Do curso: Fundamentos de Finanças

Custo de capital: financiamento formado por empréstimos e investimentos

Do curso: Fundamentos de Finanças

Custo de capital: financiamento formado por empréstimos e investimentos

Vimos 100% de financiamento por empréstimos e 100% de financiamento por ações. Agora vamos dividi-lo meio a meio. Lilian pede emprestados 100 milhões de dólares e encontra investidores para os outros 100 milhões. Os investidores querem uma taxa de retorno de 17%. Os credores aceitam uma taxa de retorno de 5%. Nesse caso, o custo total do capital é de 100 milhões de dólares mais 5%, ou 105 milhões, para os credores. E 100 milhões de dólares mais 17%, ou 117 milhões, para os investidores. O custo total do capital atinge 222 milhões de dólares. Bem, vejamos se o custo dessa estrutura de capital é baixo o suficiente para viabilizar a empresa de Lilian. O custo total de capital que calculamos é de 222 milhões de dólares. A previsão é de que o fluxo de caixa seja de 222 milhões de dólares, ainda não é viável. O custo de capital é muito alto. O custo de capital define se um projeto é viável ou não. Mas, por que a taxa de retorno dos investidores desta vez é de 17%, acima dos 15% já vistos? É porque esses investidores estão em uma posição mais arriscada que os credores. Sabemos que os tribunais favorecem os credores. Digamos que o projeto gere 150 milhões de dólares durante o ano. As pessoas perderão dinheiro. Bem, quem receberia primeiro? Os credores. Os investidores receberiam o que sobrasse, pois são requerentes residuais. Nesse caso, os investidores estão em uma posição mais arriscada devido à existência de requerentes prioritários, os credores. Os credores estão em uma posição mais segura. Então, eles aceitarão uma taxa de juros de 5%. Os credores se beneficiam da reserva de capital próprio. Se as coisas derem errado, os credores não perderão nada, pois foram investidos 100 milhões de dólares na empresa, e os credores podem levar parte disso se o negócio não for bem. Tudo bem, vejamos mais um caso, o caso quatro. Lilian vai obter bastante dinheiro emprestado: 180 milhões de dólares, 90% em empréstimos. Apenas 10% de capital próprio, os investidores entram com 20 milhões de dólares. Essa estrutura de capital resultará em um custo de capital baixo o suficiente para que Lilian tenha sua empresa de sorvetes? Nesse caso, os acionistas esperam um retorno de 20% e os credores, 11% de juros. Essas taxas são mais altas. Por que essa é uma posição mais arriscada para credores e investidores? Bem, do ponto de vista dos investidores, que entram com 10% do patrimônio, aos olhos da lei, os credores recebem primeiro. Portanto, nesse caso, os investidores veem os 180 milhões de dólares em empréstimos e percebem que esse grande empréstimo deve ser pago antes que recebam alguma coisa. Os credores também estão em uma posição mais arriscada. Lembre-se: o que reduzia o risco dos credores antes era a grande reserva de patrimônio de 100 milhões de dólares. Agora ela caiu para 20 milhões de dólares. Se a empresa de Lilian se sair mal, ela queimará rapidamente essa reserva de capital, e os credores poderão perder dinheiro. O custo total do capital é de 224 milhões de dólares. Mas o projeto deve dar um retorno de apenas 220 milhões de dólares.

Conteúdos