Campeonato Brasileiro de Futebol de 1959

(Redirecionado de Taça Brasil de 1959)

O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1959, originalmente denominado Taça Brasil pela CBD, foi a segunda edição do Campeonato Brasileiro. O Bahia, após vencer o terceiro jogo da final contra o Santos, sagrou-se campeão brasileiro[1] pela primeira vez e, também, conquistou a vaga para ser o representante brasileiro na primeira competição continental sul-americana realizada pela CONMEBOL, a Copa dos Campeões da América (atual Copa Libertadores da América) de 1960.

II Campeonato Brasileiro de Futebol
Taça Brasil de 1959

Time do Bahia com a taça e as faixas de campeão brasileiro de 1959.
Dados
Participantes 16
Organização CBD
Local de disputa Brasil
Período 23 de agosto de 195929 de março de 1960
Gol(o)s 103
Partidas 36
Média 2,86 gol(o)s por partida
Campeão Bahia (1º título)
Vice-campeão Santos
Melhor marcador Léo Briglia (Bahia) – 8 gols
Maior goleada
(diferença)
Sport 6 – 0 Bahia
Ilha do RetiroRecife
30 de outubro, Segunda Fase (Zona Norte)
◄◄ 1937 1960 ►►

Esta edição contou com a participação de dezesseis campeões estaduais, sendo que os campeões do estado de São Paulo e do Distrito Federal (na época, a cidade do Rio de Janeiro) já entravam na fase final. O campeão Bahia disputou catorze partidas, com nove triunfos, dois empates e três derrotas, 25 gols a favor e 18 contra, tendo seus atacantes Léo Briglia com 8 gols sido o artilheiro da competição e Alencar o terceiro, com 6 gols. Efigênio Bahiense, o Geninho, foi o treinador durante toda a competição, mas quem dirigiu o time na final foi o argentino Carlos Volante.[2] O primeiro gol deste Brasileirão foi de Alencar, do Bahia contra o CSA. A competição teve uma média de público de 10.360 pagantes.[3]

Apesar de sua importância, e de seu vencedor ser considerado o campeão brasileiro já na época de sua disputa por alguns órgãos de imprensa,[4][1][5] somente em 2010 que o torneio foi reconhecido oficialmente pela CBF como o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1959.[6] Dessa forma, esta edição passou a ser considerada a primeira edição do Campeonato Brasileiro. Porém, em agosto de 2023, a CBF reconheceu o Torneio dos Campeões de 1937 como a primeira edição do Brasileirão.[7][8]

Assim como em 1937, o campeão amargou a maior goleada da competição; naquele campeonato, o Atlético-MG foi goleado pelo Fluminense por 6 a 0. Sofrendo este mesmo placar (6 a 0), o Bahia perdeu para o Sport, em 30 de outubro de 1959. No entanto, pelo regulamento, a diferença de gols era irrelevante, e o Bahia avançou de fase, vencendo o mesmo adversário em dois outros desafios (por 3 a 2 e por 2 a 0). Ainda, se a diferença de gols ao final de duas partidas fosse considerada, o Santos teria sido o campeão, pois venceu o Bahia por 2 a 0, e perdeu por 3 a 2. Todavia, o regulamento previa o jogo-desempate, vencido pelo Bahia. Se houvesse o critério do gol fora de casa, o Bahia teria sido eliminado na final do grupo Nordeste pelo Ceará e na semifinal pelo Vasco.

