gov.br/aeroportos/aeroporto-internacional-de-sao-luis-marechal-cunha-machado/sobre-o-aeroporto/historico/ }}</ref><ref name=":15" /><ref name=":24" /> |
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=== Serviços e comunicações === |
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No Maranhão, há diversas empresas de abastecimento de água. Em 136 dos 217 municípios maranhenses, a empresa de água e [[Saneamento|saneamento básico]] é a [[Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão|CAEMA]].<ref>{{Citar web |ultimo=CAEMA |url=http://www.caema.ma.gov.br/portalcaema/index.php?option=com_content&view=article&id=677&Itemid=103 |titulo=Histórico da CAEMA |data=11-07-2011 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão |lingua=pt-br |arquivodata=2020-06-11 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200611170352/http://www.caema.ma.gov.br/portalcaema/index.php?option=com_content&view=article&id=677&Itemid=103 }}</ref> |
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[[Ficheiro:Suzano_fabrica_Imperatriz_MA.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|A unidade da Suzano em Imperatriz.]] |
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No que diz respeito à [[energia elétrica]], há uma empresa em território estadual, [[Equatorial Energia Maranhão]].<ref>{{Citar web |url=https://ma.equatorialenergia.com.br/ |titulo=Equatorial Energia – MA |data=2019 |acessodata=2021-01-28 |website=ma.equatorialenergia.com.br |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-08-10 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200810113040/https://ma.equatorialenergia.com.br/ }}</ref> O estado dispõe de um sistema eficaz de abastecimento de energia, recorrendo à Subestação da Eletronorte localizada no Distrito Industrial do Município de Imperatriz, além de estar bem perto das hidrelétricas de [[Usina hidrelétrica de Serra Quebrada|Serra Quebrada]] (em projeto) e de [[Usina Hidrelétrica Luís Carlos Barreto de Carvalho|Estreito]] (1 087 megawatts).<ref name="portalbrasil.net" /> |
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O estado do Maranhão visa variar sua [[Política energética do Brasil|matriz energética]] e também dispõe de usinas apropriadas:<ref name=":25">{{Citar web|url=http://www.seinc.ma.gov.br/areas-de-atuacao/energia-renovavel/|titulo=Energia Renovável – Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Energia do Maranhão – SEINC|acessodata=2018-04-26|obra=Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Energia do Maranhão – SEINC|arquivodata=2018-04-03|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180403002049/http://www.seinc.ma.gov.br/areas-de-atuacao/energia-renovavel/}}</ref> quatro com quantidade total de 1 428 MW, usando [[gás natural]] ([[Complexo Termelétrico Parnaíba|Complexo Termelétrico Paraíba]]); duas com 330 MW, empregando óleo combustível (a [[Usina Termelétrica Gera Maranhão]], em [[Miranda do Norte]]); uma com 360 MW, utilizando [[carvão mineral]] ([[Porto do Itaqui|Usina Termelétrica Porto do Itaqui]]); uma com 254 MW, aplicando [[biomassa]] ([[Usina Termelétrica Suzano Maranhão]], que pertence à empresa [[Suzano Papel e Celulose]]); uma usina hidráulica com 1 087 MW ([[Usina Hidrelétrica Estreito (Maranhão)|Usina Hidrelétrica de Estreito]]); e o [[Complexo eólico Delta III|Complexo Eólico Delta 3]] com 221 MW. Hoje, o estado é mais produtor de energia que consumidor.<ref name=":25" /> |
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Na atualidade, a [[Companhia Maranhense de Gás|exploração de gás na Bacia do Parnaíba]] pode fabricar até 8,4 milhões de m³ de gás diariamente, aproveitados pela Eneva, usados na produção de energia termelétrica, com a construção de 153 km de gasodutos, ao preço do capital de R$ 9 bilhões.<ref>{{Citar periódico|data=2017-06-06|titulo=Maranhão é pioneiro na exploração de gás natural | O Imparcial|url=https://oimparcial.com.br/noticias/2017/06/maranhao-e-pioneiro-na-exploracao-de-gas-natural/|jornal=O Imparcial|acessodata=2020-06-10|arquivodata=2018-06-22|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180622193012/https://oimparcial.com.br/noticias/2017/06/maranhao-e-pioneiro-na-exploracao-de-gas-natural/}}</ref> |
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[[Ficheiro:Sede_do_Sistema_Difusora_de_Comunicação_(2015).jpg|miniaturadaimagem|A atual matriz, no bairro da Camboa, onde a TV Difusora atende a partir de 1973.]] |
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A empresa de energia elétrica que compreende o Maranhão é a [[Companhia Energética do Maranhão|Equatorial Energia Maranhão]]<ref>{{citar web|url=http://www.cemar-ma.com.br/|título=Título ainda não informado (favor adicionar)|publicado=www.cemar-ma.com.br|acessodata=2020-06-10|arquivodata=2008-08-28|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080828194144/http://www.cemar-ma.com.br/}}</ref> e o serviço de abastecimento e venda de gás canalizado no Maranhão é realizado pela [[Companhia Maranhense de Gás]].<ref>{{Citar periódico|titulo=Gasmar inicia operação comercial em março deste ano|url=http://imirante.com/sao-luis/noticias/2013/01/27/gasmar-inicia-operacao-comercial-em-marco-deste-ano.shtml|jornal=Imirante|acessodata=2020-06-10|arquivodata=2020-11-01|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101103023/https://imirante.com/sao-luis/noticias/2013/01/27/gasmar-inicia-operacao-comercial-em-marco-deste-ano.shtml}}</ref> |
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Existem vários jornais presentes em diversos municípios do estado, por exemplo, ''Diário do Grajaú'' ([[Grajaú (Maranhão)|Grajaú]]), ''O Progresso'' ([[Imperatriz (Maranhão)|Imperatriz]]), ''Jornal de Itapecuru'' ([[Itapecuru-Mirim]]), ''Portal Codó'' ([[Codó]]), etc.<ref name=":36">{{citar web|url=http://ejornais.com.br/jornais_maranhao.html|título=Jornais do Maranhão|data=|acessodata=11 de junho de 2020|publicado=|ultimo=|primeiro=|arquivodata=27 de abril de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200427161345/http://www.ejornais.com.br/jornais_maranhao.html}}</ref> Dois dos mais influentes jornais,<ref>{{citar livro|título=The role of the media in educational policy formation and legitimation in Brazil: 1995-2008|autor=Paulino Motter|editora=[[Universidade do Wisconsin-Madison]]|ano=2008}}</ref> ''[[O Imparcial]]'' e o ''Estado do Maranhão'', são os maiores jornais maranhenses.<ref name=":36" /> |
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Na área televisiva, a mais antiga emissora de televisão do estado, a [[TV Difusora São Luís|TV Difusora]], foi fundada por uma sociedade composta por Magno Bacelar e Raimundo Bacelar, antigos proprietários da [[Nova FM (São Luís)|Rádio Difusora AM]], em 9 de novembro de 1963.<ref>{{Citar web |ultimo=Assessoria de Comunicação |url=https://www.abert.org.br/web/index.php/notmenu/item/22278-tv-difusora-maranhao-completa-50-anos-e-recebe-homenagem-no-congresso-nacional |titulo=TV Difusora Maranhão completa 50 anos e recebe homenagem no Congresso Nacional |data=21-02-2014 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão |arquivodata=2020-06-10 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200610202104/https://www.abert.org.br/web/index.php/notmenu/item/22278-tv-difusora-maranhao-completa-50-anos-e-recebe-homenagem-no-congresso-nacional }}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=Luiza |primeiro=Maria |url=https://www.ma10.com.br/2017/11/11/tv-difusora-hoje-inovacao-e-interatividade-com-54-anos-de-historia/ |titulo=TV Difusora hoje: Inovação e interatividade com 54 anos de história – MA10 |data=11-11-2017 |acessodata=2021-01-28 |website=MA10 |publicado= |lingua=pt-BR |arquivodata=2017-11-12 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171112125333/https://www.ma10.com.br/2017/11/11/tv-difusora-hoje-inovacao-e-interatividade-com-54-anos-de-historia/ }}</ref> Desde então, várias outras emissoras desenvolveram-se no estado e ganharam projeção no Brasil e nesse estado, como foi o caso do [[Sistema Difusora de Comunicação]], [[Rede Mirante]], [[Rede Meio Norte|Meio Norte]], totalmente sediadas na [[Região Metropolitana de São Luís|região metropolitana de São Luís]].<ref>{{Citar web |url=https://www.ma10.com.br/ |titulo=MA10 – Sempre Notícia |acessodata=2021-01-28 |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-06-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200616221412/https://www.ma10.com.br/ }}</ref><ref>{{Citar web |url=https://negocios8.redeglobo.com.br/Paginas/estados.aspx?UF=MA |titulo=Estados |acessodata=2021-07-27 |website=negocios8.redeglobo.com.br|arquivodata=2020-06-11 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200611113954/https://negocios8.redeglobo.com.br/Paginas/estados.aspx?UF=MA}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.meionorte.com/tv-meionorte |titulo=Tv meionorte ao vivo |acessodata=2021-01-28 |website=Portal meionorte.com |lingua=pt-br |arquivodata=2020-12-29 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201229131153/https://www.meionorte.com/tv-meionorte }}</ref> |
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== Cultura == |
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{{Vercat|Naturais do Maranhão}} |
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As manifestações artísticas destacadas no estado resultam das influências de [[brancos]], [[indígenas]] e [[África|africanos]] que povoaram a região. Estes povos ajudaram a construir o que é conhecido como [[identidade cultural]] maranhense. As manifestações culturais e artísticas podem ser constatadas na [[música]], no [[artesanato]], na [[culinária]], nas [[Festividades religiosas|festividades religiosas populares]], entre outros setores do [[cotidiano]] maranhense.<ref name=":27">{{Harvnb|Verano|2009|p=3757}}.</ref> |
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O [[artesanato]] merece destaque como intensa e significativa expressão do folclore, colaborando para conferir uma característica singular do povo do Maranhão. Dentre os artigos manuais, podem ser encontrados os produtos fabricados com as [[Fibra|fibras]] do [[buriti]]. Esta matéria-prima necessária é usada pelos artesãos para produzir [[Bolsa (acessório)|bolsas]], [[Sandália|sandálias]], [[Chapéu|chapéus]], [[Rede de descanso|redes]], etc. O estado também merece destaque pelas lindas [[Cerâmica|cerâmicas]], [[Madeira|madeiras]] [[Entalhe|entalhadas]], [[Azulejo|azulejaria]], dentre outros artefatos.<ref name=":27" /> |
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[[Ficheiro:Guaranajesus.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|O [[Guaraná Jesus]], refrigerante típico do Maranhão.|220x220px]] |
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Os pratos mais importantes da [[culinária]] do Maranhão resultam da união da [[cultura da França]], da [[Cultura dos Países Baixos|Holanda]], de [[Cultura de Portugal|Portugal]], dos [[povos indígenas do Brasil]] e da [[Cultura da África|África]].<ref name=":42">{{Citar web |ultimo=Governo do Maranhão |url=https://www.turismo.ma.gov.br/gastronomia/ |titulo=Gastronomia |data=2021 |acessodata=23-01-2021 |publicado=Secretaria de Estado do Turismo |arquivodata=2020-11-13 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201113175316/https://www.turismo.ma.gov.br/gastronomia/ }}</ref><ref name=":27" /> Dentre os alimentos mais famosos, podem ser destacados, além de outras comidas menos importantes. São eles: o [[Cuxá|arroz de cuxá]]; a peixada ao [[leite de coco]]; o [[sorvete]] de [[bacuri]]. Os refrescos e [[Mousse|musses]] de [[cupuaçu]]; a [[caldeirada]] de camarão e peixe. O [[licor]] de [[jenipapo]]; os vinhos de [[buriti]].<ref name=":42" /><ref name=":27" /> Os [[Pudim|pudins]] e [[Doce (alimento)|doces]] de [[buriti]], [[bacuri]], [[jenipapo]], [[Byrsonima crassifolia|murici]], [[caju]], [[tamarindo]], [[Artocarpus heterophyllus|jaca]], [[cupuaçu]]. Os [[Fruto do mar|frutos-do-mar]] como [[sururu]], [[caranguejo]], [[camarão]], [[siri]], [[Robalo-branco|robalo]], [[pescada]], [[curimbatá]], [[tainha]], [[Sorubim lima|surubim]], [[Epinephelus itajara|mero]], etc. A [[Içara (palmeira)|juçara]]; a panelada; a [[Dobrada (alimento)|dobradinha]], o [[sarrabulho]], a [[Carne de sol|carne-de-sol]], [[mocotó]], a galinha ao molho pardo, todos servidos com [[Farinha|farinha-d'água]]. [[Bolo|Bolos]] de [[tapioca]] e [[Mandioca|macaxeira]]; e o [[churrasco]] no sul do estado.<ref name=":42" /><ref name=":27" /> O estado é berço de seu típico [[refrigerante]], o [[Guaraná Jesus]], criado pelo [[farmacêutico]] Jesus Norberto Gomes em 1927. A bebida se caracteriza pela combinação de [[Cravo-da-índia|cravo]] e [[canela]], daí a cor [[Cor-de-rosa|rosa]].<ref>{{Citar web|url=https://www.cocacolabrasil.com.br/historias/historia/guarana-jesus-a-verdadeira-historia-do-refrigerante-amado-no-maranhao-e-agora-em-outros-estados|titulo=Guaraná Jesus: a verdadeira história do refrigerante amado no Maranhão|acessodata=2022-09-26|website=www.cocacolabrasil.com.br|lingua=pt-BR|arquivodata=2022-05-21|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220521123557/https://www.cocacolabrasil.com.br/historias/historia/guarana-jesus-a-verdadeira-historia-do-refrigerante-amado-no-maranhao-e-agora-em-outros-estados}}</ref> |
