Antonio Candido
Antonio Candido de Mello e Souza (Rio de Janeiro, 24 de julho de 1918 – São Paulo, 12 de maio de 2017) foi um sociólogo, crítico literário e professor universitário brasileiro. Estudioso da literatura brasileira e estrangeira, é autor de uma obra crítica extensa, respeitada nas principais universidades do Brasil. Foi professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) onde, entre outros feitos, introduziu, em 1962, a Literatura Comparada, transformando a disciplina de Teoria Literária em Teoria Literária e Literatura Comparada.[2]
Antonio Candido | |
---|---|
Antonio Candido na 9ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), em 2011 (Foto: André Gomes de Melo) | |
Nome completo | Antonio Candido de Mello e Souza |
Nascimento | 24 de julho de 1918 Rio de Janeiro, RJ |
Morte | 12 de maio de 2017 (98 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Gilda de Melo e Sousa |
Alma mater | Universidade de São Paulo |
Ocupação | |
Prémios |
|
Filiação | PT (1980-2017) |
Magnum opus | Formação da literatura brasileira |
Religião | Ateísmo[1] |
É considerado um dos grandes expoentes da crítica literária brasileira pelo fato de suas obras terem se tornado base essencial para o debate da formação literária nacional associada a uma construção sociológica e ao humanismo.[3] De método dialético, comparatista e sociológico, antecipou a interdisciplinaridade para entender a literatura como expressão da cultura brasileira. Como militante político, foi um dos vários precursores do socialismo democrático no Brasil.[4]
Sua idealização do Suplemento Literário, em 1956, o caderno de crítica anexo ao jornal O Estado de S. Paulo, até 1966, contando com colaboração de Paulo Emílio Salles Gomes, Wilson Martins, do próprio Antonio Candido e outros, é visto como um marco do pensamento crítico brasileiro.[3] Sua obra mais influente, Formação da Literatura Brasileira, foi lançada em 1959. Estreitou relações e amizades com pelo menos duas das grandes gerações de importantes escritores brasileiros, como Oswald de Andrade, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, dos quais escreveu também resenhas, estudos e críticas referenciais e seminais para o entendimento de suas obras.
Foi professor emérito da FFLCH-USP e da Universidade Estadual Paulista (UNESP), e doutor honoris causa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade da República do Uruguai (2005).[5] Entre diversos outros prêmios importantes por seu trabalho, recebeu o Prêmio Jabuti em 1960, 1965, 1966 e 1993, o Prêmio Machado de Assis em 1993, o Prêmio Anísio Teixeira em 1996 e o Prêmio Camões em 1998.[6]
Início de vida e educação
editarAntônio Candido nasceu na cidade do Rio de Janeiro,, em 24 de julho de 1918, enquanto a cidade ainda era capital federal do país, filho do médico Aristides Candido de Mello e Souza e de Clarisse Tolentino de Mello e Souza.[7][8][9]
O autor passou a infância entre os limites geográficos e culturais de Minas Gerais e São Paulo (Cássia, Poços de Caldas e São João da Boa Vista), para fixar-se na cidade de São Paulo em 1937.[10]
Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP) e na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH) — ambas vinculadas a Universidade de São Paulo (USP) — em 1939, tendo abandonado a primeira no quinto período[11] e se formado em Ciências Sociais em 1942.[10][12]
Carreira
editarIniciou sua carreira como crítico na revista Clima (1941-1944), juntamente com Paulo Emílio Salles Gomes, Alfredo Mesquita, Décio de Almeida Prado, Gilda Rocha de Mello e Souza (filha de um primo de Mário de Andrade), com quem veio a se casar, e outros.[13][14][15]
Professor da USP
