Espatarocandidato (em grego: σπαθαροκανδιδᾶτος; romaniz.: Spatharokandidatos; em latim: spatharocandidatus) era um título cortesão bizantino usado nos séculos VII-XI.

História

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O título foi criado como uma amálgama dos títulos espatário e candidato (kandidatos), sendo que ambos foram tipos de guardas do palácio nos séculos IV-VI. As primeiras referências do título ocorreram na História de Sebeos, e em uma carta do papa Gregório II para o imperador Leão III, o Isauro (r. 717–741). John B. Bury aceitou a criação do título no início do século VII, mas o título é claramente atestado apenas a partir do começo do século IX.[1] Nas listas de precedência (Taktika) do século IX, a dignidade está abaixo do disípato e superior ao espatário entre as dignidades destinadas aos "barbudos" (ou seja, não-eunucos). Sua insígnia distintiva (brábio) era uma corrente de ouro (maniácio) usado ao redor do peito.[2][3]

A dignidade não era dada para eunucos, para quem a dignidade correspondente era de espatarocubiculário (spatharokoubikoularios).[4] A julgar pelas evidências sigilográficas, a dignidade era associada principalmente com oficiais de nível médio, tais como notários e juízes inferiores. Nas lista de ofícios conhecidas como Taktika, a dignidade corresponde a posições específicas na camada superior da alta hierarquia civil e militar, tais como o asecreta (secretário sênior), clisurarca (comandante de um distrito fronteiriço), topoterita de um tagma ou turmarca de um tema (comandantes divisionais).[5] A última menção atestada ao título é de 1094, tendo ele sido retirado de uso o mais tardar, no século XII.[2]

Referências

  1. Bury 1911, p. 26.
  2. a b Kazhdan 1991, p. 1936.
  3. Bury 1911, p. 22; 134.
  4. Bury 1911, p. 150.
  5. Bury 1911, p. 150-151.

Bibliografia

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  • Bury, John B. (1911). The Imperial Administrative System of the Ninth Century: With a Revised Text of the Kletorologion of Philotheos. Londres: Oxford University Press 
  • Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8