Irène Némirovsky

Irène Némirovsky (Kiev, Ucrânia, 11 de fevereiro de 1903Auschwitz, Polônia, 17 de agosto de 1942) foi uma escritora judia que viveu e trabalhou na França e morreu durante a II Guerra Mundial no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau.[1]

Irène Némirovsky
Irène Némirovsky
Irène Némirovsky (c. 1928)
Nascimento Ирина Леоновна Немировская
11 de fevereiro de 1903
Kiev, Ucrânia
Morte 17 de agosto de 1942 (39 anos)
Auschwitz, Polônia
Residência avenue Constant-Coquelin
Sepultamento Auschwitz
Cidadania França, Império Russo
Filho(a)(s) Élisabeth Gille, Denise Epstein
Alma mater
Ocupação Escritora
Distinções Prémio Renaudot (2004)
Obras destacadas Suite française
Religião Judaísmo
Causa da morte tifo, gripe
Assinatura
Assinatura de Irène Némirovsky

Sua obra-prima é o livro Suite Française. Irène escreveu a história, à mão, nas páginas de um caderno, durante a ocupação da França pelos nazistas. Por ser judia, o escreveu em segredo, mas nunca conseguiu finalizar, pois em 1942, ela foi presa; mandada para Auschwitz, onde morreu em um campo de concentração, de tifo.

Este manuscrito ficou guardado pela sua filha mais velha, Denise Epstein-Dauplé, durante décadas, pois Denise não teve coragem de abrir o caderno para ler. Imaginava que se tratava de um diário pessoal da mãe, e que seria doloroso demais ler aquilo. No final dos anos 1990, no entanto, Denise fez um acordo com um arquivo francês de doação dos papéis de sua mãe – e aí decidiu examinar o caderno. Acabou descobrindo que as anotações pessoais de Irène Némirovsky tratava-se de um belíssimo romance, que narrava brilhantemente o desenrolar de uma quase relação, uma quase história de amor, uma coisa que não chega a acontecer, mas que é descrito com muitos detalhes e vivacidade. Uma verdadeira obra-prima.

Suite Française foi publicado na França em 2004 e em seguida em diversos outros países. Tornou-se um best-seller internacional. O filme estava em pré-produção, as filmagens ainda não haviam começado, quando Denise Epstein-Dauplé morreu, em 2013. Os créditos finais dedicam o filme a ela.

“É uma sensação extraordinária ter trazido minha mãe de volta à vida”, ela disse. “Mostra que os nazistas não conseguiram de fato matá-la. Não sei se é uma vingança, mas é uma vitória”.

  • David Golder : roman
  • O baile
  • Suite francesa
  • O Senhor das Almas: romance
  • Os cães e os lobos
  • O vinho da solidão

Referências

  1. "Amiga dos carrascos", Miguel Sanches Neto, Veja número 2051, 12/3/2008, Editora Abril, pág. 92
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