Congresso Nacional Africano
O Congresso Nacional Africano (CNA; em inglês African National Congress, ANC) é um movimento e partido político sul-africano.[1]
Congresso Nacional Africano African National Congress | |
---|---|
Líder | Baleka Mbete |
Presidente | Cyril Ramaphosa |
Secretário | Gwede Mantashe |
Fundação | 8 de janeiro de 1912 (112 anos) |
Sede | Joanesburgo, África do Sul |
Ideologia | Nacionalismo africano Social-democracia Socialismo democrático Anti-imperialismo |
Espectro político | Centro-esquerda |
Ala de juventude | ANCYL |
Ala feminina | ANCWL |
Afiliação internacional | Internacional Socialista |
Assembleia Nacional | 230 / 400 |
Conselho de Províncias | 62 / 90 |
Parlamento Pan-africano | 3 / 5 |
Cores | Preto, Verde e Dourado |
Bandeira do partido | |
Página oficial | |
www | |
Foi fundado em 1912,[2] na cidade de Blumefontaina, com a proposta de advocar os direitos da população negra do país. Desde o fim do regime conhecido como apartheid, em 1994, o CNA é o principal partido político da África do Sul, sendo apoiado pela Aliança Tripartite com o Congresso Sul-Africano de Sindicatos (COSATU) e o Partido Comunista Sul-Africano (SACP). Nelson Mandela foi a figura mais influente do partido, assim como de todo o continente africano. Nas eleições de 2009, o Congresso Nacional Africano obteve 65,9% dos votos para a Assembleia Nacional, confirmando-se como o partido político dominante.
Líder do CNA desde dezembro de 2017, Cyril Ramaphosa é o Presidente da República desde 15 de fevereiro de 2018, com a renúncia de Jacob Zuma, eleito em 2009, a presidência da república, por pressão do próprio CNA.[3]
História
editarEntre 1882 e 1906 várias organizações e associações de direitos civis são formadas na África do Sul, destacadamente a Unidade Sólida (Imbumba yama Nyama), fundada em 1882; a Unidade Associativa de Vigilância Nativa (Imbumba Eliliso Lomzi Ontsundu), fundada em 1887; o grupo "Demanda por Direitos Civis" (Funamalungelo), fundado em 1888; o Congresso Nativo Sul-Africano (SANC), fundado em 1898, e; o Congresso Nativo de Natal (NNC), fundado em 8 de junho de 1900.[4] Estas organizações serviam como fórum para expor queixas e pautavam os direitos políticos dos povos africanos, como o registo eleitoral e o voto, bem como questões laborais, estimulados pela crescente discriminação racial e pela deterioração das condições econômicas, além de educação e consciência política diante das enormes transformações que o sistema colonial trouxe ao nível de governo e leis.[4] Vários nomes que formaram o Congresso Nacional Africano estavam relacionados à fundação e liderança das referidas organizações e associações.[4]
Porém, em função da formação da União Sul-Africana em 31 de maio de 1910, consequência final do resultado da Segunda Guerra dos Bôeres, o governo desta nova entidade colonial removeu os parcos direitos políticos das populações negras,[5] enfraquecendo[4] e fazendo desaparecer,[4] entre 1908 e 1911,[4] as organizações e associações citadas.[4] No ano de 1911, inclusive, o parlamento da União Sul-Africana promulgou as primeiras leis que ampliavam a "divisão racial", como a Lei de Regulamentação do Trabalho Negro, que tornou crime a quebra de um contrato de trabalho, e a Lei de Minas e Obras, que estabeleceu a discriminação pela cor da pele no ambiente laboral, ao estabelecer a reserva de funções laborais para os brancos, confirmando o estatuto dos negros como mão de obra barata, listando uma série de empregos qualificados fora do seu alcance.[6]
