Bullet®, BR

Tem coisas, que só um slogan antigo faz pra você. Em um mundo onde a competição pelo reconhecimento da marca é cada vez mais acirrada, as marcas frequentemente recorrem ao resgate de slogans de sucesso do passado. Estamos diante de uma falta de criatividade atual ou de uma estratégia proposital para impactar o público da época? Muitas marcas resgatam slogans antigos por razões estratégicas. Slogans icônicos, como "Just Do It" da Nike ou "I’m Lovin’ It" do McDonald's, possuem um forte reconhecimento entre os consumidores. Esse reconhecimento imediato proporciona uma conexão emocional poderosa, evocando memórias positivas e sentimentos de nostalgia. Entretanto, o que deu certo antes, não necessariamente dará certo agora. O contexto cultural e social muda, assim como as expectativas e valores dos consumidores. Um slogan que ressoava profundamente em uma época pode parecer desatualizado ou fora de contexto anos depois. Ou até mesmo, pode conversar com um target que não corresponde ao target atual. O slogan "Let's Make America Great again", foi usado por #RonaldoRegan na década de 80 e fortemente resgatado por #Trump em sua primeira campanha. "Tem coisas que só a Philco faz pra você", criado por #FabioFernandes que também criou "Skol a Cerveja que Desce Redondo", voltaram depois de décadas a serem utilizados. "Não tem Preço" da MasterCard, criado pela McCann é tão bom que nunca consegui ser substituído. "Dedicação Total a você", da Casas Bahia, criado pela Talent Marcel na década de 70, voltou a assinar as campanhas. Sem esquecer de mencionar "Omo, Porque se sujar faz bem" da Unilever, da década de 90, que está estampando todas as peças da marca atualmente, inclusive com #ViniJunior que nem era nascido. Não somos bons como éramos antigamente e por isso precisamos resgatar sucessos do passado? Marcas não estão performando como performavam antes e na ansiedade de mudar a curva alguém levanta a mão e diz "Vamos usar aquilo, porque deu certo antes e vai dar certo agora"? Ou tudo foi amplamente pesquisado e testado, e sim, é uma estratégia que vai dar ou está dando certo. Resgatar sucessos do passado é uma estratégia que pode ser poderosa quando bem executada. O reconhecimento imediato e a nostalgia proporcionam uma forte vantagem competitiva. No entanto, para garantir o mesmo sucesso no futuro, as marcas devem usar como referência o contexto contemporâneo, mantendo sua relevância e ressonância com os valores e expectativas de quem compra hoje. Neste meio tempo, vale deixar o ego fora da sala e se valer do brilhante trabalho feito pelo ex-time de marketing e sua ex-agência. #Legado #marketing #slogan #conceito #ideia #criatividade #performance #Storyselling #storytelling

O marketing saiu pela culatra? Patrocinar um evento não é apenas pagar e ativar. É entender o match, é ouvir os diversos canais e traçar o melhor caminho para se valer de toda a exposição e principalmente, não economizar na hora de executar. E quando a ação envolve o produto da própria marca, o cuidado tem que ser redobrado. Se é Burger King o sandwich tem que ser delicioso. Se é Volvo Cars, o traslado do público tem que ser uma experiência única. Se é Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a viagem tem que ser pontual. No caso das Olimpíadas de Paris, a Riachuelo é responsável em criar e produzir o uniforme da delegação e a PUMA Group tem a sua marca no kit da CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo (Oficial). A internet não perdoa e o uniforme da delegação, intencionalmente argumentado como Fast Fashion, não encantou e gerou muitas criticas a ponto da marca pregar o silêncio nas redes sociais. Já o kit simplório que a CBAT deu aos seus atletas leva o logo da Puma (não sei nem se foi a responsável em produzi-lo, mas deveria), e ganhou repercussão negativa quando o atleta do Decatlo #Balotelli fez duras criticas a forma que os atletas estão sendo tratados na competição mais importante do planeta. A repercussão negativa da qualidade das entregas vai ficar por muito tempo. A internet tem dessas coisas. Ruim para as marcas envolvidas. E perigoso até para aquelas que brilhantemente estão fazendo suas ações de ativação e são ícones do Brasil como Havaianas EAA - an Alpargatas Brand, mas que estão perto de mais da polêmica. Fale bem, fale mal, mas fale de mim? Tenho 2 atletas profissionais em casa. E em todos os torneios, muito menos importantes do que as Olimpíadas, os kits são as vezes mais empolgantes que o próprio troféu, e as marcas que pagaram para estar lá, devem ter gasto o dobro para estar lá de forma impactante. Comitê Olímpico do Brasil #sponsorship #ativação #fastfashion #marca #impacto #marketing /// Did the marketing backfire? Sponsoring an event is more than paying and activating; it’s about understanding the match, listening to channels, and executing perfectly. When involving the brand’s own product, extra care is crucial. For instance, if it's Burger King, the sandwich must be delicious. If it's Volvo Cars, the transport experience must be unique. If it's Azul Airlines, the trip must be punctual. For the Paris Olympics, Riachuelo is responsible for the delegation’s uniform, marketed as Fast Fashion, which failed to impress and drew heavy criticism. Similarly, the CBAt kit with the Puma logo received backlash after an athlete criticized the treatment at the competition. Negative feedback on quality will linger, harming involved brands and potentially affecting even those performing well, like Havaianas. As someone with 2 professional athletes at home, I know that impactful kits can be more thrilling than trophies, and brands should invest significantly to make an impact.