Mola salsa ("farinha salgada", em latim), na antiga religião romana, era uma mistura de farinha de Espelta moída, torrada e salgada preparada pelas virgens vestais para ser utilizada em todos os sacrifícios oficiais. Era jogada sobre a testa e entre os chifres das vítimas animais antes de serem sacrificadas,[1] bem como sobre o altar e o fogo sagrado. Era uma oferenda comum às divindades domiciliares.

Pintura em parede romana mostrando a deusa Ceres segurando ramos de trigo.
Espelta, utilizado para a mola salsa.

Sérvio descreve a substância como pius (talvez no sentido de "preparado com reverência") e castus ("ritualmente puro").[2] A mola salsa era tão fundamental ao sacrifício que "despejar a mola" (latim: immolare) acabou por significar "sacrificar" (e originou a palavra em português "imolar"). Seu uso era uma das diversas tradições religiosas creditadas a Numa Pompílio, sabino que foi o segundo rei de Roma.[3]

O Colégio de Vestais preparava a mola salsa durante a Vestália, principal festival da deusa Vesta, celebrando entre 7 e 15 de junho.

Referências

  1. Staples, Ariadne. From Good Goddess to Vestal Virgins: Sex and Category in Roman Religion (Routledge, 1998), pp. 154–155.
  2. Sérvio, comentário à Écloga 8.82.
  3. Antolín, Fernando Navarro. Lygdamus. Corpus Tibullianum III.1–6: Lygdami Elegiarum Liber (Brill, 1996), pp. 272–272 online.

Bibliografia

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