O nome de batismo (português brasileiro) ou baptismo (português europeu) ou nome ao nascimento é o nome que um indivíduo recebe de seus pais ao nascer, seguindo uma norma social universal.[1] O termo pode ser aplicado ao sobrenome, ao nome próprio ou ao nome completo. Quando os nascimentos devem ser registrados oficialmente, o nome completo inserido em uma certidão de nascimento ou registro de nascimento pode, por si só, tornar-se o nome legal da pessoa. Geralmente consiste em várias partes - nome, patronímico, sobrenome ou apelido.[2]

O jovem Imperador Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga.

A suposição no mundo ocidental é frequentemente que o nome desde o nascimento (ou talvez desde o batismo ou brit milá) persistirá até a idade adulta no curso normal das coisas - seja por toda a vida ou até o casamento. Possíveis mudanças no nome de uma pessoa incluem nomes do meio, formas diminutivas, mudanças relacionadas ao status parental (devido ao divórcio dos pais ou adoção por pais diferentes). O nome de nascimento distingue o indivíduo dos familiares circundantes (pai ou mãe), bem como na comunicação informal e na vida quotidiana.

Outro determinante comum do desuso do nome de batismo é a adoção de uma alcunha (também chamada epíteto ou apelido), que passa a designar uma pessoa e torna-se mais relevante que seu nome ao nascer, como o ex-futebolista Pelé, cujo nome de batismo é "Edson Arantes do Nascimento".

Nomes de solteira e casada

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Os termos em francês née e (/n/; francês: [ne], "nascido[a]") denotam um sobrenome original no nascimento.[3] O termo née, tendo gênero gramatical feminino (adição do segundo "e"), pode ser usado para denotar o sobrenome de nascimento de uma mulher que foi substituído ou alterado. É aplicado mais especificamente ao nome de solteira de uma mulher depois que seu sobrenome mudou devido ao casamento.[4]

O termo , tendo gênero gramatical masculino, pode ser usado para denotar o sobrenome de nascimento de um homem que foi posteriormente substituído ou alterado.[5] Os sinais diacríticos (o acento agudo) são considerados significativos para sua ortografia e, em última análise, para seu significado, mas às vezes são omitidos em inglês.[5]

De acordo com o Dictionary of Modern English Usage da Universidade de Oxford, os termos são normalmente colocados após o sobrenome atual (por exemplo, "Margaret Thatcher, née Roberts" ou "Bill Clinton, née Blythe").[5][6] Como são termos adotados de uma língua estrangeira (o francês), não precisam estar em itálico, mas geralmente estão.[6]

Na tradição polonesa, o termo de domo (que significa literalmente "da casa" em latim) pode ser usado, com raras exceções, significando o mesmo que née. Em contextos históricos, "de domo" pode se referir a um clã heráldico polonês, por exemplo "Paulo de Glownia nobilis de domo Godzamba" (família nobre de Paulo de Glownia, brasão de armas de Godziemba).

Mundo de língua portuguesa

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 Ver artigo principal: Sobrenome

Em geral, as tradições seguidas em países como Brasil, Portugal e Angola são quase semelhantes aos de Espanha.[carece de fontes?] Na tradição espanhola, normalmente o sobrenome do pai vem em primeiro lugar, seguido do sobrenome da mãe, enquanto que em países de língua portuguesa o nome do pai vem por último. A partir do final do século XIX, e por influência da burguesia francesa, que as mulheres de nações lusófonas passaram a adotar o sobrenome do marido, sem no entanto perderem os seus próprios de solteira (no caso das mulheres portuguesas). Há uma tendência crescente de mulheres mantendo os nomes de seu nascimento; com alguns poucos casos de ambos os nomes serem adotados como sobrenome.[7] Segundo uma reportagem da Veja São Paulo, o número de moças que escolheram não alterar seu nome de batismo atingiu o ápice no ano de 2017, com um total de 18.000.[7] O número de esposas não adotando o sobrenome do marido representaria quase um terço das casadas em 2017. O movimento foi visto como um rompimento com o "patriarcalismo" e uma ascensão feminina.[7]

Referências

  1. Aulete, Caldas; Geiger, Paulo (2011). «Nome». Novíssimo Aulete: dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Col: Obras de referência. Rio de Janeiro: Lexikon. p. 973. ISBN 978-85-86368-75-2. 1. Prenome: Meu nome é Francisco. 2. Sobrenome: Ao casar, tomou o nome do marido. ~ Civil: O nome de uma pessoa como registrado no registro civil. ~ De batismo: Para os cristãos, nome dado a uma criança no batismo. ~ De família: Nome que ger. se segue ao nome próprio de uma pessoa, e que identifica a família a que pertence (ger. a do pai, podendo ser antecedido do da mãe); patronímico; sobrenome. 
  2. Aulete, Caldas; Geiger, Paulo (2011). «Patronímico». Novíssimo Aulete: dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Col: Obras de referência. Rio de Janeiro: Lexikon. p. 1038. ISBN 978-85-86368-75-2. 1. Formado a partir do nome do pai. 2. Ling. Que indica filiação (sufixo patronímico) 3. Sobrenome formado a partir do nome do pai. 4. Ling. Designação genérica com que são classificados os nomes próprios formados a partir de outros e que indicam a origem paterna ou a linhagem [F.: Do gr. patronymkós.] 
  3. Waddingham, Anne (2014). New Hart's Rules: The Oxford Style Guide (em inglês) 2ª ed. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-957002-7 
  4. «Definition of née in English» (em inglês). Consultado em 27 de maio de 2023. Arquivado do original em 13 de janeiro de 2014 
  5. a b c Butterfield, Jeremy (2016). Fowler's Concise Dictionary of Modern English Usage (em inglês). Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-106230-8 
  6. a b Garner, Bryan (2016). Garner's Modern English Usage (em inglês). Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-049150-5 
  7. a b c Farias, Adriana (23 de março de 2018). «Cresce número de casadas que rejeitam o sobrenome do parceiro». VEJA SÃO PAULO. Consultado em 6 de agosto de 2019