Hypocreales
Hypocreales é uma ordem de fungos pertencente à classe Sordariomycetes, que inclui 7 famílias, 237 géneros e pelo menos 2647 espécies.[1] Inclui diversos fungos que são micoparasitas patogenos em plantas e insectos e algumas espécies que causam infecções oportunísticas em animais, incluindo em humanos. A maioria são espécies endofíticas e saprobióticas.[2]
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Descrição
editarAs espécies incluídas na ordem Hypocreales são geralmente caracterizadas pela presença de corpos frutificantes de coloração brilhante, geralmente com estruturas produtoras de esporos na forma de peritécios ou ascomas. As colorações mais frequentes são o amarelo, o alaranjado e o vermelho.
Os corpos de frutificação mais comuns são peritécios de textura macia e cor brilhante e atraente. Os ascomas são unitunicados, formados entre as paráfises apicais, que muitas vezes se dissolvem na maturação. Os ascósporos são incolores, com uma morfologia que varia entre as formas arredondadas não septadas e as formas elipsoidais a filiformes com um ou vários septos.
Sistemática
editarA ordem inclui as seguintes famílias (aqui apresentadas com alguns dos seus géneros e espécies mais representativos):[2]
- Bionectriaceae com 26 géneros (as espécies atribuídas anteriormente ao grande género Nectria são geralmente de cor pálida; algumas espécies são utilizadas para o controle de patógenos em estufas):
- Clavicipitaceae (este taxon caracteriza-se por produzir uma vasta gama de moléculas com interesse farmacêutico):
- Cordycipitaceae
- Ophiocordycipitaceae
- Hypocreaceae com 14 géneros:
- Nectriaceae com 24 géneros (maioritariamente com peritécios alaranjados a vermelhos)
- Niessliaceae com 16 géneros.
Géneros em incertae sedis
editarDe acordo com a edição de 2007 de Outline of Ascomycota, os seguintes géneros de Hypocreales têm posicionamento taxonómico incerto (incertae sedis), e não foram incluídos em qualquer das famílias reconhecidas:[3]
Referências
- ↑ Kirk PM, Cannon PF, Minter DW, Stalpers JA. (2008). Dictionary of the Fungi. 10th ed. Wallingford: CABI. p. 332. ISBN 0-85199-826-7
- ↑ a b H. Thorsten Lumbsch, Sabine M. Huhndorf (2007). Outline of Ascomycota - 2007 (PDF). Myconet. 13. [S.l.: s.n.] p. 1-58. ISSN 1403-1418. Consultado em 29 de setembro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 18 de março de 2009
- ↑ Lumbsch TH, Huhndorf SM. (dezembro 2007). «Outline of Ascomycota – 2007» (PDF). The Field Museum, Department of Botany, Chicago, USA. Myconet. 13: 1–58. Consultado em 12 de fevereiro de 2012
- ↑ a b Poinar, G.O.; Buckley, R. (2007). «Evidence of mycoparasitism and hypermycoparasitism in Early Cretaceous amber». Mycological Research. 111 (4): 503–506. PMID 17512712. doi:10.1016/j.mycres.2007.02.004
- Ning Zhang, Lisa A. Castlebury, Andrew N. Miller, Sabine M. Huhndorf, Conrad L. Schoch, Keith A. Seifert, Amy Y. Rossman, Jack D. Rogers, Jan Kohlmeyer, Brigitte Volkmann-Kohlmeyer, Gi-Ho Sung (2006). An overview of the systematics of the Sordariomycetes based on a four-gene phylogeny (PDF). Mycologia. 98. [S.l.: s.n.] p. 1076-1087