Copa do Mundo FIFA de 1994

15ª edição internacional do Campeonato Mundial de Futebol realizado nos Estados Unidos
(Redirecionado de Copa do Mundo de 1994)

A Copa do Mundo FIFA de 1994 foi a 15.ª edição do torneio, sediado nos Estados Unidos, sendo o primeiro mundial a ser realizado neste país. Apesar da pouca tradição norte-americana no futebol, foi este o campeonato mundial que bateu todos os recordes de público, mantidos até os dias de hoje. Com um futebol extremamente eficiente e com um grupo muito unido liderado pelo polêmico craque Romário, a Seleção Brasileira conquistou o quarto título mundial ao bater a Itália na final. O titulo do Brasil foi comemorado também como uma homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, falecido em 1 de maio daquele ano.

Copa do Mundo FIFA de 1994
FIFA World Cup USA '94 (em inglês)
Estados Unidos 1994

Cartaz oficial da edição
Dados
Participantes 24
Organização FIFA
Anfitrião Estados Unidos
Período 17 de junho – 17 de julho
Gol(o)s 141
Partidas 52
Média 2,71 gol(o)s por partida
Campeão Brasil (4º título)
Vice-campeão Itália
3.º colocado Suécia
4.º colocado Bulgária
Melhor marcador 6 gols:
Melhor ataque (fase inicial) Rússia – 7 gols
Melhor defesa (fase inicial) 1 gol:
Maior goleada
(diferença)
Rússia 6–1 Camarões
Stanford StadiumPalo Alto
28 de junho, Grupo B
Público 3 587 538
Média 68 991,1 pessoas por partida
Premiações
Melhor jogador
Brasil Romário
Melhor goleiro Bélgica Michel Preud'homme
Melhor jogador jovem Países Baixos Marc Overmars
Fair play Brasil
◄◄ Itália 1990 1998 França ►►

A edição foi aberta no estádio Soldier Field, em Chicago, no dia 17 de junho, com direito a performance da cantora Diana Ross. No mesmo dia, aconteceu o jogo de abertura entre a Alemanha (sua primeira Copa reunificada) contra a Bolívia. A seleção Alemã venceu o jogo por 1–0, com gol do atacante Jürgen Klinsmann. Nesse jogo, o craque boliviano Marco Etcheverry recebeu o primeiro cartão vermelho da Copa, após agredir Lothar Matthäus[1]. Estreante em copas, a Arábia Saudita mostrou ao mundo do futebol a que veio no terceiro jogo contra a Bélgica. Após receber a bola do campo de sua equipe, Saeed Al-Owairan decidiu partir para cima dos belgas e após driblar meio time, tocou na saída do experiente goleiro Michel Preud'homme, um dos melhores do mundo na época e que seria eleito o melhor daquela Copa,[2] marcando o mais belo gol do Mundial.

Foi uma Copa do Mundo de grandes surpresas. A Bulgária, que até ali em 6 participações anteriores jamais havia vencido um jogo de Copa do Mundo, superou grandes favoritos, sendo a 2.ª colocada em um grupo que tinha a Argentina, além de eliminar em um jogo emocionante a Alemanha, até então a Campeã mundial defensora, por 2–1 nas quartas de final. Chegou à semifinal e terminou em 4.º lugar.

Eliminatórias

editar
 
  Países qualificados para a Copa do Mundo
  Países eliminados nas eliminatórias
  Países proibidos de disputar as eliminatórias
  Países não são membros da FIFA

As eliminatórias para a Copa de 1994 começaram em 1992 e terminaram no fim de 1993. Duas equipes estavam suspensas pela FIFA de participar das eliminatórias: a antiga Iugoslávia, por causa da guerra civil contra a Bósnia;[3] e o Chile, por causa do teatro armado pelo goleiro Roberto Rojas (que fingiu ter sido atingido por um foguete disparado por uma torcedora) no jogo contra a Seleção Brasileira no Maracanã, pelas Eliminatórias da Copa de 1990.[4]

Pela primeira vez desde o pós-guerra, nenhum país integrante do Reino Unido se classificou para a Copa do Mundo: o País de Gales (que tinha em seu elenco o ainda jovem Ryan Giggs e o veterano Ian Rush) perdeu a vaga para a Bélgica e para a Romênia; a Irlanda do Norte perdeu a vaga para Espanha e Irlanda; a Escócia perdeu a vaga para Itália e Suíça; e a poderosa Inglaterra, mesmo contando com jogadores da estirpe de Paul Gascoigne, David Platt, Tony Adams, Paul Ince, John Barnes, Teddy Sheringham, Stuart Pearce, entre outros, surpreendentemente, perdeu a vaga para os Países Baixos e Noruega. Outra surpresa foi a eliminação da França, que foi eliminada pela Suécia e para a Bulgária, que conquistou a classificação na última partida de seu grupo após derrotar a própria França.[carece de fontes?]