História

editar
 
Troféu do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1959

A Taça Brasil foi a segunda competição nacional de clubes de futebol do Brasil a dar ao seu vencedor o título de campeão brasileiro (já na época de sua disputa, o vencedor da Taça Brasil era considerado o campeão brasileiro).[4][5][9][10][11] Apesar do certame ter sido instituído em 1954 pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF) com a finalidade de apontar o clube campeão brasileiro da temporada, e ter seu regulamento definido no ano seguinte, a primeira edição da competição não pôde ser disputada em 1955, como o planejado, devido ao fato do calendário trienal do futebol brasileiro de 1955 a 1958 já estar aprovado e não podendo sofrer alterações por causa da Copa do Mundo de 1958. Sendo assim, ficou definido naquela época que a Taça Brasil começaria somente em 1959.[carece de fontes?] Porém, como ainda havia limitação de data, restrições econômicas e dificuldades para viagens interestaduais devido a precariedade da infraestrutura do país na época, a competição foi montada de modo mais econômico possível. Sendo assim, participavam os campeões estaduais que se enfrentavam em um grande sistema eliminatório.[4][12][11]

 
Elenco do Bahia campeão brasileiro de 1959.

A segunda edição do Campeonato Brasileiro de Futebol foi realizada em 1959 e contou com a participação de dezesseis campeões estaduais do ano anterior.[carece de fontes?] Com os clubes divididos regionalmente, paulistas e cariocas entraram apenas nas semifinais. Na decisão, em uma finalíssima histórica, o Bahia venceu o poderoso Santos de Pelé, considerado por muitos o melhor time de futebol de todos os tempos,[13] em uma série de três partidas. Consagrava-se o Bahia como o primeiro vencedor da Taça Brasil.[14][15][16] A conquista também credenciou a equipe como o primeiro representante brasileiro na Copa Libertadores da América.[carece de fontes?] Para a equipe, a conquista é tão importante que é lembrada pela presença de uma estrela, do mesmo peso da utilizada pela conquista do Campeonato Brasileiro de 1988, em seu uniforme. Lesionado, Pelé não atuou no último jogo, realizado já em 1960, no dia 29 de março, em função de uma excursão do time ao exterior.[9]

Com a conquista da Taça Brasil de 1959, o Bahia já naquela época foi considerado campeão brasileiro de clubes.[9][11][10][5] Como está confirmado em uma matéria do jornal O Globo, que em sua edição seguinte ao fim da competição destacou a conquista do Bahia da seguinte forma: "Primeiro campeão brasileiro de todos os tempos, um título único e inédito de uma importância sem igual. Uma odisseia fantástica do Esporte Clube Bahia, quase desacreditado depois da derrota em Salvador, vitorioso e inconstante no Rio de Janeiro, no templo do futebol, o Maracanã, contra o maior time do mundo."[13] Na época, o jornal Folha de S. Paulo que, também, destacou o título do Bahia, em sua edição de 30 de março de 1960, da seguinte maneira: "O EC Bahia, depois de uma campanha das mais brilhantes, sagrou-se na noite de ontem, no Maracanã, o primeiro campeão brasileiro de futebol, ao derrotar o Santos pela contagem de 3 a 1, em um resultado dos mais merecidos".[1] Além da A Gazeta Esportiva, que, assim como muitos jornais, também, tratou o Bahia como campeão brasileiro, publicando o seguinte em sua edição do dia 30 de março de 1960: "O Bahia conseguiu esta noite, no Maracanã, o título inédito no futebol brasileiro, qual seja o de campeão brasileiro por equipes, garantindo sua participação no próximo Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões. A rigor, só tivemos de bom o primeiro tempo, quando as equipes visaram a prática do futebol. No segundo período, entretanto, o juiz Frederico Lopes colocou tudo a perder, permitindo o jogo violento."[9]

As críticas à arbitragem não diminuíram a felicidade dos soteropolitanos. Foi realizada uma grande festa em Salvador, encampada politicamente pelo prefeito da cidade, Heitor Dias, que afirmava de forma entusiasmada: "Salvador hoje completa 411 anos de fundação e o melhor presente foi a grande conquista do Esporte Clube Bahia". Como uma volta ao passado, mais uma vez a Bahia rompia a hegemonia de cariocas e paulistas no cenário nacional, uma vez que o estado já havia ganho o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, em 1934.[13]

 
Léo Briglia, o artilheiro da competição.

