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Amor e Sombras

Summary:

E se quando Tamlin jogou aquela mesa Feyre não tivesse feito um escudo? E se ela acabasse morrendo e se tornando uma sombra, uma sombra que seguisse Rhysand.

SEM HYBERN.

Final feliz garantido 😍

Notes:

Era pra mim estar dormindo, mas não consigo tirar essa ideia da cabeça então aqui estamos nós 😸

AVISO: Corte de Espinhos e rosas é minha série preferida, e eu amo Feysand, então não se preocupe tudo terminará bem 😘

AVISO 2: Faz tempo que eu li a série, então não esperem que eu me lembre de tudo.

Work Text:

A onda de medo vindo do vínculo quase me paralisou completamente, um sentimento de pavor que eu sabia que não vinha de mim fez com que meu sangue congelasse em minhas veias e eu parasse de falar no meio de uma frase.

Eu vasculhei o vínculo entre nós e a única coisa que eu senti foram impressões de Feyre e Tamlin, e uma onda gelada de medo, sentir o medo de minha companheira quase fez com que eu soltasse a coleira de meu próprio poder enquanto tentava olhar na mente de Feyre e descobrir o que havia causado aquela reação.

Na minha frente estava Azriel, me olhando preocupado, mas minha atenção estava completamente em Feyre, naquela conexão que nos unia, aquele vínculo que era tão antigo quanto as cortes. Aquele vínculo que após segundos de pavor havia se tornado tão silencioso quanto quando ela...

Me repreendi pelos pensamentos e sem falar nada aparatei do meu escritório em Velaris atrás de minha companheira.

Foram segundos, apenas segundos que eu demorei para aparecer na Corte primaveril, mas nesses segundos o meu maior medo aconteceu pela segunda vez, e eu senti com tanta clareza quanto havia sentido no momento em que Amaranta quebrou o pescoço dela, eu senti o impacto contra minha companheira atravéz de nossa ligação, eu senti o momento exato em que aquela mesa bateu na cabeça de Feyre, e pela segunda vez eu senti a pessoa que era o mundo pra mim morrer, senti a alma dela sair deste plano. O barulho do impacto do corpo dela no chão foi o que me cumprimentou quando eu apareci no escritório de Tamlin, que parecia totalmente destruído, a visão do corpo quebrado de Feyre fez com que meu coração parasse, antes que eu corresse para onde minha companheira havia caído, debaixo de uma maldita mesa.

Naquele momento, enquanto eu pegava o corpo quebrado e sangrento de Feyre nos braços, eu não era o grão senhor da corte noturna, eu não era o rosto de sonhos e pesadelos, eu era apenas um homem quebrado, que estava vendo seu maior pesadelo acontecendo pela segunda vez, e desta vez sem chances de concerto.

Atrás de mim, um ser que era mais besta do que homem rosnou,ainda meio transformado, e tentou se aproximar do corpo de minha Feyre, mas foi parado por meu próprio rosnado e pelo escudo de sobras que eu invoquei ao redor de nós dois, o desejo de vingança queimava em meu peito, minha magia gritava em minhas veias e aquele lugar vazio na minha alma onde antes estava o nosso vínculo de companheiro exigia sangue, exigia que eu destruísse o grão senhor que destruiu minha amada, mas eu coloquei tudo isso pra baixo, e convoquei Amren, quem não precisou ouvir nenhuma ordem minha antes de usar seus poderes para prender o grão senhor da primavera e levá-lo para uma cela debaixo da cidade escavada, onde ele ficaria preso até que eu o destruísse tão completamente quanto ele destruiu a mulher que ele dizia amar, tão completamente que ele iria implorar para que eu destruísse sua mente.

A dor em meu peito fazia com que fosse difícil respirar, como se cada pedaço do meu coração estivesse sendo cortado com ele ainda batendo no meu peito, e enquanto eu embalava o corpo pequeno e magro de Feyre eu só conseguia pensar uma coisa: Eu falhei com ela, falhei com minha companheira pela segunda vez, deixei com que o presente mais precioso que o caldeirão me deu fosse levado embora novamente.

E com aqueles pensamentos girando em minha mente, eu finalmente quebrei em lágrimas bem ali no meio do escritório de Tamlin, no meio da corte da primavera. Na casa do meu maior inimigo, em um escritório destruído , com minha companheira morta em meus braços seu corpo já ficando rígido com a morte, foi onde eu me deixei chorar as lágrimas que 50 anos sob a montanha não arrancaram de mim.

