Líquido
Este artigo é relacionado à química.
Aí já é o demônio! |
Líquido é um dos clássicos estados físicos da matéria, conhecido por estudantes e universitários por sua incrível capacidade de aparecer nos problemas mais fodidos que a mente doentia de um professor frustrado com a vida pode imaginar. Líquidos costumam ser os protagonistas da maioria das questões impossíveis de se resolver em cursos superiores derivados da química, principalmente em enunciados envolvendo diagrama de fase, mecânica dos fluidos, balanço de massa, mecanismos de reações orgânicas e outras obras do Capeta criadas para impedir que se alcance a nota mínima necessária para passar de uma disciplina da faculdade.
DefiniçãoEditar
O líquido é famoso por ser o estado físico da pinga, do refrigerante, dos solventes, do Nescau, do Ki-Suco e de diversas substâncias que cedo ou tarde resultarão em diabetes, envenenamento do fígado, corrosão óssea, desintegração aguda dos neurônios, diarreia, ataque fulminante do coração e destruição precoce do pâncreas.
Embora todo mundo saiba o que é um líquido, ninguém sabe definir ao certo o que diabos ele significa. Por conta disso, o povão - a cacofonia da ignorância - em geral identifica um líquido usando como referência o aspecto da água e da cachaça. Porém, por definição o líquido nada mais é do que o estado físico caracterizado por uma razoável distância entre as moléculas, que por não irem com a cara umas das outras, optam por se afastar de suas vizinhas para evitar possíveis barracos e pancadarias.
Características microscópicasEditar
Como as moléculas de um líquido odeiam suas vizinhas, quando um líquido é colocado em algum recipiente, elas tendem a ir o mais longe possível umas das outras para evitar se misturar com a gentalha, o que acaba fazendo com que ele assuma a forma do recipiente em que está. Por conta disso, líquidos são muito menos irritantes de se trabalhar do que sólidos, cujas moléculas adoram vadiar e ficam amontoadas umas sobre as outras como mendigos dividindo espaço embaixo de uma ponte. Líquidos também são mais fáceis de se trabalhar do que gases, já que as moléculas desses são hiperativas demais para serem domesticadas, dificultando seu confinamento.
Diferentemente dos sólidos cristalinos, as moléculas dos líquidos são barraqueiras e brigonas, o que faz com que assim como nos sólidos amorfos, elas sejam incapazes de manter um mínimo de civilidade. Como resultado disso, a principal característica microscópica de um líquido é o afastamento entre si das moléculas que o compõe, impossibilitando qualquer tipo de organização.
A principal diferença do líquido para um sólido amorfo é que o líquido desenvolveu ao máximo suas habilidades de contorcionismo, o que permite que suas moléculas consigam sair de perto de suas desafetas. Já o sólido amorfo é simplesmente um sólido cristalino fracassado, que não tem capacidade nem de se distanciar como os líquidos, nem de se organizar como os sólidos cristalinos tradicionais, o que faz dele tudo aquilo que não deu certo na natureza (algo parecido com um youtuber teen da vida).
EstruturaEditar
Líquidos são substâncias desorganizadas e sem qualquer senso de cooperação entre suas moléculas, o que o torna uma espécie de vizinhança onde todos os moradores se odeiam, fofocam sobre a vida alheia e desejam o mal do próximo. Dessa forma líquidos não formam estruturas cristalinas, que são justamente o seu oposto: uma comunidade onde todos cooperam entre si, emprestando açúcar, consertando encanamento, desentupindo privada e avisando quando algum larápio tenta se aproximar da casa do outro.
Em cristalografia, uma área do conhecimento obscura voltada para o absurdamente entediante estudo das estruturas cristalinas, o líquido é tratado como um verdadeiro zero à esquerda justamente devido a ausência de ordenamento de longo alcance.
De acordo com as pessoas de libido nulo que por algum motivo misterioso se especializaram nessa área, ordenamento de longo alcance significa que o arranjo dos átomos se estende ao longo de todo o material. Ou seja, jogar na cara do líquido que ele não possui ordem de longo alcance é praticamente acusá-lo de não ser um sólido.
Segundo a Lei de Bragg, sempre que uma onda de raio X atravessa os átomos de uma estrutura cristalina, eles elevam seu cosmo ao máximo e despertam a técnica proibida do Motaro para refletir a radiação, produzindo picos (conhecidos por "Picos de Bragg") em gráficos cuja finalidade ainda é desconhecida pela ciência (talvez por ser um assunto chato pra cacete).