Na conquista do primeiro Campeonato Brasileiro realizado pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), entidade máxima do futebol na época, o clube baiano disputou catorze partidas, venceu nove, empatou dois e perdeu três, marcou vinte e cinco gols e sofreu dezoito. Ademais, a equipe também fez ainda o artilheiro da competição – Léo, com oito gols.[14]

Participantes

editar
Equipe Cidade Estado Classificação
ABC Natal   RN Campeão potiguar de 1958
Atlético Mineiro Belo Horizonte   MG Campeão mineiro de 1958
Atlético Paranaense Curitiba   PR Campeão paranaense de 1958
Auto Esporte João Pessoa   PB Campeão paraibano de 1958
Bahia Salvador   BA Campeão baiano de 1958
Ceará Fortaleza   CE Campeão cearense de 1958
CSA Maceió   AL Campeão alagoano de 1958
Ferroviário São Luís   MA Campeão maranhense de 1958
Grêmio Porto Alegre   RS Campeão gaúcho de 1958
Hercílio Luz Tubarão   SC Campeão catarinense de 1958
Manufatora Niterói   RJ Campeão fluminense de 1958
Rio Branco Vitória   ES Campeão capixaba de 1958
Santos Santos   SP Campeão paulista de 1958
Sport Recife   PE Campeão pernambucano de 1958
Tuna Luso Belém   PA Campeão paraense de 1958
Vasco da Gama Rio de Janeiro   DF Campeão carioca de 1958

Regulamento

editar

A Taça Brasil de 1959 foi dividida em três fases, todas em sistema eliminatório ("mata-mata"). Na primeira fase, os clubes foram divididos em quatro grupos, Grupo Nordeste, Grupo Norte, Grupo Leste e Grupo Sul. Na segunda fase, os vencedores dos grupos Nordeste e Norte disputaram o título de campeão da Zona Norte e os dos grupos Leste e Sul o da Zona Sul. A fase final foi disputada entre os campeões das Zonas Sul e Norte e os representantes do Estado de São Paulo e Distrito Federal(na época, a cidade do Rio de Janeiro), inscritos diretamente nesta fase.

Critérios de desempate

editar

Todos os jogos da Taça Brasil de 1959 foram disputados em modo eliminatório (mata-mata) em dois jogos de ida e volta. A equipe que somar mais pontos passava para a fase seguinte. Caso nos dois jogos as equipes tivessem o mesmo número de pontos (dois empates ou uma vitória para cada lado independente do número de gols entre os jogos) era disputado um jogo extra. Nesta partida, caso persistisse o empate, o time que tivesse o maior "goal-average" (média dos gols marcados dividido pelos gols sofridos) nas três partidas da fase era o vencedor. Se mesmo assim o empate persistisse, a vaga seria decidida no cara ou coroa.

Primeira fase

editar

Grupo Nordeste

editar
  Semifinais Final
                     
 ABC 1 0 1  
 Ceará 1 0 2  
   Ceará 0 2 1
   Bahia 0 2 2
 CSA 0 0 X
 Bahia 5 2 X

Semifinais

editar
23 de agosto de 1959 ABC   1 – 1   Ceará Estádio Juvenal Lamartine, Natal

Jorginho   27'   90' Claudinho Árbitro:   José Augusto Machado
Auxiliares: Jader Correia da Costa e Luiz Meirelles
  • ABC: Ribamar; Piaba e Calado; Cadinha, Gonzaga e Biró; Mota, Jorginho, Paulo Isidro, Cileno e Jacaré. Técnico: Edésio Leitão.
  • Ceará: Harry Carrey; William e Alexandre; Claudio, Claudinho e Carneiro; Nenem, Carlito, Valter Vieira, Zeca e Gilberto.