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No começo eu achei que havia realmente enlouquecido, achei que finalmente a dor havia destruído minha mente e que meu desespero estava me fazendo ver coisas, um vulto passando ao meu lado, uma presença no fundo da minha mente, um sentimento fraco que não era meu me atravessando...

Pensei que era uma forma do meu cérebro se proteger da dor que eu estava sentindo, ou então que era minha tristeza e falta de comida me fazendo delirar.

- Rhys, quando foi a última vez que você comeu alguma coisa?! - Mor perguntou, mas eu não sentia ânimo algum nem força de vontade para responder, então fiquei no mesmo silêncio que havia ficado desde aquele dia a quase uma semana atrás.

Depois de chorar tanto a ponto de quase desmaiar eu peguei o corpo de Feyre e nos aparatei para Velaris, onde meu círculo íntimo me esperava. Não me lembro muito bem sobre o que aconteceu a partir daí, só tenho flexes de memórias de lutar com Az e Cass quando eles tentaram me convencer a soltar o corpo dela, no final Amren teve que intervir e me desacordar, enquanto Mor levava o corpo de minha Feyre para as sacerdotisas, eu acho que Az e Cass me levaram pra cama, mas não tenho certeza. A próxima coisa que me lembro é de exigir que Mor mandasse cartas para todos os grão senhores restantes, para que comparecessem a minha corte, meu plano era força los a dar gotas de seus poderes para Feyre novamente, mas Mor entendeu meu plano e rapidamente me desiludiu dele:

- Rhys, o corpo dela não conseguirá ser ressuscitado pelos grão senhores novamente, o poder destruiria o corpo físico dela em um instante.

Depois disso eu tive que ser contido por Cass para não aparatar em outras cortes e seguir com meu plano do mesmo jeito. Mais tarde naquele dia aconteceu o velório de Feyre, ela foi enterrada no lugar onde um dia meu corpo irá repousar, se pelo menos esse dia chegasse logo.

Mor suspirou de onde estava na minha frente, ela e o resto do meu círculo íntimo estavam me vigiando desde o acontecimento para que eu não fizesse uma loucura, mas mesmo todos eles juntos não conseguiram me fazer comer.

- Você sabe que ela não iria querer te ver sofrendo assim. - Mor sussurrou, e eu fiquei com raiva:

- Não importa mais o que ela quer! Ela está MORTA! MORTA! MINHA COMPANHEIRA ESTÁ MORTA E A CULPA É TODA MINHA!

Mor não recuou :

- Não foi você que a matou Rhys, Tamlin o fez.

- Sim, e quem foi que a deixou com Tamlin pra começo de conversa?! Quem viu ela virando uma sombra dela mesma e mesmo assim não a tirou das mãos daquele desgraçado?!

- Você fez tudo que pôde, ela escolheu ficar com ele, ela ....

- Ela não podia imaginar que o macho por quem ela sacrificou tudo iria mata-la. Eu deveria....

De repente com o canto do olho eu vi algo, como um vulto, como uma sombra, sem forma e ao mesmo tempo com uma forma que eu reconhecia bem, assim que eu olhei para o canto a sombra desapareceu, mas ao mesmo tempo um sentimento de tristeza veio do fundo da minha mente, era um sentimento fraco , quase inexistente mas que fez com que pela primeira vez em uma semana eu sentisse que podia respirar de novo.

- Rhys? O quê foi? - Minha prima perguntou, e seus olhos se arregalaram quando eu sussurrei quase como uma oração:

- Ela ainda está aqui Mor, ela não me abandonou. - Mor me olhou estranho, com certeza se perguntando se eu havia enlouquecido mas isso não importava pra mim.

Porque desta vez eu não tinha sombra de dúvidas de que aquela sensação vinha de Feyre, que aquela sombra era o resquício da mulher que significava meu mundo, minha Feyre ainda estava aqui, ela estava comigo e aquela constatação fez com que meus olhos se enchessem de lágrimas.

Minha companheira, aquela fêmea incrível e corajosa que sobreviveu a tudo que jogaram sob ela de alguma forma estava se agarrando a nosso vínculo de companheiro, se agarrando a vida como ela fez da primeira vez, e eu iria me agarrar a ela como eu fiz da primeira vez também.

Mor foi abrir a boca pra falar, porém minha atenção novamente foi tirada dela para perto da parede do meu quarto, onde eu vi novamente aquela sombra, vi o que restava da minha companheira me olhando e sem conseguir me conter eu fui até ela.

