A Federal National Mortgage Association (FNMA), conhecida como Fannie Mae, é uma empresa de capital aberto, garantida pelo governo dos Estados Unidos (government sponsored enterprise ou GSE), autorizada a conceder e garantir empréstimos. O apelido "Fannie Mae" é uma criação fonética, a partir da sigla da empresa, que permite identificá-la mais facilmente.

Fannie Mae
Empresa de capital aberto
Fundação 1938
Sede Washington, D.C.
Pessoas-chave Herbert M. Allison, CEO
Lucro US$ 17.4 bilhões em 2023[1]
Faturamento US$29 bilhões em 2023[1]
Website oficial Fannie Mae

Fannie Mae era líder do mercado secundário de hipotecas do país, o qual se destina a dar liquidez aos geradores de hipotecas, de modo que as empresas de poupança, empréstimo e hipotecas, bem como os bancos comerciais e agentes financeiros públicos do setor habitacional possam financiar os adquirentes da casa própria.

Até setembro de 2008, Fannie Mae e a Federal Home Loan Mortgage Corporation (Freddie Mac) possuíam ou garantiam aproximadamente a metade do mercado de hipotecas dos EUA, que totalizava US$12 trilhões .[2] Por essa razão, as duas empresas foram particularmente afetadas pela crise que atingiu o mercado habitacional, a partir de 2007. Em 7 de setembro de 2008, James Lockhart, diretor da Federal Housing Finance Agency - FHFA (Agência Federal de Financiamento Habitacional), anunciou que Fannie Mae e Freddie Mac sofreriam intervenção (conservatorship) da FHFA. Foi uma das mais drásticas intervenções do governo no mercado financeiro privado em muitas décadas.[3][4][5]

Em 2022, a empresa figurou na trigésima-terceira posição entre as 500 maiores empresas dos EUA, segundo a Fortune.[6]

História

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Fannie Mae foi criada como uma agência governamental, em 1938, como parte do New Deal de Franklin Delano Roosevelt, a fim de dar liquidez ao mercado de hipotecas. Nos trinta anos seguintes, Fannie Mae deteve o virtual monopólio do mercado secundário de hipotecas nos Estados Unidos.

Em 1968, foi convertida em empresa privada,[7] deixando de ser avalista das hipotecas geradas pelo governo. Essa responsabilidade passou à nova Government National Mortgage Association (Ginnie Mae).

Em 1995, Fannie Mae começou a aceitar créditos habitacionais subprimes.[8] Segundo The New York Times, a empresa estava sendo pressionada pela administração Clinton para facilitar a concessão de empréstimos hipotecários à população de baixa e média renda.[9]

Fannie Mae foi colocada sob intervenção do governo dos Estados Unidos em 7 de Setembro de 2008.

Ver também

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Referências

  1. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome googlefinance
  2. Duhigg, Charles, "Loan-Agency Woes Swell From a Trickle to a Torrent", The New York Times, 11/07/2008
  3. Lockhart, James B., III (7 de setembro de 2008). «Statement of FHFA Director James B. Lockhart». Federal Housing Finance Agency. Consultado em 7 de setembro de 2008 
  4. «Fact Sheet: Questions and Answers on Conservatorship» (PDF). Federal Housing Finance Agency. 7 de setembro de 2008. Consultado em 7 de setembro de 2008 
  5. Goldfarb, Zachary A.; David Cho; Binyamin Appelbaum (7 de setembro de 2008). «Treasury to Rescue Fannie and Freddie: Regulators Seek to Keep Firms' Troubles From Setting Off Wave of Bank Failures». Washington Post. pp. A01. Consultado em 7 de setembro de 2008 
  6. «Fortune 500». Fortune (em inglês). Consultado em 19 de novembro de 2022 
  7. Krishna Guha, Saskia Scholtes, James Politi: Saviours of the suburbs, Financial Times, 04/06/2008.
  8. Leonnig, Carol D. (10 de junho de 2008). «How HUD Mortgage Policy Fed The Crisis». Washington Post 
  9. "Fannie Mae Eases Credit To Aid Mortgage Lending"
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