23 de agosto de 1959 CSA   0 – 5   Bahia Estádio do Mutange, Maceió

  14',   65',   77' Alencar
  36' Carioca
  73' Léo
Árbitro:   Cláudio Regis


30 de agosto de 1959 Ceará   0 – 0   ABC Estádio Presidente Vargas, Fortaleza

Árbitro:   José Nogueira Filho
Auxiliares: Raimundo Rola e Waldzar Reis
  • Ceará: Harry Carrey; William e Alexandre; Claudio, Claudinho e Carneiro; Nenem, Carlito, Doca, Valter Vieira e Gilberto.
  • ABC: Ribamar; Piaba e Calado; Cadinha, Gonzaga e Biró; Mota, Jorginho, Paulo Isidro, Cileno e Jacaré. Técnico: Edésio Leitão.


30 de agosto de 1959 Bahia   2 – 0   CSA Estádio da Fonte Nova, Salvador

Marito   28'
Léo   86'
Árbitro:   José Cavalcanti de Brito


Jogo extra:

1º de setembro de 1959 Ceará   2 – 1   ABC Estádio Presidente Vargas, Fortaleza

Claudinho   55'
Doca   91'
  23' Tiquinho Árbitro:   José Nogueira Filho
Auxiliares: José Costa Filho e Raimundo Rola
  • Ceará: Harry Carrey; William e Alexandre; Claudio, Claudinho e Carneiro; Nenem, Zeca (Carlito), Doca, Valter Vieira e Gilberto.
  • ABC: Ribamar; Piaba e Calado; Cadinha, Gonzaga e Biró; Mota, Jorginho, Tiquinho, Cileno e Jacaré. Técnico: Edésio Leitão.
20 de setembro de 1959 Ceará   0 – 0   Bahia Estádio Presidente Vargas, Fortaleza

Árbitro:   Cláudio Regis


27 de setembro de 1959 Bahia   2 – 2   Ceará Estádio da Fonte Nova, Salvador

Claudinho   13'
Léo   25'
  35' Nenem
  49' Valter Vieira
Público: 11,000
Árbitro: Valdemar Reis

Jogo extra:

29 de setembro de 1959 Bahia   2 – 1   Ceará Estádio da Fonte Nova, Salvador

Biriba   38'
Léo (prorr.)   90 27'
  44' Doca Público: 8,500
Árbitro:   José Monteiro Alencar

Grupo Norte

editar
  Semifinais Final
                     
 Ferroviário 1 3 0  
 Tuna Luso 3 1 1  
   Sport 2 3 X
   Tuna Luso 2 1 X
 Auto Esporte 0 2 X
 Sport 3 5 X

Semifinais

editar
23 de agosto de 1959 Ferroviário   1 – 3   Tuna Luso Estádio Nhozinho Santos, São Luís

Nabor   15'   49',   64' Chininha
  90' China
Renda: Cr$ 104.750,00
Árbitro:  PE Argemiro Félix de Sena
  • Ferroviário: Lessa; Esmagado e Mila; Vicente, Santos e Decadela; Pitú (Rui), Hamilton, Nabor, Laxinha e Negão. Técnico: José Gonçalves da Silva.
  • Tuna Luso: Espanhol; Pinheiro e Nonato; Sátiro, Acapu (Edílson) e Iran; Juvenil, China, Estanislau, Chininha e Índio. Técnico: Miguel Cecim.


23 de agosto de 1959 Auto Esporte   0 – 3   Sport Estádio Olímpico, João Pessoa

  15',   52' Bentancor
  64' Osvaldo
Árbitro:   Alfredo Bernardes Torres


30 de agosto de 1959 Tuna Luso   1 – 3   Ferroviário Estádio do Souza, Belém

Edílson   81'   12' Laxinha
  26' Hamilton
  62' Nabor
Árbitro:   Argemiro Félix de Sena
  • Tuna Luso: Espanhol; Pinheiro e Nonato; Sátiro, Edílson e Iran; Juvenil (Acapu), China, Estanislau, Chininha e Índio. Técnico: Miguel Cecim.
  • Ferroviário: Walter Penha; Esmagado e Mila; Ribeiro, Decadela e Negão (Rui); Pitú, Hamilton, Nabor e Laxinha e Neto. Técnico: José Gonçalves da Silva.