Na zona sul-americana, a Colômbia surpreendeu a todos ao se classificar vencendo de goleada a Argentina por 5–0, em pleno Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e enviando os Hermanos para jogar a repescagem com a Austrália. Para a disputa, o treinador argentino Alfio Basile resolveu convocar Maradona com o objetivo de ganhar a vaga. Outra surpresa na América do Sul foi a eliminação do Uruguai, que terminou em terceiro lugar em seu grupo, perdendo a vaga para o Brasil e para a surpreendente Bolívia. Quatro equipes se classificaram pela primeira vez para uma Copa: Arábia Saudita, Grécia, Nigéria e Rússia, sendo que esta última já havia participado anteriormente integrando a antiga União Soviética.

Seleções participantes

editar
 Ver artigo principal: Brasil na Copa do Mundo FIFA de 1994
Seleção Participação Última participação
  Alemanha 13ª 1990
  Arábia Saudita Estreante
  Argentina 11ª 1990
  Bélgica 1990
  Brasil 15ª 1990
  Bolívia 1950
  Bulgária 1986
  Camarões 1990
  Colômbia 1990
  Coreia do Sul 1990
  Espanha 1990
  Estados Unidos 1990
  Grécia Estreante
  Irlanda 1990
  Itália 13ª 1990
  Marrocos 1986
  México 10ª 1986
  Nigéria Estreante
  Noruega 1938
  Países Baixos 1990
  Romênia 1990
  Rússia 1990
  Suécia 1990
  Suíça 1966

Sorteio

editar

O sorteio foi realizado no Convention Center em Las Vegas, a 19 de dezembro de 1993. Estados Unidos (por ser anfitrião) e Alemanha (então campeã detentora), eram cabeças de chave por direito.[carece de fontes?]

Pote 1 Pote 2 Pote 3 Pote 4

  Alemanha
  Argentina
  Bélgica
  Brasil
  Estados Unidos
  Itália

  Bulgária
  Espanha
  Irlanda
  Países Baixos
  Romênia
  Rússia

  Arábia Saudita
  Coreia do Sul
  Grécia
  Noruega
  Suécia
  Suíça

  Bolívia
  Camarões
  Colômbia
  Marrocos
  México
  Nigéria

Pasadena
(região de Los Angeles)
Stanford
(região de San Francisco)
Pontiac
(região de Detroit)
East Rutherford
(região de Nova York)
Rose Bowl Stanford Stadium Pontiac Silverdome Giants Stadium
Capacidade: 91.794 Capacidade: 80.906 Capacidade: 77.557 Capacidade: 75.338
       
Dallas, Texas
Cotton Bowl
Capacity: 63.998
 
Chicago, Illinois Orlando Foxborough
(região de Boston)
Washington, D.C.
Soldier Field Citrus Bowl Foxboro Stadium Robert F. Kennedy Memorial Stadium
Capacidade: 63.117 Capacidade: 61.219 Capacidade: 53.644 Capacidade: 53.142
       

Fase de grupos

editar
Equipes classificadas para a fase final
4 melhores terceiros colocados também avançam a fase final
Equipes eliminadas

Grupo A

editar
Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Romênia 6 3 2 0 1 5 5 0
2   Suíça 4 3 1 1 1 5 4 1
3   Estados Unidos 4 3 1 1 1 3 3 0
4   Colômbia 3 3 1 0 2 4 5 –1
18 de junho Estados Unidos   1 – 1   Suíça Pontiac Silverdome, Detroit
11:30 (UTC−4)
Wynalda   44' Relatório Bregy   39' Público: 63 425
Árbitro:  ARG Francisco Lamolina
18 de junho Colômbia   1 – 3   Romênia Rose Bowl, Pasadena
19:30 (UTC−7)
Valencia   43' Relatório Răducioiu   15',   89'
Hagi   34'
Público: 91 586
Árbitro:  SYR Jamal Al-Sharif