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=== Acervo histórico e arquitetônico === |
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[[Ficheiro:Alcântara - 01.jpg|miniaturadaimagem|[[Pelourinho]] de [[Alcântara (Maranhão)|Alcântara]].]] |
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O Maranhão abriga muitos monumentos históricos e arquitetônicos, vários deles catalogados por legislação federal. Serve como exemplo, o conjunto arquitetônico e paisagístico de [[Alcântara (Maranhão)|Alcântara]]. Na capital, a [[Praça João Lisboa|Praça João Francisco Lisboa]], a [[Praça Gonçalves Dias (São Luís)|praça Gonçalves Dias,]] e o largo próximo à [[igreja de São José do Desterro|igreja do Desterro]]. Há também o [[retábulo]] do altar-mor da [[Catedral de São Luís do Maranhão|catedral de Nossa Senhora da Vitória]]. A [[fonte do Ribeirão]]; a [[Capela de São José da Quinta das Laranjeiras|capela de São José]] e o portão da quinta das Laranjeiras; e o sambaqui do Pindaí.<ref name=":28">{{Harvnb|Garschagen|1998a|pp=287–288}}.</ref> |
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Outros monumentos famosos são, na capital, a [[pedra da Memória]], honra ao [[Coroação de Pedro II do Brasil|coroamento de Pedro II do Brasil]], a pirâmide do Bequimão. Há também as casas onde residiam os literatos maranhenses [[Graça Aranha]], [[Artur de Azevedo|Artur Azevedo]] e [[Aluísio Azevedo|Aluísio de Azevedo]], as esculturas de [[João Francisco Lisboa]] e [[Gonçalves Dias]]. Podem ser citados também o [[palácio dos Leões]], o Centro Histórico da Praia Grande e o [[Palácio Episcopal de São Luís|palácio Arquiepiscopal]]. Em Alcântara, além dos inúmeros [[Sobrado (arquitetura)|sobrados]] coloniais de [[Azulejo|azulejos]] [[Portugal|portugueses]], existe a praça Gomes de Castro, o [[Forte de São Sebastião de Alcântara|forte de São Sebastião]] e o Farol. Em [[Caxias (Maranhão)|Caxias]], a antiga [[Indústria têxtil|indústria de tecelagem]], convertida em [[centro cultural]], e as ruínas do tempo da balaiada, no morro do Alecrim.<ref name=":28" /> |
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=== Museus, bibliotecas e turismo === |
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[[Ficheiro:Sobrados e Mirantes (866917376).jpg|miniaturadaimagem|[[Museu Histórico e Artístico do Maranhão]], em [[São Luís (Maranhão)|São Luís]].|esquerda]] |
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[[São Luís (Maranhão)|São Luís]] comporta diversos museus. São eles: como o [[Museu de Artes Visuais|de Artes Visuais]], com obras de pintores do Maranhão e azulejaria da Europa do [[século XIX]]. O da [[Cafuá das Mercês]], antigo comércio de escravos. O [[Museu Histórico e Artístico do Maranhão]]; e o [[Museu de Arte Sacra (São Luís)|de Arte Sacra]]. Em Alcântara, existe um museu de arte sacra, com [[iconografia]] e móveis dos séculos [[Século XVIII|XVIII]] e XIX. Há também o Museu do Folclore, com desenhos e bandeiras utilizadas na festa do Divino.<ref name=":28" /> O estado conta com 224 [[Biblioteca pública|bibliotecas públicas]], duas das quais em São Luís.<ref>{{Citar web |ultimo=Secretaria Especial da Cultura |url=http://snbp.cultura.gov.br/bibliotecas-ma/ |titulo=Relação de Bibliotecas Públicas do Estado do Maranhão – SNBP |data=2015 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-06-30 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200630013650/http://snbp.cultura.gov.br/bibliotecas-ma/ }}</ref> Sobressaem a [[Biblioteca Pública Benedito Leite]],<ref>{{Citar web |ultimo=Governo do Maranhão |url=https://cultura.ma.gov.br/biblioteca-publica-benedito-leite/ |titulo=Biblioteca Pública Benedito Leite |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Secretaria de Estado da Cultura |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-08-04 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200804142338/https://cultura.ma.gov.br/biblioteca-publica-benedito-leite/ }}</ref> a da [[Academia Maranhense de Letras]]<ref>{{Citar web |ultimo=Academia Maranhense de Letras |url=http://www.academiamaranhense.org.br/biblioteca-astolfo-marques/ |titulo=Biblioteca Astolfo Marques |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Academia Maranhense de Letras |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-02-03 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200203205244/http://www.academiamaranhense.org.br/biblioteca-astolfo-marques/ }}</ref> e a da [[Universidade Federal do Maranhão|Faculdade de Direito da UFMA]].<ref>{{Citar web |ultimo=UFMA |url=https://portais.ufma.br/PortalUnidade/dib/paginas/pagina_estatica.jsf?id=709 |titulo=Biblioteca de Pós-Graduação em Direito (BJ) |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |website=portais.ufma.br |publicado=Universidade Federal do Maranhão |arquivodata=2020-06-29 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200629222745/https://portais.ufma.br/PortalUnidade/dib/paginas/pagina_estatica.jsf?id=709 }}</ref><ref>{{Citar web |url=https://portais.ufma.br/PortalUfma/paginas/noticias/noticia.jsf?id=51465 |titulo=Sede histórica de Direito da UFMA é reinaugurada no ano do centenário do curso |acessodata=2021-01-28 |website=portais.ufma.br |arquivodata=2020-06-28 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200628131856/https://portais.ufma.br/PortalUfma/paginas/noticias/noticia.jsf?id=51465 }}</ref><ref name=":40" /> |
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A beleza da arquitetura colonial de São Luís e de Alcântara, os vários restaurantes típicos, as belas praias. O lindo artesanato, a diversidade de parques nacionais e estaduais e a inovadora rede hoteleira. Tudo isso contribui para transformar o Maranhão em um dos estados brasileiros que mais recebem turistas. Além disso, tanto a capital como as cidades de Alcântara e Caxias compreendem um convidativo calendário de eventos. A [[Festa do Divino Espírito Santo no Maranhão|Festa do Divino]], promovida de maio a junho em Alcântara, é conhecida no Brasil inteiro. Em junho são realizadas as [[Festa junina no Brasil|festas juninas]], a festa folclórica [[Tambor de crioula|Tambor da Crioula]] e o [[Bumba meu boi do Maranhão|bumba-meu-boi]].<ref name=":28" /> |
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=== Dança, música e teatro === |
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A [[Dança-do-lelê|dança do lelê]] ou péla-porco constitui uma [[dança de salão]] de origem europeia, possivelmente francesa, apesar de possuir aspectos coreográficos da Península Ibérica. Embora seja uma dança pagã, ela pode ser apresentada em honra a determinado santo.<ref name=":27" /> |
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A [[dança de São Gonçalo]], originária de [[Portugal]], é um bailado promovido em honra ao santo português [[Gonçalo de Amarante|São Gonçalo do Amarante]], que vivia no século XIII. Já, a dança do coco constitui uma coreografia de roda, entoada e complementada a partir de [[Instrumento musical|instrumentos musicais]] como pandeiro, [[Ganzá|ganzás]], [[Cuíca|cuícas]] e palmas. Nasceu no interior do Maranhão, com a música dos trabalhadores nos babaçuais.<ref name=":27" /> |
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O [[tambor de crioula]], por seu turno, representa uma manifestação artística de origem afro-brasileira que contém coreografia, canto e [[Instrumento de percussão|percussão]] de tambores, sendo considerado [[Patrimônio cultural imaterial|patrimônio imaterial]] do Brasil pela [[Unesco]] e pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional|IPHAN]].<ref name=":27" /> |
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[[Ficheiro:Bumba meu boi - Maranhão, Brasil.jpg|miniaturadaimagem|[[Bumba meu boi do Maranhão|Bumba meu boi]].]] |
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Já o denominado “[[Tambor de Mina|tambor de mina]]” somente ocorre no ambiente religioso da umbanda. O [[Bumba meu boi do Maranhão|bumba meu boi]] constitui um pequeno drama cuja procedência costuma ser totalmente nacional. Ela representa a época das [[Desigualdade social|desigualdades sociais]] presentes no período colonial. Sob a ótica do teatro, esse [[folguedo]] deriva da tradição da [[Espanha]] e de Portugal no que se refere ao desfile e à própria encenação. A história do auto acontece numa fazenda, possui no vaqueiro afro-descendente, em sua mulher [[Caboclo|cabocla]], num homem [[Raça caucasiana|caucasiano]] e no boi querido os personagens mais importantes. No Maranhão, além dos principais personagens, são adicionados os indígenas, os vaqueiros, o jovem, o padre, o doutor, o [[pajé]], o miolo, o palhaço, o cazumbá e a [[burrinha]].<ref name=":27" /> |
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O proprietário do boi, um caucasiano, observa um afro-descendente furtar o animal, já que sua esposa Catirina, grávida, quer se alimentar da língua do boi. Encontrado o malfeitor, o dono de terra exigiu que o bandido, conduzido à sua presença, fosse preso pelos indígenas. Para trazer o boi de volta à vida, o médico é contratado, porém, o máximo que consegue é que o animal movimenta a [[cauda]]. O pajé da aldeia cumpre o dever de trazer o boi de volta à vida; em seguida disso, o afro-descendente é absolvido e o auto se encerra em uma enorme alegria.<ref name=":27" /> O Maranhão é berço de [[Banda musical|grupos musicais]] como a Orquestra Sinfônica do Maranhão, de [[Música clássica|música erudita]], criada em 2014,<ref>{{Citar web |ultimo=Rede Mirante |url=http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2014/11/orquestra-sinfonica-do-maranhao-faz-show-de-estreia-na-catedral-da-se.html |titulo=Orquestra Sinfônica do Maranhão faz show de estreia na Catedral da Sé |data=2014-11-24 |acessodata=2021-01-28 |website=G1 |publicado=Rede Globo de Televisão |lingua=pt-br |arquivodata=2014-12-07 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141207165535/http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2014/11/orquestra-sinfonica-do-maranhao-faz-show-de-estreia-na-catedral-da-se.html }}</ref> e a Maranhense de [[Reggae]], fundada em 2016,<ref>{{Citar web |ultimo=Sobrinho |primeiro=Pedro |url=https://imirante.com/mirantefm/noticias/2019/08/05/orquestra-maranhense-de-reggae-faz-aniversario-de-tres-anos-com-festa-no-fim-de-semana.shtml |titulo=Orquestra Maranhense de Reggae faz aniversário de três anos com festa no fim de semana |data=05-08-2019 |acessodata=2021-01-28 |website=Imirante |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-07-14 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200714013254/https://imirante.com/mirantefm/noticias/2019/08/05/orquestra-maranhense-de-reggae-faz-aniversario-de-tres-anos-com-festa-no-fim-de-semana.shtml }}</ref> além de bandas e artistas de [[MPB]], [[Música pop|música ''pop'']] e ''[[rock]]'' como ''Núbia'', ''Garatujos'', ''Alkalines'', Nathalia Ferro, ''O Vórtice'' e Paulão.<ref>{{Citar web |ultimo=Ribeiro |primeiro=Juliana |url=https://oimparcial.com.br/noticias/2017/04/6-bandas-maranhenses-para-escutar/ |titulo=6 bandas e artistas maranhenses para escutar |data=2017-04-21 |acessodata=2021-01-28 |publicado=O Imparcial |lingua=pt-br |arquivodata=2020-07-14 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200714013705/https://oimparcial.com.br/noticias/2017/04/6-bandas-maranhenses-para-escutar/ }}</ref> |
