Nicolas Loufrani (nascido a 17 de dezembro de 1971 em Neuilly-sur-Seine, na França) é o CEO da The Smiley Company, proprietária da marca comercial e dos direitos de autor do nome e rosto Smiley em mais de 100 países.[1]

The Smiley Company

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Nicolas Loufrani

Em Londres, em 1996, Nicolas Loufrani e o seu pai, Franklin Loufrani, um jornalista francês, iniciaram a empresa de licenciamento Smiley,[2] readquirindo todos os direitos de marcas registadas pré-existentes que Franklin Loufrani tinha mantido sobre o logótipo Smiley desde 1971.[3]

Crescimento da marca Smiley

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Nicolas Loufrani expandiu o registo do nome da marca e começou a associar mais o logótipo ao nome, criando uma nova identidade da marca para etiquetas, embalagens, catálogos e outros artigos semelhantes. Criou igualmente uma representação mundial e prestou apoio a todos os parceiros de licenciamento através de uma estratégia de marca abrangentePredefinição:Peacock term. O objetivo era equiparar o logótipo a outros símbolos icónicos como o "swoosh" da Nike ou o crocodilo da Lacoste[4].

Emoticons gráficos

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Em 1997, Nicolas Loufrani [5] apercebeu-se da crescente utilização de emoticons de texto ASCII na tecnologia móvel e começou a fazer experiências com rostos Smiley animados,[6] com o objetivo de criar ícones coloridos que correspondessem aos emoticons ASCII já existentes, feitos com simples sinais de pontuação, aperfeiçoando-os para uma utilização mais interativa nas plataformas digitais. A partir destes, Loufrani compilou um Dicionário Emoticon online [7] que foi ordenado por categorias: clássicos, expressões de estados de espírito, bandeiras, festividades, diversão, desportos, meteorologia, animais, comida, países, profissões, planetas, zodíaco e bebés. Esses ícones foram registados pela primeira vez em 1997 no The United States Copyright Office e foram posteriormente publicados como ficheiros .gif na Internet em 1998, tornado-se nos primeiros emoticons gráficos de sempre a serem utilizados nas plataformas tecnológicas.[8]

Em 2000, o Diretório de Emoticons criado por Loufrani foi disponibilizado na Internet para os utilizadores poderem transferi-los para os telemóveis através do site smileydictionary.com que incluía mais de 1000 emoticons gráficos do smiley e as respetivas versões ASCII. Esse mesmo diretório foi depois publicado, em 2002, num livro da editora Marabout intitulado Dico Smileys.[9]

Em 2001, a The Smiley Company começou a licenciar os direitos dos emoticons gráficos de Loufrani para utilização em transferências para telemóveis por várias empresas de telecomunicações, incluindo a Nokia, a Motorola, a Samsung, a SFR (Vodafone) e a Sky Telemedia.

Litígio com a Wal-Mart

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Em 2001, a The Smiley Company envolveu-se num longo litígio jurídico, nos Estados Unidos, com a marca de supermercados Wal-Mart, que alegava ser a proprietária dos direitos da marca figurativa original.[3] Esse conflito não envolveu qualquer divergência sobre o proprietário dos direitos dos ícones criados por Nicolas Loufrani ou do nome de marca Smiley.[10] Ambas as partes viriam a chegar a um acordo em 2010, cujos termos não foram publicamente divulgados, perante um tribunal federal em Chicago.

A combinação do trabalho previamente desenvolvido pela empresa e da notoriedade gerada pelo processo resultaram num forte reconhecimento do logótipo Smiley com o licenciamento a novos parceiros para utilização em produtos como vestuário, perfumes, peluches, artigos de papelaria e a realização de campanhas promocionais.[11]

SmileyWorld Association

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Em 2005, a família Loufrani fundou uma instituição de solidariedade social, a The SmileyWorld Association (SWA).[12] Em seguida, Nicolas Loufrani tomou a decisão de comercializar produtos éticos, utilizando algodão biológico proveniente de comércio justo no vestuário[13] e fazendo reverter parte dos lucros da empresa para a SmileyWorld Association.[14]

Parcerias e lojas conceptuais

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Nicolas Loufrani desenvolveu parcerias com designers conceituados, como Tommy Hilfiger, Ora Ito,[15] e Jean Charles de Castelbajac,[16] e o "Smiley" começou a aparecer em lojas conceptuais como a Colette em Paris, a Fred Segal em Los Angeles, a Henry Bendel em Nova Iorque e a Stierblut em Munique.[17]

Em dezembro de 2011, abriu a primeira loja conceptual Smiley em Londres.[18]

Classificação financeira

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A The Smiley Company é uma das 100 maiores empresas de licenciamento do mundo, com um volume de negócios de 167 milhões de dólares americanos em 2012.[19]

Referências

  1. http://www.capital.fr/enquetes/hommes-et-affaires/ses-petits-smiley-lui-rapportent-de-plus-en-plus-gros-423154
  2. http://www.forbes.com/2006/05/08/walmart-smiley-trademark-cx_po_0508autofacescan08.html
  3. a b http://www.nytimes.com/2006/07/05/business/worldbusiness/05smiley.html?_r=1&pagewanted=all
  4. http://www.challenges.fr/magazine/encouverture/0220.031554/riches_par_le_plus_heureux_des_hasards.html[ligação inativa]
  5. http://www.lefigaro.fr/societes/2010/01/05/04015-20100105ARTFIG00704-smiley-ou-l-histoire-d-une-opa-sur-un-sourire-.php
  6. http://www.licensing.biz/big-interviews/read/the-big-interview-nicolas-loufrani-ceo-smiley/042070
  7. https://books.google.co.uk/books?id=XRbdAgAAQBAJ&pg=PT74&lpg=PT74&dq=nicolas loufrani emoticons&source=bl&ots=YjWhF0_56x&sig=t2wxDqsmOTIzwqa7Ny47xRG2U84&hl=en&sa=X&ei=dd2cVaXkL4PWU72buagL&ved=0CGAQ6AEwDA#v=onepage&q=nicolas loufrani emoticons&f=false
  8. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de novembro de 2015. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
  9. http://www.amazon.ca/DICO-SMILEYS-VIRGA/dp/2501037537
  10. http://www.liberation.fr/economie/010147962-fini-de-sourire
  11. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de novembro de 2015. Arquivado do original em 29 de fevereiro de 2012 
  12. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de novembro de 2015. Arquivado do original em 17 de março de 2012 
  13. http://www.berlinfashion.tv/_video_/interview-nicolas-loufrani/
  14. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de novembro de 2015. Arquivado do original em 14 de março de 2012 
  15. http://www.challenges.fr/magazine/portrait/0099.004649/?xtmc=philippe_perrier&xtcr=2
  16. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de novembro de 2015. Arquivado do original em 18 de julho de 2010 
  17. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de novembro de 2015. Arquivado do original em 20 de março de 2012 
  18. «Cópia arquivada». Consultado em 11 de novembro de 2015. Arquivado do original em 7 de março de 2013 
  19. http://www.rankingthebrands.com/PDF/Top 125 Global Licensors 2011, License Global.pdf

Ligações externas

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