Diocese de Porto-Santa Rufina
A Diocese de Porto-Santa Rufina formou-se a partir de duas antigas sés suburbicárias. Como o próprio nome diz, a de Porto e a de Santa Rufina.
Sé suburbicária | |
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Titular: | Beniamino Stella |
criado: | 300 |
Nome original de Diocese de Porto. Em 1119, renomeado para Porto e Santa Rufina. Em 1986, renomeado para Porto-Santa Rufina. | |
Dados do Anuário Pontifício |
Porto
editarO nome origina-se de um porto construído pelo imperador romano Cláudio às margens do rio Tibre, do lado oposto a Óstia Antiga. Com o aumento da bacia fluvial por Trajano houve um aumento populacional que logo tornou Porto independente de Óstia.
Foi próximo a Porto que o imperador Júlio Nepos compeliu Glicério a abdicar em 474. Durante as Guerra Gótica de 535-554, a cidade serviu a ostrogodos e bizantinos como base de operação contra Roma. Nos séculos IX e X foi saqueada várias vezes por sarracenos. Em 849, o papa Leão IV estabelecerá bases de defesa da costa.
O cristianismo rapidamente se estabeleceu em Porto. Vários mártires do início da era cristã estão associados à cidade.
Santa Rufina
editarSanta Rufina cresceu às margens da Basílica dos Santos Mártires Rufina e Seconda na Via Aurélia. Atribui-se o início da construção da basílica a Júlio I e seu término a São Dâmaso. Tal qual Porto foi atacada por sarracenos no século IX e mesmo os esforços de Leão IV e Sérgio III não foram suficientes para impedir a ruína da cidade.
A primeira nota de Santa Rufina como uma sé episcopal data do século VI, pois sabe-se que Adeodato (bispo) estava presente ao concílio presidido por São Símaco (papa), bispo de São Valentino, vigário de Roma, na ausência do papa Vigílio.
Foi conhecida historicamente também como Silva Candida, sé do famoso cardeal Humberto de Silva Candida.
Lista de Cardeais
editar- Pietro Senex (1102–1134), um partidário do Antipapa Anacleto II from 1130
- Theodwin, bispo de Silva Candida (1134–1151) alemão, enviou muitas missões à Alemanha e à Terra Santa, testemunha da eleição de Conrado III como rei da Alemanha em Coblença e o coroa em Aachen.
- Cencio de Gregorio (1154–1157)
- Bernard (1158–1176), que se esforçou para promover a paz entre o Papa Adriano IV e Frederico I do Sacro Império Romano-Germânico
- Guglielmo Marengo (1176–1178)
- Teodino de Arrone (1179–1186), que examinou a causa de Tomás Becket
- Bobo (1189)
- Pietro Gallozia (1190–1211)
- Benedetto (1213–1216)
- Cinzio Cenci (1217)
- Conrado de Urach (1219–1227)
- Romano Bonaventura (1231–1243), que obteve a confirmação de todos os direitos de sua sé
- Oto de Tonengo, Ottone Candido (1244 – 1250/51), da casa das marchesi di Monferrato, enviado em várias ocasiões como legado de Inocêncio IV a Frederico II
- Giacomo de Castell’Arquato (1251–1253)
- João de Toledo (1261–1275)
- Robert Kilwardby (1278–1279), ex-arcebispo de Canterbury, envenenado em Viterbo (1279)
- Bernard de Languissel (1281–1290)
- Matteo d'Acquasparta (1291–1302), ex-general dos franciscanos e renomado teólogo
- Giovanni de Morrovalle (1302–1312), ex-general dos franciscanos
- Giacomo Arnaldo d'Euse (1313–1316), eleito com o nome de João XXII
- Bernard Castanet (1316–1317)
- Bérenger de Frédol, o Novo (1317–1323)
- Pierre d'Arabloy (1327–1331)
- Jean-Raymond de Comminges (1331–1348)
- Bernard d'Albi (1349–1350)
- Guido de Bolonha (1350–1373)
- Pietro Corsini (1374–1405), que aderiu, mais tarde, ao cisma ocidental
- Antonio Caetani (seniore) (1409–1412)
- Antonio Correr (1409–1431)
- Louis de Bar (1412–1431)
- Branda Castiglione (1431–1440)
- Domingo Ram y Lanaja (1444–1445)
- Francesco Condulmer (1445–1453)[1]
- Guillaume d'Estouteville (1459–1461)
- Juan Carvajal (1461–1469)
- Richard Olivier de Longueil (1470)
- Filippo Calandrini (1471–1476)
- Rodrigo Borgia (1476–1492), eleito com o nome de Alexandre VI
1500-1599
editar- Jorge da Costa (1503–1508)
- Raffaele Riario (1508–1511)
- Domenico Grimani (1511–1523)
- Francesco Soderini (1523)
- Niccolò Fieschi (1523–1524)