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=== Festividades tradicionais e arquitetura === |
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[[Ficheiro:Carnaval 2008 - São Luís.jpg|miniaturadaimagem|[[Carnaval de São Luís (Maranhão)|Carnaval de São Luís]].|esquerda]] |
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O [[Carnaval de São Luís (Maranhão)|Carnaval do Maranhão]] é caracterizado por uma imensa [[diversidade cultural]], que apresenta manifestações [[África|africanas]] e [[indígenas]], além do desfile das [[Escola de samba|escolas de samba]] de [[São José de Ribamar]] e de [[São Luís (Maranhão)|São Luís]]. As festas de [[João Batista|São João]] do estado também movimentam enorme quantidade de visitantes, com coreografia e culinária típica. Possivelmente trazida pela imigração açoriana no século XVII, a [[Festa do Divino Espírito Santo no Maranhão|Festa do Divino Espírito Santo]] é outro costume, que normalmente se manifesta como um modo de [[Sincretismo|sincretismo religioso]].<ref name=":27" /> |
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O [[patrimônio arquitetônico]] do Maranhão distingue-se pelo seu simples, uniforme e belo conjunto de casas. Legado do período colonial, os [[Sobrado (arquitetura)|sobrados]] e [[Solar (habitação)|solares]] são o reflexo dessas marcas herdadas pelo apogeu econômico no qual o algodão era produzido pelos senhores de engenho. A capital São Luís possui o mais extenso conjunto arquitetônico português da América Latina, sendo considerado pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura|Unesco]], em 1997, como [[Património Mundial|Patrimônio Cultural da Humanidade]].<ref name=":27" /> |
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=== Esportes === |
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[[Ficheiro:Castelão,_São_Luís_-_Sampaio_Corrêa_x_Palmeiras,_Oitavas_de_final_da_Copa_do_Brasil_2019.jpg|miniaturadaimagem|O estádio durante o jogo entre {{Futebol Sampaio Corrêa}} e {{Futebol Palmeiras}}, pela [[Copa do Brasil de Futebol de 2019|Copa do Brasil de 2019]].]] |
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O [[futebol]] é o esporte mais popular no estado do Maranhão, seguido por [[Voleibol|vôlei]], [[Ténis|tênis]], [[Andebol|handebol]], [[Basquetebol|basquete]], [[atletismo]], [[natação]] e [[artes marciais]]. Foi introduzido no início do século XX, tendo como principais equipes o [[Sampaio Corrêa Futebol Clube|Sampaio Corrêa]], o [[Moto Club]] e o [[Maranhão Atlético Clube|Maranhão]], além de outros menores.<ref name=":31">{{Citar web |ultimo=Federação Maranhense de Futebol |url=https://futebolmaranhense.com.br/meus_clubes.php |titulo=Clubes |acessodata=2021-01-28 |website=futebolmaranhense.com.br |publicado=Federação Maranhense de Futebol |arquivodata=2019-07-29 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190729151039/https://futebolmaranhense.com.br/meus_clubes.php }}</ref> Já o [[Campeonato Maranhense de Futebol|Campeonato Maranhense]], realizado anualmente desde 1918, é o principal evento de futebol no estado, organizado pela [[Federação Maranhense de Futebol]], contando com a participação de oito equipes na primeira divisão.<ref name=":31" /><ref>{{Citar web |ultimo=Arruda |primeiro=Gustavo |url=https://imirante.com/esporte/sao-luis/noticias/2012/09/04/confira-a-historia-da-origem-do-futebol-em-sao-luis.shtml |titulo=Confira a história da origem do futebol em São Luís |data=2012-09-04 |acessodata=2021-06-20 |website=Imirante |lingua=pt-BR |arquivodata=2019-04-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190426095531/https://imirante.com/esporte/sao-luis/noticias/2012/09/04/confira-a-historia-da-origem-do-futebol-em-sao-luis.shtml }}</ref> Os estádios [[Castelão (Maranhão)|Castelão]] e [[Estádio Nhozinho Santos|Nhozinho Santos]], em [[São Luís (Maranhão)|São Luís]], [[Estádio Renê Bayma|Renê Bayma]], em [[Codó]], Correão, em [[Bacabal]], [[Estádio Frei Epifânio D'Abadia|Frei Epifânio d’Abadia]], em [[Imperatriz (Maranhão)|Imperatriz]], [[Estádio Artemas Santos|Binezão]], em [[Santa Inês (Maranhão)|Santa Inês]], e Rodrigão, em [[Santa Quitéria do Maranhão|Santa Quitéria]], são os maiores de futebol do Maranhão.<ref>{{Citar web |ultimo=Globo Esporte |primeiro= |url=http://globoesporte.globo.com/ma/noticia/2013/08/capacidades-de-14-estadios-do-maranhao-sao-confirmadas-pela-cbf.html |titulo=Capacidades de 14 estádios do Maranhão são confirmadas pela CBF |data=29-08-2013 |acessodata=2021-01-28 |website=globoesporte.com |arquivodata=2016-09-08 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160908085309/http://globoesporte.globo.com/ma/noticia/2013/08/capacidades-de-14-estadios-do-maranhao-sao-confirmadas-pela-cbf.html }}</ref> |
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O Maranhão é sede de eventos esportivos nas mais diversas modalidades, seja de importância local e até mesmo nacional, entre os quais os Jel’s, Jem’s, ParaJem’s, Jogos da Juventude, Grand Prix Escolar, todos realizados pela secretaria estadual de esporte e lazer.<ref>{{Citar web |ultimo=Governo do Maranhão |url=https://sedel.ma.gov.br/ |titulo=Secretaria Estadual de Esporte e Lazer |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Secretaria Estadual de Esporte e Lazer |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-06-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200626100614/https://sedel.ma.gov.br/ }}</ref> |
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Dentre as principais personalidades do esporte maranhense estão: no [[futebol]], Luís Airton Oliveira, José de Ribamar Oliveira, [[França (futebolista)|Françoaldo Sena de Souza]], [[Dyanfres Douglas Chagas Matos]], [[Kléber Pereira|Kléber João Boas Pereira]], Wamberto de Sousa Campos, Danilo Campos, Wanderson Campos, [[Ai Kesen|Elkeson de Oliveira Cardoso]], Dyego Wilverson Ferreira Sousa;<ref>{{Citar web |ultimo=Redação |primeiro= |url=https://oimparcial.com.br/esportes/2016/07/dez-jogadores-maranhenses-que-ganharam-destaque-no-mundo/ |titulo=Dez jogadores maranhenses que ganharam destaque no mundo |data=2016-07-18 |acessodata=2021-01-28 |website=O Imparcial |lingua=pt-br |arquivodata=2020-06-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200626105246/https://oimparcial.com.br/esportes/2016/07/dez-jogadores-maranhenses-que-ganharam-destaque-no-mundo/ }}</ref> no [[basquetebol]], [[Iziane Castro Marques]];<ref>{{Citar web |ultimo=Liga de Basquete Feminino |primeiro= |url=http://lbf.com.br/iziane-castro-marques/ |titulo=Iziane Castro Marques |data=2021 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Liga de Basquete Feminino |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-06-24 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200624232905/http://lbf.com.br/iziane-castro-marques/ }}</ref> no [[Andebol|handebol]], [[Sebastião Rubens Pereira]],<ref>{{Citar web |ultimo=Imirante |primeiro= |url=http://imirante.com/sao-luis/noticias/2005/11/09/morre-tiao-ex-jogador-da-selecao-maranhense-handebol.shtml |titulo=Morre Tião, ex-jogador da seleção maranhense handebol |data=09-11-2005 |acessodata=2021-01-28 |website=Imirante |publicado= |lingua=pt-BR |arquivodata=2017-08-08 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170808033112/http://imirante.com/sao-luis/noticias/2005/11/09/morre-tiao-ex-jogador-da-selecao-maranhense-handebol.shtml }}</ref> no [[Jiu-jítsu brasileiro|jiu-jitsu]], [[Zuluzinho]];<ref name=":33">{{citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=wQFyDwAAQBAJ&pg=PA133&lpg=PA133&dq=Zuluzinho influencia africana no brasil&source=bl&ots=0s914tChKC&sig=ACfU3U2uqSLPc1B1KqVGCxcohyNiQzpAlA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjRqOuZyKDqAhVbILkGHWHBCTMQ6AEwCXoECAkQAQ#v=onepage&q=Zuluzinho&f=false|título=A Influência Africana Na Cultura Brasileira|ultimo=Saraiva|primeiro=Emmanuel de Jesus|editora=Clube dos Autores|ano=2013|local=|página=131|páginas=|acesso=2020-06-26|arquivodata=2020-06-30|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200630031101/https://books.google.com.br/books?id=wQFyDwAAQBAJ&pg=PA133&lpg=PA133&dq=Zuluzinho influencia africana no brasil&source=bl&ots=0s914tChKC&sig=ACfU3U2uqSLPc1B1KqVGCxcohyNiQzpAlA&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjRqOuZyKDqAhVbILkGHWHBCTMQ6AEwCXoECAkQAQ#v=onepage&q=Zuluzinho&f=false}}</ref> no [[Artes marciais mistas|MMA]], [[Rei Zulu (lutador)|Rei Zulu]];<ref name=":33" /> na [[natação]], [[Phillip Morrison]];<ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.olimpianos.com.br/consulta_verb.php?&cod=611&mod=Nata%E7%E3o |titulo=PHILLIP CAMERON MORRISON |data= |acessodata=2021-01-28 |website=www.olimpianos.com.br |publicado= |arquivodata=2020-06-25 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200625073401/http://www.olimpianos.com.br/consulta_verb.php?&cod=611&mod=Nata��o }}</ref> no [[atletismo]], [[Joelma Sousa]]<ref>{{Citar web |ultimo=Esporte Clube Pinheiros |url=https://www.ecp.org.br/esportes-e-atividades/atletismo/equipes/sem-categoria/joelma-das-neves-sousa/ |titulo=Joelma Das Neves Sousa |data=2018-10-16 |acessodata=2021-01-28 |publicado=Esporte Clube Pinheiros |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-06-25 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200625000029/http://www.ecp.org.br/esportes-e-atividades/atletismo/equipes/sem-categoria/joelma-das-neves-sousa/ }}</ref> e [[José Carlos Moreira (atleta)|José Carlos Moreira]];<ref>{{Citar web |ultimo=Universo Online |primeiro= |url=https://olimpiadas.uol.com.br/2008/atletas-brasileiros/atletismo/jose-carlos-moreira.jhtm |titulo=José Carlos Moreira: Atletismo |data=2008 |acessodata=2021-01-28 |website=olimpiadas.uol.com.br |publicado=UOL Esporte |arquivodata=2019-01-25 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190125165743/https://olimpiadas.uol.com.br/2008/atletas-brasileiros/atletismo/jose-carlos-moreira.jhtm }}</ref> e no [[voleibol]], [[Juliana Pereira de Figueiredo Gomes]]<ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://jornaldovolei.com.br/tag/ju-maranhao/ |titulo=JULIANA GOMES (Jú Maranhão) |data=11-01-2013 |acessodata=2021-01-28 |website=Jornal do Volei |publicado= |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-06-25 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200625001230/https://jornaldovolei.com.br/tag/ju-maranhao/ }}</ref> e [[Roberto Lopes da Costa]].<ref>{{Citar web |ultimo=Beach Volleyball Database |url=http://bvbinfo.com/player.asp?ID=150 |titulo=Roberto Lopes da Costa |data=1999 |acessodata=2021-01-28 |website=Beach Volleyball Database |arquivodata=2019-08-20 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190820100010/http://bvbinfo.com/player.asp?ID=150 }}</ref> |
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=== Feriados === |
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No Maranhão, há um único feriado estadual: o dia 28 de julho, data magna do estado, em homenagem à adesão da então [[Província do Maranhão|província]] à [[independência do Brasil]]. Este feriado foi oficializado com o auxílio da Lei Estadual n.º 2.457, de 2 de outubro de 1964, alterada graças à Lei Estadual n.º 10.520, de 19 de outubro de 2016.<ref>{{Citar lei|jurisdição=Estado do Maranhão|url=http://stc.ma.gov.br/legisla-documento/?id=4497|título=Lei Ordinária|número=10520|complemento=art. 1.º|data=19 de outubro de 2016|ementa=Altera a Lei nº 2.457, de 2 de outubro de 1964, que declara feriado estadual o dia 28 de julho|publicação=Diário Oficial|local=São Luís|data da publicação=19 de outubro de 2016}} {{Wayback|url=http://stc.ma.gov.br/legisla-documento/?id=4497 |date=20200625005202 }}</ref> |
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== Ver também == |
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* [[Fórum de Governadores do Brasil Central]] |
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* Lista de municípios do Maranhão |
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** [[Lista de municípios do Maranhão|Ordem alfabética]] |
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** [[Lista de municípios do Maranhão por área|Área territorial]] |
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** [[Lista de municípios do Maranhão por área urbana|Área urbanizada]] |
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** [[Lista de municípios do Maranhão por população|População]] |