Até mesmo a sombra dela estava fraca, pouco mais que um vulto, se mantendo na forma de minha Feyre com muita dificuldade, e quando eu cheguei perto o suficiente pra tocar, reparei que não conseguia, o que doeu o fundo da minha alma, e pelo sentimento de tristeza e saudades que eu senti vindo do nosso frágil vínculo ela também estava sentindo o mesmo. Ela abriu a boca pra falar, mas não conseguia e baixou a cabeça com tristeza. Eu não podia deixá-la se sentindo assim, então coloquei um sorriso reconfortante no rosto:

- Está tudo bem, querida, nós vamos dar um jeito nisso.

Ela me olhou com dúvida, era estranho mas eu conseguia entender cada expressão que ela fazia mesmo nesta forma. Engoli toda a dor da última semana, o importante era fazer minha companheira se sentir melhor, então coloquei meu sorriso arrogante no lugar e disse:

- Confie em mim, além de ser bonito eu sou muito inteligente,lembra?

E quando ela revisou os olhos e eu senti uma sensação de zombaria vindo do vínculo, eu sorri pela primeira vez desde que a deixei na corte primaveril.

- Olá Feyre! - Mor disse de onde estava, e a atenção de minha Feyre se mudou para minha prima, ela acenou com a mão e Mor lhe deu um de seus sorrisos brilhantes antes de sua atenção se direcionar a mim :

- Vou chamar Amren, talvez ela saiba como ajudar vocês a vencer a morte pela segunda vez. - Minha prima piscou pra mim e depois saiu, me deixando sozinho com Feyre, eu olhei para ela e foi como se eu não tivesse controle sobre minha boca, talvez toda dor que eu passei tivesse feito com que eu perdesse o controle das palavras, pois quando eu virei pra minha parceira, que era pouco mais que uma sombra mas que me fazia me sentir aquecido como se estivesse ao lado do sol eu disse:

- Eu te amo.

E a sensação que eu senti foi como nada antes, depois de um tempo eu ia conseguir decifrar qual era a sensação que ela me mandou: amor.

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- Não existe nenhuma outra forma? - Perguntei entre dentes enquanto encarava Amren, que nem se dignou a me responder, apenas me olhou seriamente com aqueles olhos prateados que brilhavam pra mostrar que ela não era uma fada, e sim algo bem mais poderoso e perigoso. Suspirei derrotado e olhei para meu lado direito, onde a sombra de Feyre olhava pro nada, como se não tivesse ânimo algum pra olhar nos nossos olhos derrotados.

- Talvez se nós fôssemos ao entalhador de ossos... - Cass tentou sugerir, mas sua própria voz já demonstrava o que todos pensávamos: aquela era a única maneira de eu ter minha companheira de volta. Me virei para minha prima, que me encarava silenciosamente:

- Mor, traga-me uma mexa do cabelo de Feyre. Estou saindo. - Disse sem hesitar , e meu círculo íntimo me olhou atordoado enquanto Mor saia para cumprir minhas ordens:

- Rhys, não é melhor fazer as coisas com calma? Talvez seja melhor um de nós ir no seu lugar - Cass tentou raciocinar comigo, e eu quase ri mesmo sem sentir alegria nenhuma:

- Minha calma fez com que Tamlin tivesse a chance de mata-la! Ainda agora eu não consigo fechar os olhos sem ver o corpo de minha companheira caindo no chão... sendo esmagado por uma mesa, então não Cass, eu não posso fazer as coisas com calma. - Sussurrei e virei meu olhar para minha amada, que mesmo agora estava ao meu lado, mesmo depois de eu ter falhado com ela, mesmo depois de eu ter sido o culpado por ela estar naquela situação..

Um puxão fraco vindo do nosso vínculo me tirou de meus pensamentos sombrios, e eu ouvi um fraco sussuro em minha mente, quase fraco demais pra ouvir:

- Não é sua culpa.

- Sim é, porém não se preocupe, vou consertar isso. - Prometi, e ela me lançou um olhar furioso, que eu pude traduzir facilmente para " - Deixe de ser idiota e pare de se culpar" , infelizmente não podia atender ao seu pedido.