- Alessandro Farnese (1524 in May/June)
- Antonio Maria Ciocchi del Monte (1524–1533)
- Giovanni Piccolomini (1533–1535)
- Giovanni Domenico de Cupis (1535–1537)
- Bonifacio Ferrero (1537–1543)
- Antonio Sanseverino (1543)
- Marino Grimani (1543–1546)
- Giovanni Salviati (1546–1553)
- Gian Pietro Carafa (1553)
- Jean du Bellay (1553–1555)
- Rodolfo Pio (1555–1562)
- Francesco Pisani (1562–1564)
- Federico Cesi (1564–1565)
- Giovanni Girolamo Morone (1565–1570)
- Cristoforo Madruzzo (1570–1578)
- Alessandro Farnese (1578–1580)
- Fulvio Giulio della Corgna (1580–1583)
- Giacomo Savelli (1583–1587)
- Giovanni Antonio Serbelloni (1587–1589)
- Innico d'Avalos d'Aragona (1591–1600)
1600-1699
editar- Tolomeo Gallio (1600–1603)
- Girolamo Rusticucci (1603)
- Girolamo Simoncelli (1603–1605)
- Domenico Pinelli (1605–1607)
- Girolamo Bernerio, O.P. (1607–1611)
- Antonio Maria Galli (1611–1615)
- Antonmaria Sauli (1615–1620)
- Giovanni Evangelista Pallotta (1620)
- Benedetto Giustiniani (1620–1621)
- Francesco Maria Bourbon del Monte Santa Maria (1621–1623)
- Francesco Sforza di Santa Fiora (1623–1624)
- Ottavio Bandini (1624–1626)
- Giovanni Battista Deti (1626–1629)
- Domenico Ginnasi (1629–1630)
- Carlos Emanuel Pio de Saboia (1630–1639)
- Marcello Lante della Rovere (1639–1641)
- Pier Paolo Crescenzi (1641–1645)
- Francesco Cennini de' Salamandri (1645)
- Giulio Roma (1645–1652)
- Carlos de Médici (1652)
- Francesco Barberini, Sr. (1652–1666)
- Marzio Ginetti (1666–1671)
- Francesco Maria Brancaccio (1671–1675)
- Ulderico Carpegna (1675–1679)
- Cesare Facchinetti (1679–1680)
- Carlo Rossetti (1680–1681)
- Niccolò Albergati-Ludovisi (1681–1683)
- Alderano Cibo (1683–1687)
- Pietro Vito Ottoboni (1687–1689), eleito com o nome de Alexandre VIII
- Flavio Chigi sr. (1689–1693)
- Giacomo Franzoni (1693–1697)
- Paluzzo Paluzzi Altieri degli Albertoni (1698)
- Emmanuel Théodose de la Tour d'Auvergne de Bouillon (1698–1700)
1700-1799
editar- Nicolò Acciaiuoli (1700–1715)
- Vicenzo Maria Orsini, O.P. (1715–1724), eleito com o nome de Bento XIII
- Fabrizio Paolucci (1724–1725)
- Francesco Pignatelli (1725–1734)
- Pietro Ottoboni (1734–1738)
- Tommaso Ruffo (1738–1740)
- Lodovico Pico della Mirandola (1740–1743)
- Annibale Albani (1743–1751)
- Pierluigi Carafa (1751–1753)
- Raniero d’Elci (1753–1756)
- Giovanni Antonio Guadagni, O.C.D. (1756–1759)
- Francesco Scipione Maria Borghese (1759)
- Giuseppe Spinelli (1759–1761)
- Camillo Paolucci (1761–1763)
- Federico Marcello Lante della Rovere (1763–1773)
- Gian Francesco Albani (1773–1775)
- Carlo Rezzonico Jr (1776–1799)
1800-1967
editar- Leonardo Antonelli (1800–1807)
- Luigi Valenti Gonzaga (1807–1808)
- Alessandro Mattei (1809–1814)
- Giuseppe Doria Pamphili (1814–1816)
- Antonio Dugnani (1816–1818)
- Giulio Maria della Somaglia (1818–1820)
- Michele di Pietro (1820–1821)
- Bartolomeo Pacca (1821–1830)
- Pietro Francesco Galleffi (1830–1837)
- Emmanuele de Gregorio (1837–1839)
- Giovanni Francesco Falzacappa (1839–1840)
- Carlo Maria Pedicini (1840–1843)
- Vincenzo Macchi (1844–1847)
- Luigi Lambruschini, B. (1847–1854)
- Mario Mattei (1854–1860)
- Costantino Patrizi Naro (1860–1870)
- Luigi Amat di San Filippo e Sorso (1870–1877)
- Camillo Di Pietro (1877–1878)
- Carlo Sacconi (1878–1884)
- Jean Baptiste François Pitra, O.S.B. (1884–1889)
- Luigi Oreglia di Santo Stefano (1889–1896)
- Lucido Maria Parocchi (1896–1903)
- Serafino Vannutelli (1903–1915)
- Antonio Vico (1915–1929)
- Tommaso Pio Boggiani, O.P. (1929–1942)
- Eugène Tisserant (1946–1967/72)
Cardeais-bispos desde 1967
editar- Eugène Tisserant (1946/67–1972)
- Paolo Marella (1972–1984)
- Agostino Casaroli (1985–1998)
- Roger Etchegaray (1998–2019)
- Beniamino Stella (2020-)
Referências
- ↑ During the incumbency of Francesco Condulmer, Pope Nicholas V separated the sees of Porto and Santa Rufina in 1452, and gave the latter to John Kemp, Archbishop of Canterbury, at whose death (1453) the sees were reunited.
- ↑ http://www.fiu.edu/~mirandas/bios1439.htm#Kempe