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* [[Lista de governadores do Maranhão|Governadores do Maranhão]] |
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* [[Meio-Norte]] |
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{{Notas}} |
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{{Referências}} |
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=== Bibliografia === |
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{{Refbegin|3}} |
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* {{citar enciclopédia |sobrenome=Arruda |nome=Ana |enciclopédia=Enciclopédia Delta Universal |url= |titulo=Maranhão |data= |volume=9 |ano=1988 |acessodata= |publicado=Delta |local=Rio de Janeiro |ref=harv}} |
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* {{citar enciclopédia |sobrenome=Benton |nome=William |ultimo2=Costa Filho |primeiro2=Odylo |enciclopédia=Enciclopédia Barsa |url= |titulo=Maranhão |data= |volume=9 |ano=1973 |acessodata= |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda |local=Rio de Janeiro |ref=harv}} |
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* {{Citar livro|título=Brasil, uma história: a incrível saga de um país.|ultimo=Bueno|primeiro=Eduardo|editora=Ática|ano=2003|edicao=2ª|local=São Paulo|páginas=|ref=harv}} |
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* {{Citar livro |título=Guia Quatro Rodas Rodoviário |sobrenome=Camargo |nome=José Eduardo |editora=Abril |ano=2013 |local=São Paulo |página= |páginas= |ref=harv}} |
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* {{Citar livro |título=Almanaque Abril |sobrenome=Civita Neto |nome=Victor |editora=Abril |ano=2014 |local=São Paulo |página= |páginas= |ref=harv}} |
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* {{citar enciclopédia |sobrenome=Frias Filho |nome=Otávio |ano=1996 |url= |titulo=Maranhão |data= |enciclopédia=Nova Enciclopédia Ilustrada Folha |acessodata= |publicado=Folha da Manhã |local=São Paulo |volume=2 |ref=harv}} |
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* {{citar enciclopédia |sobrenome=Garschagen |nome=Donaldson M. |ano=1998a |url= |titulo=Maranhão |data= |enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa: Macropédia |acessodata= |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. |local=São Paulo |volume=9 |ref=harv}} |
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* {{Citar enciclopédia |url= |titulo=Maranhão |data=1998b |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. |ultimo=Garschagen |primeiro=Donaldson M. |acessodata= |obra=Nova Enciclopédia Barsa: Datapédia |local=São Paulo |volume=1 |ref=harv}} |
|||
* {{Citar enciclopédia |url= |título=Maranhão |enciclopédia=Enciclopédia Mirador Internacional |sobrenome=Houaiss |nome=Antônio |editora=Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. |data=1993 |acessodata= |volume=13 |local=São Paulo |ref=harv |ultimo2=Costa Filho |primeiro2=Odilo de Moura |ultimo3=Barbosa |primeiro3=Francisco de Assis}} |
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* {{Citar enciclopédia |url= |título=Maranhão |enciclopédia=Dicionário Houaiss da língua portuguesa |sobrenome=Houaiss |nome=Antônio |editora=Objetiva |data=2009 |acessodata= |local=São Paulo |ref=harv |ultimo2=Villar |primeiro2=Mauro |ultimo3=Franco |primeiro3=Francisco Manoel de Mello}} |
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* {{citar enciclopédia |sobrenome=Mascarenhas |nome=Maria Amélia |ano=1998 |url= |titulo=Maranhão |data= |enciclopédia=Grande Enciclopédia Larousse Cultural |acessodata= |publicado=Nova Cultural |local=São Paulo |volume=16 |ultimo2=Biasi |primeiro2=Mauro De |ultimo3=Coltrinari |primeiro3=Lylian |ultimo4=Moraes |primeiro4=Antônio Carlos de Robert de |ref=harv}} |
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Estado do Maranhão | |
Hino: Hino do Maranhão | |
Gentílico: Maranhense | |
Localização | |
- Região | Nordeste |
- Estados limítrofes | Piauí (leste), Tocantins (sudoeste) e Pará (oeste) |
- Regiões geográficas intermediárias |
5 |
- Regiões geográficas imediatas |
22 |
- Municípios | 217 |
Capital | São Luís |
Governo | |
- Governador(a) | Carlos Brandão (PSB) |
- Vice-governador(a) | Felipe Camarão (PT) |
- Deputados federais | 18 |
- Deputados estaduais | 42 |
- Senadores | Ana Paula Lobato (PDT) Eliziane Gama (PSD) Weverton (PDT) |
Área | |
- Total | 329 651,496 km² (8º) [1] |
População | |
- Censo 2022 | 6 775 152 hab. (12º)[2] |
- Densidade | 20,55 hab./km² (º) |
Economia | 2020[3] |
- PIB | R$ 106.916 bilhões (17º) |
- PIB per capita | R$ 15.027,69 (27º) |
Indicadores | 2010/2015[4][5] |
- Esperança de vida (2015) | 70,3 anos (27º) |
- Mortalidade infantil (2015) | 22,4‰ nasc. (2º) |
- Alfabetização (2010) | 80,7% (24º) |
- IDH (2021) | 0,676 (27º) – médio [6] |
Fuso horário | |
Clima | tropical Af/Aw |
Cód. ISO 3166-2 | [[ISO 3166-2:BR|]] |
Site governamental | [ ] |
O Maranhão é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Encontra-se situado a oeste da região Nordeste. Possui como limites: ao norte, com o oceano Atlântico. A leste, com o Piauí. Ao sul e a sudoeste, com o Tocantins. E a oeste, com o Pará. Abriga uma superfície de 331 937,450 km², com cerca de sete milhões de moradores. São Luís é a capital. Conta com 217 municípios. São Luís, Imperatriz, São José de Ribamar, Timon, Caxias, Paço do Lumiar, Codó, Bacabal e Açailândia são as principais cidades.[7]
Com altitudes baixas e topografia média, possui um relevo moderado, com mais de 90% da área aquém dos 300 metros. Os rios mais importantes são: Gurupi, Tocantins, Mearim, Pindaré, Parnaíba, Itapecuru e Turiaçu. Sua economia está alicerçada em cinco setores. São eles: na indústria (beneficiamento de alumínio e alumina, madeireira, alimentícia), de serviços, extrativismo (babaçu), agricultura (milho, arroz, mandioca) e pecuária.[7]
D. João III concedeu a região do Maranhão, subdividida em duas capitanias, para Aires da Cunha e Fernando Álvares de Andrade, em 1535. A partir de então, até a instalação dos franceses em 1612 (França Equinocial), Portugal não ficou sabendo da região. Em 1615, os portugueses, chefiados por Jerônimo de Albuquerque, repeliram os franceses e, em 1621, fundaram o Estado do Maranhão e do Grão-Pará. Em 1641, os holandeses invadiram a ilha de São Luís, de onde foram desalojados em 1644. A partir daí, firmou-se o domínio português. Em 1772, houve o desmembramento entre Maranhão e Grão-Pará.[7]
O reconhecimento da independência ocorreu somente em 1823, devido à intensa pressão de Portugal. E depois da intercessão do almirante Cochrane, a pedido de D. Pedro I. Em 1831, eclodiu a Setembrada, que defendia o despejo dos frades franciscanos e dos portugueses, e, em 1838, a Balaiada, uma insurreição popular contrária à aristocracia rural. A economia entrou em declínio com a abolição da escravatura, só chegando a se restabelecer no decorrer da Primeira Guerra Mundial.[7]
Etimologia
Os tupinambás habitavam inicialmente a região, estes consideravam-se filhos do grande ancestral e herói “Maíra”, assim o topônimo “Mairi”, utilizado para representar o território tupinambá (atuais estados brasileiros do Amapá, Pará e Maranhão), com origem no nheengatu, significaria inicialmente o “território de Maíra” ou “terra dos filhos de Maíra”.[8] Mas esta divindade foi associada aos “homens brancos” e, em especial, aos navegadores franceses, chamados de “Maíras”[9] ou “Mair”, e assim a região de “Mairi” passou a representar o “lugar dos franceses”.[8]
Segundo o historiador Francisco de Assis Barbosa, uma das várias etimologias propostas é o tupi-guarani para, “mar”, na, ana, “parecido”, e nhã, “partir, dirigir-se, descer”. Ou seja, o rio Marañón (“caju” em espanhol) era similar a um oceano que desce. Conforme o filólogo, linguista e lexicógrafo Antenor Nascentes, são inúmeras as etimologias sugeridas, todas elas não apropriadas e presume:[10][11][12][13]
“ | A questão, apesar de todos esses esforços, continua sem solução. O nome do rio passou ao Estado do Maranhão (1621), que abrangia as capitanias do Pará e do Ceará, à província (1822) e, finalmente, ao Estado federativo (1889). | ” |
— Antenor Nascentes (1952), Dicionário etimológico da língua portuguesa, t. II, pp. 190–191. |
Os naturais do estado do Maranhão são denominados maranhenses.[14] Segundo o Dicionário Houaiss, o substantivo português maranhão também pode ser sinônimo de “grande mentira ou mexerico”.[15]
Em 1615, o jesuíta Padre Manuel Gomes afirmou que a designação do Rio Maranhão procedeu da denominação de Antônio Maranhon, navegador espanhol. Ele assegura ainda que era cognominado de Rio Orellana, em homenagem a Francisco Orellana, outro navegador espanhol, além de Rio Amazonas, por atravessar as terras das amazonas.[16]
No ano de 1720, o jesuíta Domingos de Araújo escreveu o livro “Crônica da Companhia de Jesus da Missão do Maranhão”. Ele afirmou nesta obra que a denominação foi concedida por uma expedição mandada por Cristóvão Jaques. Quando viu o rio Amazonas, referiu-se à região como “Maranhão” (grande mar).[17]
No contexto histórico brasileiro, a mais antiga referência à região do Maranhão aconteceu na época antes da fundação das capitanias hereditárias, denominada de Conquista do Maranhão.[18] Depois foram fundadas ambas as seções da Capitania do Maranhão, no ano de 1534.[19][20]
História
Povos indígenas, período colonial e imperial
Durante o Descobrimento do Brasil pelos portugueses, indígenas do grupo tupi, na costa, e do jê, no interior, povoavam as terras que conhecemos hoje como o estado do Maranhão. Dentre as nações do grupo tupi, sobressaíam os guajajaras e os urubus, que foram somente apaziguados no século XX. Dois povos estão subordinados, sobretudo, ao grupo jê: timbiras e sacamecrãs. Diversas etnias, oriundas do Piauí, entraram no Maranhão no decorrer do século XVIII, escapando da perseguição caucasiana.[21][22][23]
Não existem notícias exatas a respeito das mais antigas expedições que desbravaram o litoral do Maranhão. Alguns historiadores creem que, em 1500, o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón tenha explorado todo o litoral setentrional brasileiro, entre Pernambuco e o delta do Amazonas. Desde 1524, a costa maranhense foi percorrida frequentemente pelos franceses.[21][22][24]
Em 1531, Martim Afonso de Sousa exigiu que Diogo Leite desbravasse o litoral setentrional brasileiro. Ele veio para a embocadura do rio Gurupi, onde é hoje a divisa Maranhão-Pará. Na fundação das capitanias, em 1534, o Maranhão foi fragmentado em dois quinhões. Um era concedido para Fernão Álvares de Andrade e outro para João de Barros e Aires da Cunha.[21][22][20][19][24]
A expedição organizada pelos três donatários, para começar a conquistar e povoar suas terras, fracassou, em um naufrágio próximo à ilha de Upaon-Açu. Em função disso, a capitania foi entregue para o monarca. Em meados do século XVI, os franceses continuaram percorrendo o litoral do Maranhão e começaram a povoar a região. No ano de 1615, o exército de Portugal derrotou a França Equinocial, fundada pelos franceses em 1612. A chegada de açorianos, conduzidos pelos lusitanos, fortaleceu finalmente o domínio português.[21][22][24]
Desde então, em função do grande desenvolvimento da região, em 1621, foi fundado o então Estado do Maranhão. Seu território se estendia do Ceará até o Amazonas. Foi desmembrado do Estado do Brasil e pertencia diretamente ao Reino de Portugal.[25][26][27][28]
Em 1641, os neerlandeses ocuparam a cidade de São Luís. Três anos mais tarde, capitularam, vencidos. Os luso-brasileiros prosseguiram na conquista da costa do Maranhão. A vila de Alcântara foi criada em 1648. Desde São Luís, a colonização começou a se espalhar por meio dos vales dos rios Mearim e Itapecuru. Em 1682, o Reino de Portugal fundou a Companhia de Comércio do Maranhão. O fracasso desta empresa comercial conduziu os povoadores à denominada revolta de Beckman, em 1684, vencida um ano depois. Foi organizada então, em 1755, a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, que perdurou até 1778.[21][22][24]
O Estado do Maranhão e Grão-Pará foi fundado em 1654.[29][30][31][32] Em 1751, começou a ser chamado de Estado do Grão-Pará e Maranhão, com capital mudada de São Luís a Belém em 1737.[33] Em 1772, a região foi dividida em dois: Maranhão e Piauí e Grão-Pará e Rio Negro.[33][34][35]