22 de junho Romênia   1 – 4   Suíça Pontiac Silverdome, Detroit
16:00 (UTC−4)
Hagi   35' Relatório Sutter   16'
Chapuisat   52'
Knup   65',   72'
Público: 61 428
Árbitro:  TUN Neji Jouini
22 de junho Estados Unidos   2 – 1   Colômbia Rose Bowl, Pasadena
19:30 (UTC−7)
Escobar   35' (g.c.)
Stewart   52'
Relatório Valencia   90' Público: 93 689
Árbitro:  ITA Fabio Baldas

26 de junho Estados Unidos   0 – 1   Romênia Rose Bowl, Pasadena
16:00 (UTC−7)
Relatório Petrescu   18' Público: 93 869
Árbitro:  NED Mario van der Ende
26 de junho Suíça   0 – 2   Colômbia Stanford Stadium, Palo Alto
16:00 (UTC-7)
Relatório Gaviria   44'
Lozano   90'
Público: 83 401
Árbitro:  DIN Peter Mikkelsen

Grupo B

editar
Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Brasil 7 3 2 1 0 6 1 5
2   Suécia 5 3 1 2 0 6 4 2
3   Rússia 3 3 1 0 2 7 6 1
4   Camarões 1 3 0 1 2 3 11 –8
19 de junho Camarões   2 – 2   Suécia Rose Bowl, Pasadena
19:30 (UTC-7)
Embé   31'
Omam-Biyik   47'
Relatório Ljung   8'
Dahlin   75'
Público: 93 194
Árbitro:  PER Alberto Noriega
20 de junho Brasil   2 – 0   Rússia Stanford Stadium, Palo Alto
16:00 (UTC-7)
Romário   26'
Raí   52' (pen)
Relatório Público: 81 061
Árbitro:  MRI Lim Kee Chong

24 de junho Brasil   3 – 0   Camarões Stanford Stadium, Palo Alto
16:00 (UTC-7)
Romário   39'
Márcio Santos   66'
Bebeto   73'
Relatório Público: 83 401
Árbitro:  MEX Arturo Brizio Carter
24 de junho Suécia   3 – 1   Rússia Pontiac Silverdome, Michigan
19:30 (UTC-4)
Brolin   37' (pen)
Dahlin   59',   81'
Relatório Salenko   4' (pen) Público: 71 528
Árbitro:  FRA Joël Quiniou

28 de junho Rússia   6 – 1   Camarões Stanford Stadium, Palo Alto
16:00 (UTC-7)
Salenko   15',   41',   44' (pen),   72',   75'
Radchenko   81'
Relatório Milla   46' Público: 74 914
Árbitro:  SYR Jamal Al-Sharif
28 de junho Brasil   1 – 1   Suécia Pontiac Silverdome, Michigan
16:00 (UTC-4)
Romário   46' Relatório K. Andersson   23' Público: 77 217
Árbitro:  HUN Sándor Puhl

Grupo C

editar
Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Alemanha 7 3 2 1 0 5 3 2
2   Espanha 5 3 1 2 0 6 4 2
3   Coreia do Sul 2 3 0 2 1 4 5 –1
4   Bolívia 1 3 0 1 2 1 4 –3
17 de junho Alemanha   1 – 0   Bolívia Soldier Field, Chicago
14:00 (UTC−6)
Klinsmann   61' Relatório Público: 63 117
Árbitro:  MEX Arturo Brizio Carter
17 de junho Espanha   2 – 2   Coreia do Sul Cotton Bowl, Dallas
19:30 (UTC−6)
Salinas   51'
Goikoetxea   55'
Relatório Hong Myung-Bo   85'
Seo Jung-Won   90'
Público: 56 247
Árbitro:  DIN Peter Mikkelsen

21 de junho Alemanha   1 – 1   Espanha Soldier Field, Chicago
16:00 (UTC−6)
Klinsmann   48' Relatório Goikoetxea   14' Público: 63 113
Árbitro:  URU Ernesto Filippi
23 de junho Coreia do Sul   0 – 0   Bolívia Foxboro Stadium, Foxborough
16:00 (UTC−5)
Relatório Público: 54 453
Árbitro:  SCO Leslie Mottram

27 de junho Bolívia   1 – 3   Espanha Soldier Field, Chicago
16:00 (UTC−6)
E. Sánchez   67' Relatório Guardiola   19' (pen)
Caminero   66',   70'
Público: 63 089
Árbitro:  CRC Rodrigo Badilla
27 de junho Alemanha   3 – 2   Coreia do Sul Cotton Bowl, Dallas
16:00 (UTC−6)
Klinsmann   12',   37'
Riedle   20'
Relatório Hwang Sun-Hong   52'
Hong Myung-Bo   63'
Público: 63 998
Árbitro:  FRA Joël Quiniou