Quando parecia que ela iria tentar comunicar mais uma coisa , Mor voltou trazendo consigo uma mexa do cabelo de Feyre, que foi encantada para não apodrecer, eu peguei aquela mexa com a reverência de alguém segurando uma jóia rara, e o guardei no reino do bouço, depois olhei para cada um dos meus amigos, minha família, que estava ali me vendo mais uma vez deixá-los para trás, engoli o no na garganta e disse :

- Amren e Mor estarão no comando, as coisas tem sido tranquilas porém sabemos que isso pode mudar rapidamente, principalmente agora que já devem ter encontrado o corpo de Tamlin e Lucien foi nomeado alto senhor da primavera, ele e Tamlin eram muito próximos então não me surpreenderia se ele decidisse vingar a morte do amigo.

- Não houve nenhum ataque durante esses dois meses, nem mesmo um sussurro com essa possibilidade. - Az comentou e Mor complementou:

- Ouvi dizer que Lucien e Feyre eram amigos próximos, talvez ele também considere a morte de Tamlin merecida. Claro que mesmo assim é melhor ficar de olhos abertos para qualquer convergência. - Com o canto do olho vi minha companheira se encolher, e senti sua tristeza pelo vínculo, verdadeiramente Lucien e ela eram próximos, então ela deve estar se sentindo triste pela situação dele. Levantei a mão para colocá-la em seu ombro, porém parei antes disso me lembrando de que não conseguia tocar nela.

- Rhys, sei que você está desesperado para trazer Feyre de volta, mas por favor reconsidere, o caldeirão foi dividido em pedaços, e esses pedaços podem estar em QUALQUER lugar! - Mor exclamou, porém eu não séria dissuadido , esperei tampo o suficiente para trazer minha companheira de volta.

- Vejo vocês assim que puder. - Disse, e com essa despedida aparatei de Velaris em busca da única coisa que poderia trazer minha Feyre de volta : o caldeirão.

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- Você sabia que desde o momento em que comecei a sonhar com você, eu te considerei a mulher mais maravilhosa do mundo? - Eu murmurei pra ela na quietude da caverna onde nos abrigamos da tempestade violenta que estava acontecendo lá fora. Ela estava deitada ao meu lado, tão perto que poderíamos ter nos tocado se conseguíssemos, ela me olhava atentamente, com curiosidade, eu logo continuei:

- Eu tinha esses vislumbres de você enquanto estava sob a montanha, pequenos flexes de uma garota que eu não conhecia mas que me dava esperança quando eu não tinha nenhuma, acho que sem aqueles sonhos eu teria quebrado sem chance de concerto.

Eu a olhei, relembrando como eram aqueles dias, quando a escuridão em que eu estava parecia que iria me corroer de dentro pra fora, quando minha única fonte de paz eram os flexes da vida de uma garota mortal, quem imaginaria que estaríamos aqui agora, em uma caverna, em cima de uma montanha esquecida pela mãe, em um lugar que nem tinha nome, apenas nós dois e um pedaço do caldeirão que conseguimos recuperar naquela manhã.

- Eu sonhei com você por anos antes de te conhecer, e devo dizer Feyre, que os sonhos não fizeram justiça a mulher sensacional que você é.

Um sorriso, um puxão no vínculo e um sentimento de afeição, foi isso que ela me deu, e eu me considerei o macho mais afortunado do mundo.

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- Você está bem? - A pergunta dela me fez focar, tentando ignorar a dor alucinante em minha perna direita onde aquela fera havia me mordido para olhar minha companheira, que me encarava com preocupação velada, para ela era difícil falar mesmo mentalmente, e depois de algumas frases Feyre ficava tão fraca que sua sombra quase perdia a forma humana e seu aperto em nosso vínculo quase escorregava, por isso ela normalmente não falava comigo, ela fazer isso agora era uma amostra de quanto ela estava preocupada. Eu lhe dei meu sorriso arrogante:

- Vou ficar bem, Feyre querida, mas se você quiser me beijar pra fazer a dor ir embora mais cedo eu não irei recusar. - Funcionou perfeitamente e logo a preocupação deu lugar a uma leve zombaria, enquanto minha magia me curava do ferimento.

Quando eu já estava me sentindo melhor, olhei para a floresta denza a nossa volta e para a mochila em minha mão, contendo a segunda peça do caldeirão. Sorrimos um para o outro, duas já foram, faltam três.

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- Quando você soube que me amava? - A pergunta ressoou pelo espaço apertado onde nós dois fizemos nosso acampamento.

- Acho que me apaixonei por você antes mesmo de te conhecer pessoalmente naquela noite, mas se você quer saber quando eu compreendi que só você poderia ser minha esposa, então foi depois de você lançar aquele osso como uma lança em Amarantha, juro que naquele momento eu quase caí de joelhos e lhe pedi em casamento ali mesmo. - Confessei com uma risada, sendo seguido pela risada de Feyre:

- Acho que sua reputação estaria arruinada se você fizesse isso. - Ela brincou.

