Forti Corse
Credo, cê tem azar pra caralho!
Este artigo traz relatos de uma criatura azarenta que só se estrepa no dia-a-dia. Nem com pé de coelho, ferradura ou trevo de 4 folhas sua maré de azar muda. |
Forti-Corse, ou somente Forti, foi uma equipe de Fórmula 1 feita por italianos e brasileiros muito imbecis com o intuito de, tal como a Andrea Moda, fazer lavagem de dinheiro, neste caso, das falcatruas das empresas da família do Pedro Paulo Diniz. Bem, essa última informação pode ser só uma piada de mau gosto, por favor não me processem!
A equipe foi afundada em 1995 e durou até 1996, correndo não só na Fumar Um Fórmula 1, como também na já extinta Fórmula 3000, mas acabou mais gastando dinheiro pras partes envolvidas do que rendendo algum retorno, porque o carro era uma bosta, a turma insistia em usar câmbio manual numa época em que todas as equipes já usavam borboletas no volante pra mudar de marcha, e assim as empresas Arisco, Parmalat e Kaiser só fizeram perder fortunas com essa ideia de gerico.
História tenebrosa[editar]
Na mesma pegada da Brabham, McLaren, Fittipaldi e mais pra frente Prost, Stewart e Super Aguri, a Forti foi fundada pelo ex-piloto Guido Forti, com a ajuda de um engenheiro italiano, isso lá pelos idos de 1977. Chegou a correr por quase duas décadas só em competições de quinta como Fórmula Ford, Fórmula 3, Fórmula 3 Sul-Americana e a Fórmula 3000. Por incrível que pareça, nessas competições até que a Forti não mandava mal, sendo campeã algumas vezes e revelando alguns futuros talentos (ou quase) da Fórmula 1 e outras categorias, como Gianni Morbidelli, Enrico Bertaggia e Teo Fabi, dentre outros.
Foi no final de 1994 que a merda se fez acontecer, quando a Forti decidiu querer apostar a sorte e entrar na Fórmula 1. Pra isso, descolaram o contato de Abílio Diniz, pai do cosplay de piloto Pedro Paulo Diniz (que já tinha corrido com a equipe nos tempos de Fórmula 3000, junto com Rubens Barrichello e Olivier Beretta), que topou entrar na sociedade, obviamente se enfiassem o filhinho dele na equipe (famoso piloto pagante). O outro cockpit ficou com a bunda do maior quebra-galho da história da F1, Roberto Pupo Moreno, e assim a Forti virou Forti-Corse (não sei de onde veio o Corse, mas talvez fosse uma tradução equivocada do Corsa, aquele carro que era o Volkswagen Gol da Chevrolet, sei lá...).
O primeiro carro da equipe foi o Forti FG01, uma puta bomba ambulante, sendo o último carro da história da Fórmula 1 a contar com um fajuto sistema de câmbio manual mais ultrapassado que guaraná com rolha, além de linhas aerodinâmicas mais próximas de linhas aeroestáticas, porque o carro mal se movia no menor pé de vento que desse contra ele, e assim o time o máximo que conseguiu, miraculosamente, foi um sétimo lugar no GP dos Cangurus de 1995, o que hoje em dia até renderia uns pontinhos pro Pedro Paulo Diniz, mas naqueles tempos só rendeu uma tapinha nas costas e um "quem sabe na próxima!" De resto, em geral os carros da equipe faziam só serem os batedores do pelotão, chegando sempre em último lugar ou literalmente batendo em algum canto da pista (inclusive a última corrida da história do Roberto Moreno na F1 foi justamente coroada com uma batida nos pneus, como dá pra ver na primeira foto desse artigo aqui), só lá pelo fim daquele ano conseguiram ficar mais pra frente um tantinho de nada, graças a ruindade homérica da Pacific.
Em 1996 a equipe ao menos trocou pra um carro menos bosta, mas a essa altura o Pedro Paulo Diniz foi tirado da equipe pelo papai Abílio e foi passear de Ligier no último ano da história dos azulões. Já Moreno voltou a correr na Fórmula Indy, obviamente fazendo lá o que ele sempre fez na F1, ser estepe de piloto. Originalmente quem iria pilotar a bomba menos radioativa chamada FG01B seriam Ricardo Rosset (que acabou indo pra Arrows - ainda chamada aí de Pé-Podre) e Tarso Marques (que acabou indo pra Minardi), mas como apareceram equipes menos piores que a Forti pros pilotos brazucas, acabaram tendo de ficar com o horrendo Luca Badoer e o mais horrendo ainda Andrea Montermini. E, se já não bastasse pegar pilotos de carro de mão no lugar de pilotos de F1, a equipe ainda perdeu quase todos os patrocinadores com a saída do Diniz, e aí o carro ficou um borro amarelão e sem grana pra investir em porra nenhuma. Assim, em diversas vezes os pilotos no treino de classificação não atingiram lá a regra dos 107% e ficaram só na vontade de correr a corrida. E quando conseguiam... era só vexame, chegando uma semana depois dos outros carros na linha de chegada. Houve casos em que a equipe perdeu um dos chassis e teve de tentar a sorte só com um dos pilotos, de tão desgraçada que estava a situação da equipe.
Assim, a equipe vendeu 51% das ações pra uma empresa fantasma chamada Grupo Shannon, da Irlanda, comandada por um estelionatário austríaco, que chegou até a mudar a cor dos carangos pra verde e branco no meio da temporada, mas o novo "sócio" só piorou a situação da equipe, que se fodeu bonito com um prejuízo graças ao fato do novo sócio não ter pago porra nenhuma do prometido e acabou decretando falência antes dos GPs da Alemanha e Irlanda (onde a equipe só compareceu de nome, porque nenhum dos pilotos sequer realmente foram tentar a sorte dessa vez). E assim acabou uma das equipes mais azaradas da história da F1.