Grupo D

editar
Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Nigéria 6 3 2 0 1 6 2 4
2   Bulgária 6 3 2 0 1 6 3 3
3   Argentina 6 3 2 0 1 6 3 3
4   Grécia 0 3 0 0 3 0 10 –10
  • Argentina, Bulgária e Nigéria estiveram empatadas (ambas com 6 pontos). Nigéria ficou na liderança, pois sofreu um gol a menos do que as outras duas seleções; já Bulgária fica na 2ª colocação, pois vencera a Argentina no confronto direto por 2–0.
21 de junho Argentina   4 – 0   Grécia Foxboro Stadium, Foxborough
12:30 (UTC−5)
Batistuta   2',   44',   90' (pen)
Maradona   60'
Relatório Público: 54 456
Árbitro:  USA Arturo Angeles
21 de junho Nigéria   3 – 0   Bulgária Cotton Bowl, Dallas
19:30 (UTC−6)
Yekini   21'
Amokachi   43'
Amunike   55'
Relatório Público: 44 132
Árbitro:  CRC Rodrigo Badilla

25 de junho Argentina   2 – 1   Nigéria Foxboro Stadium, Foxborough
16:00 (UTC−5)
Caniggia   21',   28' Relatório Siasia   8' Público: 54 453
Árbitro:  SWE Bo Karlsson
26 de junho Bulgária   4 – 0   Grécia Soldier Field, Chicago
12:30 (UTC−6)
Stoichkov   5' (pen),   55' (pen)
Lechkov   65'
Borimirov   90'
Relatório Público: 63 160
Árbitro:  UAE Ali Bujsaim

30 de junho Grécia   0 – 2   Nigéria Foxboro Stadium, Foxborough
19:30 (UTC−5)
Relatório George   45'
Amokachi   90'
Público: 53 001
Árbitro:  SCO Leslie Mottram
30 de junho Argentina   0 – 2   Bulgária Cotton Bowl, Dallas
19:30 (UTC−6)
Relatório Stoichkov   61'
Sirakov   90'
Público: 63 998
Árbitro:  TUN Neji Jouini

Grupo E

editar
Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   México 4 3 1 1 1 3 3 0
2   Irlanda 4 3 1 1 1 2 2 0
3   Itália 4 3 1 1 1 2 2 0
4   Noruega 4 3 1 1 1 1 1 0
  • Todas as equipes desse grupo estiveram empatadas com quatro pontos e com saldo de gols nulo: México ficou na liderança com três gols marcados; Irlanda e Itália empataram até no número de gols marcados (dois), porém a primeira ficou na segunda colocação por conta da vitória obtida no confronto direto entre ambas; e por fim, a Noruega foi eliminada com apenas um gol marcado.
18 de junho Itália   0 – 1   Irlanda Giants Stadium, East Rutherford
16:00 (UTC−5)
Relatório Houghton   11' Público: 75 338
Árbitro:  NED Mario van der Ende
19 de junho Noruega   1 – 0   México RFK Stadium, Washington
16:00 (UTC−5)
Rekdal   84' Relatório Público: 52 395
Árbitro:  HUN Sándor Puhl

23 de junho Itália   1 – 0   Noruega Giants Stadium, East Rutherford
16:00 (UTC−5)
D. Baggio   69' Relatório Público: 74 624
Árbitro:  GER Hellmut Krug
24 de junho México   2 – 1   Irlanda Citrus Bowl, Orlando
12:30 (UTC−5)
García   42',   65' Relatório Aldridge   84' Público: 60 790
Árbitro:  SUI Kurt Röthlisberger

28 de junho Irlanda   0 – 0   Noruega Giants Stadium, East Rutherford
12:30 (UTC−5)
Relatório Público: 72 404
Árbitro:  COL José Torres Cadena
28 de junho Itália   1 – 1   México RFK Stadium, Washington, D.C.
12:30 (UTC−5)
Massaro   48' Relatório Bernal   57' Público: 52 535
Árbitro:  ARG Francisco Lamolina

