Basellaceae
Basellaceae é uma família de plantas encontradas como lianas, arbustos, trepadeiras, herbáceas e terrícolas, que possuem folhas simples, flores pouco vistosas, fruto drupa, frequentemente cercada por bractéolas e perianto persistentes, endosperma conspícuo, embrião espiralado ou semicircular.
Basellaceae | |||||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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4 gêneros e 20 espécies | |||||||||||||||||||||
Géneros | |||||||||||||||||||||
Sinónimos[2] | |||||||||||||||||||||
No Brasil, foram registradas três espécies: A.cordifolia(Ten.) Steenis, A.marginata (Kunth) Sperling e A.tucumanensis(Lillo & Hauman) Sperling.
Diversidade taxonômica
editarBasellaceae é uma família de plantas com flor, dicotiledóneas cuja ordem é Caryophyllales, com quatro gêneros e cerca de 20 espécies. Anredera é o gênero mais representativo da família com 14 espécies, sendo caracterizado por espécies lianas, herbáceas com rizoma carnoso, ramos anuais, com folhas sésseis ou curto pecioladas, geralmente carnosas e com enervação broquidódroma pouco visível. Com distribuições tropicais e subtropicais da América e África.
Taxonomia
editar- Reino: Plantae
- Divisão: Magnoliophyta
- Classe: Magnoliopsida
- Ordem: Caryophyllidae
- Família: Basellaceae
Distribuição geográfica
editarEstá distribuída por todas as regiões tropicais e subtropicais, mais abundantes em regiões neotropicais.
Diversidade
editarSão descritas aproximadamente 20 espécies brasileiras.
Tipo de vegetação
editarErvas perenes, escandentes ou trepadeiras, geralmente suculentas.
Morfologia
editarAs espécies representantes da família Basellaceae, são ervas perenes, escandentes ou trepadeiras que atingem entre 5 a 6 m de altura, geralmente suculentas e com tubérculos aéreos. Folhas simples, alternas ou menos frequentemente opostas, pecioladas ou sésseis, inteiras ou raramente apiculadas e denteadas, sem estípulas. Inflorescências com espigas axilares ou terminais, racemosas ou paniculadas, persistentes, indeterminadas ou pseudodeterminadas.
Flores pouco vistosas, bissexuadas ou raramente unissexuadas, actinomorfas, períginas, monoclamídeas, com um par de bractéolas na base do cálice, semelhantes às sépalas, livres ou unidas entre si, prefloração imbricada; cálice (4)5(–13)-mero, petaloide, branco ou avermelhado, gamossépalo ou raramente dialissépalo; estames (4)5(–9), opostos às pétalas, filetes frequentemente adnatos ao cálice; anteras rimosas ou poricidas; disco nectarífero presente ao redor do androceu; ovário súpero, carpelos 3, sincárpico, lóculo 1, óvulo 1, placentação ereta; estiletes 3, unidos ou livres, estigmas 3. Fruto drupa, frequentemente cercado por bractéolas e perianto persistentes; sementes globulares, testa membranosa, endosperma conspícuo, embrião espiralado ou semicircular.
Hábito
editarEssa planta também é conhecida como espinafre-indiano, distribuída na região tropical, sendo cultivada na Ásia como uma hortaliça para fins econômicos e para o consumo humano, fazendo parte então das Plantas alimentícias não convencionais, pois seu modo de preparo pode ser frito, cozido, sendo inseridas em sopas, farofas e cozidos. A espécie tem hábito de trepadeira perene, sendo de fácil crescimento. O caule dessas plantas podem ter cores verdes ou vermelho-arroxeados, atingindo até 1,5 m de comprimento. As folhas são grossas, de nervuras marcadas e as flores costumam ser pequenas e a inflorescência é axilar. Seus frutos são globosos contendo apenas uma única semente cada em seu interior.
Na medicina popular da América Latina costumam ser utilizadas como remédio para combater a tosse, para o tratamento de úlceras, conjuntivite e possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. O período de floração costuma ser entre os meses de dezembro a abril.
Relações filogenéticas
editarA família Basellaceae está distribuída por todas as regiões tropicais e subtropicais, mais abundantes em regiões neotropicais. Encontramos essa família de plantas também nas regiões tropicais do leste da África, incluindo Madagascar. Na Eurásia e Austrália as espécies existentes são introduzidas por ação do homem. A grande maioria das espécies ocorre em habitats secos.
Os gêneros que compõem a família foram inicialmente considerados por George Bentham e Joseph Dalton Hooker como pertencentes às Chenopodiaceae (1862–1883). Já Augustin Pyramus de Candolle e Alphonse Louis Pierre Pyramus de Candolle (1823–1873) e G. Nageshwar e M. Radhakrishnaiah (1993) integraram este gênero na família Portulacaceae. A descrição e publicação original da família Basellaceae, de acordo com a regra da prioridade deve ser considerada como válida, ocorreu em 1837 na obra de Constantine Samuel Rafinesque-Schmaltz intitulada Flora Telluriana, 3, p. 44. Proposta similar foi publicada por Christian Horace Bénédict Alfred Moquin-Tandon em 1840. O gênero tipo da família é Basella L.
