Sauna gay é um espaço comercial de banho público que propicia encontros sexuais casuais, frequentemente anônimos, entre homens que fazem sexo com outros homens, embora não necessariamente restrito a pessoas gays e à prática de atividades sexuais. O local também pode ser frequentado por pessoas que buscam socializar ou praticar o voyeurismo.

Sauna gay nos EUA.
Piscina na Central Bathhouse Vienna, 1889

A ocorrência de atividade sexual humana em casas de banho público data desde Grécia e Roma Antiga até a contemporaneidade.[1] Historicamente, o preconceito social contra a homossexualidade fez com que pessoas gays limitassem sua expressão sexual a encontros furtivos em espaços como as saunas gays e banheiros públicos. Ao longo das décadas de 1950, 1960 e 1970, com o ressurgimento deste tipo de casas de banho, as saunas gays eram consideradas espaços seguros para pessoas não-heterossexuais.[2] Na década de 1970, foram marcadamente locais de risco para a contração do vírus HIV.[3]

Apesar de raras, existem saunas lésbicas e queer.[4]

Diferentemente de prostíbulos, clientes das saunas gays pagam apenas para o uso do espaço. A atividade sexual, quando e se ocorre, não é provida pelo estabelecimento, é estabelecida entre clientes. Muitas casas de banho gay, por questões legais, proíbem ou desencorajam a prostituição dentro de seus recintos.[5]

Espaços da sauna gay

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Albrecht Dürer, The Men's Bath, c. 1496-1497

O tamanho do estabelecimento pode variar e ter diversos tipos de equipamentos e salas para diferentes atividades. Todos tem pelo menos uma sala para sauna, a maioria tem uma sauna seca e outra a vapor, com um vestiário para guardar a roupa e chuveiros múltiplos. Além desse setor que forma a parte da sauna propriamente dita, saunas gays vão possuir cabines privativas para encontros mais particulares, e geralmente um bar, uma sala de vídeos eróticos e uma sala escura, para encontro absolutamente anônimos. Os frequentadores são popularmente conhecidos no Brasil como sauneiros.[carece de fontes?]

Comportamento e perigo

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No passado e ainda hoje, saunas gays eram espaços importantes e únicos para socialização de homens gays e bissexuais, além de seu carácter sexual. Na sociedade fechada e pouco receptiva atual, elas ainda são extremamente populares como meio para se conseguir sexo num ambiente amigável e seguro. Porém o sexo nas saunas é anónimo e com multiplicidade de parceiros, se caracterizando como de alto risco e de fácil proliferação de ISTs. Com vista a evitar a propagação de infecções como o VIH, muitas saunas gays

 
Domenico Cresti, Bathers at San Niccolò, 1600

disponibilizam preservativos (gratuitos ou pagos) para os seus utilizadores.[carece de fontes?]

Ver também

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Referências

  1. Fontanella, Lee; Bahri, Hamid; Prior, Jason (2007). «Baths, Public». In: Douglas, Fedwa Malti-Douglas. Encyclopedia of Sex and Gender. 1. Farmington Hills, Michigan: Thomson Gale. p. 117-121. ISBN 978-0-02-865961-9. LCCN 2007020796. OCLC 894526708 
  2. Bérubé, Allan (4 de agosto de 2003). «The History of Gay Bathhouses». Journal of Homosexuality (3-4): 33–53. ISSN 0091-8369. PMID 12962177. doi:10.1300/J082v44n03_03. Consultado em 30 de junho de 2021 
  3. «Encyclopedia of AIDS | Taylor & Francis Group». Taylor & Francis (em inglês). doi:10.4324/9780203305492. Consultado em 30 de junho de 2021 
  4. Hammers, Corie J. (outubro de 2008). «Making Space for an Agentic Sexuality? The Examination of a Lesbian/Queer Bathhouse». Sexualities (em inglês) (5): 547–572. ISSN 1363-4607. doi:10.1177/1363460708094267. Consultado em 30 de junho de 2021 
  5. Prior, J., & Crofts, P. (2011). Queerying urban governance: the emergence of sex industry premises into the planned city. Queerying planning: Challenging heteronormative assumptions and reframing planning practice, 185-208.