Alejo Carpentier (Havana[1], 26 de dezembro de 1904Cuba, 24 de abril de 1980) foi um novelista, ensaísta e musicólogo cubano, de origem franco-suíça.

Alejo Carpentier
Alejo Carpentier
Nascimento Alejo Carpentier Valmont
26 de dezembro de 1904
Lausana
Morte 24 de abril de 1980 (75 anos)
7.º arrondissement de Paris
Sepultamento Necrópole de Cristóvão Colombo
Cidadania Cuba, França
Ocupação escritor, jornalista, ensaísta, musicólogo, crítico literário, diplomata, professor universitário, editor
Distinções
Obras destacadas The Kingdom of this World, Explosion in a Cathedral, The Harp and the Shadow
Movimento estético surrealismo, realismo mágico
Causa da morte câncer

Biografia

editar

Filho de um arquiteto francês que dois anos antes se transferira para Cuba, aos dezessete anos desiste do estudo de arquitetura para tornar-se jornalista. Em 1928 é preso, por razões políticas, e foge, com ajuda de intelectuais franceses, para a França, onde fica até 1939, ano em que retorna a Cuba para trabalhar no rádio. De 1945 até 1959 mora na Venezuela, regressando mais uma vez a Cuba, após a vitória da revolução, para dirigir a Editora Nacional. A partir de 1966 vai morar em Paris onde exerce a função de ministro-conselheiro junto à embaixada cubana, até sua morte, em abril de 1980.

Sua literatura é frequentemente associada ao realismo fantástico, que ele denominava "real maravilhoso". Suas obras mais renomadas são A música em Cuba, um estudo sobre as influências africanos|afro]]-europeias na arte musical cubana, e O reino deste mundo, uma recriação dos acontecimentos que precederam a independência haitiana até um Haiti em pleno período republicano, a transição de colônia francesa, governada por brancos, para uma nação negra regida pelo primeiro monarca coroado no Novo Mundo. Estimulado pela prodigiosa história original e valendo-se de um magistral domínio dos recursos narrativos, Carpentier recria, nesta obra, um mundo exuberante, descomedido e legendário, inaugurando o que foi chamado de real maravilhoso (ou realismo mágico).

  • Ecue-Yamba-O (1933)
  • El reino de este mundo (1949). Edição portuguesa: O reino deste mundo, Lisboa, Editorial Presença, (tradução de Carlos Grifo Babo).
  • Los passos perdidos (1953). Edição portuguesa: Os passos perdidos, Oeiras, Levoir, 2011 (tradução de António Santos).
  • El siglo de las luces (1962). Edição brasileira: O Século das Luzes, Rio de Janeiro, Editorial Labor do Brasil, 1976 (tradução de Stella Leonardos).
  • Concierto barroco (Siglo XXI Editores, 1974). Edição portuguesa: Concerto barroco, Lisboa, Editorial Caminho, 1978 (tradução de José Carlos González).
  • O recurso do método (1974)
  • A consagração da primavera (1978)
  • El arpa y la sombra (Siglo XXI Editores, 1979). Edição portuguesa: A harpa e a sombra, Lisboa, Editorial Caminho, 1988 (tradução de Daniel Gonçalves).

Referências

  1. Lanctôt, Jacque (16 de maio de 2020). «Alejo Carpentier, l'écrivain baroque» (em francês). Le Journal de Montreal. Consultado em 1 de janeiro de 2021 

Ligações externas

editar
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Alejo Carpentier
  Este artigo sobre um(a) escritor(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.