Mike Hawthorn
Mike Hawthorn é um antiguíssimo piloto da velha guarda da Formula 1, lá da época em que os carros era aquelas salsichas cheia de ferro e ofereciam 0% de segurança aos competidores. Se você acha estranho Nico Rosberg se aposentar após a conquista do título mundial, Mike Hawthorn é quem lançou essa modinha ao se aposentar após a conquista do mundial de 1958.
É até o campeão mundial de fórmula 1 com menos vitórias na carreira, ganhou só 3 corridas e até o Barrichello já ganhou mais corridas que ele (aliás, até o Riccardo Patrese já ganhou mais que o Mike Hawthorn), mas na década de 50 ainda era quase tudo amador, então era possível alguém ser campeão ganhando só uma mísera corrida, tipo o Bangu chegando na final de um Brasileirão de 1985 só com 1 vitória, tal qual no futebol tudo ainda era muito varzeano, na Formula 1 era um samba do crioulo doido, os carros eram feitos de sucata e corriam nas corridas quem quisesse, então Hawthorn garantiu seu título de 1958.
CarreiraEditar
Começo na F1Editar
Diferente dos tempos modernos, o automobilismo não tinha categorias de base na década de 1950, tudo o que você precisava era ter um carro em formato de salsicha e ser maluco o suficiente para correr nele. Sendo assim, Mike Hawthorn comprava a sua AHM Bryde e estrearia na Formula 1 da temporada de 1952. Fez então uma boa estreia, já que foi campeão dos café-com-leite (pilotos que não corriam todas corridas para evitar a fadiga) com um 5º lugar na classificação geral.
Ao longo dos anos Mike Hawthorn foi para Alberto Ascari (e depois Juan Manuel Fangio) o que Barichello foi para Schumacher, uma espécie de capacho e pau-mandado, sendo o segundo piloto da Ferrari (que já fazia esse joguinho de equipe desde 1950) por vários torturantes anos.
Tragédia de Le Mans em 1955Editar
Como não era com vitórias que Hawthorn se destacava, então ele viu na 24 Horas de Le Mans de 1955 a oportunidade real de entrar para a história do automobilismo, aproveitando-se que em sua época não haviam regras e as corridas eram um grande Mario Kart, só que respeitando as leis da física e da biologia (quando você morre, morre mesmo, sem voltar pra pista com o carro piscando), Hawthorn decidiu ser o responsável pela maior tragédia da história da competição. Na reta dos boxes, decidiu cruzar a pista inteira de modo completamente descuidado, fechando outros carros que vinham atrás, que colidiram e voaram em direção à arquibancada, matando 82 sádicos (o nome do público de corrida daquela época) todos incendiados com o carro de Pierre Levegh que virou uma bola de fogo.
Os pilotos mais decentes como Stirling Moss e Juan Manuel Fangio, que justamente por serem decentes lideravam a prova, como sempre, decidiram se retirar da corrida em respeito às vítimas. Graças a isso foi possível um insensível Mike Hawthorn, mesmo após causar tal tragédia, ainda ir lá e vencer a prova sobre o cadáver de 82 mortos que ele indiretamente causou. E comemorar muito.
O título da F1 de 1958Editar
Não bastou todas as cagadas que deu durante sua carreira no automobilismo, Mike Hawthorn ainda foi agraciado com a conquista do título de um Mundial de Formula 1, talvez o título mundial considerado como o mais cagado de todos os tempos. Com apenas 1 mísera vitória na temporada inteira, foi beneficiado pela honestidade e cavalheirismo do companheiro de equipe, Stirling Moss, que abdicou da conquista do título ao conseguir convencer os diretores de prova do GP de Portugal (o antepenúltimo daquela temporada) a devolver 7 pontos de punição aplicados a Mike Hawthorn por ser barbeiro demais e por ter matado 82 pessoas e não se comover com isso. Moss convenceu os diretores que não havia regras que tirassem pontos de pilotos insensíveis e psicopatas, e no final do torneio, foram exatamente esses 7 pontos a mais que custariam o título mundial de Moss, que ficaria com Hawthorn.
Sabendo que nunca mais teria essa cortesia pra ganhar um bi-campeonato, Hawthorn decidiu se aposentar após o título.
MorteEditar
Mike Hawthorn morreu 3 meses após sua aposentadoria num acidente comum de trânsito, o que apenas comprova que ele sempre foi um piloto mediano pra rim, pra conseguir capotar um carro comum no meio da cidade, e ainda morrer.