Como os líquidos não podem gerar picos de Bragg quando submetidos ao raio X, eles viviam sofrendo bullying dos sólidos por não terem tido a capacidade de dominar a milenar técnica de reflexão. Com o passar do tempo os átomos dos líquidos passaram a ser tomados pelo ódio e culpar uns aos outros por seu iminente fracasso, o que acabou fazendo com que se odiassem e resultasse nessa necessidade de um querer ficar longe do outro a todo custo.
Propagação do somEditar
Os átomos dos líquidos não cooperam entre si, e os constantes barracos que existem entre eles costumam afetar outros personagens físicos, como o som. Para que o som possa exercer com maestria sua principal função no mundo - conduzir barulho para encher o saco das pessoas, ele necessita da ajuda dos átomos.
Sem a ajuda dos átomos, o som fica sem metas em sua vida, o que na maioria das vezes o leva a entrar em crise existencial e cometer suicídio, motivo pelo qual ele não se propaga no vácuo. Pelo fato da velocidade do som depender do meio material, novamente os sólidos vencem os líquidos de lavada. Os átomos dos sólidos são mais unidos, amigáveis uns com os outros e próximos, e devido a esse espírito de coletivismo, eles costumam se unir para ajudar o som em sua brava odisseia.
Porém, os átomos dos líquidos vivem em pé de guerra, e sempre que o som tenta passar entre eles ele perde muito tempo tentando desviar dos objetos arremessados um contra o outro e dos focos de pancadaria que existem ao longo de todo o material, o que acaba por prejudicar sua propagação entre os líquidos.
Propriedades mecânicasEditar
VolumeEditar
Os líquidos assumem a forma de qualquer recipiente em que são colocados, o que permite que sejam armazenados em latas de alumínio, plástico, vidro e qualquer outra porcaria que mais tarde será jogada na rua para ajudar a entupir bocas de lobo ou servir como foco de acúmulo de bactérias infecciosas aos humanos.
Quando aquecidos, os líquidos costumam expandir, já que o calor fica forte e as moléculas procuram se afastar ainda mais umas das outras, não apenas para aumentar mais a distância entre vizinhos que naturalmente se odeiam, mas também para evitar o fétido odor de suor, que costuma ficar ainda mais insuportável quando existe uma porrada de indivíduos amontoados num mesmo local. É algo semelhante ao transporte público brasileiro: quanto mais gente enfornada num mesmo lugar em dias de calor, maior será o fedor.
De maneira contrária, quando resfriados, os líquidos se contraem, já que seus átomos e moléculas precisam engolir o orgulho e se aproximar um pouco mais uns dos outros para não morrerem de hipotermia.
PressãoEditar
Embora possam parecer inofensivos, todos os líquidos desenvolveram uma técnica proibida, que é fruto de todo o ódio que cultivaram secretamente dentro de si mesmos ao longo das eras. Essa técnica chama-se pressão hidrostática, que nada mais é do que a pressão exercida pelo próprio líquido em virtude de seu peso, e será forte ou fraca dependendo do quão obeso for o volume de um líquido.
Em geral os seres humanos são completamente ignorantes ao potencial assassino dos líquidos, já que essa técnica é sutil e traiçoeira, e seu verdadeiro poder destrutivo só se manifesta quando há uma grande quantidade de líquido atuando sobre um corpo. Um exemplo disso é o mar: quando um retardado tem a brilhante ideia de mergulhar em regiões profundas e inóspitas, não irá demorar para que seus intestinos sejam pressionados contra sua própria cabeça devido ao peso da água acima dele, em um maravilhoso banho de sangue digno de um filme dos Jogos Mortais.
SuperfícieEditar
Os átomos e moléculas que encontram-se na superfície do líquido são privilegiados em relação aos que se encontram em seu interior. Enquanto o segundo grupo é diariamente obrigado a lidar com vizinhos mesquinhos e miseráveis de todos as direções, os átomos da superfície possuem menos gente para lhe encher o saco, se preocupando apenas com vizinhos inconvenientes dos lados e abaixo. Assim, cria-se na superfície dos líquidos uma tensão superficial, cuja principal função é servir como centro de treinamento de patinação para insetos.
