Alabarda

armamento

Alabarda é uma arma antiga composta por uma longa haste. A haste é rematada por uma peça pontiaguda, de ferro, que por sua vez é atravessada por uma lâmina em forma de meia-lua (similar à de um machado), com um gancho ou esporão no outro lado. Está incluída na categoria de armas de cabo longo, que se tornaram mais conhecidas no século XVI.

Alabardas: pontas ativas
Representação moderna de alabardeiros.

Sua difusão provocou a associação de diferentes formas, o que pode confundi-la com outras armas de cabo longo como: Bardiche, Spetum, Ranseur, Partisan, Voulge, Glaive, Naginata, Fouchard, Bisarma, Podão-bisarma, Machado de cabo-longo, Bec do Corbin, e a Lança, todos de cabo longo mas com diferenças importantes no formato e uso.

A principal indicação de se tratar de uma alabarda é possuir a lâmina transversal (meia-lua) com o fio voltado (angulado) levemente para trás. O três componentes da parte ativa que a caracterizam como alabarda propriamente dita são:

  • ponta longitudinal reta (similar à lança)
  • porção transversal em lâmina (visualmente similar ao machado),
  • porção em gancho (como um esporão), formando três tipos de dispositivos, com usos específicos.
Alabardas: outros modelos.

Era a arma dos Sargentos. É considerada a arma de infantaria mais eficaz contra invasores em fortificações e muralhas. Era por excelência a arma usada pelos guardas de castelos e palácios e ainda hoje aparece como o padrão em unidades militares históricas, mantidas para fins decorativos, com suas fardas e armaduras de época. Um conjunto de soldados com alabardas podia imobilizar um cavaleiro de armadura, principalmente quando desmontado do cavalo, alguns tracionando com os ganchos pontiagudos e outros ancorando-o com a extremidade da lança. Tem a vantagem de aumentar o efeito de alavanca e alcance devido ao comprimento do cabo.

A alabarda possuía eficácia, poder e um efeito especial no combate a oponentes montados ou usando armaduras. Existiam três métodos básicos contra cavaleiros: a face oposta à lâmina (método1), normalmente uma ponteira ou gancho podia ser usada para puxar o cavaleiro para baixo, derrubando-o; a lâmina de plástico podia ser usada para golpear a parte de trás do tornozelo do cavalo forçando-o a dobrar as pernas, caindo. Algumas vezes a lâmina em forma de meia-lua convexa dava lugar a uma em forma de meia-lua, ou um "V", côncava para encaixar melhor na perna do cavalo; e, por fim, podia ser usada apoiando a extremidade contrária da haste no pé e apontando a peça pontiaguda de lança para o peito do cavalo, matando-o.

O uso a curta-distância (corpo a corpo) não era frequente devido à haste longa, assim o soldado armado de alabarda geralmente possuía uma adaga e eventualmente uma espada curta para estas situações.

Além dos usos da parte ativa da alabarda, a haste ou cabo poderia ser usada como bastão, para impacto, e o pé ou coronha muitas vezes era recoberto por metal (pontiagudo ou rombo) para ser usado como ponta ativa secundária, para atingir um oponente que já tivesse ultrapassado a linha do portador da alabarda (golpe para trás).

A alabarda possui ainda o efeito psicológico de, quando mantida verticalmente, mostrar suas laminas acima dos soldados, vistas à distância.

 
Alabardas: gravura antiga

Partes componentes

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  1. Lâmina longitudinal reta - a peça reta pontiaguda permitia o uso da alabarda como lança, o que era muito utilizado nos combates contra outras unidades de infantaria, principalmente as que escalavam muralhas por meio de escadas. Permitia explorar emendas e aberturas em armaduras.
  2. Porções transversais (lâmina e gancho) - graças à sua lâmina em meia-lua, a alabarda era usada (dependendo do tamanho, forma e capacidade de corte) como dispositivo de corte a distância, mas não como machado, uma vez que as hastes eram finas e com comprimentos entre 1,80 m e 4,0m, o que provocaria fratura ou curvamento do cabo. As alabardas com pontas transversais curvas, menores e finas, tinham a finalidade principal de explorar aberturas da armadura do oponente, atingindo-o por alguma fresta, ou enganchar-se a peças componentes da armadura, na tentativa de expor alguma parte do corpo do usuário, ou mesmo arrancar uma porção da armadura. Esta porção transversal tinha também a utilidade de evitar a transfixação completa, que poderia prender a alabarda e assim desarmar o usuário após o primeiro uso efetivo. Esta porção transversal permite ainda que, na eventualidade de o uso como lança ser defletido, passando lateralmente, puxar-se de volta a arma e assim obter o contato no movimento de volta.
  3. Cabo ou haste - porção usada para manuseio, geralmente de diâmetro menor para preensão com as duas mãos. Comprimentos variados.
  4. Adorno - apesar de ser visto como adorno tinha a utilidade de evitar que o sangue do oponente deixasse o cabo escorregadio.
  5. Pé ou coronha - muitas vezes era recoberto por metal (pontiagudo ou rombo) para ser usado como ponta ativa secundária, para atingir um oponente que já tivesse ultrapassado a linha do portador da alabarda (golpe para trás).

Ver também

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Bibliografia

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Referências