Como resposta a tal cenário crítico, em 24 de outubro de 1911 o advogado negro Pixley Ka Izaka Seme publica um artigo no jornal Imvo Zabantsundu onde propõe o estabelecimento de uma nova "União Nativa", que deveria agrupar as várias organizações e associações de direitos civis do país que estavam desmobilizadas e inativas.[6] Assim, em 8 de janeiro de 1912, o Congresso Nacional Africano foi fundado como "Congresso Nacional dos Nativos Sul-Africanos" (South African Native National Congress - SANNC).[6] A proposta principal era defender maiores liberdades civis, assim como, o fim das penas injustas contra a população negra do país.[6] Reuniu algumas das organizações precedentes.[6] A primeira Diretoria Executiva do SANNC tinha a seguinte composição: como Presidente, John Langalibalele Dube; como Vice-Presidentes, Walter Rubusana, Meshach Pelem, Sam Makgatho e Alfred Mangena; como Secretário, Sol Plaatje; como Secretário-Registrador, George Montsioa; como Tesoureiro, Pixley Ka Izaka Seme; como Porta-Voz, Thomas Mapikela, e; como Capelão-Chefe, Ellias John Mqoboli.[6] Outro nome importante que estava no ato de fundação do SANNC/CNA foi Charlotte Maxeke, fundadora e primeira Presidente da Liga das Mulheres Bantas (fundada em 1913), entidade que em 1948 tornou-se a Liga das Mulheres do Congresso Nacional Africano (ANCWL), a poderosa ala feminina do partido.[7]
Da década de 1910 a de 1930
editarTemendo o alargamento do partido, o governo da recém-instaurada União Sul-Africana ampliou o sistema de repressão violenta aos negros sul-africanos. Em 1913, foi promulgado a Lei de Terras (Land Act), que forçava os "nativos" (como eram conhecidos os negros) a abandonar as áreas rurais e migrar para os centros urbanos a fim de trabalhar.[6] O foco de atuação do partido, neste período, era a "política de petições" contra os impedimentos ao acesso à terra.[8]
A partir de 1919, em uma mudança no paradigma de lutas, o partido abandonou a resistência passiva por uma mobilização mais ativa contra a leis de passes, uma legislação contra a livre circulação das pessoas negras.[6] Em janeiro de 1923, durante a Conferência Nativa Nacional,[9] o SANNC ganhou o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e do Comércio (ICU),[9] da Organização do Povo Africano (APO)[9] e do Partido Comunista Sul-Africano (SACP),[9] reunido forças para no seu Congresso Nacional, em 29 de maio de 1923,[9] rearticular o partido com um novo nome: "Congresso Nacional Africano" (CNA).[8]
Em 1927, o presidente do CNA, Josiah Tshangana Gumede, propôs uma união com os comunistas, fato que não se efetivou.[8] Josiah Gumede foi destituído do cargo em 1930 e substituído pelo tradicionalista Pixley Ka Izaka Seme, cuja liderança fez a influência do CNA diminuir.[8] O partido permaneceu na obscuridade até os anos de 1940.[8]
Enfrentamento ao apartheid
editarNo entanto, no seio de uma onda de movimentos sindicais na década de 1940, o CNA experimentou um "renascimento" e uma "radicalização moderada" sob comando de Alfred Bitini Xuma. Em resposta à publicação em 1941 da Carta do Atlântico das Potências Aliadas, em 1943 a Conferência Nacional do CNA publicou o documento "Reivindicações Africanas".[8] Destacadamente, o documento incluía reivindicações por autogoverno e por direitos políticos para as pessoas negras, marcando assim uma mudança nos objetivos do CNA.