Grupo F

editar
Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Países Baixos 6 3 2 0 1 4 3 1
2   Arábia Saudita 6 3 2 0 1 4 3 1
3   Bélgica 6 3 2 0 1 2 1 1
4   Marrocos 0 3 0 0 3 2 5 –3
  • Arábia Saudita e Países Baixos estiveram empatadas em todos os critérios (pontos, gols e saldo), mas os europeus ficaram na liderança por causa do confronto direto (vitória por 2–1).
19 de junho Bélgica   1 – 0   Marrocos Citrus Bowl, Orlando
12:30 (UTC−5)
Degryse   11' Relatório Público: 61 219
Árbitro:  COL José Torres Cadena
20 de junho Países Baixos   2 – 1   Arábia Saudita RFK Stadium, Washington
19:30 (UTC−5)
Jonk   50'
Taument   86'
Relatório Amin   18' Público: 50 535
Árbitro:  ESP Manuel Díaz Vega

25 de junho Bélgica   1 – 0   Países Baixos Citrus Bowl, Orlando
12:30 (UTC−5)
Albert   65' Relatório Público: 62 387
Árbitro:  BRA Renato Marsiglia
25 de junho Arábia Saudita   2 – 1   Marrocos Giants Stadium, East Rutherford
12:30 (UTC−5)
Al-Jaber   7' (pen)
Amin   45'
Relatório Chaouch   26' Público: 76 322
Árbitro:  ENG Phillip Don

29 de junho Marrocos   1 – 2   Países Baixos Citrus Bowl, Orlando
12:30 (UTC−5)
Nader   47' Relatório Bergkamp   43'
Roy   77'
Público: 60 578
Árbitro:  PER Alberto Tejada Noriega
29 de junho Bélgica   0 – 1   Arábia Saudita RFK Stadium, Washington
12:30 (UTC−5)
Relatório Al-Owairan   5' Público: 52 959
Árbitro:  GER Hellmut Krug

Índice técnico dos terceiros colocados

editar
Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG Grupo
1   Argentina 6 3 2 0 1 6 3 3 D
2   Bélgica 6 3 2 0 1 2 1 1 F
3   Estados Unidos 4 3 1 1 1 3 3 0 A
4   Itália 4 3 1 1 1 2 2 0 E
5   Rússia 3 3 1 0 2 7 6 1 B
6   Coreia do Sul 2 3 0 2 1 4 5 –1 C

Fase final

editar

Esquema

editar
Oitavas de final Quartas de final Semifinais Final
                           
3 de julho – Pasadena            
   Romênia  3
10 de julho – Stanford
   Argentina  2  
   Romênia  2 (4)
3 de julho – Dallas
     Suécia (pen)  2 (5)  
   Arábia Saudita  1
13 de julho – Pasadena
   Suécia  3  
   Suécia  0
4 de julho – Orlando
     Brasil  1  
   Países Baixos  2
9 de julho – Dallas
   Irlanda  0  
   Países Baixos  2
4 de julho – Stanford
     Brasil  3  
   Brasil  1
17 de julho – Pasadena
   Estados Unidos  0  
   Brasil (pen)  0 (3)
5 de julho – East Rutherford
     Itália  0 (2)
   México  1 (1)
10 de julho – East Rutherford
   Bulgária (pen)  1 (3)  
   Bulgária  2
2 de julho – Chicago
     Alemanha  1  
   Alemanha  3
13 de julho – East Rutherford
   Bélgica  2  
   Bulgária  1
5 de julho – Foxborough
     Itália  2   Terceiro lugar
   Nigéria  1
9 de julho – Foxborough 16 de julho – Pasadena
   Itália (pro)  2  
   Itália  2    Suécia  4
2 de julho – Washington
     Espanha  1      Bulgária  0
   Espanha  3
   Suíça  0  

Oitavas de final

editar
2 de julho Alemanha   3 – 2   Bélgica Soldier Field, Chicago
12:00 (UTC−6)
Völler   6',   40'
Klinsmann   11'
Relatório Grün   8'
Albert   90'
Público: 60 246
Árbitro:  SUI Kurt Röthlisberger

2 de julho Espanha   3 – 0   Suíça RFK Stadium, Washington
16:30 (UTC−5)
Hierro   15'
Luis Enrique   74'
Txiki Begiristain   86' (pen)
Relatório Público: 53 121
Árbitro:  NED Mario van der Ende

3 de julho Arábia Saudita   1 – 3   Suécia Cotton Bowl, Dallas
12:00 (UTC−6)
Al-Ghesheyan   85' Relatório Dahlin   6'
K. Andersson   51',   88'
Público: 60 277
Árbitro:  BRA Renato Marsiglia

