Catarinês

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Catarinês
Catarinês "Catarinêsh"
Falado em: Santa Catarina
Total de falantes: 7 Milhões (IBGE, 2019)
Classificação genética: Latim
Proto-Itálico
Português Galáctico
Português
Brasileiro
Catarinês
SIL: CAT


Cquote1.png Te carca daqui, piá. Que dou-lhe uma coça! Cquote2.png
Mãe catarinense sendo amorosa com seu filho

Catarinês é o idioma oficial do estado de Santa Catarina. É um idioma independente, tendo palavras que nem sequer existem no dicionário da língua portuguesa. Não é difícil de aprender, mas de um dialeto de um estado onde biscate não é o que você está pensando, não é de se esperar nada.

História[editar]

Um não-sulista vendo alguém falar em catarinês

Tudo começou há alguns anos atrás, após a descoberta do Brasil. Os europeus descobriram esse pedaço de terra e se instalaram nele, espalhando-se pelo local. Queriam expandir suas culturas e idiomas, mas ali já haviam os portugueses e sabiam que iria dar merda caso tentassem contrariar eles. Então o acordo foi de misturar os idiomas e as culturas, virando o que Santa Catarina é hoje em dia, um estado mais pra europeu do que brasileiro. Sobre o idioma, ele foi se aprimorando, surgindo novos povos de gostos peculiares dentro do estado, conhecidos como "manezinho da ilha", com dialetos um tanto modernos praquela época.

Foi aí que surgiu Florianópolis, com seus diálogos que mais parecem televisões de tubo conversando de tanto chiado que tem. Como se não bastasse isso, os alemães também tiveram parte nisso quando se tratou de foder com o português brasileiro, fazendo com que várias cidades do estado misturassem os dois idiomas. Aí você já sabe o que aconteceu, né? Pomerode tá aí de exemplo do bilinguismo no Brasil.

A criança nasce no Brasil mas fala alemão, aí vai pra outro estado (viajar ou morar; morar é mais difícil, já que Santa Catarina é um estado maravilhoso... Só pra quem tem dinheiro, óbvio) e se fode porque não sabe falar português. Aí vai falar um "entschuldigung" e acham que a pessoa tá xingando. Apesar de na realidade realmente parecer um xingamento.

Dialetos e pronúncias[editar]

Blumenauenses conversando na língua oficial da cidade

O estado se mostra único pela grande variedade de dialetos e frases que se falar muito rápido, não entende pacas. A "capital", Florianópolis, tem como dialeto mais utilizado o ininteligível Manézeish e, em algumas cidades como Blumenau, temos o sulistanês alemãozado. Também tem Joinville com o queéissoês. Já em Pomerode não é nem o português a língua oficial. Claro que em algumas cidades existe gente normal, que falam o português certinho, mas isso aí é raridade.

O catarinês é o único dialeto sulista que não costuma puxar o R. Puxa outra coisa, mas isso não vem ao caso. O R é mais puxado no oeste de Santa Catarina, em cidades tipo Dionísio Cerqueira e por aí vai. Já no leste de Santa Catarina, é de costume o S bem aberto, mais aberto que o cu da Hot Kinky Jo. Dois exemplos: o três vira "trech" e o oito vira "oitcho". Como você pode ter percebido, a pronúncia dos numerais mudam em Santa Catarina, e não são só dos numerais.

Palavras do catarinês[editar]

Abaixo alguns exemplos de palavras:

  • Arrombassi! (favor não confundir com perversidade) - arrasou - Ti arrombassi = te fudeu!;
  • Ashteríshtico - asterisco;
  • Atentado - bagunceiro, que só faz travessuras. Por exemplo: "Uh, piá atentado!";
  • Bacio - vaso sanitário;
  • Baga/bago - semente ou olho, dependendo da expressão. Por exemplo: "Ô Bilica, ishpia aquelash baga de uva na balaia!" (sementes de uva) ou "Ô Bilica, fazia tempo que eu não botava ash baga em ti" (não te olhava);
Te desafio a decifrar esse enigma
  • Bishcati - hora extra;
  • Bobiça - coisa sem importância;
  • Boi ralado - carne moída;
  • BRIÓI - o mesmo que BR101;
  • Cacalhada - porcaria;
  • Cagar na baga - ficar com medo e voltar atrás, amarelar;
  • Camba àshdireitcha - vire à direita. Apesar de parecer espanhol, é só o catarinês mesmo;
  • Carca - mesma coisa que "vai embora rápido". Por exemplo: "Carca pra casa que o pai tá um demonho atrash de ti";
  • Carudo- sem vergonha, safado;
  • Casqueira - babaca, trouxa... semelhante a pelêga;
  • Cashquero - viciado em crack;
  • Chuvishco - chuva fina;
  • Coça - surra;
  • Coisa maix quirida - pessoa querida, na maioria das vezes utilizado na falsidade;
  • Comprar um chão - comprar um terreno;
  • Dash um banho! - arrasou!
  • Degredar - abandonar, jogar fora: "Maria degredou o cão; Maria abandonou o cão, ato comum entre os catarinenses;
  • Demonho - xingamento;
  • Dijahoje - ainda a pouco;
  • Dijahojinha - ainda a pouco mais recente;
  • Dosh real - dois reais;
  • Embaciado - vidro sujo;
  • Embaçado - complicado, difícil... Quando uma determinada situação se torna complicada.
  • Fuquinha - fusca;
  • Galega - loira;
  • Inticar - encher o saco;
  • Ishtepô - estúpido, pessoa "caco";
  • Ir pra cidade - ir pro centro;
  • Ishpiar - olhar;
  • Ishcangalhar - Avacalhar... Ex.: "Esse vento suli vai ishcangalhar o tempo";
  • Jacarézinho de parede - lagartixa;
  • Javoindo - estou de saída;
  • Juruna - mentiroso;
  • Kátia - cachaça;
  • Dipé - o mesmo que "a pé" (cheguei a pé);
Catarinenses "dipé" na "cidade"
  • Larrgato - lagarto;
  • Mofash cá pomba na balaia - vais morrer esperando;
  • Ó-lhó-lhó - expressão de espanto significando "veja só!";
  • Pila - reais: 5 pila = 5 reais;
  • Quésh co digo? - Queres que eu diga?;
  • Paranho - aquelas teias de aranha que ficam no canto das paredes;
  • Pau de virá tripa - pessoa magrela e alta;
  • Peca- bola de gude;
  • Pelêga- trouxa, babaca... semelhante a casqueira;
  • Penal - estojo;
  • Pomboca - lamparina;
  • Prábunito - coisa sem utilidade;
  • Ranho - catarro;
  • Reinando - estar bravo;
  • Suli - sul;
  • Taish tolo, tash? - Está doido?;
  • Taca-lhe o pau - ir bem depressa;
  • Tanso - pessoa pouco inteligente;
  • Táuba - tábua;
  • Tô apurado - com vontade de ir ao banheiro;
  • Todavida reto - siga sempre em frente;
  • Toma - aguenta essa;
  • É michu - exagerou;
  • Curiscu - xingamento;
  • Velhaco - trapaceiro;
  • Cambitu - perna fina;
  • Pandorga - pipa;
  • Si quesh quesh, si num quesh, dizsh - para de frescura;

O maior divulgador atual desse dialeto é o conhecido tenista (já que a bolinha em SC é menor), empresário, aposentado e pé-rapado, Guga Kuerten.

Ver também[editar]