Caio Atílio Régulo Serrano
Caio Atílio Régulo Serrano (em latim: Gaius Atilius Regulus Serranus) foi um político da gente Atília da República Romana eleito cônsul por duas vezes, em 257 e 250 a.C. com Cneu Cornélio Blasião[1] e Lúcio Mânlio Vulsão Longo respectivamente. Era filho de Marco Atílio Régulo, cônsul em 294 a.C.., irmão de Marco Atílio Régulo, cônsul em 267 e 256 a.C. (sufecto). Os cônsules Marco Atílio Régulo, de 227 a.C., e Caio Atílio Régulo, de 225 a.C., eram seus sobrinhos.
Caio Atílio Régulo | |
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Cônsul da República Romana | |
Consulado | 257 a.C. 250 a.C. |
Família
editarSegundo o lexicógrafo William Smith, este Atílio Régulo foi o primeiro a adotar agnome "Serrano", que depois tornar-se-ia o cognome de uma importante família da gente Atília. Caio Atílio Serrano, pretor em 218 a.C. e candidato derrotado ao consulado em 216 a.C., era seu filho e foi ancestral de todos os subsequentes pretores e cônsules da família. Um de seus descendentes, Sexto Atílio Serrano, foi cônsul em 136 a.C. com Lúcio Fúrio Filo (chamado, incorretamente, de "Públio" por Smith[2]).
Primeiro consulado (257 a.C.)
editarRégulo ocupou o consulado pela primeira vez em 257 a.C., o oitavo ano da Primeira Guerra Púnica, com o patrício Cneu Cornélio Blasião. Derrotou a frota cartaginesa nas ilhas Eólias, na Batalha de Tindaris, embora tenha sofrido consideráveis baixas. Logrou tomar posse das ilhas Líparas e Melite, as quais arrasou. Ao seu retornar a Roma, recebeu a honra de um triunfo naval.[3]
Segundo consulado (250 a.C.)
editarRégulo foi cônsul pela segunda vez em 250 a.C., o décimo quinto da Primeira Guerra Púnica, com Lúcio Mânlio Vulsão Longo. Neste ano, os romanos conseguiram uma grande vitória com a conquista de Panormo (Palermo) sob o comando do procônsul Lúcio Cecílio Metelo. Na tentativa de acabar com a guerra, Roma enviou ambos os cônsules para a Sicília com quatro legiões e duzentos navios, com as quais tentaram tomar a cidade de Lilibeu, a possessão mais preciosa de Cartago na ilha. Contudo, não conseguiram tomar a cidade por causa de uma tormenta e, depois de perderem muitos homens na catástrofe, os romanos viram-se obrigados a transformar o cerco num bloqueio menor, que duraria vários anos.[4]
Ver também
editarCônsul da República Romana | ||
Precedido por: Aulo Atílio Calatino |
Cneu Cornélio Blasião II 257 a.C. |
Sucedido por: Lúcio Mânlio Vulsão Longo com Quinto Cedício |
Precedido por: Lúcio Cecílio Metelo |
Lúcio Mânlio Vulsão Longo 250 a.C. com C. Atílio Régulo Serrano II |
Sucedido por: Públio Cláudio Pulcro com Lúcio Júnio Pulo |
Referências
- ↑ «Gnaeus Cornelius Blasio» (em alemão). Imperium Romanum
- ↑ William Smith, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, 1870, "Serranus"
- ↑ Políbio I 25; Zonaras VIII 12 ; Paulo Orósio IV 8 ; Fastos Capitolinos
- ↑ Políbio I 39, 41—48 ; Zonaras VIII 15 ; Paulo Orósio IV 10 ; Diodoro Sículo Fragm. XXIV
Bibliografia
editar- Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas
- Este artigo contém texto do artigo «G. Atilius M. f. M. n. Regulus Serranus» do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).