3 de julho Romênia   3 – 2   Argentina Rose Bowl, Pasadena
13:30 (UTC−7)
Dumitrescu   11',   18'
Hagi   58'
Relatório Batistuta   16' (pen)
Balbo   75'
Público: 90 469
Árbitro:  ITA Pierluigi Pairetto

4 de julho Países Baixos   2 – 0   Irlanda Citrus Bowl, Orlando
12:00 (UTC−5)
Bergkamp   11'
Jonk   41'
Relatório Público: 61 355
Árbitro:  DEN Peter Mikkelsen

4 de julho Brasil   1 – 0   Estados Unidos Stanford Stadium, Palo Alto
12:30 (UTC−7)
Bebeto   72' Relatório Público: 84 147
Árbitro:  FRA Joël Quiniou

5 de julho Nigéria   1 – 2 (pro)   Itália Foxboro Stadium, Foxborough
13:00 (UTC−5)
Amunike   25' Relatório R. Baggio   88',   102' (pen) Público: 54 367
Árbitro:  MEX Arturo Brizio Carter

5 de julho México   1 – 1 (pro)   Bulgária Giants Stadium, East Rutherford
16:30 (UTC−5)
García Aspe   18' (pen) Relatório Stoichkov   6' Público: 71 030
Árbitro:  SYR Jamal Al-Sharif
    Penalidades  
García Aspe  
Bernal  
Rodríguez  
Suárez  
1 – 3   Balakov
  Genchev
  Borimirov
  Lechkov
 

Quartas de final

editar
9 de julho Itália   2 – 1   Espanha Foxboro Stadium, Foxborough
12:00 (UTC−5)
D. Baggio   25'
R. Baggio   88'
Relatório Caminero   58' Público: 53 400
Árbitro:  HUN Sándor Puhl

9 de julho Países Baixos   2 – 3   Brasil Cotton Bowl, Dallas
14:30 (UTC−6)
Bergkamp   64'
Winter   76'
Relatório Romário   53'
Bebeto   63'
Branco   81'
Público: 63 500
Árbitro:  CRC Rodrigo Badilla

10 de julho Bulgária   2 – 1   Alemanha Giants Stadium, East Rutherford
12:00 (UTC−5)
Stoichkov   75'
Lechkov   78'
Relatório Matthäus   47' (pen) Público: 72 000
Árbitro:  COL José Torres Cadena

10 de julho Romênia   2 – 2 (pro)   Suécia Stanford Stadium, Palo Alto
12:30 (UTC−7)
Răducioiu   88',   101' Relatório Brolin   78'
K. Andersson   115'
Público: 83 500
Árbitro:  ENG Philip Don
    Penalidades  
Răducioiu  
Hagi  
Lupescu  
Petrescu  
Dumitrescu  
Belodedici  
4 – 5   Mild
  K. Andersson
  Brolin
  Ingesson
  R. Nilsson
  Larsson
 

Semifinais

editar
13 de julho Bulgária   1 – 2   Itália Giants Stadium, East Rutherford
16:00 (UTC−5)
Stoichkov   44' (pen) Relatório R. Baggio   21',   25' Público: 74 110
Árbitro:  FRA Joël Quiniou

13 de julho Suécia   0 – 1   Brasil Rose Bowl, Pasadena
16:30 (UTC−7)
Relatório Romário   80' Público: 91 856
Árbitro:  COL José Torres Cadena

Decisão do terceiro lugar

editar
16 de julho Suécia   4 – 0   Bulgária Rose Bowl, Pasadena
12:30 (UTC−7)
Brolin   8'
Mild   30'
Larsson   37'
K. Andersson   40'
Relatório Público: 91 500
Árbitro:  UAE Ali Bujsaim
 Ver artigo principal: Final da Copa do Mundo FIFA de 1994
17 de julho Brasil   0 – 0 (pro)   Itália Rose Bowl, Pasadena
12:30 (UTC−7)
Relatório Público: 94 194
Árbitro:  HUN Sándor Puhl
    Penalidades  
Márcio Santos  
Romário  
Branco  
Dunga  
3 – 2   Baresi
  Albertini
  Evani
  Massaro
  R. Baggio
 

A final entre Brasil e Itália, disputada no dia 17 de julho, entrou para a história por dois motivos: primeiro, pelo fato de juntar frente a frente duas das três únicas seleções que haviam conquistado três edições de Copa do Mundo, portanto, uma delas acabaria se sagrando tetracampeã, ultrapassando a rival; segundo, porque foi a primeira vez em que a final de uma Copa do Mundo seria decidida na cobrança de tiros livres da marca de pênalti. O jogo terminou em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. A vitória do Brasil veio após três erros italianos: uma defesa do goleiro Taffarel, em chute de Daniele Massaro, e mais dois chutes para fora dos craques italianos Franco Baresi e Roberto Baggio. Márcio Santos havia errado também sua cobrança, não sendo necessário ao Brasil efetuar todas as cobranças a que tinha direito.[carece de fontes?]