Em relação às regras de nomenclatura, os sinônimos taxonômicos para Basellaceae Raf. são Anrederaceae J.Agardh e Ullucaceae Nakai. Dentro da ordem das Caryophyllales, a família Basellaceae, na sua presente circunscrição taxonômica, forma um clado com as famílias Halophytaceae, Didiereaceae e Montiaceae. O clado assim formado apresenta uma relação filogenética próxima com as Cactaceae, Portulacaceae, Anacampserotaceae e Talinaceae.
Lista de espécies brasileiras
editar- Basellaceae apresenta aproximadamente 20 espécies distribuídas em quatro gêneros são eles, Anredera Juss., Basella L., Tournonia Moquin-Tandon e Ullucus Caldas, mas apenas Anredera Juss é nativo no Brasil, (Souza & Lorenzi 2005; Bastos & Sakuragui 2010). No Brasil, foram registradas três espécies: A.cordifolia(Ten.) Steenis, A.marginata (Kunth) Sperling e A.tucumanensis(Lillo & Hauman) Spe
Dominios
editarAs espécies da família Basellaceae são encontradas na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.
Referências
- ↑ Angiosperm Phylogeny Group (2009), «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III», Botanical Journal of the Linnean Society, 161 (2): 105–121, doi:10.1111/j.1095-8339.2009.00996.x, consultado em 10 de dezembro de 2010
- ↑ PlantBIO: Basellaceae.
Bibliografia
editar- Basellaceae. Disponível em: https://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPub licaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=1&idsFilhosAlgas=[2]&idsFilhosFu [GS1] ngos=[1,11,10]&lingua=&grupo=6&familia=57&genero=&especie=&autor =&nomeVernaculo=&nomeCompleto=&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QU ALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS®iao=QUAL QUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&b acia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TOD OS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica.Acesso em: 07 de fevereiro de 2023.
- Basellaceae família de plantas.Disponível em: https://www.britannica.com/plant/Basellaceae. Acesso em: 07 de fevereiro de 2023.
- C. R. Sperling, V. Bittrich: Basellaceae., In: K. Kubitzki & al. (Hrsg.): Families and genra of vascular plants, 2, 1993, S. 143–146.
- Die Familie der Basellaceae bei der APWebsite. (Abschnitt Beschreibung, Verbreitung und Systematik)
- Dequan Lu, Michael G. Gilbert: Basellaceae., S. 445–446 - textgleich online wie gedrucktes Werk, In: Wu Zhengyi,
- Familienbeschreibung der Basellaceae bei DELTA von L. Watson & M. J. Dallwitz. (Abschnitt Beschreibung)
- Flora da Bahia: Basellaceae. Disponível em: http://ojs3.uefs.br/index.php/sitientibusBiologia/article/view/228/296. Acesso em: 07 de fevereiro de 2023.
- Michael A. Vincent: Basellaceae., S. 505 - textgleich online wie gedrucktes Werk, In: Flora of North America Editorial Committee (Hrsg.): Flora of North America North of Mexico. Volume 4: Magnoliophyta: Caryophyllidae, part 1, Oxford University Press, New York und Oxford, 2003. ISBN 0-19-517389-9 (Abschnitte Beschreibung, Verbreitung und Nutzung)
- Pellegrini, M.O.O.; D.C. Imig Basellaceae in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB57>. Acesso em: 07 fev. 2023
- Peter H. Raven, Deyuan Hong (Hrsg.): Flora of China. Volume 5: Ulmaceae through Basellaceae, Science Press und Missouri Botanical Garden Press, Beijing und St. Louis, 2003. ISBN 1-930723-27-X (Abschnitt Beschreibung)
- Roger Eriksson: A synopsis of Basellaceae., In: Kew Bulletin, Volume 62, 2007, S. 297–320. (Abschnitt Systematik)
- Roger Eriksson: Neotropical Basellaceae: Online bei The Royal Botanic Gardens, Kew. (Abschnitt Beschreibung)
- S. Carlquist: Wood, stem, and root anatomy of Basellaceae with relations to habit, systematics, and cambial variants. In: Flora, Volume 194, 1, 1999, S. 1–12.
- Urs Eggli (Hrsg.): Sukkulentenlexikon Band 2 - Zweikeimblättrige Pflanzen (Dicotyledonen) ausgenommen Aizoaceae, Asclepiadaceae, Cactaceae und Crassulaceae, Eugen Ulmer Verlag, Stuttgart, 2002. ISBN 3-8001-3915-4.
Ligações externas
editar- Basellaceae in L. Watson and M.J. Dallwitz (1992 onwards). The families of flowering plants: descriptions, illustrations, identification, information retrieval. Version: 30 May 2006. https://web.archive.org/web/20070103200438/http://delta-intkey.com:80/
- photographs
- Basellaceae in the Flora of North America
- NCBI Taxonomy Browser
- links at CSDL
- «Basellaceae» (em inglês). ITIS (www.itis.gov)
- Steckbriefe von Arten der Basellgewächse. no Wayback Machine (arquivado em 6 de março de 2005) (inglês)
- Herbarmaterial.
- (em inglês) Informação sobre Caryophyllales - Angiosperm Phylogeny Website
- (em inglês) Chave de identificação de famílias de angiospérmicas
- (em inglês) Imagens e descrição de famílias de angiospérmicas - segundo sistema Cronquist