[8] Xuma se dispôs a formar alianças táticas com os comunistas — e com os congressos indianos (o Congresso Indiano do Transvaal e o Congresso Indiano de Natal de Mahatma Gandhi), que estavam protestando na época contra a Lei Asiática de Terras — inclusive presidindo o Comitê Conjunto SACP-CNA. Em 9 de março de 1947, o CNA assinou um novo e ampliado acordo de cooperação, o chamado "Pacto dos Três Doutores", reunido o Comitê Conjunto SACP-CNA com o Congresso Indiano da África do Sul.[8] A partir deste período o CNA tomou uma iniciativa mais próxima das massas operárias dos centros urbanos, retomando sua popularidade inicial.[10]
Porém, em 1948 o Partido Nacional venceu as eleições com uma plataforma política de nacionalismo africâner, perpetuando-se no poder nos 46 anos seguintes, inclusive convertendo a União Sul-Africana (já com estatuto independente desde 1931) em República Sul-Africana em 1961, rompendo todos os vínculos políticos com os britânicos. O Partido Nacional fez campanha com base numa política de apartheid, um sistema explícito de segregação racial institucionalizada. Após a eleição, o Primeiro-Ministro do Partido Nacional Daniel François Malan começou a implementar o apartheid, particularmente mediante uma série de leis que restringiram ainda mais os direitos e liberdades civis, políticas e econômicas dos sul-africanos não-brancos. Isto obrigou uma mudança significativa na agenda e na abordagem das organizações políticas não-brancas, incluindo o CNA. De importância imediata para o CNA (e para o Partido Comunista, que foi banido) foi a Lei de Supressão do Comunismo de 1950, cuja definição notoriamente ampla de comunismo foi usada para justificar a perseguição a vários membros e líderes do CNA, limitando a sua atividade política e liberdade. Onze dos 27 membros do Comitê Executivo Nacional do CNA de 1952 foram banidos; em 1955, 42 líderes do CNA, incluindo Walter Sisulu, tinham sido banidos.[8]
Enquanto o Estado sul-africano introduzia formalmente o apartheid, o próprio CNA mudava em virtude da ascensão de uma geração mais jovem de ativistas da Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano (ANCYL), incluindo Sisulu, Nelson Mandela e Oliver Tambo.[8] A ANCYL, formada em 1944, era conhecida pela sua ideologia "africanista", e enfatizava a liderança com negros e a autodeterminação nacional.[8] Na 38ª Conferência Nacional do CNA em dezembro de 1949 em Blumefontaina, em um "golpe notável", a ANCYL fez uma campanha de sucesso para a substituição do presidente do CNA, Xuma, por James Moroka, bem como para a eleição de Sisulu como Secretário-Geral e ainda por outros seis assentos no Comitê Executivo Nacional do CNA.[8] A Liga da Juventude apresentou um Programa de Ação amplo e sistemático que defendia explicitamente o nacionalismo africano e apelava à utilização de técnicas de mobilização popular e de massa — tais como greves, sabotagens e boicotes — que no passado tinham sido utilizadas com sucesso por outros grupos, como os comunistas, mas não pelo próprio CNA.[8]
