Avenida Afonso Pena

avenida de Belo Horizonte
 Nota: Para outros significados, veja Afonso Pena (desambiguação).

A Avenida Afonso Pena é uma das principais avenidas da cidade de Belo Horizonte. Inaugurada à época da fundação da nova capital de Minas Gerais, é o coração econômico e um dos referenciais urbanos belo-horizontinos. Estende-se por 4,3 km no sentido nor-noroeste-su-sudeste. Em linha reta, percorre o centro de Belo Horizonte e os bairros Boa Viagem, Funcionários, Savassi, Serra e Cruzeiro.[1] Ao lado das avenidas Amazonas e do Contorno, é uma das principais vias da área central da cidade.

Avenida Afonso Pena
Avenida Afonso Pena
Avenida Afonso Pena, no bairro Funcionários
Extensão 4,3 km
Início Praça Rio Branco
Interseções Amazonas, Carandaí, Brasil, Getúlio Vargas, Contorno
Estado Minas Gerais
Cidade Belo Horizonte
Bairro(s) Centro, Boa Viagem, Funcionários, Savassi, Serra e Cruzeiro
Fim Praça da Bandeira

Seu percurso se inicia na Praça Rio Branco, em frente à estação rodoviária. Cruza a Avenida Amazonas na Praça Sete, ponto considerado o hipercentro de Belo Horizonte e marcado por um obelisco. Corta ainda, dentre outras, a Rua da Bahia, a Avenida Brasil e a Avenida Getúlio Vargas. Estende-se para além da Avenida do Contorno, avançando em direção à Serra do Curral, ultrapassando o traçado original da cidade. Termina na Praça da Bandeira, onde encontra a Avenida Bandeirantes.[2]

Encontra-se nessa avenida grande riqueza arquitetônica em estilos de diferentes épocas. Ao longo de seus 4,3 km encontram-se vários pontos históricos e culturais importantes, órgãos dos poderes públicos municipal, estadual e federal. Destacam-se o Cine-Teatro Brasil, o Café Nice, o Centro Cultural do Instituto Moreira Salles, o Edifício Acaiaca, o Othon Palace Hotel, a Igreja de São José, o prédio da Prefeitura Municipal, o Parque Municipal, o Teatro Francisco Nunes, o Palácio da Justiça Rodrigues Caldas, o Edifício Automóvel Clube, o antigo Conservatório da Universidade Federal de Minas Gerais, o Palácio das Artes e a Bolsa de Valores Minas-Espírito Santo-Bahia. Aos domingos, a área compreendida entre as ruas dos Guajajaras e da Bahia abriga a Feira de Artes e Artesanato.

História

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A avenida foi projetada para funcionar como eixo norte-sul do perímetro urbano da "Cidade de Minas Gerais" e inaugurada em 12 de dezembro de 1897, mesma data da inauguração de Belo Horizonte. A planta original de Aarão Reis concebeu a Afonso Pena como a mais larga via da cidade, com 50 m de largura. As demais avenidas teriam 35 m, as ruas na zona urbana 20 m e as suburbanas teriam 14m. Durante o século XX, sofreu várias alterações que modificaram consideravelmente o projeto original, tendo sido ampliada e alargada.

Nas primeiras décadas do século XX, havia fícus plantados em ambos os lados da via e trilhos por onde passavam os bondes. A população, especialmente as pessoas de classes mais altas e famílias tradicionais, se encontrava na avenida durante o footing no final das tardes. Entre as localidades mais marcantes desse período que desapareceram com o passar do tempo destacam-se a loja de roupas femininas Slooper, a chapelaria Londres, a sapataria Clark e o Café Galo.

Durante a administração do Prefeito Jorge Carone Filho, no início da década de 1960, os fícus foram derrubados para alargamento da avenida - embora os motivos oficiais do corte, alegados pelo Poder Público à época, tenham sido a contaminação das plantas por pragas e a proliferação de insetos - e os bondes foram desativados para aumentar as pistas de rolamento de automóveis.

A avenida sempre teve início na Praça Rio Branco, onde, desde a década de 1970, se localiza a Estação Rodoviária de Belo Horizonte, mas originalmente terminava na praça do Cruzeiro, atual Praça Milton Campos. Em 1970, sua extensão foi prolongada até a Praça da Bandeira, chegando aos pés da Serra do Curral e adquirindo o traçado que possui atualmente.

Referências

  1. «Bairros de Belo Horizonte» (pdf). Prefeitura de Belo Horizonte. 2010. Consultado em 27 de agosto de 2012 
  2. ERBETTA, Gabriela (ed.) (2010). Guia Brasil 2011. São Paulo: Abril. p. 150-151. ISBN 978-85-3641007-4