editarEm 1942 ingressou no corpo docente da Universidade de São Paulo (USP) como assistente de ensino do professor Fernando de Azevedo, na cadeira de Sociologia II, onde foi colega de Florestan Fernandes.[16][17] A partir de 1943 passou a colaborar com o jornal Folha da Manhã, em que escreveu diversos artigos e resenhou os primeiros livros de João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector.[18][19] Candido foi o primeiro crítico literário a tecer uma crítica sobre a obra de Clarice.[20][21]
No ano de 1945, obteve o título de livre-docente na universidade com a tese Introdução ao Método Crítico de Sílvio Romero.[22][23] Posteriormente em 1954, o grau de doutor em Ciências Sociais com a tese Parceiros do Rio Bonito, ainda hoje um marco nos estudos brasileiros sobre sociedades tradicionais.[24][25][26] Entre os anos de 1958 e 1960 foi professor de literatura brasileira na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, hoje integrada à Universidade Estadual Paulista (UNESP).[27]
Em 1961 regressou à USP e, a partir de 1974, torna-se professor-titular de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (assim denominada a partir de 1970) da USP, sendo responsável pela formação de grande parte da intelectualidade nacional, direta ou indiretamente.[28][29] Entre os seus discípulos estão intelectuais como Antônio Lázaro de Almeida Prado, Fernando Henrique Cardoso, Roberto Schwarz, Davi Arrigucci Jr., Walnice Nogueira Galvão, João Luiz Lafetá, Antônio Arnoni Prado e Antônio Luiz Cagnin entre outros.[30][31]
Aposentou-se em 1978, todavia manteve-se ainda como professor do curso de pós-graduação até 1992, ano em que orientou a última tese, a do crítico mexicano Jorge Ruedas de La Serna e crítico atuante não só na vida literária, como também na política, tendo sido um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT).[32][33][34]
No ano de 1998, foi agraciado com o Prémio Camões, principal prêmio literário de língua portuguesa.[35][36]
Antônio Candido foi o primeiro brasileiro a receber o Prêmio Internacional Alfonso Reyes, um dos mais importantes da América Latina.[37] A premiação ocorreu em 8 de outubro de 2005, em Monterrey, a cidade natal de Reyes.[38] Escritores como Borges, Carpentier, Malraux, Octavio Paz, Harold Bloom figuram entre os premiados.[39]
Relação com a Unicamp
editarCândido teve uma relação ímpar com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).[40] A convite do então reitor da Unicamp, Zeferino Vaz foi um dos fundadores do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp (IEL), órgão de pesquisa literária e linguística da universidade.[41][42][43]
O professor, permaneceu na instituição por cinco anos como professor e um dos gestores do instituto, criando departamentos e participando da implantação do IEL.[41]
Em sua homenagem, a biblioteca do instituto ganhou o seu nome.[44][45] Sua biblioteca pessoal, que contava com mais de seis mil livros foi doada a instituição após a sua morte por suas três filhas, no ano de 2018.[46][47][48]
Atividade política
editarParalelo às atividades literárias, Candido militou no Partido Socialista Brasileiro (PSB) e participou do Grupo Radical de Ação Popular, integrado também por Paulo Emílio Salles Gomes, Germinal Feijó, Paulo Zingg e Antônio Costa Correia, editando um jornal clandestino, de oposição ao governo ditatorial de Getúlio Vargas, chamado Resistência.[49]
Antônio Candido ajuda a consolidar a União Democrática Socialista (UDS).[50][51] Com a dissolução desta última, adere à Esquerda Democrática, que em 1947 se funde com os remanescentes da UDS, para formar o Partido Socialista Brasileiro (PSB).[49] Foi candidato a deputado estadual por essa sigla, na qual ocupou o cargo de dirigente da seção paulista e militou até 1954.[52] Posteriormente, participou do processo de fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), onde, entre outras funções, foi Presidente do 1º Conselho Curador da Fundação Wilson Pinheiro, fundação de apoio partidária instituída pelo PT em 1981[53], antecessora da Fundação Perseu Abramo.[54]