No século XIX, uma vez que Portugal não reconhecesse imediatamente a emancipação nacional brasileira, Lord Cochrane, a mando de D. Pedro I, contribuiu para o estabelecimento da independência do Maranhão. A província foi igualmente palco da Setembrada (1831) e da Balaiada (1838). No decorrer do Segundo Reinado, reduziram-se bastante as perturbações, restringindo-se a conflitos dentre famílias pelo governo local. Isso colaborou para o progresso econômico da província. Com a abolição da escravidão (1888), a província entrou em declínio, porque sua economia estava alicerçada mormente na escravatura.[21][22][24]
Período republicano
Entre o começo da república, em 1889, e o ano de 1930, o Maranhão experimentou um início de industrialização. Isso se deu devido ao progresso especialmente do segmento de tecidos e da produção de cana-de-açúcar e de arroz. A prosperidade aconteceu sobretudo na 1.ª Guerra Mundial, porque o Maranhão produzia óleo de babaçu para exportação. Entre 1930 e 1947, o Maranhão permaneceu sob intervenção federal, com interrupções em 1935 e 1937. Nessa época, penetraram no estado enormes multidões do Ceará e de outros estados do nordeste do Brasil. Eles se fixaram nos vales dos rios Pindaré e Mearim, onde desenvolveram a rizicultura.[21][22][24]
José Sarney começou um programa de obras públicas. Este compreendia, dentre outras atividades, a edificação do porto de Itaqui e o asfaltamento da rodovia São Luís-Teresina. Sarney se elegeu governador em 1965. Seu substituto, Pedro Neiva de Santana, (1970–1975), prosseguiu com o programa. Com o retorno das eleições diretas para chefe do executivo, em 1982, elegeram-se três governadores. Foram eles: Luís Rocha (1983–1987), Epitácio Cafeteira (1987–1991) e Edison Lobão. Este último foi empossado em 1991. Edison Lobão foi governador até 1994 e seu mandato foi terminado por José de Ribamar Fiquene.[21][22][24]
No dia 15 de novembro de 1994, elegeu-se a pefelista Roseana Sarney, a primeira mulher a administrar o estado.[36][37] A herdeira do ex-presidente do Brasil, José Sarney, tomou posse do cargo em janeiro de 1995.[38][21][22][24] Reeleita em 1998 e empossada em 1999, Roseana Sarney renunciou em 2002, sendo sucedida por José Reinaldo Tavares, que terminou o mandato.[37]
Em 2006, Jackson Lago venceu as eleições, tomando posse em 2007. Governou até 2009, quando seu mandato foi cassado em março de 2009.[37][39] Após a cassação, concluiu o mandato Roseana Sarney,[37][39] reeleita para mais um terceiro período de governo em 2010,[40] renunciando em 2014.[41] Naquele ano, Roseana foi sucedida pelo presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Arnaldo Melo, que terminou o mandato.[42] Escolhido nas eleições estaduais do Maranhão em 2014,[43] o candidato do Partido Comunista do Brasil, Flávio Dino, assumiu o poder executivo em 2015,[44] reeleito em 2018.[45] Flávio Dino foi empossado em janeiro de 2019.[46] Continuou no cargo até abril de 2022, quando foi substituído por Carlos Brandão, que concluiu o mandato.[47] Em 2022, Carlos Brandão foi reeleito governador, tomando posse do governo do estado em janeiro de 2023.[48][49]
Geografia
Existem no Maranhão somente três tipos climáticos: o tropical superúmido de monção, o com chuvas de outono e o de verão. Os três possuem regimes térmicos parecidos, com médias anuais altas, variando em mais de 26 °C, no entanto, se distinguem em relação ao comportamento das chuvas. O primeiro tipo, que predomina no oeste do estado, abrange os totais mais altos (mais de 2 000 mm por ano). Os outros dois trazem poucas chuvas (entre 1 250 e 1 500 mm) e estação seca bem dividida. Distingue-se entre eles, como sua própria denominação revela, pela época de incidência das chuvas.[50][51]
Praticamente todo o estado é drenado no sentido norte-sul por intermédio de inúmeros rios autônomos que correm para as águas salgadas do oceano Atlântico. São eles: Gurupi, Pindaré, Turiaçu, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. No sudoeste do estado, as águas escoam, em pequena parte, para oeste. Pertencem a essa porção os tributários da margem leste do Tocantins.[52][51]
Uma vegetação, composta por florestas, campos e cerrados, cobre o território do Maranhão. As matas abrangem toda a parte noroeste do estado, isto é, boa parte da região localizada a oeste do rio Itapecuru. Nessas florestas aparece abundantemente a palmeira do babaçu, produto essencial do extrativismo vegetal da região. Os campos predominam em volta do Golfão Maranhense e em plena costa oeste. O leste e o sul são recobertos pelos cerrados. No limite da costa, a formação vegetal apresenta feições diversas: campos inundáveis, formações arbustivas e manguezais.[53][51]
A fauna estadual é abundante e rica. Na região dos Lençóis Maranhenses, por exemplo, existem diversas aves, como garças, tetéus, paturis, marrecas-de-asa-azul e gaivotas. Fundado em 2 de junho de 1981, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, situado entre as cidades de Primeira Cruz e Barreirinhas, constitui um paraíso ambiental. Possui 155 mil hectares de dunas de até 20 m de altura (denominados de “morrarias” pelos moradores da região), manguezais e lagoas.[54]
Geomorfologia e litoral
De relevo aplainado, o Maranhão possui 75% do território aquém de 200 m. Somente dez por cento do território do estado se encontram além de 300 m. Duas unidades compõem o quadro geomorfológico: a baixada litorânea, ao norte, e o planalto, ao sul. Prepondera na baixada um relevo de tabuleiros e morros, cortados em arenitos subordinados à série Barreiras. Em determinadas porções costeiras, principalmente na ilha de Upaon-Açu, localizada no centro do conhecido Golfão Maranhense, esse relevo alcança a linha costeira. Nas demais partes, se encontra isolado do oceano Atlântico por um cinturão de planícies aplainadas, vulnerável às enchentes durante a época chuvosa. É a baixada costeira em sentido estrito, que, no fundo do golfão, recebe o título de Perizes. A leste do Golfão Maranhense, essas terras apresentam uma característica de grandes areões com formações dunares. Estas pertencem ao litoral dos Lençóis, até a baía de Tutoia.[55][51]
O planalto compreende todo o interior do estado com um relevo de tabuleiros. Possui aparência de um grupo de chapadões cortados em terrenos sedimentares (folhelhos e arenitos xistosos). Perto do Golfão Maranhense, as altitudes atingem somente entre 200 e 150 m; mais em direção ao sul, 400 e 300 m. Nas imediações do divisor de águas da bacia do Parnaíba com a do Tocantins, chegam a 600 m. Os vales do planalto delimitam os chapadões uns dos outros por intervenção de profundos cortes.[51] Por isso, os chapadões incluem escarpas íngremes, ao contrário do topo regular.[55][51]
As melhores terras maranhenses estão concentradas no centro do estado, nas bacias hidrográficas do Pindaré, Mearim e Grajaú, as maiores regiões agrárias do estado. Na divisa com o Pará, o solo é o mesmo da mata.[56] O ponto mais alto do Maranhão constitui a Chapada das Mangabeiras, com 804 m, no planalto do Meio-Norte, no sul do estado.[55][57]
A costa do estado do Maranhão constitui a segunda maior do Brasil, com 640 km de extensão, depois da Bahia. O litoral tem vários recortes, especialmente entre a divisa Pará-Maranhão e o golfão maranhense, onde se localiza a ilha de Upaon-Açu. Suas paisagens mais importantes são, no sentido leste-oeste: ilhas do Caju, no delta do Parnaíba, do Paulino, Grande, baía de Tutóia, ilha de Santana, b. de São José, i. de Upaon-Açu, baías de São Marcos, de Cumã, de Mangunça. Ilha Campelo, São João, baía de Turiaçu, ponta da Mutuoca, i. da Trauíra e Dois Irmãos.[58]
Demografia
Crescimento populacional | |||
---|---|---|---|
Censo | Pop. | %± | |
1872 | 359 040 | ||
1890 | 430 854 | 20,0% | |
1900 | 499 308 | 15,9% | |
1920 | 874 337 | 75,1% | |
1940 | 1 235 169 | 41,3% | |
1950 | 1 583 248 | 28,2% | |
1960 | 2 492 139 | 57,4% | |
1970 | 3 037 135 | 21,9% | |
1980 | 4 097 231 | 34,9% | |
1991 | 4 929 029 | 20,3% | |
2000 | 5 642 960 | 14,5% | |
2010 | 6 574 789 | 16,5% | |
Est. 2018 | 7 035 055 | [59] | |
Fonte:[60] |
A população do Maranhão no censo demográfico de 2022 era de 6 776 699 habitantes, sendo a 12.ª unidade da federação mais populosa do país, centralizando cerca de 3,34% da população brasileira[61] e apresentando uma densidade demográfica de 20,63 moradores por quilômetro quadrado (a 16.ª maior do Brasil).[62] Ao mesmo tempo, 50,9% eram mulheres e 49,1% homens, tendo uma razão de sexo de 96,58.[61] Em dez anos, o estado apresentou uma taxa de crescimento populacional de 0,25%.[61]
No censo de 2010, a população era de 6 574 789 habitantes. Conforme este mesmo censo demográfico, 63,08% das pessoas moravam na zona urbana e os 36,92% remanescentes na rural.[63]
Dos 217 municípios maranhenses, somente um possuía população superior aos quinhentos mil: São Luís, a qual é capital. Outros oito possuíam entre 100 001 e 500 000 (Imperatriz, São José de Ribamar, Timon, Caxias, Codó, Paço do Lumiar, Açailândia e Bacabal), treze entre 50 001 e 100 000, 68 entre 20 001 e 50 000, 89 entre 10 001 e 20 000, 32 entre 5 001 e 10 000, 6 entre 2 001 e 5 000 e cinco até dois mil (São Raimundo do Doca Bezerra, Nova Colinas, Nova Iorque, São Pedro dos Crentes, São Félix de Balsas e Junco do Maranhão).[64] São Luís, sozinha, possuía 15,4% do total de habitantes,[65] além de ter a mais alta densidade demográfica quanto aos outros municípios (1 779,87 hab./km²),[66] enquanto Alto Parnaíba, no noroeste, detinha a mais baixa (1,00 hab./km²).[67]
O Índice de Desenvolvimento Humano do Maranhão é considerado médio conforme o PNUD. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, publicado em 2013, com dados relacionados a 2010, tinha valor de 0,639, se encontrando na vigésima-sexta colocação ao nível nacional e na oitava ao regional, após Piauí e antes de Alagoas. Considerando-se o índice de longevidade, tinha valor de 0,757 (26.º), o de renda de 0,612 (27.º) e o de educação de 0,562 (19.º).[68] Possuía coeficiente de Gini, que calcula a desigualdade social, de 0,43 e a incidência da pobreza de 56,38%.[69] O Maranhão abrigava uma taxa de fecundidade de 2,56 filhos por mulher.[68]
Maranhão (Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)[2] | Municípios mais populosos do |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
São Luís Imperatriz | |||||||||||
Posição | Localidade | Região intermediária | Pop. | Posição | Localidade | Região intermediária | Pop. | ||||
1 | São Luís | São Luís | 1 037 775 | 11 | Santa Inês | Santa Inês-Bacabal | 85 014 | ||||
2 | Imperatriz | Imperatriz | 273 110 | 12 | Pinheiro | São Luís | 84 614 | ||||
3 | São José de Ribamar | São Luís | 244 579 | 13 | Barra do Corda | Imperatriz | 84 532 | ||||
4 | Timon | Caxias | 174 465 | 14 | Chapadinha | São Luís | 81 386 | ||||
5 | Caxias | Caxias | 156 970 | 15 | Grajaú | Imperatriz | 73 872 | ||||
6 | Paço do Lumiar | São Luís | 145 643 | 16 | Barreirinhas | São Luís | 65 583 | ||||
7 | Codó | Caxias | 114 269 | 17 | Itapecuru-Mirim | São Luís | 60 419 | ||||
8 | Bacabal | Santa Inês-Bacabal | 103 711 | 18 | Coroatá | Caxias | 59 566 | ||||
9 | Açailândia | Imperatriz | 106 550 | 19 | Santa Luzia | Santa Inês-Bacabal | 57 635 | ||||
10 | Balsas | Imperatriz | 101 616 | 20 | Buriticupu | Imperatriz | 55 507 |
Religiões
Segundo o censo populacional de 2010, a população do Maranhão é composta por católicos apostólicos romanos (74,52%); protestantes ou evangélicos (17,19%); espíritas (0,19%); testemunhas de Jeová (0,37%); mórmons (0,03%); c. a. brasileiros (0,39%); budistas (0,17%); novos religiosos orientais (0,05%), dentre os quais os messiânicos (0,05%); islâmicos (0,00%); c. ortodoxos (0,07%); umbandistas (0,06%); judaístas (0,01%); espiritualistas (0,00%); tradições esotéricas (0,01%); indígenas (0,01%); candomblezeiros (0,01%) e hinduístas (0,00%). Outros 6,56% não possuíam religião, compreendendo-se aí os ateus (0,13%) e agnósticos (0,02%); 0,00% praticavam outras religiosidades cristãs; 0,13% não tinham fé determinada ou tinham múltiplo pertencimento; 0,09% não sabiam, 0,15% seguiam demais religiões; 0,00% outras crenças orientais e 0,00% não haviam declarado.[70]