ViscosidadeEditar
Uma importante propriedade dos líquidos é a viscosidade, que basicamente descreve o poder de luta dos líquidos e sua resistência ao fluxo.
A viscosidade de um líquido é facilmente perceptível: quanto mais gosmento, pegajoso e grudento for um líquido, maior será sua viscosidade.
Os cientistas vivem atentando contra a vida dos líquidos, submetendo-os a todo tipo de experiência por puro sadismo. Dessa forma, alguns líquidos decidiram treinar em academias profissionais para se tornar mais parrudos e aumentar suas chances de sobrevivência a esses tipos de ataque. Em decorrência disso, a viscosidade de um líquido define o seu grau de resistência a danos do tipo deformação e escoamento.
SoluçõesEditar
Os líquidos, quando trabalham em parceira com outras substâncias, podem ser verdadeiros mestres dos disfarces. Quando um líquido e um outro cúmplice se juntam e formam uma fase homogênea, enganando trouxas ao fazê-los pensar que há apenas uma substância ali quando na verdade há mais de uma, temos uma solução. Os comparsas dos líquidos podem ser sólidos, gases ou outros líquidos, no entanto, para que essa trapaça dê certo, ambos devem ser igualmente talentosos.
Quando falta o talento necessário a uma das substâncias, elas se tornam imiscíveis entre si. Nesse caso pode-se recorrer a uma emulsão, forçando a uma mistura nada natural entre os dois líquidos, mascarando assim a incompetência da substância sem talento. A formação de uma emulsão exige a utilização de uma droga ilícita chamada surfactante, e sua utilização implica no risco da substância ser pega no teste de doping.
Mudança de fasesEditar
Mudança de fase é algo que acontece naturalmente dependendo das condições de temperatura e pressão de um líquido. Entretanto, como era um processo simples demais, a termodinâmica não ficou nem um pouco feliz e decidiu que deveria a todo custo complicar qualquer entendimento que o ser humano poderia ter desse fenômeno, passando a usar uma caralhada de gráficos, curvas e riscos aleatórios para representá-lo.
Os líquidos estão sujeitos a dois tipos de processo de troca de fases: ebulição e solidificação. A ebulição é a passagem do estado líquido para o estado gasoso, e representa a liberdade, o ápice da alegria dos átomos de um líquido. Quando o líquido vira um gás, suas partículas tornam-se hiperativas e finalmente se veem livres de uma vez por todas de suas vizinhas odiadas, já que cada um vai para um canto e com a bênção de Deus, nunca mais precisarão olhar para a cara da outra novamente.
A solidificação é a passagem do estado líquido para o estado sólido, e representa a evolução espiritual. Quando um líquido é submetido a temperaturas baixas, seus átomos e moléculas começam a rever seus pensamentos e questionar o sentido da vida. Eles então chegam a conclusão de que o ódio não leva a lugar nenhum, e assim decidem fazer as pazes com suas vizinhas, abandonando suas diferenças e abraçando o estado sólido, tornando-se um grupo unido pelo poder da amizade.
Destilação fraccionadaEditar
A destilação fracionada é o principal método de separação entre líquidos, sendo amplamente usada na indústria com o objetivo de impedir que líquidos indesejados caguem com processos químicos que exigem a ebulição de substâncias específicas. Numa destilação comum, substâncias penetras e inúteis podem acabar sendo evaporadas junto com substâncias úteis devido a proximidade de seus pontos de ebulição. Isso pode acabar gerando produtos contaminados e inutilizando completamente um processo químico, semeando o caos e resultando na demissão em massa de estagiários.
Assim criou-se a destilação fracionada, que nada mais é do que uma destilação mais precisa e mais demorada, cujo principal objetivo e forçar uma universidade ou estabelecimento industrial a gastar os olhos da cara para conseguir equipamentos mais robustos, comprometendo assim a folha de pagamento dos funcionários. A destilação fracionada é uma destilação normal cuja principal diferença é a presença de uma coluna de fracionamento, que serve para separar melhor os líquidos civilizados dos líquidos inúteis, independentemente da proximidade de seus pontos de ebulição.
A destilação fracionada foi criada por um alquimista pinguço, que procurava formas de obter uma 51 mais pura e livre da presença de substâncias que comprometiam a qualidade da bebida, tais como metano, bosta de lagartixa e barbeiro esmagado.