Foi um forte entusiastas das candidaturas de Lula (PT) à presidência da república.[55][56][57]
Como petista apoiou Dilma Rousseff a candidatura de DIlma em 2010.[58] Em 2014, novamente apoiou-a contra o então Senador mineiro, Aécio Neves (PSDB).[59] Durante o processo de impeachment de DIlma Rousseff, posicionou-se de maneira contrária ao afastamento da presidente.[60][61] Quando questionado pelo jornal paulista, Folha de S.Paulo Candido afirmou "nada justifica a tentativa de destituir a "destemida" presidente Dilma Rousseff de suas funções [...] o impedimento provavelmente só agravaria a dificílima situação política e econômica do país."[62]
Considerou-se sempre socialista, tendo declarado, já aos 93 anos de idade:
- "O socialismo é uma doutrina totalmente triunfante no mundo. E não é paradoxo. O que é o socialismo? É o irmão-gêmeo do capitalismo, nasceram juntos, na revolução industrial. É indescritível o que era a indústria no começo. Os operários ingleses dormiam debaixo da máquina e eram acordados de madrugada com o chicote do contramestre. Isso era a indústria. Aí começou a aparecer o socialismo. Chamo de socialismo todas as tendências que dizem que o homem tem que caminhar para a igualdade e ele é o criador de riquezas e não pode ser explorado. Comunismo, socialismo democrático, anarquismo, solidarismo, cristianismo social, cooperativismo… tudo isso. Esse pessoal começou a lutar, para o operário não ser mais chicoteado, depois para não trabalhar mais que doze horas, depois para não trabalhar mais que dez, oito; para a mulher grávida não ter que trabalhar, para os trabalhadores terem férias, para ter escola para as crianças. Coisas que hoje são banais. Conversando com um antigo aluno meu, que é um rapaz rico, industrial, ele disse: "o senhor não pode negar que o capitalismo tem uma face humana". O capitalismo não tem face humana nenhuma. O capitalismo é baseado na mais-valia e no exército de reserva, como Marx definiu. É preciso ter sempre miseráveis para tirar o excesso que o capital precisar. E a mais-valia não tem limite. Marx diz na "Ideologia Alemã": as necessidades humanas são cumulativas e irreversíveis. Quando você anda descalço, você anda descalço. Quando você descobre a sandália, não quer mais andar descalço. Quando descobre o sapato, não quer mais a sandália. Quando descobre a meia, quer sapato com meia e por aí não tem mais fim. E o capitalismo está baseado nisso. O que se pensa que é face humana do capitalismo é o que o socialismo arrancou dele com suor, lágrimas e sangue. Hoje é normal o operário trabalhar oito horas, ter férias… tudo é conquista do socialismo."[63][64]
Vida pessoal
editarAntônio Candido foi casado com Gilda de Mello e Souza, professora de Estética no Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.[65][66]
Falecida no Natal de 2005 (25 de dezembro), Gilda era filha de um primo do escritor Mário de Andrade, com quem conviveu na mesma casa por 12 anos e cuja obra ela estudou, especialmente em O Tupi e o Alaúde.[67] Candido deixou três filhas: Ana Luísa e as também professoras de História da USP, Laura de Mello e Souza e Marina de Mello e Souza.[46][68]
Mesmo discreto, aposentado e afastado da vida social e acadêmica, era frequentemente requisitado por alunos e instituições, por conta de sua erudição.[69]
Morte
editarAntônio Candido morreu em 12 de maio de 2017, em São Paulo, em decorrência de uma hérnia de hiato inoperável.[68][70]
Principais obras
editar- Introdução ao método crítico de Sílvio Romero, Universidade de São Paulo, 1945.[71]
- Ficção e confissão: estudo sobre a obra de Graciliano Ramos, Editora José Olympio ,1956.[72]
- Formação da literatura brasileira: momentos decisivos (2 volumes), Editora Martins, 1964-1969.[73][74]
- O observador literário, Comissão de Literatura, 1959.[75]
- Tese e antítese: ensaios, Editora Nacional, 1964.[76]