30 de agosto de 1959 Sport   5 – 2   Auto Esporte Estádio da Ilha do Retiro, Recife

  17',  
Américo   31'
Zé Maria   49'
Bentancor  
  55' Chiclete
  Macau
Árbitro:   Hélio dos Santos

Jogo extra:

1º de setembro de 1959 Tuna Luso   1 – 0   Ferroviário Estádio do Souza, Belém

Chininha   34' Árbitro:   Argemiro Félix de Sena
  • Tuna Luso: Sarará; Pinheiro e Nonato; Sátiro, Acapu e Iran; Estanislau, Índio, Edílson, Chininha e Juvenil. Técnico: Miguel Cecim.
  • Ferroviário: Walter Penha; Esmagado, Decadela e Mila; Ribeiro (Rui) e Negão; Pitú, Hamílton, Nabor e Laxinha e Neto. Técnico: José Gonçalves da Silva.
24 de setembro de 1959 Sport   2 – 2   Tuna Luso Estádio da Ilha do Retiro, Recife

Traçaia  
 
 ,   Edílson Árbitro:   Alfredo Bernardes Torres
Auxiliares: Anísio Morgado e José Teixeira


27 de setembro de 1959 Tuna Luso   1 – 3   Sport Estádio do Souza, Belém

Estanislau     pen' Djalma Freitas
 
  Bentancor
Árbitro:   Orlando Carvalho Pinto

Grupo Sul

editar
  Semifinais Final
                     
 Campeão Gaúcho  
 1958  
   Grêmio 1 1 X
   Atlético-PR 0 0 X
 Hercílio Luz 1 0 X
 Atlético-PR 2 1 X

Semifinal

editar
23 de agosto de 1959 Hercílio Luz   1 – 2   Atlético Paranaense Estádio Aníbal Costa, Tubarão

Luizinho   74' Relatório   9' Tião
  23' Gaivota
Árbitro:   Julio Salsamendi
Auxiliares: Gerson Demaria e Euclides Pereira
  • Hercílio Luz: Pipa; Adir e Rato; Ernesto, Parafuso e Ernani; Galego, Camanga, Luizinho, Vitoldo e Gonzaga.
  • Atlético Paranaense: William; Lindomar e Borracha; Belfare, Tocafundo e Sano; Isabelino, Gaivota, Taíco, Jerônimo e Tião. Técnico: Motorzinho.


30 de agosto de 1959 Atlético Paranaense   1 – 0   Hercílio Luz Estádio Joaquim Américo, Curitiba

Péricles   44' Árbitro:   Lázaro Bartolomeu
  • Atlético Paranaense: William; Lindomar e Borracha; Belfare, Tocafundo e Sano; Péricles, Gaivota, Orlei (Isabelino), Jerônimo e Tião. Técnico: Motorzinho.
  • Hercílio Luz: Pipa; Adir e Rato; Ernesto, Parafuso e Ernani; Galego, Camanga, Luizinho, Vitoldo e Gonzaga.
13 de setembro de 1959 Grêmio   1 – 0   Atlético Paranaense Estádio Olímpico, Porto Alegre

Juarez   53' Árbitro:   Julio Salsamendi
Auxiliares: Guilherme Sroka e Flávio Cavedini


27 de setembro de 1959 Atlético Paranaense   0 – 1   Grêmio Estádio Durival de Britto, Curitiba

  62' Gessy Árbitro:   Aparício Viana e Silva
Auxiliares: Julio Salsamendi e Tuffy Isfer

Grupo Leste

editar
  Semifinais Final
                     
 Rio Branco 3 1 X  
 Manufatora 0 0 X  
   Rio Branco 2 1 X
   Atlético Mineiro 2 2 X
 Campeão Mineiro
 1958

Semifinal

editar
23 de agosto de 1959 Rio Branco   3 – 0   Manufatora Estádio Governador Bley, Vitória

Daniel   28'
Roberto   60'
Nanau   82'
Árbitro:   José Macedo Gomes
  • Rio Branco: Irezê; Monte e Hélio; Fontana, Rafael e Foca; Ênio, Nanau, Adilson, Marcelo e Roberto. Técnico: Mossoró.
  • Manufatora: Serrano; Almir e Daniel; Jura, Elias e Bolero; Jorginho, Juca, Mazzola, Antoninho e Cicica.