Conforme a divisão da Igreja Católica no Brasil, o Maranhão integra a Regional NE V e seu território se divide em uma província eclesiástica, composta pela arquidiocese de São Luís, subdividida em onze dioceses sufragâneas: Bacabal, Balsas, Brejo, Carolina, Caxias do Maranhão, Coroatá, Grajaú, Imperatriz, Pinheiro, Viana, Zé-Doca.[71]
O Maranhão também tem as mais variadas religiões protestantes ou reformadas, sendo a Igreja Universal do Reino de Deus, a congregação cristã, a batista e a Assembleia de Deus as mais extensas denominações. Como citado, 17,19% da população maranhense se declaravam evangélicos, sendo que 11,46% faziam parte das igrejas de origem pentecostal, 1,79% das evangélicas não determinadas e 3,95% das de missão.[70]
Composição étnica e povos indígenas
Os caucasianos, pardos, afro-brasileiros e povos indígenas compõem basicamente a população do Maranhão.[73] No Brasil colonial, os povoadores franceses eram os primeiros que iniciaram a colonização no território maranhense.[21][22][24][74] O Maranhão foi povoado por portugueses (açorianos) e acolheu imigrantes latino-americanos (cubanos, colombianos e peruanos), europeus (alemães,[75][76][77][78] neerlandeses[24][74] e italianos), africanos (angolanos, guineanos, togoleses, ganeses e beninenses) e asiáticos (sírios, libaneses, paquistaneses, japoneses e chineses).[73][79]
Hoje residem no estado do Maranhão pouco mais de doze mil e duzentos indígenas, divididos em dezesseis grupos, que abrangem área de 1 908 089 hectares de extensão.[80] Destes, merece destaque o mais extenso, a reserva indígena Alto Turiaçu, que compreende os municípios de Centro Novo do Maranhão, Maranhãozinho, Centro do Guilherme, Zé Doca, Santa Luzia do Paruá e Araguanã.[80] Segundo dados divulgados por John Hemming, existiam mais de 1 milhão de indígenas no Maranhão durante o Descobrimento do Brasil, em 1500.[81]
Segundo pesquisa de autodeclaração do censo de 2010, 21,87% dos maranhenses se consideraram brancos, 66,87% pardos, 9,61% pretos, 1,13% amarelos e 0,52% indígenas, além dos não declarados (0,00%).[82] 99,98% foram brasileiros (99,98% natos e 0,01% naturalizados) e 0,92% estrangeiros.[83] Dentre os brasileiros, 0,13% são naturais do Sul e 11,5% em demais regiões, sendo que 0,59% são do Sudeste, 97,20% do Nordeste (92,35% do próprio estado), 0,43% do Centro-Oeste e 1,36% do Norte.[84] Entre os estados de origem dos imigrantes, o Piauí possuía o maior percentual de residentes (2,67%), acompanhado por Ceará (1,36%), Pará (0,97), Pernambuco (0,30) e São Paulo (0,27).[85]
Racismo
Segundo a jornalista Poliana Ribeiro, no Maranhão, em que boa parte da população é de origem africana, o racismo ainda faz parte do cotidiano de uma porção expressiva da sociedade. Apesar disso, os casos que vêm ao conhecimento do público não são inúmeros e os que são apontados como culpados e conduzidos à justiça são menores ainda.[86]
No entanto, o membro feminino do movimento negro no Maranhão, Ana Amélia Bandeira, diz que para o racismo ser combatido é imprescindível salientar os exemplos positivos, além de efetuar investimentos na educação. Ana Amélia assegura ser importante combater alguns casos de racismo, mas também é preciso destacar os exemplos positivos. O movimento negro teve vários progressos nos últimos anos. Entre o final da década de 1990 e meados dos anos 2000, a chegada a instituições de ensino superior costumava ser complicada, entretanto, atualmente, tem-se a política de cotas. Seria importante realizar uma pesquisa sobre quantos afrodescendentes há em posições de destaque, quantas mulheres de origem africana são administradoras. É extremamente necessário demonstrar tais bons exemplos.[86]
Migração e idioma
O estado possui a peculiaridade de ser a única unidade federativa do nordeste do Brasil com saldo positivo de migrantes internos, ou seja, tem mais imigração que emigração. Na região atravessada pelo rio Pindaré, também nos vales do Grajaú e do Mearim, vêm-se estabelecendo os imigrantes vindos do nordeste brasileiro, especialmente cearenses, piauienses e potiguares. As terras chuvosas do vale do rio Pindaré são grandemente férteis. Essa fertilidade conduziu a SUDENE a fundar o Grupo Departamental do Maranhão, visando direcionar o movimento migratório a essa região. De 1962 até 1967, cerca de cem mil homens, mulheres, crianças e idosos se fixaram na região.[87]
A unidade federativa é famosa, dentre o povo maranhense, por ser a região em que é falado o mais bem-sucedido português em território brasileiro. Entretanto, esse título é questionado por especialistas em linguística como Marcos Bagno e Pasquale Cipro Neto: em primeiro lugar, porque argumentaram que não existe dialeto ou fala, que pode ser tido como mais bem ou mal sucedido do que outro. Em segundo, dado que disseram que tal fama é atribuída, realmente, ao município do Rio de Janeiro.[88][89]
Hierarquia urbana e regiões metropolitanas
Exceto o extremo oeste do estado, pertencente à região influenciada por Belém, todo o território do Maranhão integra a área de polarização do Recife. A ação econômica da metrópole pernambucana é desempenhada no Maranhão por interferência de São Luís, para boa parte do território do estado, e de Teresina, cidade-sede do governo piauiense, para certas cidades localizadas perto da divisa Maranhão-Piauí,[90][91][92] como Timon, Caxias, Matões e Coelho Neto.[90][91][92]
A RIDE da Grande Teresina foi fundada pela Lei Complementar Federal do Brasil n.º 112, de 19 de setembro de 2001, e estabelecida pelo Decreto Federal do Brasil n.º 4367, de 9 do mesmo mês de 2002.[93] Por uma emenda constitucional de 1989, foi criada a primeira RM do estado: a Região Metropolitana de São Luís, que passou a existir mediante à ECE n.º 42, de 2 de dezembro de 2003.[94] A Lei Complementar Estadual do Maranhão n.º 89, de 17 de novembro de 2005, criou a mais nova RM do Maranhão até então, a Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense, cuja maior cidade em população é Imperatriz, na divisa Maranhão-Tocantins.[95]
Segurança pública e criminalidade
No Exército Brasileiro, o Maranhão pertence ao Comando Militar do Norte (Belém)[96] e, com o Pará, o Tocantins e o Amapá, integra a 8.ª Região Mil.,[97] tendo sede no estado o 24.º Batalhão de Infantaria Leve (São Luís).[98] Na Marinha do Brasil, o Maranhão faz parte do 4.º Distrito Naval (o qual possui matriz em Belém), atuando no território estadual a Capitania dos Portos do Maranhão.[99] Na Força Aérea Brasileira, o Maranhão conta com o Centro de Lançamento de Alcântara,[100] a segunda base do gênero no Brasil e a única no estado.[101]
Segundo a Constituição Federal de 1988 e a Estadual de 1989, os órgãos reguladores da segurança pública no estado do Maranhão são a Polícia Militar do Maranhão, o Corpo de Bombeiros do Maranhão e a Polícia Civil do Maranhão.[102][94]
Conforme dados do “Mapa da Violência 2012”, publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 2,7 em 1980, subiu para 21,0 em 2009 (ficando abaixo da média nacional, que era de 27,0). Entre 2000 e 2010, o número de homicídios subiu de 344 para 1 478. Em geral, o Maranhão subiu sete posições na classificação nacional das unidades federativas por taxa de homicídios, passando da vigésima-sétima em 2000 para a vigésima-primeira em 2010. A R. M. de São Luís possuía taxas três vezes maiores que a do estado (13,1), enquanto, no interior, o mesmo era duas vezes menor que a média estadual (15,4).[103]
Em 2000, nenhum município, até cinco mil habitantes, registrava uma taxa de homicídios, mas ela subiu para 22,0 em seis cidades em 2010. Considerando-se todas essas cidades, totalizam-se seis. Desde a época em que o estado era relativamente tranquilo, em 2000, a violência se estendeu praticamente em todo o território do estado, com vários polos elevadamente conurbados.[103]
Os municípios mais populosos mostraram grande aumento em dez anos, como a capital, São Luís, que passou entre 16,16 e 56,1 homicídios em 100 mil, com crescimento de 238,8%, ou o segundo município mais populoso, chamado de Imperatriz, passando entre 12,6 e 55,8, crescendo em 343,3% no mencionado período. No entanto, o mais elevado aumento se observa nos municípios menos populosos: entre 5 e 10 mil e entre 20 e 50 mil hab., com taxas superiores a 400%, colaborando assim para disseminar a criminalidade no conjunto da unidade federativa.[103][104]
Conforme o “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008”, também publicado pelo Instituto Sangari, as cidades maranhenses que apresentavam as maiores taxas de homicídios por grupo de cem mil habitantes foram Imperatriz (49,5), Açailândia (31,9), Governador Nunes Freire (31,2) e São Luís (31,0).[105]
Governo e política
O estado do Maranhão, da mesma forma que uma república, é administrado por três poderes, totalmente sediados na capital. São eles: o executivo, constituído pelo governador do Maranhão. O legislativo (Assembleia Legislativa do Maranhão). E, por fim, o judiciário (Tribunal de Justiça do Maranhão e outros tribunais, e juízes).[94] São símbolos do Maranhão a bandeira, o brasão e o hino.[94]
O poder executivo maranhense é desempenhado pelo governador do Maranhão. Este é sucedido, em seus impedimentos, pelo vice-governador do Maranhão, e assessorado pelos secretários estaduais.[94] A matriz do governo estadual, o Palácio dos Leões, foi construída pelo capitão Jerônimo de Albuquerque[106] e arquitetado por Francisco Frias de Mesquita,[107] no forte de São Luís, edificado pelos franceses em 1612.[106]
A partir do início da república, tomou posse pela primeira vez do governo do estado Pedro Augusto Tavares Júnior, que se encontrava no poder de 17 de dezembro de 1889 a 3 de janeiro de 1890. Foi somente no ano de 1947, quando foi empossado o primeiro governador eleito pela população, Sebastião Archer da Silva.[108]
O poder legislativo estadual é unicameral e representado pela Assembleia Legislativa do Maranhão (Palácio Manuel Beckman),[nota 1] formada por 42 deputados estaduais.[94] No Congresso Nacional, a representação maranhense é de três senadores e 18 deputados federais.[109][110]
A mais alta corte do Poder Judiciário é o Tribunal de Justiça do Maranhão, localizado no Centro de São Luís.[111] Conforme o Tribunal Superior Eleitoral, o Maranhão possuía, em abril de 2019, 4 576 030 eleitores, significando 3,088% do eleitorado brasileiro, o 11.º maior do país.[112]
Símbolos estaduais
Bandeira
A bandeira maranhense, um dos símbolos oficiais do estado, foi elaborada pelo poeta Joaquim Manuel de Sousa Andrade e instituída no dia 6 de dezembro de 1889. Ela é um retângulo formado por nove listras horizontais do mesmo tamanho e proporção: três de goles, cinco de argento e duas de sable. No canto superior da sinistra, um quadrado de blau, carregado de uma estrela de cinco de pontas de argento.[114] Tudo isso a torna razoavelmente parecida com a bandeira dos Estados Unidos,[114][115] carinhosamente apelidada de “Old Glory”.[116]
As listras de goles, argento e sable significam a miscigenação étnica dos maranhenses (indígenas, caucasianos e afro-descendentes). O quadrado de blau, no canto esquerdo de cima, simboliza o firmamento, e a estrela de cinco pontas de argento, a unidade federativa. Constitui a mesma estrela que se vê na bandeira do Brasil e simboliza a mesma: a Beta de Scorpius.[114]
Brasão
O escudo mostra, cercado por uma moldura, um círculo subdividido em quatro porções:[114]
- ambas da sinistra, em sinopla e jalde, simbolizam as cores oficiais do Brasil;
- ambas da destra reproduzem, na parte de cima, a bandeira do Maranhão e, na de baixo, o antigo símbolo da erudição (um pergaminho cortado por uma pena).
Hino
O Hino do Maranhão teve sua letra escrita por Antônio Baptista Barbosa de Godois e sua melodia composta por Antônio Carlos dos Reis Rayol. O Hino Maranhense recorda:[114]
- Na estrofe de n.º 1, a batalha de Guaxenduba, vencida pelos portugueses contra os franceses;
- na de n.º 2, a retirada dos gauleses e a vitória do direito em favor dos lusitanos;
- na de n.º 3, a gloriosa história maranhense e seus protagonistas;
- na de n.º 4, ambos os primeiros versos recordam a extrusão dos neerlandeses e os dois últimos o apoio do Maranhão à independência brasileira;
- na de n.º 5, o poeta solicita que a posteridade conceda ao Maranhão, por toda a existência, as mesmas glórias do passado.