Assim, a partir de 1950, o CNA começou a participar de forma mais consistente na ação de massas.[8] Em 1950, o CNA, sob o comando de Moroka, apoiou a Paralisação do Primeiro de Maio, que levou à morte de 18 pessoas em confrontos entre manifestantes e a polícia, bem como a bem sucedida e amplamente divulgada Campanha de Desafio em 1951.[8] Em 1955, a partir da constituição da Aliança do Congresso (como uma expansão do "Pacto dos Três Doutores"), foi redigido o documento conhecido como Carta da Liberdade e realizado o Congresso do Povo, uma grande reunião multirracial realizada em Kliptown em 26 de junho de 1955.[11] Neste evento, a Carta foi lida em três línguas (inglês, soto e xossa) e discutida por vários delegados.[11] A Carta foi a declaração dos princípios fundamentais da Aliança, que incluía um compromisso com um governo democrático multirracial e uma reestruturação fundamental de todos os aspectos da sociedade sul-africana.[11] A Aliança foi o primeiro esforço amplo promovido pelo CNA para unificar o movimento multirracial anti-apartheid.[11] No curto prazo, entretanto, os resultados do Congresso do Povo foram limitados pela perseguição jurídica-institucional conduzida no episódio do Julgamento por Traição.[11] Durante a década de 1950, enquanto o CNA intensificava o seu programa interno de ação de protesto, também começou a apelar à arena internacional para sanções contra o estado de apartheid.[8] Em 1958, no Gana, o Presidente do CNA, Albert Luthuli, apelou a sanções.[8] No ano seguinte, um grupo de membros do CNA exilou-se em Londres e lançou ali o movimento britânico "Boicote à África do Sul".[8]
Em 1960, uma manifestação organizada no município de Sharpeville terminou num banho de sangue infligido pela polícia, o massacre de Sharpeville. 69 pessoas negras morreram. Este massacre provocou uma enorme manifestação nacional, que foi duramente reprimida. Cerca de 20 000 manifestantes foram presos pela polícia. Além disso, o governo do apartheid tornou as atividades do CNA ilegais em 6 de abril de 1960.[12] Em 16 de dezembro de 1961,[13] como resposta à opressão política, social e econômica cada vez mais severa movida contra a população negra, mestiça e indiana da África do Sul pelo regime político do apartheid, foi fundado pelo CNA e pelo Partido Comunista o braço armado Lança da Nação.[13]
Um grupo de lideranças-chave do CNA, como Nelson Mandela, Walter Sisulu e Govan Mbeki, foram condenados à prisão perpétua no chamado Julgamento de Rivonia, em 1964.[14][15] O tribunal acusou-os principalmente de envolvimento em atos de sabotagem. Após o veredito, os membros do alto escalão do CNA foram presos na Ilha Robben. Muitos outros ativistas foram presos ou tiveram de transferir as suas atividades para o estrangeiro. O governo também tentou impedir massivamente que os militantes de direitos humanos e os apoiantes do CNA trabalhassem em funções civis, colocando muitos deles sob interdição. As pessoas banidas não foram autorizadas a sair de um território precisamente definido e ficaram isoladas social e profissionalmente. As reuniões dos membros do CNA foram proibidas e mantidas sob rigorosa vigilância. O estado sul-africano tentou obter o mais completo controle possível sobre as atividades da oposição no país e nos estados vizinhos, com base na Lei de Segurança Interna. A liderança do CNA, sob comando de Oliver Tambo, passou a viver no exílio, com escritórios principais em Londres e Dar es Salã, e escritórios subordinados em Acra, Argel, Cairo, Lusaca, Havana, Maputo e Viana — as duas últimas, respectivamente, em Moçambique e Angola.[14][15]
O aumento das medidas repressivas estatais, baseadas na Lei de Segurança Interna de 1976, obrigou o CNA a criar uma instituição educacional na Tanzânia, fora da esfera de influência do sistema de apartheid sul-africano.[16] Este era o Colégio Superior da Liberdade Solomon Mahlangu, que permitiu a educação livre e sem restrições para os membros do CNA e outras pessoas refugiadas, bem como para os seus filhos, com a ajuda de um corpo docente internacional.[16] A instituição existiu de 1978 a 1992.[16]
