Marquês de Távora
O título de Conde de São João da Pesqueira foi um título nobiliárquico de Portugal. Foi criado a 21 de março de 1611 por decreto real de Filipe II de Portugal, atribuído a D. Luís Álvares de Távora, Senhor de Távora.
Marquês de Távora | |
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Criação | Regente D. Pedro em nome de D. Afonso VI 6 de Agosto de 1669 |
Ordem | Grande do Reino |
Tipo | juro e Herdade |
Relação | Távora, Comarca de Lamego |
1.º Titular | Luís Álvares de Távora, 3º conde de São João da Pesqueira |
Linhagem | Távora |
Títulos Associados | Marquês de Távora Conde de São João da Pesqueira |
Senhorios | Senhor de Távora |
Actual Titular | extinto (1759) |
No Século XVII esta família recebeu novas honras: a 6 de agosto de 1669, por carta régia do Infante-Regente D. Pedro, futuro D. Pedro II, em nome de seu irmão D. Afonso VI, foi criado o título de Marquês de Távora, atribuído a Luís Álvares de Távora, 3º Conde de São João da Pesqueira.
Estes dois títulos foram extintos em 1759, dado que o 4º Marquês foi executado pelo seu alegado envolvimento no Processo dos Távoras.
Anselmo Braamcamp Freire na sua obra Brasões da Sala de Sintra dedica o capítulo XX, no Vol. III, aos Távora, incluindo a execução da marquesa de Távora.[1]
Condes de São João da Pesqueira (1611)
editarTitulares
editar- Luís Álvares de Távora (c.1590-?), 1.º Conde de São João da Pesqueira
- António Luís de Távora (c.1620-1653), 2.º Conde de São João da Pesqueira, filho do anterior
Marqueses de Távora (1669)
editarTitulares
editar- Luís Álvares de Távora (1634-?), 1.º Marquês de Távora, filho do anterior,
- António Luís de Távora (1656-1721), 2.º Marquês de Távora, filho do anterior.
- 2.1. Luís Bernardo de Távora (1677-1718), 5.º Conde de São João da Pesqueira, filho do anterior.
- 2.2.Leonor Tomásia de Távora (1700-1759), filha do anterior, 3.ª Marquesa de Távora. Casou com o seu primo, o 3.º Conde de Alvor, Vice-Rei da Índia. Executados.
- 2.2.1. Luís Bernardo de Távora (1723-1759), 4.º Marquês de Távora, filho dos anteriores. Executado
Armas
editarAs armas antigas dos Távora eram: de prata, com cinco burelas ondadas de azul. Timbre: um golfinho de sua cor, sainte de uma capela de ramos folhados de verde e frutados de ouro.[2]
Braamcamp Freire, nos Brasões da Sala de Sintra, refere que
Os senhores da casa de Távora desde os princípios do século XVII modificaram o seu brasão, acrescentando em bordadura a divisa QUASCUNQUE FINDIT, e passando o golfinho do timbre para o centro do escudo. Destas armas, assim alteradas, usaram ùnicamente os marqueses de Távora, os condes de Alvor, e, talvez, os de S. Vicente.[3]
As armas antigas encontram-se no Livro do Armeiro-Mor (fl 58r) e no Livro da Nobreza e Perfeiçam das Armas (fl 11v). No Thesouro de Nobreza de 1675 as mesmas armas têm o campo de ouro, e não prata: as dos marqueses de Távora e condes de São João da Pesqueira no fólio 23r, e as dos condes de São Vicente no fólio 23r. As armas dos Távora na Sala de Sintra foram em parte apagadas, conforme a sentença de 1759.
Ver também
editarNotas e referências
Notas
Referências
Bibliografia
editar- Livro do Armeiro-Mor (1509). 2.ª edição. Prefácio de Joaquim Veríssimo Serrão; Apresentação de Vasco Graça Moura; Introdução, Breve História, Descrição e Análise de José Calvão Borges. Academia Portuguesa da História/Edições Inapa, 2007
- Livro da Nobreza e Perfeiçam das Armas (António Godinho, Séc. XVI). Fac-simile do MS. 164 da Casa Forte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Introdução e Notas de Martim Albuquerque e João Paulo de Abreu e Lima. Edições Inapa, 1987
- Nobreza de Portugal e do Brasil. Vol. III, p. 323-324 e 424-427. Zairol, 1989
- FREIRE, Anselmo Braamcamp: Brasões da Sala de Sintra. 3 Vols. 3ª Edição, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1996