O Brasil recuperava a coroa depois de 24 longos anos (cinco edições seguidas sem vencer) e conquistava assim o inédito quarto título da Copa do Mundo - chamado de Tetracampeonato -, fato só igualado no Mundial de 2006 pela própria Itália, e no Mundial de 2014 pela Alemanha, quando o Brasil já ostentava o título de pentacampeão - conquista obtida em 2002, na Copa do Mundo organizada em conjunto por Japão e Coréia do Sul, a primeira realizada em território asiático. O maior destaque da Copa dos EUA foi o "baixinho" Romário, que com seus cinco gols, e com uma assistência inesquecível - aquela em que deixou Bebeto na cara do goleiro americano Tony Meola -, acabou confirmando a sua espetacular fase vivida então no Barcelona, fazendo por merecer a escolha da FIFA, que o elegeu o melhor jogador da Copa de 1994.[carece de fontes?]

Ainda no campo de jogo, aproveitando os festejos pela conquista histórica, a equipe decidiu homenagear o piloto brasileiro de Fórmula 1, Ayrton Senna, que morreu cerca de dois meses antes em um terrível acidente ocorrido no GP de Ímola, em San Marino. A homenagem veio estampada no cartaz que dizia: "Senna, Aceleramos Juntos. O Tetra é Nosso". Na finalíssima, o Brasil entrou em campo com a seguinte formação: Taffarel; Jorginho, Aldair, Márcio Santos e Branco; Dunga (C), Mauro Silva, Mazinho e Zinho; Bebeto e Romário. Logo na primeira etapa, Cafu substituiu Jorginho; e antes do início da segunda etapa da prorrogação, Viola ocupou a vaga de Zinho. Ao longo da competição, ficou popularizada uma frase dita por Galvão Bueno, principal locutor da Rede Globo de Televisão, direcionada ao goleiro brasileiro: "Sai que é sua, Taffarel!".[5]

Classificação final

editar
 

A classificação final é determinada através da fase em que a seleção alcançou e a sua pontuação, levando em conta os critérios de desempate.

Pos. Seleção Gr. Pts J V E D GP GC SG
Final
1   Brasil B 17 7 5 2 0 11 3 8
2   Itália E 14 7 4 2 1 8 5 3
Decisão do 3º e 4º lugares
3   Suécia B 12 7 3 3 1 15 8 7
4   Bulgária D 10 7 3 1 3 10 11 –1
Eliminados nas quartas de final
5   Alemanha C 10 5 3 1 1 9 7 2
6   Romênia A 10 5 3 1 1 10 9 1
7   Países Baixos F 9 5 3 0 2 8 6 2
8   Espanha C 8 5 2 2 1 10 6 4
Eliminados nas oitavas de final
9   Nigéria D 6 4 2 0 2 7 4 3
10   Argentina D 6 4 2 0 2 8 6 2
11   Bélgica F 6 4 2 0 2 4 4 0
12   Arábia Saudita F 6 4 2 0 2 5 6 –1
13   México E 5 4 1 2 1 4 4 0
14   Estados Unidos A 4 4 1 1 2 3 4 –1
15   Suíça A 4 4 1 1 2 5 7 –2
16   Irlanda E 4 4 1 1 2 2 4 –2
Eliminados na primeira fase
17   Noruega E 4 3 1 1 1 1 1 0
18   Rússia B 3 3 1 0 2 7 6 1
19   Colômbia A 3 3 1 0 2 4 5 –1
20   Coreia do Sul C 2 3 0 2 1 4 5 –1
21   Bolívia C 1 3 0 1 2 1 4 –3
22   Camarões B 1 3 0 1 2 3 11 –8
23   Marrocos F 0 3 0 0 3 2 5 –3
24   Grécia D 0 3 0 0 3 0 10 –10

Premiações

editar
Copa do Mundo FIFA de 1994
 
BRASIL
Campeão
(4º título)

Individuais

editar
Prêmio FIFA Chuteira de Ouro (artilheiro): Prêmio FIFA Bola de Ouro (melhor jogador): Prêmio FIFA Yashin (melhor goleiro): Troféu FIFA Fair Play (time menos faltoso): Time mais espetacular:
  Hristo Stoichkov
  Romário   Michel Preud'homme
  Brasil   Brasil

