Videolocadora

Videolocadora faliu!
	Nem o Sr. Burns quitaria suas dívidas! Outros que ficaram no vermelho.

"Blockbuster? Que porra é isso?"

Videolocadoras eram empresas de locação de filmes em formato físico.

Sim, você aí da geração Y que esbarrou sem querer nessa página, ou que é dessa turma Geração Nutella e da cultura woke, houve um tempo não tão distante assim que até a Netflix que você tanto odeia ama era somente isso: uma rede de videolocadoras. E sim, teve um tempo em que filmes não eram por serviço de streaming nem essas porras aí que se sua internet for um cu provavelmente vai ficar travando pra burro, não não, houve um tempo em que você, que não tinha grana pra cinema ou pra comprar o tal filme em lojas (sim, também já se COMPROU FILMES em VHS, Laser Disc, DVD e outros formatos estranhos que ninguém nem lembra mais tipo Betamax), as pessoas iam pra esse tipo de estabelecimento pra conseguir alugar por um dia no mínimo aquele título que queria tanto assistir, ou, caso fossem inteligentes o suficiente, também podiam alugar na sexta ou no sábado, porque aí podiam passar o fim de semana todo com o filme e só devolver na segunda.

Tipos de videolocadora

• Filmes: As mais comuns, só alugavam mesmo filmes, e as vezes até vendiam uns filmes já meio bagaçados que ninguém queria alugar mais (fizeram isso a rodo quando os VHS estavam sumindo e sendo trocados pelos DVDs, e depois quando já estavam pra falir todas) ou caso tivessem mais de uma cópia (necessário em caso de filmes tipo Jurassic Park, O Senhor dos Anéis, Fuga de Los Angeles, A Força em Alerta e principalmente filmes com Angelica Bella e Sharon Fresan, as atrizes prediletas do teu pai, só não imagino por qual motivo). Lembrando sempre: tem que rebobinar a porcaria do VHS, senão tomava multa na hora que chegasse na locadora. Claro que com a troca pelos DVDs isso não mais se fez necessário apesar de ter tido uns trolls que criaram um tal de rebobinador de DVD pros trouxas comprarem. Algumas locadoras dessas na real eram sex shops, então tinham nelas umas tais "cabines" que dava pra assistir o filme lá mesmo e fazer o que tinha de fazer por lá mesmo, mas todas sumiram do mapa porque esse tipo de serviço devia ser uma porqueira limpar depois o chão das cabines...
• Música: Sim, existiram - e, em alguns cantos ainda tem - locadoras de CDs de música além dos filmes propriamente ditos. Antes, eram LPs, o que tornava a parada ainda mais hardcore, pois as chances de quebrar a porra do disco eram enormes, e aí a multa ia bem no meio do gogó. Os CDs o problema maior mesmo era arranhar (algo que se aplicou também aos DVDs de filmes), mas como a pirataria musical foi mais foda do que com os filmes, não demorou muito pra essas locadoras, bem como lojas que vendiam esse tipo de coisa, sumirem ou virarem peças de museu ou coisa de doido colecionador cult piradão pra gastar grana com essas porras;
• Videogame: E teve também essa modalidade, que as vezes era dedicada exclusivamente aos videogames. Não importa se nos tempos dos cartuchos de assoprar pra ver se pegavam ou já nos CDs e DVDs de PlayStation, várias delas tinham também alguns exemplares de consoles por lá pros jogadores mais viciadões jogarem por lá mesmo, o que rendia com certeza vários momentos de pura "alegria" dos que por ventura tiveram a burra ideia de pegar uma hora de de Nintendo 64 (normalmente um dos mais caros) pra jogar a porra do Superman 64...

Por que faliram?

A princípio, a pirataria ajudou muitas das menores a morrerem porque não dava pra competir com o filho da puta com carrinho de CD e DVD pirata, inclusive num tempo em que vinham uns trocentos deles, que também causaram a extinção de diversos cinemas de bairro e coisinhas toscas do tipo que virariam igreja evangélica ou cabaré (apesar de isso que eu falei as vezes ser um tremendo pleonasmo e não uma oposição).

Com a popularização de coisas como Netflix, Spotify, Deezer, Sexyhot, além de plataformas virtuais da Nintendo, Sony e Microsoft disponibilizando filmes, séries, discos inteiros e joguinhos, foi a última pá de cal nas videolocadoras, quando até redes fodas como Blockbuster acabaram virando pó e apenas peças de museu ou lugar de encontro de gente cult que gosta de ficar igual ao Angry Videogame Nerd e o Nostalgia Critic lembrando de coisas de mil novecentos e guaraná com rolha que até os filhos deles devem olhar assim e fazer igual aos pirralhos do canal Janela da Rua ao ver esses paranauês "pra que serve isso? É alguma arma ninja esses discos?"