Otelo, o Mouro de Veneza é só mais uma dentre tantas tragédias super-estimadas de William Shakespeare, autor que se fosse estoniano ou brasileiro estaria esquecido para sempre, mas como nasceu na Inglaterra, o melhor país do mundo, então dizem que escreveu essa incrível obra que é constantemente encenada e reencenada nos teatros de todo o mundo. Se você já viu alguma novela das 9, então já sabe 95% do roteiro da peça Otelo, apenas introduza um suicídio dramático no final ao invés de um vilão morrendo caindo de um precipício como é de se esperar de outros dramas. É uma obra superestimada porque é tudo o que já vimos em Romeu e Julieta, só que com atores fazendo blackface.

A maior prova de que qualquer um pode reproduzir Otelo é que até o Laurence Fishburne já foi Otelo num filme de 1995, então filmes dessa obra é o que não falta.

EnredoEditar

Ato I
 
Otelo, visivelmente incomodado, precisando fazer blackface para ganhar seu sustento no The Black and White Minstrel Show.

A história começa com Otelo sendo convidado por George Mitchell a integrar o elenco de um famoso, porém ofensivo, programa televisivo de sua época, o The Black and White Minstrel Show no qual Otelo deveria se pintar de preto e agir de modo a denegrir os negros encenando um personagem inepto e parvo que além de tudo é corno. A resposta memorável de Otelo ao convite é a célebre frase "You’ve got to be fucking kidding me!" ("Você deve estar brinks com minha face") que virou até expressão idiomática na Inglaterra. No entanto, quando sua linda noiva com quem tinha um relacionamento secreto, Desdêmona, anuncia que ela está grávida, Otelo percebe que ele deve colocar a alimentação de sua família acima de seus escrúpulos morais, e ele relutantemente aceita o trabalho, passando a ser conhecido como "Otelo, o Mouro" mesmo que fosse tão branco quanto um escandinavo, o que ele solucionava pintando a cara com carvão (conforme percebemos nas centenas de peças teatrais já encenadas desta obra).

Otelo ainda era odiado por Iago, o papagaio do Jafar, que tinha inveja de Cassio que recebeu uma promoção em seu lugar. Iago é até hoje aclamado como o primeiro vilão de novela da história, e como tal, começou a tramar seus planos vilanescos típicos. Primeiro avisou para o pai de Desdêmona que sua filha estava tendo um caso secreto com um mouro (que, pra quem ainda não sacou, era como se dizia "negão" na época), e depois avisou para Otelo que seu sogro era racista, criando um grande mal entendido que virou um barraco na madrugada, talvez o primeiro meme da história da cultura ocidental.

Ato II

No segundo ato vemos que Otelo saiu-se tão bem sucedido em fazer cenas de humor ofensivo fingindo ser negro que o exército americano, à procura de um especialista em camuflagem (e para que alguém entretivesse as tropas após a morte de Jane Fonda, vítima dos turcos) o consagra no 1º Batalhão dos Fuzileiros Navais de Veneza e ele é enviado pelas Forças de Paz da ONU para o Chipre, convenientemente junto com a esposa grávida Desdêmona, sua serviçal Emilia que é esposa de Iago que também foi, e Cassio seu novo tenente. Ao chegarem para a guerra, devido ao baixo orçamento que impediria a reprodução de cenas de ação, William Shakespeare convenientemente diz que uma tempestade afundou todos navios inimigos, fazendo de Otelo o general que ganhou uma guerra na maior mamata, porque a ideia era fazer uma cena de comemoração e bebedeira pela vitória fácil. Cassio era tipo o Kléber Bambam, desprovido de massa encefálica e dotado apenas de porte físico, e ao chegar para a festa da vitória, achou que estava numa das festinhas de BBB, encheu a cara e ficou um bêbado insuportável, e Iago que é o vilão da porra toda diz que um tal de Roderigo está fazendo memes sobre o pênis diminuto de Cassio, gerando a maior briga de bar que terminou com a destituição de Cassio do posto de tenente.

Ato III

Otelo então decide promover Iago para o posto de tenente no lugar de Cassio, este dissimulado homem que apesar de sempre fingir estar bem em relação ao rosto preto de Otelo, está secretamente furioso, um veterano do Vietnã que não aceita ser contrariado. Iago, ardiloso, consegue convencer Otelo de que, enquanto eles estão lutando e torturando civis no Chipre, sua esposa Desdêmona está escondida em casa fazendo experiências científicas proibidas e desenvolvendo a criação de um mutante horrível com nove baços, três olhos e duas costas. Este ato é comumente considerado o mais dramático de toda a peça pois é o momento em que Otelo cede à lábia de Iago, passando a ser facilmente manipulável a partir de então (Iago teve que contar essa mentira porque se ele falasse que Desdêmona estava de traição com o Ricardão, corno manso do jeito que Otelo era, jamais voltaria correndo para casa como voltou).

Ato IV

Para incrementar ainda mais seu plano de vilão, Iago decide roubar a calcinha de Desdêmona e inseri-la nos pertences de Cassio. Cassio por sua vez estava apaixonado é por Bianca, e para tornar a situação ainda mais verídica, Iago se disfarça de terapeuta de casal e convence Bianca de que para conquistar o amor de Cassio, deveria inserir uma calcinha sua nos pertences de Cassio com um recadinho obsceno, enfim, coisas para apimentar a relação. Claro que Iago ficou com a calcinha de Bianca para si, armando toda a situação e incentivando Otelo e flagrar seu amigo Cassio carregando a calcinha de Desdêmona.

Ato V

No ato final, tomando por uma fúria irracional, Otelo ataca Desdêmona estrangulando-a, não aceitando o fato de passar a ser conhecido como "Otelo, o corno manso", matando-a injustamente. A peça já encaminhava-se para o final feliz, quando William Shakespeare decide adicionar mais tragédia, fazendo Bianca aparecer e revelar todo plano maligno de Iago. Otelo, percebendo que havia acabado de matar a única mulher do mundo que poderia aceitar um corno manso como ele, decide se suicidar tragicamente, enfiando as duas mãos na boca, uma esticando a mandíbula e outra o maxilar até deslocar o crânio e morrer de AVC. Iago é punido, destituído de se seu cargo, transformado em papagaio e exilado para a Arábia.

PolêmicaEditar

Lançado em 1603, a peça gerou enorme polêmica na comunidade britânica devido ao uso constante do blackface (atualmente conhecido como "whitewashing"). Por muitos séculos debate-se se a peça Otelo era racista ou não-racista. Em 1702, a prestigiada Universidade de Cappilars Consoulters de Massachussets, Ohio decidiu resolver o assunto de uma vez por todas pesquisando essa questão com quantos negros pudessem encontrar. Como a população negra dos EUA era inexistente na época, eles resolveram transportar uma amostra representativa de 40 milhões de africanos para a América onde eles poderiam então votar se a peça Otelo era racista ou não, com Malcolm X militando que sim e Mr. Catra militando que não. Infelizmente, a tecnologia da navegação transatlântica estava em seus primórdios e os vastos navios nos quais os africanos foram transportados estavam superlotados e repletos com doenças, estima-se que 30 milhões morreram fazendo a viagem da África para a América. Você pode reviver essa experiência infernal comprando o DVD do filme de Steven Spielberg Amistad, que é melhor que qualquer filme de Otelo.

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