- Letra
- Salve pátria, pátria amada
- Maranhão, Maranhão berços de heróis
- Por divisa tens a glória
- Por numes, nossos avós >>>
Subdivisões
Evolução territorial, regiões geográficas intermediárias e imediatas
O Maranhão era uma espécie de “mãe” para os estados do Piauí, Pará e Amazonas, outrora subordinados ao Estado do Grão-Pará e Maranhão. Este compreendia boa parte da Amazônia Legal, da região norte do Brasil e do Meio-Norte.[117] Era conhecido por Maranhão, porque o rio Amazonas, que banha toda essa grande extensão de terra, em 1621, era chamado de Maranhão pelos indígenas.[118]
O Estado do Maranhão e Piauí surgiu como unidade política em 1772 com cinco vilas, sendo a mais antiga, São Luís, fundada em 1612. A última desse período foi Guimarães, criada em 1758.[117] Com a Independência do Brasil, a província do Maranhão foi organizada em 1823 e naquele ano o território já se dividia em sete vilas.[117] Do Império até a República, passou de sete vilas para 217 municípios. Constitui o décimo estado com o maior número e o quarto da região nordeste, atrás da Paraíba.[119]
É formado por 217 municípios, agrupados em 22 regiões geográficas imediatas. Estas, no que lhe concerne, se encontram distribuídas em cinco intermediárias, segundo o IBGE (São Luís, Santa Inês-Bacabal, Caxias, Presidente Dutra e Imperatriz).[120][121]
Na divisão em vigor até 2017, os municípios do estado se distribuíam em 21 microrregiões e cinco mesorregiões, conforme o IBGE.[122]
Região geográfica intermediária[120] | Código | Número de municípios |
Regiões geográficas imediatas | Código | Número de municípios |
---|---|---|---|---|---|
São Luís | 2101 | 73 | São Luís | 210001 | 13 |
Pinheiro | 210002 | 11 | |||
Chapadinha | 210003 | 10 | |||
Itapecuru Mirim | 210004 | 9 | |||
Viana | 210005 | 10 | |||
Barreirinhas | 210006 | 4 | |||
Tutóia-Araioses | 210007 | 7 | |||
Cururupu | 210008 | 9 | |||
Santa Inês-Bacabal | 2102 | 59 | Santa Inês | 210009 | 15 |
Bacabal | 210010 | 16 | |||
Governador Nunes Freire | 210011 | 14 | |||
Pedreiras | 210012 | 14 | |||
Caxias | 2103 | 14 | Caxias | 210013 | 6 |
Timon | 210014 | 4 | |||
Codó | 210015 | 4 | |||
Presidente Dutra | 2104 | 28 | Presidente Dutra | 210016 | 13 |
São João dos Patos | 210017 | 11 | |||
Colinas | 210018 | 4 | |||
Imperatriz | 2105 | 43 | Imperatriz | 210019 | 17 |
Barra do Corda | 210020 | 9 | |||
Açailândia | 210021 | 5 | |||
Balsas | 210022 | 12 |
Economia
Entre as maiores empresas se destacam: Hiper Mateus, Cemar, Ferrovia Norte-Sul, Gera Maranhão, Viena, Frigotil e Gusa.[124] O Maranhão é a 17.ª unidade federativa mais rica do Brasil, possuindo 1,4% da economia do país. O estado também é um grande exportador. Em 2019, foi a décima-terceira maior unidade federativa brasileira em exportação. Perde somente para Mato Grosso do Sul (2,4%), Goiás (2,9%) e Espírito Santo (3,4%). Depois vêm Santa Catarina (4%), Pará (7,6%), Paraná (7,2%), Mato Grosso (7,7%), Rio Grande do Sul (8,2%), Minas Gerais (11,2%), Rio de Janeiro (12,4%) e São Paulo (21,5%). O Maranhão participa com 1,6% do total.[125]
Seus produtos mais exportados foram, em 2022, soja (35%), óxido de alumínio (24%), celulose (13%) e milho não moído (10%).[125]
Setor primário
O setor primário constitui o mais relevante e maior da economia maranhense ao nível nacional. No ano de 2013, a agropecuária respondia só por 2,7% do valor total adicionado à economia de todo o Brasil.[126]
A maior região agrícola do Maranhão é o meio-norte, em que estão situados os rios Mearim, Pindaré e Itapecuru. Ali está centralizada a maioria das atividades agrárias, criatórias e extratoras. A cotonicultura dominou o vale do rio Itapecuru nos séculos XVIII e XIX. No segundo semestre do século XX, começou a prevalecer nessa região a rizicultura, seguida da milhocultura, da mandiococultura, da feijocultura e da cotonicultura.[127]
O vale do Itapecuru é o maior cultivador de arroz do estado. Além disso, é ainda o principal plantador de coco de babaçu e possui a segunda maior criação de bois do estado. Os imigrantes nordestinos recolonizaram os sertões do Pindaré e do Mearim e igualmente o mameluco do Maranhão. Tais povos ocuparam-se da cultura do arroz. Depois, com tal esforço, o cultivo ultrapassou a casa dos milhares aos milhões de sacas. E a espécie Oryza sativa voltou a ser exportada ao restante do Brasil.[127]
Os vales dos rios Mearim e Pindaré são regiões de povoamento mais novo que a do Itapecuru. Para cá vieram migrações do próprio Maranhão e oriundas de outros estados nordestinos. A economia dessas terras fundamenta-se no extrativismo do coco de babaçu e nas plantações de arroz e milho. Também na região centro-norte estão os campos de Perizes, maior região pecuária do estado.[127]
No resto do estado, expandem-se as mesmas fontes de renda da porção centro-norte, mas em escala menor. A agricultura quase sempre é limitada às lavouras de subsistência. O maior produto vegetal do Maranhão constitui o babaçu. Este é utilizado para fabricar um óleo altamente refinado e comestível. É de elevada importância fabril, como combustível e lubrificante, ou como matéria-prima para sabões e sabonetes. A torta, rejeito do extrativismo do óleo, é convertida em farelo para alimentar o boi e o porco, ou empregada como adubo de nitrogênio. Os envoltórios do coco oferecem um excelente carvão, com altas quantidades de carbono, usado como redutor de minério. Recorrendo ao método de destilação física e química, os envoltórios fornecem ainda alcatrão, ácido acético, álcool e acetatos.[127]
A pesca é demasiado próspera.[128] A unidade federativa, em 2009, foi colocada como o oitavo maior criador do Brasil.[129] Os resultados obtiveram o total de 102 868,2 t de pescado, sendo 70 342,5 t de pesca extrativa e 32 525,7 t de aquicultura.[130]
As mais importantes fontes de renda extrativistas maranhenses constituem o extrativismo de sal marinho e a garimpagem de diamantes e do ouro, na região do baixo Gurupi.[127]
Setor secundário
O setor secundário constitui o menos relevante e menor da economia maranhense ao nível nacional. No ano de 2013, a indústria respondia só por 1,0% do valor total adicionado à economia de todo o Brasil.[126]
A disponibilidade de energia elétrica do estado procede da usina hidrelétrica de Boa Esperança, com 105 000 kW de potência implantada. Situada no Parnaíba, na unidade federativa do Piauí, perto da divisa Maranhão-Piauí, esta usina sucedeu integralmente às termelétricas em operação antes da década de 1970. A oferta de energia elétrica no estado cresceu com a entrada em funcionamento da usina hidrelétrica de Tucuruí, na entidade federada do Pará.[127]
Nos anos 1980, foi aberta oficialmente pela primeira vez, no Distrito Industrial de São Luís, a indústria de alumínio da Alcoa, com capitais estadunidenses e anglo-holandeses. O projeto foi implementado para trabalhar com a bauxita trazida das margens do rio Trombetas, no Pará, a 1 800 km de distância.[127] Até 2005, na região do Parnaíba, a Itapagé (ex-Cepalma) constituía a principal empresa fabril.[131][127]
Setor terciário
O setor terciário constitui o segundo mais relevante e maior da economia maranhense ao nível nacional. No ano de 2013, os serviços respondiam só por 1,3% do valor total adicionado à economia de todo o Brasil.[126]
No primeiro semestre de 2024, o Maranhão registrou exportações no valor de 603,7 milhões de dólares e importações de 117,2 milhões de dólares. Já em 2023, as exportações somaram 1.679,1 milhões de dólares, enquanto as importações totalizaram 534 milhões de dólares.[125][128]
Turismo
São Luís constitui o mais importante centro de turismo da unidade federativa. Possui quase 50% de sua superfície urbanizada catalogada (preservada e protegida contra mudanças) pelo IPHAN. Com tudo isso, a capital do Maranhão representa uma cidade de ruas curtas e históricos sobrados, dotados de fachadas de azulejo português.[132][133]
São conhecidos o Palácio dos Leões (matriz do poder executivo do estado), a Prefeitura Municipal, o forte da Ponta da Areia (em ruínas), o Palácio Episcopal. As igrejas da Sé, do Carmo (edificada em 1621), do Desterro, de São João Batista, de Santo Antônio e o teatro Arthur Azevedo. As praias de Ponta d'Areia, Olho d'Água, Aracagi e Calhau são as mais visitadas por viajantes e habitantes da capital.[132][133]
Alcântara, localizada na frente da ilha de Upaon-Açu, constitui outro centro de atração turística. Alcântara, estabelecida em 1648, representa uma cidade monumental, completamente catalogada pelo IPHAN. Tem mosteiros, antigos casarões e igrejas, datadas dos primórdios do povoamento do estado.[132][133] A cidade apresenta também aos turistas os atrativos de um abundante folclore. Este possui seu ponto culminante nas comemorações do bumba meu boi, promovidas tradicionalmente entre junho e setembro.[134][133]
Há eventos importantes como a festa de São José do Ribamar, no mês de setembro, e a da Juçara, em São Luís, em outubro, ambas sem data definida. Estas constituem as principais festividades folclóricas da unidade federativa.[135][136][133] Outras atrações turísticas ecologicamente importantes do estado, incluem o Delta do Parnaíba,[137] e os parques nacionais dos Lençóis Maranhenses[138] e da Chapada das Mesas.[139]
Infraestrutura
Saúde
O Maranhão possui questões de saúde pública de alguma intensidade.[128] No campo, é verificada a ocorrência endêmica de ancilostomose, malária, esquistossomose, etc.[128] A rede de hospitais do estado, em 2009, abrangia 2 621 estabelecimentos com uma totalidade de 12 064 leitos, 10 214 médicos, 2 346 cirurgiões-dentistas, 4 059 enfermeiros, 1 515 farmacêuticos, 5 357 auxiliares de enfermagem e 4 922 técnicos de enfermagem.[140][141] Em 2005, da população, 61,3% dos maranhenses possuem acesso à rede de água,[142] enquanto 49,5% são beneficiados pelo esgoto sanitário.[142]
Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2008, 50,4% dos maranhenses avaliavam sua saúde como boa ou ótima; 63,1% realizavam consulta médica periodicamente; 28,5% dos habitantes consultavam o dentista regularmente e 6,3% estiveram internados em leito hospitalar nos doze meses anteriores. 21,5% declararam ter alguma doença crônica e apenas 6,9% tinham plano de saúde. Outro dado significante é o fato de 63,8% terem declarado necessitar do Programa Unidade de Saúde da Família — PUSF.[143]
Na questão da saúde feminina, 40,7% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos doze meses anteriores; 31,9% entre 50 e 69, mamografia nos dois; e 67,7% entre 25 e 59, preventivo para câncer do colo do útero nos três.[143]
Educação
Em 2018, foram registradas matrículas de 1 178 949 discentes, nas 9 690 instituições educacionais de ensino fundamental em Maranhão, das quais 438 eram do estado, 11 907 do município, 1 157 da iniciativa privada e quatro da União. No que diz respeito ao corpo docente, era também formado por 66 762 professores, dos quais 438 ensinavam em instituições de ensino do estado, 58 em escolas da União, 62 712 nas do município e 8 933 nas da iniciativa privada.[144] O ensino médio, em 2018, era lecionado em 18 107 estabelecimentos com 311 830 discentes registrados por matrícula, atendidos por 1 051 docentes.[144][nota 2]
Em 2015, a taxa de alfabetização estadual era de 81,1%, a 2.ª mais baixa do Brasil.[145] A taxa de escolarização na faixa etária de 8 a 14 anos é de 16,9%.[146] Em 2008, 33,2% da população maranhense é de analfabetos funcionais.[147] O IDH-educação do Maranhão é o 9.º mais baixo do Brasil (0,562).[148]
As mais importantes instituições maranhenses de ensino superior são a Universidade Federal do Maranhão,[149] o Instituto Federal do Maranhão,[150] a Universidade Estadual do Maranhão,[151] a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão[152] e o Instituto Estadual do Maranhão.[153]
Apesar da tradição histórica da cultura erudita no Maranhão, representada por seus grandes intelectuais, cientistas e escritores, como Ferreira Gullar, por exemplo,[154] o estado possui, segundo dados do IDEB, o pior índice de proficiência em leitura e redação do Brasil, ao contrário do estado irmão sulista, Santa Catarina.[155]
Transportes
As estradas de rodagem, que atravessam a unidade federativa, totalizam 6 873 km, das quais 3 165 são da União, 3 708 do estado, dos municípios e transitórias.[156] As mais importantes rodovias do Maranhão constituem a São Luís-Teresina; a BR-135, que conecta a capital estadual com o povoado de Orozimbo, entre os municípios de Paraibano e Pastos Bons; a BR-226, que interliga Timon a Porto Franco, atravessando Barra do Corda; os segmentos estaduais da Belém-Brasília, que corta Imperatriz, e da Transamazônica, que atravessa a região sul do estado, saindo da cidade de Floriano, no Piauí, e alcançando Porto Franco.[92][157]
Segundo o relatório da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 58,4% das estradas de rodagem em território maranhense se encontram em estado ruim, péssimo ou regular. Segundo os dados, foram analisados cerca de 4,6 mil km de prolongamentos de vias federais e estaduais que atravessam o estado. O estudo da CNT sugere que o estado tem apenas 34,1% em bom estado e 7,5% de rodovias em ótimo. O relatório considera os estados de pavimentação, sinalização, os pontos críticos e a geometria das vias.[156]
Os 466 km de ferrovias que existem em solo maranhense integram a Ferrovia São Luís-Teresina, que atende as cidades de Rosário, Coroatá e Caxias, no Maranhão.[92][157] O trecho maranhense da Ferrovia Norte-Sul liga Açailândia a Estreito, próximo à divisa com Tocantins.[158] Em 1985, ocorreu a inauguração da Estrada de Ferro Carajás, com uma extensão de 890 km, reservada ao transporte de minério de ferro das cidades paraenses de Marabá e Parauapebas, para os portos de Itaqui e Ponta da Madeira, em São Luís.[92][157]