- Os parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida, Editora José Olympyio, 1964.[77]
- Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária, Companhia Editora Nacional, 1965.[78]
- Vários escritos, 1970.[79]
- Formação da literatura brasileira, Editora da Universidade de São Paulo, 1975.[80]
- Teresina etc., 1980.[81]
- Na sala de aula: caderno de análise literária, Editora Ática, 1985.[82]
- A educação pela noite e outros ensaios, Editora Ática, 1987.[83]
- O estudo analítico do poema, Associação Editorial Humanitas, 1987.[84]
- Recortes, Companhia das Letras, 1993.[85]
- O discurso e a cidade, Duas Cidades, 1993.[86]
- Teresina e seus amigos, Paz e Terra 1996.[87]
- Iniciação à literatura brasileira (Resumo para principiantes), Humanitas Publicações, 1997.[88]
- O Romantismo no Brasil, Editora Humanitas, 2002.[89]
- Um funcionário da Monarquia: ensaio sobre o segundo escalão, Editora Ouro sobre Azul, 2002.[90]
Obras em parceria
editar- Presença da literatura brasileira: história e antologia, Difusão Europeia do Livro (com José Aderaldo Castello) 1964..[91]
- A personagem de ficção, Editora Perspectiva (com Paulo Emílio Salles Gomes, Décio de Almeida Prado e Anatol Rosenfeld), 1968.[92]
- Política cultural, Editora Mercado Aberto (com Marilena Chauí, Lélia Abramo e Edélcio Mostaço), 1984.[93]
- USP: 1968-1969: Hélio Lourenço de Oliveira, Editora da Universidade de São Paulo (com Lólio Lourenço de Oliveira e Alberto Carvalho da Silva), 1995.[94]
Obras sobre Antônio Candido
editar- Aguiar, Flávio (org.). Antônio Candido: pensamento e militância. Fundação Perseu Abramo e Humanitas FFLCH/USP, 1999.[95]
- Antelo, Raúl (org.). Antônio Candido y los Estúdios Latinoamericanos. Instituto Internacional de Literatura Ibero-Americana da Universidade de Pittsburgh, 2002.[96]
- Arantes, Paulo Eduardo. Sentimento da Dialética. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.[97]
- Corpas, Danielle et al. (org.). 40 anos de Formação da literatura brasileira. v. 1. Rio de Janeiro: Fundação Universitária José Bonifácio (UFRJ), 2000.
- Dantas Vinícius. Bibliografia de Antônio Candido, São Paulo, Duas Cidades/34 Letras, 2002.[98]
- Goto, Roberto. Malandragem revisitada. Campinas: Pontes, 1988.[99]
- Jackson, Luiz Carlos. A tradição esquecida; Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.[100]
- Lafer, Celso. (org.). Esboço de Figura: Homenagem a Antonio Candido. São Paulo, Duas Cidades, 1979.[101]
- Martinello, André Souza; Schneider, Sérgio. PARALELOS ENTRE ANTONIO CANDIDO E ALEXANDRE CHAYANOV: economia fechada, equilíbrio mínimo e rusticidade. In: CARVALHO, Horácio Martins de (Org.). CHAYANOV E O CAMPESINATO. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2014, p. 273-298.[102]
- MARTINELLO, André Souza; SCHNEIDER, Sérgio. 'PARALELOS ENTRE ANTÔNIO CANDIDO E ALEXANDRE CHAYANOV: ECONOMIA FECHADA, EQUILIBRIO MÍNIMO E RUSTICIDADE.' Revista Territórios e Fronteiras (UFMT). V.3, número 02 - Jul/Dez 2010. p. 138-158, 2010.[102]
- Pontes, Heloísa. Destinos Mistos. Companhia das Letras. 1998.[103]
- Schwarz, Roberto. Sequências Brasileiras. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.[104]
- Serna, Jorge Ruedas de la (org.). "História e Literatura: Homenagem a Antônio Candido", Editora da Unicamp, 2003.[105]
Prêmios
editar- Prêmio Jabuti (1960, 1965, 1966, 1993).[106][107]
- Prêmio Internacional Alfonso Reyes (2005).[37]
- Prêmio Juca Pato (2007).[108]
- Prêmio Camões (1998).[36]
- Prêmio Machado de Assis (1993).[109]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Antonio Candido foi o último dos grandes intérpretes do Brasil». Folha de S.Paulo. 15 de maio de 2017. Consultado em 4 de setembro de 2018
- ↑ Sandra Nitrini, "Um comparatista dialético". in: Revista de Letras. Vol. 36 (1996), pp. 17-32.
- ↑ a b Antonio Candido. Enciclopédia Itaú Cultural. Acesso: 6 de julho de 2018.
