O contrapposto clássico é um termo utilizado em escultura para assinalar uma forma de representação humana que busca a naturalidade, em contraposição às representações rígidas e artificiais presentes na escultura até então. Essa característica, inovação grega, é constituída pela distribuição harmônica e natural do peso da figura representada em pé, com uma perna flexionada e a outra sendo a principal sustentação desse peso. Assim, a figura adquire um caráter de movimento natural tanto de frente quanto de lado, necessitando também de uma base específica sobre a qual age.

O Doríforo, do escultor grego Policleto, exemplo clássico do contrapposto - cópia romana em bronze.

O exemplo clássico do contrapposto é a estátua do Doríforo, do escultor grego Policleto[1], esculpida no século V a.C. A famosa estátua da Prima Porta, retratando o imperador César Augusto, é uma derivação dessa estátua, considerada no mundo antigo como um exemplo de perfeição da figura humana[2].

O contrapposto clássico foi retomado na Renascença italiana por Michelangelo, Donatello e Leonardo Da Vinci.

Ver também

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Referências

  1. BENSON, J.L. (julho de 2000). «A detailed study of the emergence and significance of contrapposto». University of Massachusetts Amherst. Consultado em 29 de março de 2017 
  2. SQUIRE, Michael (abril de 2013). «Embodied Ambiguities on the Prima Porta Augustus». Art History. ISSN 0141-6790. doi:10.1111/1467-8365.12007. Consultado em 29 de março de 2017