Joan Bennett (Palisades Park, 27 de fevereiro de 1910 - Scarsdale, Nova Iorque, 7 de dezembro de 1990) foi uma atriz norte-americana que teve o seu auge de carreira na década de 1940.

Joan Bennett
Joan Bennett
Joan Bennett em Almas Perversas (1945)
Nome completo Joan Geraldine Bennett
Nascimento 27 de fevereiro de 1910
Palisades Park, Nova Jérsei, Estados Unidos
Nacionalidade Estados Unidos norte-americana
Morte 7 de dezembro de 1990 (80 anos)
Scarsdale, Nova Iorque, Estados Unidos
Ocupação Atriz
Cônjuge John Marion Fox (1926-1928)
Gene Markey (1932-1937)
Walter Wanger (1940-1965)
David Wilde (1978-1990)
Filho(a)(s) Adrienne Fox
Melinda Markey
Stephanie Guest
Shelley Antonia Wanger

Vida e carreira

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Vinda de uma família de atores onde despontam seu pai Richard Bennett, célebre no teatro, e a irmã Constance Bennett, estrela de Hollywood na década de 1930, Joan somente decidiu-se pela arte da representação porque o fim de seu primeiro casamento deixou-a com a filha Adrienne para cuidar. Estreou com um pequeno papel em Soberania (Power, 1928) e nos anos seguintes especializou-se em interpretar mocinhas ingênuas em uma série de filmes menores, onde o grande destaque é Quatro Irmãs (Little Women, 1933), de George Cukor. Foi seu futuro marido, o produtor cinematográfico Walter Wanger, que lhe deu uma nova persona e elevou-a ao estrelato da noite para o dia, ao transformá-la em morena para o filme Os Segredos de um Don Juan (Trade Winds, 1938), de Tay Garnett.

Morena para o resto da vida, Joan tornou-se a rainha das mulheres fatais dos filmes noir, que alcançariam enorme popularidade nas duas décadas seguintes. São notáveis as quatro películas que fez com Fritz Lang: O Homem Que Quis Matar Hitler (Man Hunt, 1941), Um Retrato de Mulher (The Woman in the Window, 1944), Almas Perversas (Scarlet Street, 1945) e O Segredo da Porta Fechada (The Secret Beyond the Door, 1947). Outros grandes momentos no período incluem Casei-me com Um Nazista (The Man I Married, 1940), de Irving Pichel, Mulher Desejada (The Woman on the Beach, 1947), de Jean Renoir e Na Teia do Destino (The Reckless Moment, 1949), de Max Ophuls. O início da década de 1950 viu Joan aparecer também em produções mais leves, como as comédias de grande sucesso O Papai da Noiva (Father of the Bride) e sua continuação, O Netinho do Papai (Father's Little Dividend), ambas dirigidas por Vincente Minnelli em 1950.

No entanto, sua carreira sofreu um revés fatal quando o marido Wanger, em crise de ciúmes, atirou em seu agente, Jennings Lang, no último dia de 1951. O escândalo que se seguiu determinou o fim do estrelato da atriz. Encontrou refúgio na TV, onde atuou em filmes, foi atriz convidada em várias séries e estrelou a telenovela gótica Dark Shadows por cinco anos (1966-1971). Sua última aparição no cinema foi na produção italiana Suspiria (Suspiria, 1976), de Dario Argento.

Joan casou-se quatro vezes, tendo se divorciado nas três primeiras ocasiões. Sua ligação mais duradoura foi com Walter Wanger, com quem se casou em 1940. Apesar do escândalo, ficaram juntos por 25 anos e tiveram dois filhos. Em 1978, uniu-se ao crítico de cinema David Wilde, com quem viveu até seu falecimento, em 1990, de causas naturais.[1][2] Foi sepultada no Pleasant View Cemetery, Connecticut no Estados Unidos.[3]

Filmografia

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Todos os títulos em português referem-se a exibições no Brasil.[1]

Referências

  1. a b Unonius, Kristian Erik (2005). «Joan Bennett, O Escândalo de Hollywood». edição de autor. Matinê (36) 
  2. WLASCHIN, Ken, The World's Great Movie Stars and Their Films, Londres, Inglaterra:Peerage Books, 1985
  3. Joan Bennett (em inglês) no Find a Grave[fonte confiável?]

Ligações externas

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