- Eu teria jogado minha reputação na lama se isso fizesse com que você me desse a honra de ter você como esposa. - Jurei, sorrindo junto com ela, ela parecia que ia tocar meu rosto, mas se deteve no último momento, tristeza em seu olhar e no vínculo que nós dividimos, mas ela colocou um sorriso no rosto mesmo com os olhos tristes por causa da nossa situação. Eu sorri, mesmo que sentisse o mesmo que ela:

- Não se preocupe querida, logo logo nós poderemos no tocar em todos os lugares e o quanto quisermos. - Pisquei pra ela enquanto olhavamos para as três peças do caldeirão.

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O céu estrelado daquele lugar me fazia sentir saudades de casa, e saudades de minha família que ficou cuidando da minha corte, tínhamos pegado os quatro pés do caldeirão, agora só faltava uma parte, logo logo estaríamos em casa juntos.

- As pessoas que olham para as estrelas e desejam, Rhys. - Feyre sussurrou no meu ouvido, meu coração pulou uma batida no peito:

- As estrelas que ouvem e aos sonhos que são atendidos, Feyre. - Respondi e juro que vi com o canto do olho uma estrela cadente passar, fechei os olhos e orei para a mãe que nosso desejo fosse atendido.

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Foram 4 meses fora, não foram meses fáceis mas foram necessários para trazer minha companheira de volta, e também para que nos conhecêssemos melhor. Durante o tempo em que estivemos juntos procurando pelos pedaços do caldeirão, eu e Feyre colocamos tudo na mesa, falamos sobre tudo que aconteceu, nossos sentimentos e o que pensávamos um do outro, fomos honestos e francos, e como se viu era justamente isso que nós precisávamos, agora estávamos unidos, de mente e pensamentos, e se tudo ocorrece bem logo de corpo também.

A nossa frente o caldeirão brilhava com magia tão poderosa que mesmo eu mal conseguia suportar ficar próximo dele, olhei uma última vez para a sombra de Feyre, ela estava sorrindo pra mim, um puxão no vínculo e um sentimento de amor incondicional vindo dela, eu a amo com todas as minhas forças e finalmente o momento que tanto esperamos chegou:

- Está pronta, Feyre querida?! - Perguntei enquanto pegava aquela mecha de cabelo que Mor me entregou meses antes.

- Rhys.

- Sim querida?

- Amo você. - E foi isso, as palavras que ela não havia dito antes mas que eu podia sentir pelo vínculo, eu já havia dito que a amava várias vezes e ela entoava o sentimento, mas ouvi-la dizer as palavras, fez com que meu coração batesse mais rápido, minhas mãos suando:

- Amo você também Feyre, vou te amar até o último dia da minha vida, acho que mesmo após a morte ainda te amarei. - Jurei e joguei a mecha de cabelo no caldeirão.

Uma luz bem forte me cegou temporariamente, a explosão de magia bruta fez com que minha própria magia entrasse em ação, a escuridão me cercando, e momentos depois, a minha escuridão foi misturada com outra, parecida mas diferente ao mesmo tempo, familiar, e envolvente, e minha escuridão a abraçou como se fossem amantes, ao mesmo tempo em que uma mão pequena e familiar envolveu a minha, e a alegria encheu meu coração e o vínculo de acasalamento, eu sorri para a fêmea na minha frente, os olhos azuis acinzentados me olhando com um brilho de vida , o corpo de minha Feyre agora era tangível, e brilhava levemente com o poder da corte do Dia, a vida irradiava dela, e o poder que ela emanava era algo incrível e belo, mas o sorriso dela, o sorriso de minha companheira era sem sombra de dúvidas a coisa mais linda desse mundo, ela olhava pra mim com amor, e eu sabia que mesmo se morresse naquele momento eu morreria como o macho mais feliz do mundo. Ela me abraçou com força, como se nunca mais fosse me soltar, e eu não me importaria se ela fizesse isso, no meu ouvido Feyre sussurrou, com a voz forte e brincalhona que eu tanto senti falta:

- Olá Rhys,querido!

E eu a beijei, beijei minha amada que estava viva em meus braços e agradeci a mãe pela segunda chance que ela estava nos dando.

- Senti saudades sua coisinha linda e cruel.

 

FIM! ✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