- ↑ "entrevista/Max Gimenes "Antonio Candido é um dos Precursores do Socialismo Democrático no Brasil"". Revista Maquiavel. Acesso: 6 de julho de 2018.
- ↑ «Título de Doctor Honoris causa para el brasileño Antonio Cândido de Mello Souza». www.universidad.edu.uy (em espanhol). Portal Universidad de la República. 21 de setembro de 2006. Consultado em 5 de dezembro de 2017
- ↑ «Agraciados». Prêmio Anísio Teixeira. 1 de junho de 2016. Consultado em 5 de dezembro de 2017
- ↑ «Antonio Candido». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ CASTRO, Ruy (2019). Metrópole à beira-mar: O Rio moderno dos anos 20. Rio de Janeiro: Companhia das Letras. 536 páginas
- ↑ «Rio de Janeiro». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ a b Mota, Lourenço Dantas. Introduçao Ao Brasil - Um Banquete No Tropico. [S.l.]: Editora SENAC São Paulo. ISBN 9788573597653
- ↑ «Biografia de Antonio Candido». eBiografia. 22 de março de 2019. Consultado em 29 de março de 2024
- ↑ Lafer, Celso (2009). «Antonio Candido e a Faculdade de Direito». Literatura e Sociedade (Universidade de São Paulo). Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Fernandes, Guilherme (27 de maio de 2019). «FORMAÇÃO DE UMA GERAÇÃO DE CRÍTICOS: REVISTA CLIMA (1941-44)». Blog da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «Antonio Candido - personalidades - Estadao.com.br - Acervo». Estadão - Acervo. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Pontes, Heloisa (1998). Destinos mistos: os críticos do Grupo Clima em São Paulo, 1940-68. [S.l.]: Companhia das Letras
- ↑ Moura, José (1 de novembro de 2017). «Fernando de Azevedo: um Homem de Pensamento». Jornal Tribuna do Norte. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Costa, Claudia (10 de junho de 2019). «Fernando de Azevedo e a defesa da educação para todos». Jornal da USP. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Ramassote, Rodrigo Martins (2011). «Inquietudes da crítica literária militante de Antonio Candido». Tempo Social (2): 41–70. ISSN 0103-2070. doi:10.1590/S0103-20702011000200003. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «Leia a primeira coluna de Antonio Candido na Folha». Folha de S.Paulo. 12 de maio de 2017. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ PRIMEIRO CRÍTICO BRASILEIRO A FALAR DE CLARICE LISPECTOR, consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Correa, Bruno (21 de julho de 2020). «A retórica de Candido na construção das imagens de si e de Clarice». Mandinga - Revista de Estudos Linguísticos (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira). Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Machado, Cassiano (17 de novembro de 2001). «O verso e o reverso de Sílvio Romero». Folha de S.Paulo. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Almeida, Emiliano (2012). «O MÉTODO CRÍTICO DE ANTONIO CANDIDO» (PDF). VII COLÓQUIO INTERNACIONAL MARX-ENGELS (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp). Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «Os Parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira e a transformação dos meios de vida». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Santos, Luiz Antonio C. (2002). «A radicalidade de Os Parceiros do Rio Bonito». Revista Brasileira de Ciências Sociais (49): 31–38. ISSN 0102-6909. doi:10.1590/S0102-69092002000200003. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Cândido, Antônio (2010). Os parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. [S.l.]: Ouro sobre Azul
- ↑ Ramassote, Rodrigo Martins (1 de março de 2010). «Antonio Candido em Assis e depois». Revista do Instituto de Estudos Brasileiros (50). 103 páginas. ISSN 2316-901X. doi:10.11606/issn.2316-901x.v0i50p103-128. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Nitrini, Sandra (1994). «Teoria literária e literatura comparada». Estudos Avançados (22): 473–480. ISSN 0103-4014. doi:10.1590/S0103-40141994000300068. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Nitrini, Sandra (6 de dezembro de 2019). «Antonio Candido, criador da área de Teoria Literária e Literatura Comparada». Literatura e Sociedade (30): 11–24. ISSN 2237-1184. doi:10.11606/issn.2237-1184.v0i30p11-24. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «'Homem de compromissos políticos, nunca se calou', diz FHC sobre Candido - 12/05/2017 - Ilustrada». Folha de S.Paulo. 12 de maio de 2017. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Ribeiro, Milton (12 de maio de 2017). «Foi-se um dos grandes: crítico literário Antonio Candido morre aos 98 anos em São Paulo». Guia21. Jornal Sul21. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Rufinoni, Simone Rossinetti (8 de março de 2018). «Notas sobre o método crítico de Antonio Candido». Teresa (18). 266 páginas. ISSN 2447-8997. doi:10.11606/issn.2447-8997.teresa.2016.143672. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Atanes, Alessandro (8 de janeiro de 2007). «O método crítico de Antonio Candido através de um olhar mexicano». Porto Gente. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Reis, Daniel (8 de março de 2007). «O Partido dos Trabalhadores – trajetória, metamorfoses, perspectivas» (PDF). Universidade Federal Fluminense. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «Prêmio Camões de Literatura». Brasil: Fundação Biblioteca Nacional. Cópia arquivada em 16 de Março de 2016
