Id
DefiniçãoEditar
O Id é aquele monstrinho instintivo e libidinoso que habita nosso inconsciente. Ele é claramente o único responsável pelas nossas más atitudes, embora, obviamente, nunca esteja presente na hora da punição.
Em suma, é a sua parte que desagrada à moral. É a sua parte que você tenta coibir.
Perceba que se você for o Id, seu Id seria você não Id. Afinal, se você não despreza aquilo que despreza em você, você é seu Id e seu Id é aquilo que você passou a desprezar quando se tornou desprezível.
EtimologiaEditar
A palavra Id veio da criatividade de Freud. Esse complexo vocábulo significa “Isto” – ou isso, ou aquilo, dependendo de sua proximidade com alguma das pessoas do discurso, como a Língua Portuguesa habilmente impõe ensina.
AparênciaEditar
Quando você é o Homer Simpson – ou bebe demais- ele se apresenta como sua miniatura cosplayzada de demônio e paira sobre seu ombro para te influenciar ao erro. Quando o lero não funfa – convenhamos, cê né muito carismático não - e você bebe ainda mais, ele apela: transforma-se em uma hot bitch que te tenta. E, sérião, que tentação.
No entanto, sua aparência real de acordo com cientistas brasileiros e como provam as revistas 15, 16 e 17 da Turma da Mônica Jovem (TMJ para os descolados), é variável de cultura para cultura; de pessoa para pessoa; de Id para Id. Afinal, o monstro de um pode ser o herói do outro. Qual é o monstro, de fato, monstruoso? Ora, mostro não se discute. Cada um tem o seu. Importa é que aparente o mal para o seu possuinte. Por exemplo, o Id de um demônio é análogo a um anjo. O Id da Eva, análogo à cobra. O Id de uma pessoa normal, análogo ao insira ultima menor-celebridade que foi vítima da cultura do cancelamento.
Colegas de quartoEditar
- Superego: O arqui-inimigo do Id. A moral internalizada que o reprime e disputa incansavelmente o domínio de seu corpinho e daquilo que você chama de mente.
- Ego: Você precisa equilibrar os dois tiranos. Sacanagem pra quem sequer consegue não tropeçar em frente a uma mina, né?
OrigemEditar
O pouco que se sabe sobre a origem do Id se resume a isto: ele é anterior à espécie humana. A lógica que permite essa conclusão nem é tão ilógica assim: os animais são puro Id e, comprova a Dercy Gonçalves, os animais são mais antigos que os seres humanos- alguns loucos até dizem que o homem evoluiu dos bichos – assim, o Id é mais velho que a humanidade. Mais velho até do que a tua avó.
Entretanto, como o homem não admite a ignorância, há algumas teorias sobre o nascimento do Id.
Tédio DivinoEditar
Sabe aquela inquietação interna que suga sua vida, engorda suas pálpebras e destroça sua capacidade critica? Sim, essa que você tem ao ler isso. Pois é. É esse o chamado tédio. Mesmo na atual sociedade, tão pragmática, ele já zumbifica milhões e milhões. Imagine em uma época sem livros, internet, televisão, cinema, pessoas, ervas, chuveiro, políticos, universo... Ele era ainda mais devastador. E, antes do velho testamento, tinha Deus como vítima.Pobre Deus. Vivia com tédio. Muito tédio. O coitado estava prestes a virar emo, mas, feliz e finalmente, teve uma ideia. Depois de mais algumas eternidades de tédio (Deu não era muito rápido não- e continua não sendo, nossos pedidos estão aí para provar) finalmente a idealizou. Criou o universo. E esse foi o primeiro dia. Dia? Sim. Dia! Outra ideia. (Estava começando a ficar agitado). Deus criou o dia. E esse foi o terceiro dia. Não. Foi o segundo. Assim surgiram a matemática e a loucura. E Deus criou o mundo. As árvores. A terra. As maçãs. Os mares. As montanhas.As flores. Os frutos. As sementes. Os cristais. Então: Tédio. Tédio. Tédio. Bolas. Era tudo muito chato. Faltava uma pitada de emoção. De confusão. De azaração.Faltava uma galerinha muito animada para agitar suas tardes. Por isso, Deus criou o Id e o botou dentro de um pinhão. Assim, surgiu a barata. E o mundo começou a ficar divertido.
O Id e Nietzsche e Freud e Deus e a SífilisEditar
E Deus disse: haja Nietzsche. E houve Nietzsche. E Nietzsche disse: o Id é bom, a Igreja é má, a escola é má, a razão é má. A Igreja, a escola, a razão ficaram mal: elas não eram más. Mas se elas não eram más, Nietzsche era má. Nietzsche era mau. O Id era mau. Nietzsche mau e o Id mau mataram Deus. E o Id disse: haja sífilis em Nietzsche. E houve sífilis em Nietzsche. E a sífilis em Nietzsche matou Nietzsche. O Id fez a sífilis em Nietzsche. O Id matou Nietzsche. Freud fez o Id. Freud matou Nietzsche. Deus fez Freud. Deus matou Nietzsche. E Nietzsche matou Deus.
E Deus disse: haja Freud. E houve Freud. E Freud fez o Id. E o Id fez Nietzsche. Fez Nietzsche feliz. E Nietzsche feliz disse: o Id é bom, a Igreja é má, a escola é má, a razão é má. Mas Nietzsche já tinha morrido. Mas Deus já tinha morrido. E morto não diz. Não houve Freud. Não houve Id. Não houve sífilis em Nietzsche. Talvez Nietzsche ainda esteja vivo. Talvez Deus ainda esteja vivo. Mas a razão, ahw, essa com certeza morreu. Quem sabe não foi a sífilis?