Bad trip ('viagem ruim' em inglês) é o termo (gíria) que representa as sensações fisiológicas e psicológicas desagradáveis provocadas pelo uso de substâncias psicoativas durante os efeitos psicotrópicos.

Não existe uma definição clara sobre o que constitui uma bad trip. Além disso, conhecimentos sobre a causa e predisposição são limitados. Estudos existentes sugerem que possíveis efeitos adversos incluem, ansiedade, pânico, despersonalização, dissolução do ego, paranoia, e sintomas fisiológicos como tontura e palpitações. No entanto, a maioria dos estudos indicam que o set e setting do uso da substância influenciam em como as pessoas reagem a ela.[1]

Às vezes, são causadas por fatores internos; como o estado mental que o usuário já apresentava antes do consumo e a droga ampliou. Outras vezes são causadas por agentes externos que refletem no estado do usuário durante a trip.[2]

Na grande maioria das vezes são apenas "confusões mentais" causadas pela substância e podem se dissipar com o tempo. Porém podem gerar desconforto físico forte e, se não controladas podem causar alucinações perturbadoras, dores no corpo, aumento da frequência cardíaca, medo, pânico, despertar fobias, e causar até psicoses agudas em pessoas mentalmente instáveis naturalmente.[3]

Um sintoma comum de bad trip é o usuário se sentir perseguido, ou preso à viagem, e teme nunca mais ficar são novamente.[4]

Efeitos

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Uma infinidade de reações pode ocorrer durante uma crise psicodélica. Alguns usuários podem experimentar uma sensação geral de medo, pânico ou ansiedade.[5] Um usuário pode ficar sobrecarregado com a desconexão que muitos psicodélicos causam e temer que eles fiquem loucos ou nunca retornem à realidade. O medo que se sente durante uma viagem ruim tem um caráter psicótico, pois vem de dentro da mente do viajante e não do ambiente externo. Por exemplo, durante a primeira viagem de ácido de Albert Hoffman, ele alucinou que sua vizinha havia se transformado em um demônio maligno, quando na verdade ela era apenas uma mulher amigável tentando ajudá-lo.[carece de fontes?]

Esses fatores podem levar ao usuário desencadear doenças psicológicas já preexistentes como síndrome do pânico, transtornos e até mesmo levá-lo ao suicídio. Esses fatores variam de pessoa para pessoa, há pessoas que usam e não têm nenhuma consequência e outras que na primeira vez podem ter uma "viagem sem volta" e acabar por desenvolver um distúrbio.[6]

Para evitar a bad trip, é preciso não ingerir muita droga em um curto período de tempo, ou quando se está sozinho, ou quando se está em lugares muito fechados, pois quando se está sozinho é que nossos medos aparecem e nossa mente nos controla. Pessoas que sofrem de uma bad trip podem achar a experiência extremamente parecida com um ataque de pânico, e desenvolver transtornos de ansiedade como transtorno de desrealização, transtorno de ansiedade generalizada (TAG) entre outros.[carece de fontes?]

Intervenção

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Geralmente, uma pessoa que passa por uma crise psicodélica pode ser ajudada a resolver o impasse, contorná-lo ou, se isso não ocorrer, encerrar a experiência. Os pensamentos de uma pessoa antes de tomar ou enquanto está sob a influência do psicodélico, muitas vezes influenciam muito a viagem.[7]

O tratamento médico consiste em terapia de suporte e minimização de estímulos externos. Em alguns casos, a sedação é usada quando necessário para controlar o comportamento autodestrutivo ou quando ocorre hipertermia. O diazepam é o sedativo usado com mais frequência para esse tratamento, mas outros benzodiazepínicos como o lorazepam também são eficazes.[8] Esses sedativos apenas diminuirão o medo e a ansiedade, mas não subjugarão as alucinações. Em casos graves, os antipsicóticos como o haloperidol podem reduzir ou interromper as alucinações. Haloperidol é eficaz contra a intoxicação aguda causada por LSD e outras triptaminas, anfetaminas, cetamina e fenciclidina.[9][10]

Efeitos

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Bad trips podem causar Transtorno perceptivo persistente por alucinógenos (HPPD).

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Bad trip».

    Referências

  1. Gashi, Liridona; Sandberg, Sveinung; Pedersen, Willy (1 de janeiro de 2021). «Making "bad trips" good: How users of psychedelics narratively transform challenging trips into valuable experiences». International Journal of Drug Policy. 102997 páginas. ISSN 0955-3959. doi:10.1016/j.drugpo.2020.102997. Consultado em 20 de julho de 2024 
  2. Nichols, David E. (abril de 2016). «Psychedelics». Pharmacological Reviews (2): 264–355. ISSN 0031-6997. PMC 4813425 . PMID 26841800. doi:10.1124/pr.115.011478. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  3. Velloso, Thaís (28 de janeiro de 2020). «Como o LSD age no organismo?». Osasco Notícias. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  4. Dantas, Suene; Cabral, Barbara; Moraes, Maristela (setembro de 2014). «Sentidos produzidos a partir de experiências de bad trip: drogas, prevenção e redução de danos». Saúde em Debate (102): 539–550. ISSN 0103-1104. doi:10.5935/0103-1104.20140050. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  5. The Good Drugs Guide (2006). «Avoiding Bad Trips – Essential Info». Essential Info. The Good Drugs Guide. Consultado em 12 de dezembro de 2006. Cópia arquivada em 14 de dezembro de 2006 
  6. Andrighetto, André Gomes; John, Ângela Beatriz; Barbisan, Juarez Neuhaus; Taborda, José Geraldo Vernet (junho de 1999). «Medically unexplained syncope and its relationship to psychiatric disorders». Arquivos Brasileiros de Cardiologia (em inglês) (6): 756–760. ISSN 0066-782X. doi:10.1590/S0066-782X1999500600010. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  7. Hartney, Elizabeth. «What Is a Bad Trip? Psychedelic Drugs Can Induce Fear or Distress». Verywell Mind (em inglês). Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  8. Treatment, Center for Substance Abuse (1999). Chapter 5—Medical Aspects of Stimulant Use Disorders (em inglês). [S.l.]: Substance Abuse and Mental Health Services Administration (US) 
  9. Giannini, A. James; Underwood, Ned A.; Condon, Maggie (novembro de 2000). «Acute Ketamine Intoxication Treated by Haloperidol». American Journal of Therapeutics (em inglês) (6): 389–392. ISSN 1075-2765. doi:10.1097/00045391-200007060-00008. Consultado em 21 de janeiro de 2021 
  10. «Sage Journals» (em inglês). Consultado em 27 de março de 2018. Cópia arquivada em 24 de agosto de 2014 
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