Com o levante de Soweto em 1976, e o Movimento de Consciência Negra no ano seguinte, a situação repressiva na África do Sul recrudesceu ainda mais. O CNA passou a trabalhar na total clandestinidade, com boicotes, sabotagens e greves não violentas, de modo que foi finalmente declarado o estado de emergência nacional. O papel da oposição oficial extraparlamentar foi assumido pela Frente Democrática Unida (UDF), que era ligada ao CNA, mas aglutinava todos as forças sul-africanas opositoras do apartheid.[17]
Na segunda metade da década de 1980, diante da enorme pressão internacional pelo fim da segregação racial na África do Sul, o governo tentou negociar com Nelson Mandela (Presidente de Honra do partido desde 1985) para que deixasse a prisão se o CNA renunciasse à luta armada e entregasse as armas.[17] Mandela recusou qualquer condicionante antes do fim do sistema do apartheid.[17]
Fim do apartheid e ascensão ao poder
editarO recém-eleito presidente Frederik de Klerk continuou a negociar com o CNA e suspendeu as restrições ao partido e a outras organizações anti-apartheid em 2 de fevereiro de 1990.[17] Nove dias depois, Mandela foi liberto sem condicionantes.[17] A liderança do CNA, incluindo Oliver Tambo, regressou do exílio.[17] A partir de então, como parte da Convenção para uma África do Sul Democrática, ocorreram negociações entre o governo, o CNA e outros grupos sobre o fim do apartheid e a adoção de uma nova constituição provisória.[18]
Com o iminente fim do regime de segregação racial e a desagregação das coligações formadas pelos grupos de resistência, o CNA resolveu formalizar sua aliança política de longo prazo com os comunistas e as entidades sindicais, formando a Aliança Tripartite com o SACP e o COSATU, que foi justamente a estrutura-base de luta contra o apartheid desde a década de 1940.[19] Em 10 de abril de 1993, um membro-chave da Aliança Tripartite, Chris Hani, foi assassinado numa conspiração elaborada por políticos brancos de direita. Apesar das grandes tensões, Mandela conseguiu dar continuidade ao processo de negociação. De Klerk e Mandela receberam o Prêmio Nobel da Paz em 1993 pelos seus papéis no processo de negociação.
O CNA venceu as primeiras eleições livres da África do Sul em 1994, com cerca de 63% dos votos.[20] Nelson Mandela foi posteriormente eleito o primeiro presidente negro da África do Sul.[21] Depois de vencer as eleições, a ala militar do CNA foi integrada na recém-formada Força de Defesa Nacional Sul-Africana (SANDF) e a liderança do novo Ministério da Defesa Sul-Africano foi transferida para dois veteranos do Lança da Nação: Joe Modise tornou-se o primeiro o ministro da defesa sul-africano negro[22] e Ronnie Kasrils seu vice.[23]
Com o apoio da Aliança Tripartite, o partido tem vencido as eleições e mantém-se no governo sul-africano desde 1994. Porém, os governos consecutivos do CNA têm mantido uma política dúbia, ora com intervenção estatal na economia mediante programas de reforma agrária, planejamento econômico e manutenção de uma política industrial e comercial nacional, com investimentos estatais em infraestruturas e na prestação de serviços básicos, incluindo saúde e educação,[24][25] ora com uma política neoliberal de privatizações e concessões à burguesia capitalista, esta duramente rejeitada por seus parceiros da Aliança Tripartite (COSATU e SACP).[26][27]