30 de agosto de 1959 Manufatora   0 – 1   Rio Branco Estádio Caio Martins, Niterói

  88' (pen) Nanau Árbitro:   Erli Silva
  • Manufatora: Serrano; Almir e Daniel; Jura, Elias e Bolero; Jorginho, Juca, Mazzola, Antoninho e Cicica.
  • Rio Branco: Irezê; Monte e Hélio; Fontana, Rafael e Foca; Ênio, Nanau, Adilson, Marcelo e Roberto. Técnico: Mossoró.
13 de setembro de 1959 Rio Branco   2 – 2   Atlético Mineiro Estádio Governador Bley, Vitória

Adilson   55'
Foca   80'
  2',   36' Luiz Carlos Árbitro:   José Maria Gomes


20 de setembro de 1959 Atlético Mineiro   2 – 1   Rio Branco Estádio Independência, Belo Horizonte

Maurício   51' (pen),   88'   67' Alcenir Árbitro:   Alberto da Gama Malcher

Segunda fase

editar
Fase Regional Semi-finai Final
        
                                     
   Bahia 3 0 2*  
   Sport 2 6 0  
     Bahia 1 1 1*  
    Vasco da Gama 0 2 0  
 Campeão Carioca
 de 1958  
     Bahia 3 0 3*
     Santos 2 2 1
   Atlético Mineiro 1 0 X  
   Grêmio 4 1 X  
     Grêmio 1 0 X
     Santos 4 0 X
 Campeão Paulista
 de 1958
  • O terceiro placar equivale ao Jogo extra.

Zona Norte (Taça Norte)

editar
Final
27 de outubro de 1959 Bahia   3 – 2   Sport Estádio da Fonte Nova, Salvador

Marito   18'
Biriba   26'
Ari   35'
  14' Osvaldo
  42' Traçaia
Árbitro:   Willer Costa


30 de outubro de 1959 Sport   6 – 0   Bahia Estádio da Ilha do Retiro, Recife

Osvaldo   18',   34',   64'
Traçaia   59'
Bentancor   81'
  83'
Árbitro:   José Cavalcanti de Brito
Auxiliares: José Teixeira e Evandro Ferreira

Jogo extra:

3 de novembro de 1959 Sport   0 – 2   Bahia Estádio da Ilha do Retiro, Recife

  20' Biriba
  51' Léo
Árbitro:   Willer Costa

Zona Sul

editar
Final
18 de outubro de 1959 Atlético Mineiro   1 – 4   Grêmio Estádio Independência, Belo Horizonte

Alvinho   13' (pen)   69' Gessy
  18' Benito
  55' Milton Kuelle
  77' Juarez
Árbitro:   Arthur Vilarinho


25 de outubro de 1959 Grêmio   1 – 0   Atlético Mineiro Estádio Olímpico, Porto Alegre

Gessy   89' Árbitro:   Francisco Trindade
Auxiliares: Flávio Cavedini e Guilherme Sroka

Fase final

editar

Semifinais

editar
17 de novembro de 1959 Santos   4 – 1   Grêmio Estádio da Vila Belmiro, Santos

Jair Rosa Pinto   25',   31'
Coutinho   82'
Urubatão   89'
  60' Gessy Público: 18,000
Árbitro:   Alberto da Gama Malcher


19 de novembro de 1959 Vasco da Gama   0 – 1   Bahia Estádio Maracanã, Rio de Janeiro

  53' Alencar Árbitro:   Clinamulte Vieira França


24 de novembro de 1959 Bahia   1 – 2   Vasco da Gama Estádio da Fonte Nova, Salvador