O mais importante aeroporto do estado constitui-se no Internacional de São Luís, mais conhecido como Marechal Cunha Machado, que põe em contato o Maranhão com o restante do Brasil e do mundo.[159][92][157]
Serviços e comunicações
No Maranhão, há diversas empresas de abastecimento de água. Em 136 dos 217 municípios maranhenses, a empresa de água e saneamento básico é a CAEMA.[160]
No que diz respeito à energia elétrica, há uma empresa em território estadual, Equatorial Energia Maranhão.[161] O estado dispõe de um sistema eficaz de abastecimento de energia, recorrendo à Subestação da Eletronorte localizada no Distrito Industrial do Município de Imperatriz, além de estar bem perto das hidrelétricas de Serra Quebrada (em projeto) e de Estreito (1 087 megawatts).[142]
O estado do Maranhão visa variar sua matriz energética e também dispõe de usinas apropriadas:[162] quatro com quantidade total de 1 428 MW, usando gás natural (Complexo Termelétrico Paraíba); duas com 330 MW, empregando óleo combustível (a Usina Termelétrica Gera Maranhão, em Miranda do Norte); uma com 360 MW, utilizando carvão mineral (Usina Termelétrica Porto do Itaqui); uma com 254 MW, aplicando biomassa (Usina Termelétrica Suzano Maranhão, que pertence à empresa Suzano Papel e Celulose); uma usina hidráulica com 1 087 MW (Usina Hidrelétrica de Estreito); e o Complexo Eólico Delta 3 com 221 MW. Hoje, o estado é mais produtor de energia que consumidor.[162]
Na atualidade, a exploração de gás na Bacia do Parnaíba pode fabricar até 8,4 milhões de m³ de gás diariamente, aproveitados pela Eneva, usados na produção de energia termelétrica, com a construção de 153 km de gasodutos, ao preço do capital de R$ 9 bilhões.[163]
A empresa de energia elétrica que compreende o Maranhão é a Equatorial Energia Maranhão[164] e o serviço de abastecimento e venda de gás canalizado no Maranhão é realizado pela Companhia Maranhense de Gás.[165]
Existem vários jornais presentes em diversos municípios do estado, por exemplo, Diário do Grajaú (Grajaú), O Progresso (Imperatriz), Jornal de Itapecuru (Itapecuru-Mirim), Portal Codó (Codó), etc.[166] Dois dos mais influentes jornais,[167] O Imparcial e o Estado do Maranhão, são os maiores jornais maranhenses.[166]
Na área televisiva, a mais antiga emissora de televisão do estado, a TV Difusora, foi fundada por uma sociedade composta por Magno Bacelar e Raimundo Bacelar, antigos proprietários da Rádio Difusora AM, em 9 de novembro de 1963.[168][169] Desde então, várias outras emissoras desenvolveram-se no estado e ganharam projeção no Brasil e nesse estado, como foi o caso do Sistema Difusora de Comunicação, Rede Mirante, Meio Norte, totalmente sediadas na região metropolitana de São Luís.[170][171][172]
Cultura
As manifestações artísticas destacadas no estado resultam das influências de brancos, indígenas e africanos que povoaram a região. Estes povos ajudaram a construir o que é conhecido como identidade cultural maranhense. As manifestações culturais e artísticas podem ser constatadas na música, no artesanato, na culinária, nas festividades religiosas populares, entre outros setores do cotidiano maranhense.[173]
O artesanato merece destaque como intensa e significativa expressão do folclore, colaborando para conferir uma característica singular do povo do Maranhão. Dentre os artigos manuais, podem ser encontrados os produtos fabricados com as fibras do buriti. Esta matéria-prima necessária é usada pelos artesãos para produzir bolsas, sandálias, chapéus, redes, etc. O estado também merece destaque pelas lindas cerâmicas, madeiras entalhadas, azulejaria, dentre outros artefatos.[173]
Os pratos mais importantes da culinária do Maranhão resultam da união da cultura da França, da Holanda, de Portugal, dos povos indígenas do Brasil e da África.[174][173] Dentre os alimentos mais famosos, podem ser destacados, além de outras comidas menos importantes. São eles: o arroz de cuxá; a peixada ao leite de coco; o sorvete de bacuri. Os refrescos e musses de cupuaçu; a caldeirada de camarão e peixe. O licor de jenipapo; os vinhos de buriti.[174][173] Os pudins e doces de buriti, bacuri, jenipapo, murici, caju, tamarindo, jaca, cupuaçu. Os frutos-do-mar como sururu, caranguejo, camarão, siri, robalo, pescada, curimbatá, tainha, surubim, mero, etc. A juçara; a panelada; a dobradinha, o sarrabulho, a carne-de-sol, mocotó, a galinha ao molho pardo, todos servidos com farinha-d'água. Bolos de tapioca e macaxeira; e o churrasco no sul do estado.[174][173] O estado é berço de seu típico refrigerante, o Guaraná Jesus, criado pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes em 1927. A bebida se caracteriza pela combinação de cravo e canela, daí a cor rosa.[175]
Acervo histórico e arquitetônico
O Maranhão abriga muitos monumentos históricos e arquitetônicos, vários deles catalogados por legislação federal. Serve como exemplo, o conjunto arquitetônico e paisagístico de Alcântara. Na capital, a Praça João Francisco Lisboa, a praça Gonçalves Dias, e o largo próximo à igreja do Desterro. Há também o retábulo do altar-mor da catedral de Nossa Senhora da Vitória. A fonte do Ribeirão; a capela de São José e o portão da quinta das Laranjeiras; e o sambaqui do Pindaí.[176]
Outros monumentos famosos são, na capital, a pedra da Memória, honra ao coroamento de Pedro II do Brasil, a pirâmide do Bequimão. Há também as casas onde residiam os literatos maranhenses Graça Aranha, Artur Azevedo e Aluísio de Azevedo, as esculturas de João Francisco Lisboa e Gonçalves Dias. Podem ser citados também o palácio dos Leões, o Centro Histórico da Praia Grande e o palácio Arquiepiscopal. Em Alcântara, além dos inúmeros sobrados coloniais de azulejos portugueses, existe a praça Gomes de Castro, o forte de São Sebastião e o Farol. Em Caxias, a antiga indústria de tecelagem, convertida em centro cultural, e as ruínas do tempo da balaiada, no morro do Alecrim.[176]
Museus, bibliotecas e turismo
São Luís comporta diversos museus. São eles: como o de Artes Visuais, com obras de pintores do Maranhão e azulejaria da Europa do século XIX. O da Cafuá das Mercês, antigo comércio de escravos. O Museu Histórico e Artístico do Maranhão; e o de Arte Sacra. Em Alcântara, existe um museu de arte sacra, com iconografia e móveis dos séculos XVIII e XIX. Há também o Museu do Folclore, com desenhos e bandeiras utilizadas na festa do Divino.[176] O estado conta com 224 bibliotecas públicas, duas das quais em São Luís.[177] Sobressaem a Biblioteca Pública Benedito Leite,[178] a da Academia Maranhense de Letras[179] e a da Faculdade de Direito da UFMA.[180][181][58]
A beleza da arquitetura colonial de São Luís e de Alcântara, os vários restaurantes típicos, as belas praias. O lindo artesanato, a diversidade de parques nacionais e estaduais e a inovadora rede hoteleira. Tudo isso contribui para transformar o Maranhão em um dos estados brasileiros que mais recebem turistas. Além disso, tanto a capital como as cidades de Alcântara e Caxias compreendem um convidativo calendário de eventos. A Festa do Divino, promovida de maio a junho em Alcântara, é conhecida no Brasil inteiro. Em junho são realizadas as festas juninas, a festa folclórica Tambor da Crioula e o bumba-meu-boi.[176]
Dança, música e teatro
A dança do lelê ou péla-porco constitui uma dança de salão de origem europeia, possivelmente francesa, apesar de possuir aspectos coreográficos da Península Ibérica. Embora seja uma dança pagã, ela pode ser apresentada em honra a determinado santo.[173]
A dança de São Gonçalo, originária de Portugal, é um bailado promovido em honra ao santo português São Gonçalo do Amarante, que vivia no século XIII. Já, a dança do coco constitui uma coreografia de roda, entoada e complementada a partir de instrumentos musicais como pandeiro, ganzás, cuícas e palmas. Nasceu no interior do Maranhão, com a música dos trabalhadores nos babaçuais.[173]
O tambor de crioula, por seu turno, representa uma manifestação artística de origem afro-brasileira que contém coreografia, canto e percussão de tambores, sendo considerado patrimônio imaterial do Brasil pela Unesco e pelo IPHAN.[173]
Já o denominado “tambor de mina” somente ocorre no ambiente religioso da umbanda. O bumba meu boi constitui um pequeno drama cuja procedência costuma ser totalmente nacional. Ela representa a época das desigualdades sociais presentes no período colonial. Sob a ótica do teatro, esse folguedo deriva da tradição da Espanha e de Portugal no que se refere ao desfile e à própria encenação. A história do auto acontece numa fazenda, possui no vaqueiro afro-descendente, em sua mulher cabocla, num homem caucasiano e no boi querido os personagens mais importantes. No Maranhão, além dos principais personagens, são adicionados os indígenas, os vaqueiros, o jovem, o padre, o doutor, o pajé, o miolo, o palhaço, o cazumbá e a burrinha.[173]
O proprietário do boi, um caucasiano, observa um afro-descendente furtar o animal, já que sua esposa Catirina, grávida, quer se alimentar da língua do boi. Encontrado o malfeitor, o dono de terra exigiu que o bandido, conduzido à sua presença, fosse preso pelos indígenas. Para trazer o boi de volta à vida, o médico é contratado, porém, o máximo que consegue é que o animal movimenta a cauda. O pajé da aldeia cumpre o dever de trazer o boi de volta à vida; em seguida disso, o afro-descendente é absolvido e o auto se encerra em uma enorme alegria.[173] O Maranhão é berço de grupos musicais como a Orquestra Sinfônica do Maranhão, de música erudita, criada em 2014,[182] e a Maranhense de Reggae, fundada em 2016,[183] além de bandas e artistas de MPB, música pop e rock como Núbia, Garatujos, Alkalines, Nathalia Ferro, O Vórtice e Paulão.[184]
Festividades tradicionais e arquitetura
O Carnaval do Maranhão é caracterizado por uma imensa diversidade cultural, que apresenta manifestações africanas e indígenas, além do desfile das escolas de samba de São José de Ribamar e de São Luís. As festas de São João do estado também movimentam enorme quantidade de visitantes, com coreografia e culinária típica. Possivelmente trazida pela imigração açoriana no século XVII, a Festa do Divino Espírito Santo é outro costume, que normalmente se manifesta como um modo de sincretismo religioso.[173]
O patrimônio arquitetônico do Maranhão distingue-se pelo seu simples, uniforme e belo conjunto de casas. Legado do período colonial, os sobrados e solares são o reflexo dessas marcas herdadas pelo apogeu econômico no qual o algodão era produzido pelos senhores de engenho. A capital São Luís possui o mais extenso conjunto arquitetônico português da América Latina, sendo considerado pela Unesco, em 1997, como Patrimônio Cultural da Humanidade.[173]
Esportes
O futebol é o esporte mais popular no estado do Maranhão, seguido por vôlei, tênis, handebol, basquete, atletismo, natação e artes marciais. Foi introduzido no início do século XX, tendo como principais equipes o Sampaio Corrêa, o Moto Club e o Maranhão, além de outros menores.[185] Já o Campeonato Maranhense, realizado anualmente desde 1918, é o principal evento de futebol no estado, organizado pela Federação Maranhense de Futebol, contando com a participação de oito equipes na primeira divisão.[185][186] Os estádios Castelão e Nhozinho Santos, em São Luís, Renê Bayma, em Codó, Correão, em Bacabal, Frei Epifânio d’Abadia, em Imperatriz, Binezão, em Santa Inês, e Rodrigão, em Santa Quitéria, são os maiores de futebol do Maranhão.[187]
O Maranhão é sede de eventos esportivos nas mais diversas modalidades, seja de importância local e até mesmo nacional, entre os quais os Jel’s, Jem’s, ParaJem’s, Jogos da Juventude, Grand Prix Escolar, todos realizados pela secretaria estadual de esporte e lazer.[188]
Dentre as principais personalidades do esporte maranhense estão: no futebol, Luís Airton Oliveira, José de Ribamar Oliveira, Françoaldo Sena de Souza, Dyanfres Douglas Chagas Matos, Kléber João Boas Pereira, Wamberto de Sousa Campos, Danilo Campos, Wanderson Campos, Elkeson de Oliveira Cardoso, Dyego Wilverson Ferreira Sousa;[189] no basquetebol, Iziane Castro Marques;[190] no handebol, Sebastião Rubens Pereira,[191] no jiu-jitsu, Zuluzinho;[192] no MMA, Rei Zulu;[192] na natação, Phillip Morrison;[193] no atletismo, Joelma Sousa[194] e José Carlos Moreira;[195] e no voleibol, Juliana Pereira de Figueiredo Gomes[196] e Roberto Lopes da Costa.[197]
Feriados
No Maranhão, há um único feriado estadual: o dia 28 de julho, data magna do estado, em homenagem à adesão da então província à independência do Brasil. Este feriado foi oficializado com o auxílio da Lei Estadual n.º 2.457, de 2 de outubro de 1964, alterada graças à Lei Estadual n.º 10.520, de 19 de outubro de 2016.[198]
Ver também
- Fórum de Governadores do Brasil Central
- Lista de municípios do Maranhão
- Governadores do Maranhão
- Meio-Norte
Notas
- ↑ O nome oficial do prédio do poder legislativo é uma homenagem ao líder da revolta contrária à Companhia de Comércio do Maranhão, falecido em 1686. Ver os tópicos Maranhão#Povos indígenas, período colonial e imperial, e História do Maranhão#Revolta de Beckman, e o artigo sobre a Revolta de Beckman.
- ↑ 1. O mesmo aluno pode ter mais de uma matrícula. 2. O mesmo professor pode atuar em mais de uma etapa e/ou modalidade de ensino.
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Ligações externas