- ↑ a b Ilhéu, Taís (24 de maio de 2019). «Conheça os treze brasileiros premiados com o Camões». Guia do Estudante. Editora Abril. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ a b «Escritor Antonio Candido ganha Prêmio Alfonso Reyes no México». Folha de S.Paulo. 6 de agosto de 2005. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Guerra, Antonio Candido (1 de novembro de 2006). «Antonio Candido: Prêmio Alfonso Reyes». Revista USP (71): 140–151. ISSN 2316-9036. doi:10.11606/issn.2316-9036.v0i71p140-151. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «Homenagem ao democrata e humanista Antonio Candido». SOS Brasil Soberano. 15 de maio de 2017. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «Morre Antônio Cândido (1918-2017)». Unicamp. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ a b ESPECIAL - Antonio Candido fala sobre a criação do IEL, consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ «Bem vindo ao IEL». Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ Gomes, Eustáquio (2007). O mandarim: história da infância da Unicamp. [S.l.]: Editora Unicamp
- ↑ «Biblioteca Antônio Candido». Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ «Biblioteca do IEL da Unicamp é atacada com pichações fascistas e racistas». CartaCampinas. 15 de agosto de 2018. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ a b Filho, Manuel (10 de agosto de 2018). «Unicamp recebe biblioteca de Antonio Candido». Unicamp. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ «O 'pranto mudo dos livros' de Antonio Candido». Conselho Federal de Biblioteconomia. 30 de novembro de 2018. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ Meirelles, Maurício (7 de abril de 2018). «Após não da USP, biblioteca de Antonio Candido vai para a Unicamp». Folha de S.Paulo. Consultado em 4 de maio de 2021
- ↑ a b «Aos 98 anos, morre Antonio Candido, um dos fundadores do PSB». Partido Socialista Brasileiro. 14 de maio de 2017. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ «Antonio Cândido». Boitempo Editorial. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «UNIAO DEMOCRATICA SOCIALISTA». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ Fagundes, Ana Carolina. «Um intelectual comprometido com as causas sociais». Entreteses - Unifesp. Consultado em 3 de janeiro de 2020
- ↑ Menegozzo, C H M; Maciel, A F; Silva, P R; Ramires, M F; Góes, W L. (20 de novembro de 2010). «Centro Sérgio Buarque de Holanda: Guia de Acervo» (PDF). Fundação Perseu Abramo. Consultado em 5 de dezembro de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 20 de novembro de 2010
- ↑ «100 anos de Antonio Cândido, um intelectual que pensou o País». Fundação Perseu Abramo. 23 de julho de 2018. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ «Antonio Candido; FOTOS». G1. 12 de maio de 2017. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ Nogueira, Amanda (12 de maio de 2017). «Velório de Antonio Candido tem presença de Lula e outros políticos - 12/05/2017 - Ilustrada - Folha de S.Paulo». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ «Das fábricas e ruas, há 40 anos PT chegava pra mudar». Instituto Lula. 10 de fevereiro de 2020. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ Xavier, Cezar (26 de outubro de 2010). «Leia declaração de Antonio Candido durante ato dos dois mil Pró-Dilma, na USP, nesta segunda (25)». PT SÃO PAULO. Consultado em 5 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2010
- ↑ Jornal Nacional | Morre aos 98 anos Antonio Candido, o maior crítico literário do Brasil | Globoplay, consultado em 27 de março de 2021
- ↑ Massuela, Amanda (12 de maio de 2017). «Intelectual público, Antonio Candido não se omitiu das discussões mais importantes do país». Revista Cult. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ «Dilma Rousseff - Presidenta eleita do Brasil». Dilma. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ «A favor ou contra o impeachment? Intelectuais respondem enquete - 10/04/2016 - Ilustríssima». Folha de S.Paulo. 12 de maio de 2017. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ Joana Tavares, "“O socialismo é uma doutrina triunfante”". Brasil de Fato. 08 de Agosto de 2011. Acesso: 6 de julho de 2018.