Ari   78'   60' Roberto Pinto
  79' Delém
Público: 40,000
Árbitro:   Antonio Viug


25 de novembro de 1959 Grêmio   0 – 0   Santos Estádio Olímpico, Porto Alegre

Árbitro:   Cláudio Magalhães
Auxiliares: Flávio Cavedini e Jorge Piveta

Jogo extra:

26 de novembro de 1959 Bahia   1 – 0   Vasco da Gama Estádio da Fonte Nova, Salvador

Léo   48' Público: 25,000
Árbitro:   Francisco Moreno
Auxiliares: José Gomes Sobrinho e Antônio Musitano
10 de dezembro de 1959 Santos   2 – 3   Bahia Estádio da Vila Belmiro, Santos

Pelé   15'
Pepe   77' (pen)
  26' Biriba
  57',   89' Alencar
Público: 23,000
Árbitro:   Alberto da Gama Malcher
Santos
Bahia
SANTOS:
G   Manga
LD   Getúlio
Z   Urubatão
Z   Formiga
LE   Dalmo
V   Zito
V   Jair Rosa Pinto
M   Dorval
M   Coutinho
A   Pelé
A   Pepe
Treinador:
  Lula
BAHIA:
G   Nadinho
LD   Leone
Z   Henrique
Z   Beto  
LE   Vicente
V   Flávio
V   Bombeiro
M   Marito
M   Alencar
A   Léo
A   Biriba
Treinador:
  Geninho


30 de dezembro de 1959 Bahia   0 – 2   Santos Estádio da Fonte Nova, Salvador

  7' Coutinho
  28' Pelé
Público: 40,000
Árbitro:   José Monteiro Alencar
Bahia
Santos
BAHIA:
G   Nadinho
LD   Leone
Z   Henrique
Z   Beto  
LE   Vicente
V   Flávio
V   Bombeiro
M   Marito
M   Alencar
A   Léo
A   Biriba
Treinador:
  Geninho
SANTOS:
G   Laércio
LD   Feijó
Z   Getúlio
Z   Formiga
LE   Dalmo
V   Zito
V   Urubatão
M   Dorval
M   Coutinho
A   Pelé
A   Pepe
Treinador:
  Lula
Jogo extra
29 de março de 1960 Bahia   3 – 1   Santos Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro

Vicente   37'
Léo   46'
Alencar   76'
Relatório   27' Coutinho Público: 20,000 pagantes
Árbitro:   Frederico Lopes
Auxiliares: Wilson Lopes de Souza e Ailton Vieira de Moraes.
Bahia
Santos
BAHIA:
G   Nadinho
LD   Nenzinho
Z   Henrique
Z   Beto  
LE   Vicente    
V   Flávio
V   Mário
M   Marito
M   Alencar
A   Léo
A   Biriba
Treinador:
  Carlos Volante
SANTOS:
G   Lalá
LD   Getúlio    
Z   Mauro
Z   Formiga    
LE   Zé Carlos
V   Zito
V   Mário
M   Dorval    
M   Pagão   a'
A   Coutinho    
A   Pepe
Substituição:
A   Tite   a'
Treinador:
  Lula

Premiação

editar
Campeonato Brasileiro de 1959
 
Esporte Clube Bahia
(1º título)

Classificação final

editar
Pos Equipes Pts J V E D GP GC SG Classificação geral
1   Bahia 20 14 9 2 3 25 18 7 Campeão e classificado à Libertadores de 1960
2   Santos 5 5 2 1 2 9 7 2 Vice campeão
3   Grêmio 9 6 4 1 1 8 5 3 Semifinalistas
4   Vasco da Gama 2 3 1 0 2 2 3 -1
5   Sport 9 7 4 1 2 21 10 11 Eliminados na 2ª Fase
6   Atlético Mineiro 3 4 1 1 2 5 8 -3
7   Ceará 6 6 1 4 1 6 6 0 Finalistas da 1ª Fase
8   Rio Branco-ES 5 4 2 1 1 7 4 3
9   Tuna Luso 5 5 2 1 2 8 9 -1
10   Athletico Paranaense 4 4 2 0 2 3 3 0
11   Ferroviário-MA 2 3 1 0 2 4 5 -1 Semifinalistas da 1ª Fase
12   ABC 2 3 0 2 1 2 3 -1
13   Hercílio Luz 0 2 0 0 2 1 3 -2
14   Manufatora 0 2 0 0 2 0 4 -4
15   Auto Esporte-PB 0 2 0 0 2 2 8 -6
16   CSA 0 2 0 0 2 0 7 -7