Resultados eleitorais
editarEleições legislativas
editarData | Candidato | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | Nelson Mandela | 1.º | 12 237 655 | 62,7 / 100,0 |
252 / 400 |
Governo | ||
1999 | Thabo Mbeki | 1.º | 10 601 330 | 66,4 / 100,0 |
3,7 | 266 / 400 |
14 | Governo |
2004 | Thabo Mbeki | 1.º | 10 880 915 | 69,7 / 100,0 |
3,3 | 279 / 400 |
13 | Governo |
2009 | Jacob Zuma | 1.º | 11 650 748 | 65,9 / 100,0 |
3,8 | 264 / 400 |
15 | Governo |
2014 | Jacob Zuma | 1.º | 11 436 921 | 62,2 / 100,0 |
3,7 | 249 / 400 |
15 | Governo |
2019 | Cyril Ramaphosa | 1.º | 10 026 475 | 57,5 / 100,0 |
4,7 | 230 / 400 |
19 | Governo |
Eleições regionais
editarCabo Ocidental
editarData | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 2.º | 705 576 | 33,0 / 100,0 |
14 / 42 |
Oposição | ||
1999 | 1.º | 668 106 | 42,1 / 100,0 |
9,1 | 18 / 42 |
4 | Governo |
2004 | 1.º | 709 052 | 45,3 / 100,0 |
3,2 | 19 / 42 |
1 | Governo |
2009 | 2.º | 620 918 | 31,6 / 100,0 |
13,7 | 14 / 42 |
5 | Oposição |
2014 | 2.º | 697 664 | 32,9 / 100,0 |
1,3 | 14 / 42 |
Oposição | |
2019 | 2.º | 589 055 | 28,6 / 100,0 |
4,3 | 12 / 42 |
2 | Oposição |
Cabo Oriental
editarData | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 1.º | 2 453 790 | 84,4 / 100,0 |
48 / 56 |
Governo | ||
1999 | 1.º | 1 606 856 | 73,8 / 100,0 |
10,6 | 47 / 63 |
1 | Governo |
2004 | 1.º | 1 768 987 | 79,3 / 100,0 |
5,5 | 51 / 63 |
4 | Governo |
2009 | 1.º | 1 552 676 | 68,8 / 100,0 |
10,5 | 44 / 63 |
7 | Governo |
2014 | 1.º | 1 528 345 | 70,1 / 100,0 |
1,3 | 45 / 63 |
1 | Governo |
2019 | 1.º | 1 357 157 | 68,7 / 100,0 |
1,4 | 44 / 63 |
1 | Governo |
Cabo Setentrional
editarData | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 1.º | 200 839 | 49,7 / 100,0 |
15 / 30 |
Governo | ||
1999 | 1.º | 210 837 | 64,3 / 100,0 |
14,6 | 20 / 30 |
5 | Governo |
2004 | 1.º | 219 365 | 68,8 / 100,0 |
4,5 | 21 / 30 |
1 | Governo |
2009 | 1.º | 245 699 | 60,8 / 100,0 |
8,0 | 19 / 30 |
2 | Governo |
2014 | 1.º | 272 053 | 64,4 / 100,0 |
3,6 | 20 / 30 |
1 | Governo |
2019 | 1.º | 228 265 | 57,5 / 100,0 |
6,9 | 18 / 30 |
2 | Governo |
Estado Livre
editarData | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 1.º | 1 037 998 | 76,7 / 100,0 |
24 / 30 |
Governo | ||
1999 | 1.º | 881 381 | 80,8 / 100,0 |
4,1 | 25 / 30 |
1 | Governo |
2004 | 1.º | 827 338 | 81,8 / 100,0 |
1,0 | 25 / 30 |
Governo | |
2009 | 1.º | 734 688 | 71,1 / 100,0 |
10,7 | 22 / 30 |
8 | Governo |
2014 | 1.º | 708 720 | 69,9 / 100,0 |
1,2 | 22 / 30 |
Governo | |
2019 | 1.º | 541 534 | 61,1 / 100,0 |
8,8 | 19 / 30 |
3 | Governo |
Gautengue
editarData | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 1.º | 2 418 257 | 57,6 / 100,0 |
50 / 86 |
Governo | ||
1999 | 1.º | 2 448 780 | 67,9 / 100,0 |
10,3 | 50 / 73 |
Governo | |
2004 | 1.º | 2 331 121 | 68,4 / 100,0 |
0,5 | 51 / 73 |
1 | Governo |
2009 | 1.º | 2 662 013 | 64,0 / 100,0 |
4,4 | 47 / 73 |
4 | Governo |
2014 | 1.º | 2 348 564 | 53,6 / 100,0 |
10,4 | 40 / 73 |
7 | Governo |
2019 | 1.º | 2 168 253 | 50,2 / 100,0 |
3,4 | 37 / 73 |
3 | Governo |
Cuazulo-Natal
editarData | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 2.º | 1 181 118 | 32,2 / 100,0 |
26 / 81 |
Oposição | ||
1999 | 2.º | 1 167 094 | 39,4 / 100,0 |
7,2 | 32 / 80 |
6 | Oposição |
2004 | 1.º | 1 287 823 | 47,0 / 100,0 |
7,6 | 38 / 80 |
6 | Governo |
2009 | 1.º | 2 192 516 | 63,0 / 100,0 |
16,0 | 51 / 80 |
13 | Governo |
