As desigualdades na reforma, os preços dos hotéis no Algarve e as empresas cripto

As desigualdades na reforma, os preços dos hotéis no Algarve e as empresas cripto

Bom dia,

A semana começa com o rescaldo dos resultados das eleições em França. Uma surpresa absoluta depois de na primeira volta a União Nacional de extrema-esquerda ter vencido, agora ficou remetida ao terceiro lugar, muito longe de ser a primeira força política e ainda mais a maioria absoluta. Tema para acompanhar ao longo do dia.

Desigualdades. De tempos a tempos, o tema ressurge como um dos principais problemas da sociedade contemporânea. Quem não se lembra do debate encetado pelo economista francês Thomas Piketty quando lançou o livro "Capital no Século XXI". Mas o tema continua a alimentar discussões e estudos. E na edição desta segunda-feira damos conta de mais um sobre as desigualdades após a entrada na reforma. E o que nos diz? Diz-nos que Portugal é o país da União Europeia com maior grau de desigualdade de rendimentos entre as pessoas com 65 anos ou mais, medida pela comparação entre os 20% com maiores rendimentos e os 20% com menores. Os dados constam de um relatório da Comissão Europeia que também cita uma análise da OCDE que conclui que o sistema de pensões em Portugal é dos menos progressivos.

Zona Franca da Madeira. Portugal perdeu mais um recurso junto do Tribunal de Justiça da UE sobre os auxílios de Estado ilegais na Zona Franca da Madeira (ZFM), mas as empresas continuam a contestar a medida junto da Autoridade Tributária, nos tribunais nacionais e, também, no Luxemburgo. Aliás, cerca de uma dezena de empresas sediadas na Madeira avançou mesmo para o tribunal europeu, aguardando uma decisão final sobre a matéria. Na semana passada, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) não aceitou os argumentos de Portugal contra a Comissão Europeia, mantendo que foram atribuídas ajudas de Estado ilegais no regime fiscal da ZFM, entre 2007 e 2014, recusando assim o recurso apresentado.

Travão aos preços. O alerta é do presidente do Turismo do Algarve que defende que não há "muito mais margem" para subidas de preços dos hotéis, pelo menos ao mesmo ritmo. O problema  da escassez de trabalhadores ainda é sentido, mas assegura estar a melhorar. Na entrevista da Conversa Capital desta semana, André Gomes, aponta as dificuldade na contratação de trabalhadores que continua a ser um dos grandes desafios do setor do turismo, mas está confiante nos resultados de 2024, prevendo aumentos não só das receitas, como de hóspedes. Para o responsável, a massificação do turismo ainda não é um problema. Mas o presidente do turismo da região do Algarve assegura que está atento à situação e vai agir "em conformidade" caso venha a ser necessário.

Cripto em Portugal. Há, pelo menos, 16 entidades no ecossistema cripto que querem Portugal como país de origem da atividade para toda a Europa, a partir do momento em que entrar em vigor o regulamento europeu para os criptoativos (MiCA, na sigla em inglês), revelam as respostas à mais recente consulta pública realizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "No âmbito deste processo de consulta, verificou-se que 17 dos respondentes têm intenção de desenvolver atividades abrangidas pelo regulamento MiCA, 16 dos quais indicaram a intenção de ter Portugal como Estado-membro de origem", pode ler-se no documento.

Boa semana e continue a acompanhar a atualidade económica em negocios.pt

Entre para ver ou adicionar um comentário