Barragem da Aguieira
A Barragem da Aguieira também conhecida por Barragem da Foz do Dão é uma barragem portuguesa de arcos múltiplos localizada no rio Mondego, a cerca de 2 quilómetros a jusante da foz do rio Dão, situando-se nos limites dos municípios de Penacova (distrito de Coimbra, margem esquerda) e de Mortágua (distrito de Viseu, margem direita), nas freguesias de Travanca do Mondego e Almaça respetivamente.
Barragem da Aguieira | |
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Localização | |
Localização | Rio Mondego, Portugal |
País | Portugal |
Divisão | Coimbra (margem esquerda) Viseu (margem direita) |
Subdivisão | Penacova (margem esquerda) Mortágua (margem direita) |
Bacia hidrográfica | Mondego |
Rio | Rio Mondego |
Coordenadas | 40°20'25"N, 8°11'48"W |
Localização em Portugal Continental | |
Dados gerais | |
Operador | Energias de Portugal, Iberdrola |
Uso | Energia, Defesa contra cheias, Abastecimento, Rega, Atividades de lazer e turismo |
Data de inauguração | 1981 |
Características | |
Tipo | Betão, Arcos múltiplos |
Altura | 89 m |
Cota de coroamento | 125 m |
Fundação | Xistos e Grauvaques |
Capacidade de geração | 336 megawatt |
Dados da albufeira | |
Capacidade total | 423 000 000 |
Capacidade útil | 304 000 000 |
Pleno armazenamento | 117 m |
A construção começou em 1973 e entrou em funcionamento em 1981. Os seus principais objectivos são a produção e fornecimento de energia hidroeléctrica, a irrigação agrícola e o controle de cheias, sobretudo na chamada região do Baixo Mondego.[1]
Barragem
editarA Barragem da Aguieira / Foz do Dão é uma barragem de betão do tipo "arcos múltiplos"; é formada por três arcos e dois contrafortes centrais, nos quais se situam os dois descarregadores de cheia. Tem 89 metros de altura acima da fundação e o comprimento do coroamento é de 400 metros.[1] O coroamento situa-se 125 metros acima do nível do mar. O volume da barragem é de 365 000 000 m3. A barragem contém 2 descarregadores de cheia (caudal máximo de descarga de 2 080 m3/s) e um descarragador de fundo (caudal máximo de 180 m3/s).[1]
Albufeira
editarA um nível de pleno armazenamento de 117 m (nível de máxima cheia 126 m), a albufeira da barragem tem uma superfície de 20 km2 e uma capacidade total de 423 milhões de m3.[1] A albufeira estende-se pelos municípios de Penacova, Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão, Tábua e Tondela. A capacidade útil da albufeira é 304[1] (216[2]) milhões de m3. O nível mínimo de exploração é 100 m.[1] Com 216 milhões de m3, 39,2 GWh podem ser produzidos.[2]
A albufeira submergiu as aldeias de Breda (município de Mortágua) e Senhora da Ribeira e Foz do Dão (município de Santa Comba Dão). De facto, devido à extrema proximidade do paredão da barragem em relação a esta última aldeia, há quem defenda que a barragem deveria ser denominada de Barragem da Foz do Dão, numa homenagem ao que foi submerso pela albufeira.
Através da albufeira, estabelece-se o fornecimento de água aos municípios vizinhos, designadamente à cidade de Coimbra. Ainda que com algumas restrições, nas suas águas desenvolvem-se várias actividades de recreio e lazer, tais como a pesca, banhos e natação, navegação à vela e a remos, pelo que não é de admirar a alta afluência de pessoas que a ela se dirigem.
Central hidroelétrica
editarA central hidroelétrica entrou em funcionamento em 1981. É uma central hidroelétrica reversível. Pertence à Companhia Portuguesa de Produção de Eletricidade e é operada pela EDP e pela Iberdrola. A capacidade instalada de produção de energia eléctrica é de 270[1] ou 336[2] MW. A produtibilidade média anual é 209,9 GWh.[2]
A central hidroelétrica contém 3 turbinas de Francis cada uma com 112,4 MW de potência nominal.[2] A velocidade nominal das turbinas é 125 rpm.[2] A queda bruta mínima é de 53,4 m e a máxima de 71,6 m.[2] O caudal máximo por turbina é de 180 m3/s.[2]
A Barragem da Raiva é o contra-embalse da Barragem da Aguieira / Foz do Dão. Quando as turbinas da Aguieira bombeiam água de jusante para montante, cada turbina tem uma potência máxima aborvida de 91 kW e um caudal máximo de 156 m3/s.[2]