2014 | 1.º | 2 475 041 | 64,5 / 100,0 |
1,5 | 52 / 80 |
1 | Governo |
2019 | 1.º | 1 950 022 | 54,2 / 100,0 |
10,3 | 44 / 80 |
8 | Governo |
Limpopo
editarData | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 1.º | 1 759 597 | 91,6 / 100,0 |
38 / 40 |
Governo | ||
1999 | 1.º | 1 464 432 | 88,3 / 100,0 |
3,3 | 44 / 49 |
5 | Governo |
2004 | 1.º | 1 439 853 | 89,2 / 100,0 |
0,9 | 45 / 49 |
1 | Governo |
2009 | 1.º | 1 265 631 | 84,9 / 100,0 |
4,3 | 43 / 49 |
2 | Governo |
2014 | 1.º | 1 149 348 | 78,6 / 100,0 |
6,3 | 39 / 49 |
4 | Governo |
2019 | 1.º | 1 096 300 | 75,5 / 100,0 |
3,1 | 38 / 49 |
1 | Governo |
Mepumalanga
editarData | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 1.º | 1 070 052 | 80,7 / 100,0 |
25 / 30 |
Governo | ||
1999 | 1.º | 954 788 | 84,8 / 100,0 |
4,1 | 26 / 30 |
1 | Governo |
2004 | 1.º | 959 436 | 86,3 / 100,0 |
1,5 | 27 / 30 |
1 | Governo |
2009 | 1.º | 1 110 190 | 85,6 / 100,0 |
0,7 | 27 / 30 |
Governo | |
2014 | 1.º | 1 045 409 | 78,2 / 100,0 |
7,4 | 24 / 30 |
3 | Governo |
2019 | 1.º | 859 589 | 70,6 / 100,0 |
7,6 | 22 / 30 |
2 | Governo |
Noroeste
editarData | CI. | Votos | % | /- | Deputados | /- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1994 | 1.º | 1 310 080 | 83,3 / 100,0 |
26 / 30 |
Governo | ||
1999 | 1.º | 1 030 901 | 79,0 / 100,0 |
4,3 | 27 / 33 |
1 | Governo |
2004 | 1.º | 1 048 089 | 80,7 / 100,0 |
1,7 | 27 / 33 |
Governo | |
2009 | 1.º | 783 794 | 72,9 / 100,0 |
7,8 | 25 / 33 |
2 | Governo |
2014 | 1.º | 733 490 | 67,4 / 100,0 |
5,5 | 23 / 33 |
2 | Governo |
2019 | 1.º | 590 777 | 61,9 / 100,0 |
5,5 | 21 / 33 |
2 | Governo |
Presidentes eleitos
editarVer também
editarReferências
- ↑ «Congresso Nacional Africano, um partido multirracial, ao menos na teoria». AFP UOL notícias. 8 de janeiro de 2012. Consultado em 28 de junho de 2016. Cópia arquivada em 18 de julho de 2014
- ↑ «CNA, partido de Mandela, celebra centenário de sua fundação». AFP Último Segundo / IG. 8 de janeiro de 2012. Consultado em 28 de junho de 2016. Cópia arquivada em 7 de março de 2012
- ↑ Welle (www.dw.com), Deutsche. «Cyril Ramaphosa é eleito novo presidente da África do Sul | DW | 15.02.2018». DW.COM. Consultado em 1 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e f g «African National Congress Timeline 1866-1909». South African History Online. Consultado em 24 de fevereiro de 2024
- ↑ Ntando PZ Mbatha. «The Long March: The story of the struggle for liberation in South Africa». A voice to the voiceless
- ↑ a b c d e f g h «African National Congress Timeline 1910-1919». South African History Online. Consultado em 24 de fevereiro de 2024
- ↑ «Charlotte Maxeke». South African History Online. Consultado em 4 de março de 2024
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r Lodge, Tom (1983). Black Politics in South Africa Since 1945 (em inglês). [S.l.]: Ravan Press. ISBN 978-0-86975-152-7
- ↑ a b c d e «African National Congress Timeline 1920-1929». South African History Online. Consultado em 24 de fevereiro de 2024
- ↑ «O que foi a Guerra Fria - Guerra Fria». guerra-fria.info. Consultado em 1 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e «The Freedom Charter is adopted in Kliptown: Sunday, 26 June 1955». South African History Online. 22 de junho de 2018. Consultado em 17 de março de 2019
- ↑ «50 verdades sobre Nelson Mandela». Opera Mundi. Consultado em 30 de agosto de 2017
- ↑ a b uMkhonto weSizwe (MK). South African History Online. 8 de janeiro de 2024.