- ↑ «"O socialismo é uma doutrina triunfante", diz Antonio Candido». Vermelho. 12 de maio de 2017. Consultado em 27 de março de 2021
- ↑ «Gilda de Mello e Souza». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Gama, Guilherme (18 de março de 2021). «Da moda à filosofia, acervo conta a vida de Gilda de Mello e Souza». Jornal da USP. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «Gilda de Mello e Souza». Fiocruz. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ a b «Antonio Candido, crítico literário e sociólogo, morre aos 98 anos em São Paulo». G1. 12 de maio de 2017. Consultado em 5 de dezembro de 2017
- ↑ Pablo Pires Fernandes, "Antonio Candido foi o maior pensador e divulgador da literatura brasileira. Uai. 13/05/2017. Acesso: 6 de julho de 2018.
- ↑ Ubiratan Brasil, Guilherme Sobota (12 de maio de 2017). «Morre Antonio Candido aos 98 anos». Estadão. Consultado em 5 de dezembro de 2017
- ↑ Cândido, Antônio (2006). O método crítico de Silvio Romero. [S.l.]: Ouro Sobre Azul Editora
- ↑ Cândido, Antônio (1956). Ficção e confissão: ensaio sôbre a obra de Graciliano Ramos. [S.l.]: J. Olympio
- ↑ Cândido, Antônio (1969). Formacão da literatura brasileira: momentos decisivos. [S.l.]: Martins
- ↑ Cândido, Antônio (1964). Formação Da Literatura Brasileira: (momentos Decisivos). (em inglês). [S.l.]: Livraria Martins
- ↑ Cândido, Antônio (1959). O observador literário. [S.l.]: Comissão de Literatura
- ↑ Cândido, Antônio (1964). Tese e antítese. [S.l.]: Editora Nacional
- ↑ Cândido, Antônio (1975). Os parceiros do Rio Bonito: estudo sôbre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. [S.l.]: Livraria Duas Cidades
- ↑ Cândido, Antônio (1965). Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária (em espanhol). [S.l.]: Companhia Editora Nacional
- ↑ Candido, Antonio. Vários Escritos (em inglês). [S.l.]: OURO SOBRE AZUL
- ↑ Menez, Alexsandro da Rosa (12 de janeiro de 2016). «A formulação da literatura e identidade brasileira na crítica literária de José de Alencar (1856 – 1865)». CLIO: Revista de Pesquisa Histórica (1): 141–162. ISSN 2525-5649. doi:10.22264/clio.issn2525-5649.2016.34.1.do.141-162. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Chiappini, Ligia (2003). «Além do eu: literatura, história e memória em Teresina etc., de Antonio Candido». Tempo Social (1): 97–111. ISSN 0103-2070. doi:10.1590/S0103-20702003000100006. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Cândido, Antônio (1985). Na sala de aula: caderno de análise literária. [S.l.]: Editora Ática
- ↑ Cândido, Antônio (1987). A educação pela noite e outros ensaios. [S.l.]: Editora Atica
- ↑ Cândido, Antônio (2006). O estudo analítico do poema. [S.l.]: Associação Editorial Humanitas
- ↑ Cândido, Antônio (1993). Recortes. [S.l.]: Companhia das Letras
- ↑ «O DISCURSO E A CIDADE.tif» (PDF). FFLCH. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Candido, Antonio (1996). Teresina e Seus Amigos. [S.l.]: Paz e Terra. 76 páginas