Principais artilheiros

editar
  1. Léo Briglia (Bahia): 8 gols[17]
  2. Betancourt (Sport): 7 gols
  3. Alencar (Bahia): 6 gols

Ver também

editar

Ligação externa

editar

Esquadrão Imortal - Bahia 1959-1962.

Bibliografia

editar
Livro 59 é nosso! E.C. BAHIA: Campeão primaz do Brasil, por Alexandre Teixeira (2016).[18]
Livro Heróis de 59 - A História do primeiro título brasileiro conquistado pelo Esporte Clube Bahia, por Antônio Matos (2019).[19]

Referências

  1. a b c «Folha de S.Paulo - Todas as edições». Acervo Folha. Consultado em 16 de junho de 2016 
  2. Site oficial do ESPORTE CLUBE BAHIA, Especial 1959 - página disponível em 30 de outubro de 2016
  3. «O primeiro campeão do Brasil/Mas o que era a Taça Brasil?». Site UOL. Consultado em 29 de outubro de 2020 
  4. a b c «Antes do Big Bang». Revista Trivela. Consultado em 11 de fevereiro de 2016 
  5. a b c «Europa também chamava o vencedor da Taça brasil de campeão brasileiro». Odir Cunha. Consultado em 15 de fevereiro de 2016 
  6. «CBF oficializa títulos nacionais de 1959 a 70 com homenagem a Pelé». Globo Esporte. Consultado em 8 de novembro de 2016 
  7. «CBF reconhece título de campeão brasileiro do Atlético Mineiro em 1937». CBF. 26 de agosto de 2023. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  8. «Veja o documento que oficializou o Atlético-MG como campeão brasileiro de 1937». CNN. 25 de agosto de 2023. Consultado em 14 de setembro de 2023 
  9. a b c d «Confira detalhes do título do Bahia na Taça Brasil de 1959». Portal Terra. Consultado em 11 de fevereiro de 2016 
  10. a b «Livreto com resumo do Dossiê sobre a unificação dos títulos brasileiros» (PDF). Canelada. Consultado em 11 de fevereiro de 2016 
  11. a b c «O primeiro campeonato nacional». Consultado em 11 de fevereiro de 2016 
  12. «Historiador critica comparações de Copa do Brasil com Taça Brasil». Esportes.terra. Consultado em 11 de fevereiro de 2016 
  13. a b c «Futebol e política: a criação do Campeonato Nacional de Clubes de Futebol» (PDF). Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 16 de março de 2016 
  14. a b «Bahia – Primeiro Campeão Nacional – 1959». Canelada. Consultado em 11 de fevereiro de 2016 
  15. «Há 50 anos, a imprensa saudava o primeiro campeão brasileiro». Odir Cunha. Consultado em 15 de fevereiro de 2016 
  16. «Há 55 anos, o Bahia, treinado por um argentino, era o 1º campeão brasileiro». Futebol Portenho. Consultado em 15 de fevereiro de 2016 
  17. Almanaque do Brasileirão 1959-2015, Editora ALTO ASTRAL, página 6.
  18. LIVRARIA DA TRAVESSA - Sinopse, Editora Maquinária, página disponível em 20 de julho de 2016
  19. “Heróis de 59” homenageia o Bahia e resgata momento histórico do futebol brasileiro, GUEDES, Joseanne - Associação Bahiana de Imprensa, página disponível em 12 de junho de 2019.

Ligações externas

editar