- ↑ a b Nelson Mandela (2010). Conversas que tive comigo primeira ed. Rio de Janeiro: Rocco. p. 400. 415 páginas. ISBN 9788532526076
- ↑ a b Kenneth S. Broun (2012). Saving Nelson Mandela: The Rivonia Trial and the Fate of South Africa. [S.l.]: Oxford University Press. 232 páginas. ISBN 0199740224
- ↑ a b c Maaba, Brown Bavusile (2004). «Alternative Schooling for South Africans: Notes on the Solomon Mahlangu Freedom College in Tanzania, 1978-1992». The International Journal of African Historical Studies. 37 (2): 289–308. JSTOR 4129010. doi:10.2307/4129010
- ↑ a b c d e f Ellis, Stephen (1991). «The ANC in Exile». African Affairs. 90 (360): 439–447. ISSN 0001-9909. JSTOR 722941. doi:10.1093/oxfordjournals.afraf.a098442. Cópia arquivada em 2021
- ↑ Hatchard, John (1993). «Towards Majority Rule in South Africa: The Transitional Executive Council Act 1993». Journal of African Law. 37 (2): 206–211. ISSN 0021-8553. JSTOR 745733. doi:10.1017/S002185530001127X
- ↑ «About the Tripartite Alliance». cosatu.org.za. Consultado em 9 de maio de 2019
- ↑ «Elections '94». Independent Electoral Commission. 28 de junho de 2008. Consultado em 23 de julho de 2022. Cópia arquivada em 2008
- ↑ Drogin, Bob (7 de maio de 1994). «Ex-Guerrillas, Exiles Named to Mandela Cabinet». Los Angeles Times (em inglês). Consultado em 23 de julho de 2022
- ↑ «Johannes (Joe) Modise | South African History Online». www.sahistory.org.za. Consultado em 27 de março de 2024
- ↑ «Biography Ronnie Kasrils». web.archive.org. 31 de março de 2009. Consultado em 27 de março de 2024
- ↑ «The Reconstruction and Development Programme: A Policy Framework» (PDF). African National Congress. 1994. Cópia arquivada (PDF) em 9 de outubro de 2022
- ↑ Seekings, Jeremy (2015). «The 'Developmental' and 'Welfare' State in South Africa: Lessons for the Southern African Region» (PDF). Centre for Social Science Research Working Paper (358). Cópia arquivada (PDF) em 9 de outubro de 2022
- ↑ Adelzadeh, Asghar (1996). «From the RDP to GEAR: The Gradual embracing of Neo-liberalism in economic policy». Johannesburg: National Institute for Economic Policy. Occasional Paper Series No. 3. Consultado em 15 de setembro de 2021
- ↑ Narsiah, Sagie (2002). «Neoliberalism and privatisation in South Africa». GeoJournal. 57 (1–2): 3–13. doi:10.1023/A:1026022903276. Consultado em 15 de setembro de 2021