Metaxyaceae

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Metaxyaceae é uma família monotípica de pteridófitas neotropicais da ordem Cyatheales da classe Polypodiopsida,[1] que tem Metaxya como único género. A classificação do Pteridophyte Phylogeny Group, de 2016, o sistema PPG I,[2] considera este agrupamento ao nível taxonómico de família, mas, alternativamente, o género pode ser colocado na subfamília Metaxyoideae de uma família Cyatheaceae mais amplamente definida,[3] a colocação familiar utilizada em Plants of the World Online.[4]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaMetaxyaceae
Metaxya
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Tracheophyta
Classe: Polypodiopsida
Ordem: Cyatheales
Família: Metaxyaceae
Pic.Serm.
Género: Metaxya
C.Presl
Espécie-tipo
Metaxya rostrata
(Kunth) C.Presl
Distribuição geográfica
Distribuição das Metaxyaceae.
Distribuição das Metaxyaceae.
Espécies
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Sinónimos

Descrição

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É distribuída neotropicalmente com ocorrência nas Américas, distribuída no sul do México, América Central, Pequenas Antilhas, Trinidad, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia e Brasil.[5] São plantas terrestres majoritariamente rupícolas, ou seja, vivem sobre afloramentos rochosos e, em casos raros, são epífitas.

São plantas vasculares[6] caracterizadas por grandes frondes que se aproximam dos 2,5 m de comprimento com rizoma resistente que crescem produzindo brotos, e apresentam estelos com o tecido parenquimatoso central cercado pelo sistema vascular, além disso, o ápice é caracterizado pela presença de pelos e ausência de escamas. O pecíolo é contínuo ao rizoma com presença de único feixe vascular na base.[7]

O tricoma apresenta coloração amarelada ou alaranjada e é dividido em septos, o que pode ser facilmente observado.[8]

Suas folhas são monomórficas, ou seja, possuem a mesma forma, semelhantes entre si, e podem crescer emitindo aglomerados de brotos e caules, além de apresentarem raízes constituídas por vários eixos. As lâminas têm o formato pinado e a grande maioria não apresenta pubescência, apesar de algumas manifestarem pelos esparsos.[8]

A distribuição de suas nervuras podem apresentar padrão aberto, simples ou bifurcado. Os soros ficam na parte inferior das lâminas foliares, irregularmente dispostos, com presença de paráfises e ausência da proteção dos esporângios (indúsios). Os esporângios também possuem pedicelos curtos e os esporos podem ser tetraédricos, globosos ou triletes, ou seja, com formato semi triangular e estrutura em forma de Y.

No Brasil ocorre na região Amazônica, Paraíba, Pernambuco e Bahia[8], com 4 das 6 espécies de seu único gênero, Metaxya: Metaxya lanosa (A. R. Sm. & Tuomisto), Metaxya parkeri (Hook. & Grev.) J. Sm., Metaxya rostrata (Kunth) C.Presl, Metaxya scalaris (Tuomisto & G.G. Cárdenas).[9][10]

Espécies

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A base de dados taxonómicos Plants of the World Online aceita as seguintes espécies:[4]

Imagem Nome científico Distribuição
Metaxya contamanensis Tuomisto & G.G.Cárdenas Peru até à Bolívia
Metaxya elongata Tuomisto & G.G.Cárdenas Belize, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Venezuela
Metaxya lanosa A.R.Sm. & Tuomisto Peru, Venezuela (Amazonas) até à Guiana.
  Metaxya rostrata (Kunth) C.Presl México (Chiapas), Belice, Bolivia, Brasil, Colombia, Costa Rica, Ecuador, Guayana Francesa, Guatemala, Guyana, Honduras, Nicaragua, Panamá, Perú, Surinam, Trinidad-Tobago y Venezuela.
Metaxya scalaris Tuomisto & G.G.Cárdenas Brasil, Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Venezuela

Filogenia

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A filogenia do género Metaxya é a seguinte:[11][12]

M. parkeri (Hooker & Greville) Smith

M. rostrata (Kunth) Presl

M. scalaris Tuomisto & Cárdenas

M. lanosa Smith & Tuomisto

M. contamanensis Tuomisto & Cárdenas

M. elongata Tuomisto & Cárdenas

Referências

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  1. mindat.org. «Metaxyaceae: description». The Hudson Institute of Mineralogy 
  2. PPG I (2016). «A community-derived classification for extant lycophytes and ferns». Journal of Systematics and Evolution. 54 (6): 563–603. doi:10.1111/jse.12229  
  3. Christenhusz, Maarten J.M.; Chase, Mark W. (2014). «Trends and concepts in fern classification». Annals of Botany. 113 (9): 571–863. PMC 3936591 . PMID 24532607. doi:10.1093/aob/mct299 
  4. a b «Metaxya C.Presl». Plants of the World Online. Royal Botanic Gardens, Kew. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  5. Costa, Maria Auxiliadora S.; Prado, Jefferson (janeiro de 2005). «FLORA DA RESERVA DUCKE, AMAZONAS, BRASIL: PTERIDOPHYTA -METAXYACEAE». Rodriguésia (86): 72–73. ISSN 2175-7860. doi:10.1590/2175-78602005568615. Consultado em 4 de maio de 2022 
  6. PPG I (novembro de 2016). «A community-derived classification for extant lycophytes and ferns: PPG I». Journal of Systematics and Evolution (em inglês) (6): 563–603. doi:10.1111/jse.12229. Consultado em 4 de maio de 2022 
  7. Stevens, Peter. «Angiosperm Phylogeny Website» 
  8. a b c Barros, Iva (18 de junho de 2010). «Samambaias e licófitas do Estado de Pernambuco, Brasil: Metaxyaceae». Biotemas. periodico ufsc. 3 (23): 215-218. Consultado em 24 de março de 2022 
  9. Santiago, Augusto (3 de janeiro de 2014). «Ocorrência de Metaxya Rostrata, na Mata Atlântica do Brasil». Revista Nordestina de Biologia. periodico ufpb. 21 (2): 53-58 
  10. Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira. «Família Metaxyceae: Gênero Metaxya». SiBBr 
  11. Nitta, Joel H.; Schuettpelz, Eric; Ramírez-Barahona, Santiago; Iwasaki, Wataru; et al. (2022). «An Open and Continuously Updated Fern Tree of Life». Frontiers in Plant Science. 13: 909768. PMC 9449725 . PMID 36092417. doi:10.3389/fpls.2022.909768  
  12. «Tree viewer: interactive visualization of FTOL». FTOL v1.4.0 [GenBank release 253]. 2023. Consultado em 8 março 2023 

Ligações externas

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