- ↑ Cândido, Antônio (1997). Iniciação à Literatura Brasileira (resumo para principiantes). [S.l.]: Humanitas Publicações
- ↑ Cândido, Antônio (2004). O romantismo no Brasil. [S.l.]: Associação Editorial Humanitas
- ↑ Cândido, Antônio (2002). Um funcionário da monarquia: ensaio sobre o segundo escalão. [S.l.]: Editora Ouro sobre Azul
- ↑ Cândido, Antônio; Castello, José Aderaldo (1964). Presença da literatura brasileira: história e antologia. Modernismo. [S.l.]: Difusão européia do livro
- ↑ A Personagem de ficção. [S.l.]: Ed. Perspectiva. 1968
- ↑ Política cultural. [S.l.]: Mercado aberto. 1984
- ↑ Oliveira, Helio Lourenço de; Oliveira, Lólio Lourenço de (1995). USP, 1968-1969. [S.l.]: Edusp
- ↑ Aguiar, Flávio (1999). Antonio Candido: pensamento e militância. [S.l.]: Humanitas Publicações, FFLCH/USP
- ↑ Antelo, Raúl (2001). Antonio Candido y los estudios latinoamericanos. [S.l.]: Instituto Internacional de Literatura Iberoamericana, Universidad de Pittsburgh
- ↑ ARANTES, PAULO EDUARDO. SENTIMENTO DA DIALETICA: NA EXPERIENCIA INTELECTUAL BRASILEIRA. [S.l.]: PAZ E TERRA
- ↑ Dantas, Vinicius (2002). Bibliografia de Antonio Candido. [S.l.]: Editora 34
- ↑ Goto, Roberto (1988). Malandragem revisitada: uma leitura ideológica de "Dialética da malandragem". [S.l.]: Pontes Editores
- ↑ Jackson, Luiz Carlos (2002). A tradição esquecida: Os parceiros do Rio Bonito e a sociologia de Antonio Candido. [S.l.]: Editora UFMG
- ↑ «Celso Lafer». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ a b Martinello, André (21 de maio de 2013). «PARALELOS ENTRE ANTONIO CANDIDO E ALEXANDRE CHAYANOV: ECONOMIA FECHADA, EQUILIBRIO MÍNIMO E RUSTICIDADE» (PDF). Archive. universidade Federal do Mato Grosso. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Pontes, Heloisa (1998). Destinos mistos: os críticos do Grupo Clima em São Paulo, 1940-68. [S.l.]: Companhia das Letras
- ↑ Schwarz, Roberto (1999). Seqüências brasileiras: ensaios. [S.l.]: Companhia das Letras
- ↑ Serna, Jorge A. Ruedas de la; Cândido, Antônio (2003). História e literatura: homenagem a Antonio Candido (em espanhol). [S.l.]: Imprensa Oficial SP
- ↑ «Antonio Candido, crítico literário, morre aos 98 anos». Globo Rural. 12 de maio de 2017. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ «Perfil Antonio Candido - complemento». Universidade Federal de São Paulo. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Farias, Ivy (21 de agosto de 2008). «Antonio Candido recebe prêmio Juca Pato». Agência Brasil. Consultado em 5 de maio de 2021
- ↑ Venancio Filho, Alberto; Venancio Filho, Alberto (2017). «Antonio Candido e a Academia Brasileira de Letras». Estudos Avançados (90): 349–355. ISSN 0103-4014. doi:10.1590/s0103-40142017.3190023. Consultado em 5 de maio de 2021
Ligações externas
editar
Precedido por Cecília Meireles / Herman Lima |
Prêmio Jabuti - Poesia 1965 |
Sucedido por Carlos Soulie do Amaral |
Precedido por Pepetela |
Prêmio Camões 1998 |
Sucedido por Sophia de Mello Breyner |