Seleção da Copa

editar
Goleiros Defesas Médios Atacantes

  Michel Preud'homme

  Jorginho

  Márcio Santos

  Paolo Maldini

  Dunga

  Krasimir Balakov

  Gheorghe Hagi

  Tomas Brolin

  Romário

  Hristo Stoichkov

  Roberto Baggio

Artilharia

editar
6 gols (2)
5 gols (4)
4 gols (3)
3 gols (5)
2 gols (15)
1 gol (51)
Gols contra (1)

Símbolos

editar
 
Adidas Questra.

A bola da Copa dos Estados Unidos foi a "Adidas Questra", fabricada pela Adidas.[6]

Mascote

editar

Quanto a tarefa de produzir um mascote para a Copa do Mundo foi dada aos americanos, ao invés de fazerem como a Inglaterra, que escolheram seu animal nacional (o leão) para 1966, os EUA decidiu usar um animal doméstico, um cão, no lugar da emblemática águia americana, pois esta já tinha sido utilizada como mascote nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, dez anos antes. O animal, o cãozinho Striker, vestia roupas com as cores da bandeira norte-americana. O objetivo era atrair um público maior ao esporte, que não é tão popular no país. Não deu certo: o cachorrinho pouco icônico não chamou a atenção da criançada, deixando os souvenires da Copa do Mundo encalhados nas prateleiras. Striker foi desenhado pelos estúdios Warner Bros.[7]


Transmissão

editar

Brasil

editar

A Copa do Mundo de 1994 teve sua história contada no filme "Todos os Corações do Mundo", dirigido por Murilo Salles. Mas, muito antes de seu lançamento, o diretor liberou algumas imagens feitas de outros ângulos de alguns jogos daquele mundial para o programa "Fantástico", da Rede Globo. A cobertura da TV brasileira foi feita por Globo, Bandeirantes, SBT e SporTV. Na Globo, os locutores foram Galvão Bueno, Oliveira Andrade e Cléber Machado, e os comentaristas foram Pelé, Raul Plassmann e Arnaldo Cezar Coelho. Na Band, a narração ficou por conta de Luciano do Valle, Silvio Luiz, Marco Antônio Matos, Jota Júnior e os comentaristas foram Gérson, Rivelino, o recém-contratado Tostão, Armando Nogueira, Zico, Juarez Soares e Mário Sérgio. No SBT, os locutores foram Luiz Alfredo, Carlos Valadares e Osmar de Oliveira e os comentaristas foram Telê Santana, Orlando Duarte, Carlos Alberto Torres (capitão do tri em 1970) e Antero Greco. Também no SBT, se destacou também o "amarelinho", uma simpática bolinha amarela que era o mascote das transmissões dos jogos do Brasil na emissora de Silvio Santos. No SporTV, as partidas eram exibidas em VT tinham a narração de Luiz Carlos Júnior, Maurício Torres e Sérgio Maurício, foi a primeiro canal de TV por assinatura no Brasil a exibir a Copa do Mundo. A TV Manchete também ia fazer parte da cobertura, mas, devido aos seus problemas financeiros, teve que ficar de fora, mesmo que a emissora de Adolpho Bloch tenha escolhido Osmar Santos para narrar os jogos, em seu último ano como locutor.[carece de fontes?]

Estatísticas

editar

Referências

  1. «Folha de S.Paulo - Erros da arbitragem fazem os momentos mais lamentáveis - 12/7/1994». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 13 de fevereiro de 2016 
  2. «O artilheiro e os destaques da Copa de 1994, nos Estados Unidos - UOL Copa do Mundo». copadomundo.uol.com.br. Consultado em 13 de fevereiro de 2016 
  3. Rafael Parra (1 de abril de 2017). «5 seleções que ficaram fora das eliminatórias por acontecimentos históricos». 90min. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  4. Emmanuel do Valle (3 de setembro de 2019). «A confusão que virou farsa e é lembrada como folclore: Os 30 anos do Brasil x Chile de 1989». Trivela. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  5. Daniel Malucelli (17 de julho de 2019). «É teeetra! Há 25 anos, Brasil vencia a Copa e Galvão surtava na TV; relembre frases». Gazeta do Povo. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  6. Sobre a Questra
  7. ehistory.osu.edu - pdf

Ligações externas

editar
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Copa do Mundo FIFA de 1994